
José Manuel DURÃO BARROSO, na qualidade de nóvel Comissário empossado como Presidente menor denominador comum da Comissão Europeia, ao pretender relançar um simulacro da “Estratégia de Lisboa” que pretendia (há 5 anos, no ano 2000), antes do “Acordo Atlântico das Lajes”, relançar competitivamente a Economia Europeia para a transformar no maior espaço Económico mundial até 2010, deu um sinal inequívoco de que, ao contrário do que afirma, ele é o fiel depositário dos interesses norte-americanos em “partir” a Europa, antes apoiando na prática a “estratégia de desvalorização do Dólar”, a politica neoliberal comandada por Washington, última tábua de salvação para a conservação da hegemonia dos Estados Unidos a nível mundial como potência dominante.
O sinal inequívoco foi dado por Durão Barroso ao preferir dar a conhecer as “suas” ideias na matéria em entrevista ao influente jornal Financial Times em vez de o fazer no local próprio do exercício democrático, que seria frente aos Deputados Europeus
na Assembleia do Parlamento Europeu!
O editorial do FT tambem não engana ninguém ao elogiar o discurso de DB como uma “mensagem poderosa, clara e que se impunha há muito tempo”
Entretanto, o que foi dito, não interessa absolutamente nada para o caso, habituados que estamos a uma coisa ser aquilo que os políticos dizem e outra coisa muito diferente ser aquilo que eles subterraneamente “fazem”.
a opinião do anterior Comissário Romano Prodi:
"Lisbon Agenda: Missed objectives and failed promises",em
http://www.euractiv.com/Article?tcmuri=tcm:29-131447-16&type=News
A entrevista com o sociólogo Manuel Castells não é susceptível de gerar grandes optimismos. Mais: multiplica as inquietações.
O facto de Castells, autor do mais completo estudo sobre as sociedades em rede, fazer a sua própria autocrítica pela sua quota-parte no fracasso, até ao momento, da ESTRATÉGIA DE LUISBOA e apontar novos caminhos é um exercício de lucidez que nos deve inspirar. Não para desistir de uma estratégia de desenvolvimento que é a única viável para mantermos níveis elevados de rendimento e bem-estar, mas para corrigir o que necessita de ser corrigido.
Para o sociólogo, nas sociedades europeias - ao contrário do que se passa nos Estados Unidos - é necessário que o sector público desempenhe um papel central na mudança dos modelos de desenvolvimento.JMF
Entrevista com MANUEL CASTELLS no Público
Não precisamos de inventar outra estratégia de Lisboa:
http://jornal.publico.pt/noticias.asp?a=2005&m=03&d=10&id=10499&sid=1129
Sem comentários:
Enviar um comentário