Mais de 60 % dos eleitores portugueses votaram por uma mudança de governo e de política de austeridade. Apesar de António Costa que aqui não há classes médias a votar em Syrizas, o certo é que mesmo assim o boicote não se fez esperar. O semanário do agente bilderberg para Portugal agita imediatamente o fantasma que “metade do país está em risco de pobreza” como se fosse uma grande novidade (gastar dinheiro com pobres é subtrair lucros aos especuladores) e no dia seguinte verifica-se uma derrocada das acções do PSI-20 com especial impacto na Banca (Millenium BCP e BPI). O recado sussurado por Cavaco é que não pode haver modificação dos programas de austeridade exigidos pelos investidores privados coordenados pelo FMI/BCE/EU. Portanto, como diz Arnaldo Matos, seja qual for o governo a ser investido por Cavaco, ele será sempre constituído pelo mesmo putedo politico que tem estado em exercício nos últimos 40 anos. Há demasiados anos que o povo português paga um preço demasiado alto pela impossibilidade dos falsos partidos de esquerda se poderem entender. Só a direita se pode entender. Segundo o “Observador”, orgão online oficial do Capital, “no caso de Costa insistir no governo de esquerda, a direita terá de exigir novas eleições em que seja dado ao povo o direito de escolher entre duas coligações, a do PSD-CDS e a do PS-PCP-BE”, esquecendo-se que se o irrelevante cds-pp se tivesse apresentado sózinho e não sob a capa da enganadora sigla “portugal à frente” os resultados seriam outros. Então quem são os donos do pasquim que recentemente aumentou o capital social para 3,2 milhões de euros?
Disse o próprio “Observador” que revela os nomes dos accionistas em nome dos princípios da transparência e do rigor. Provocadores, perderam a vergonha que nunca tiveram, um belo “sinal da nossa postura no mercado, tal como é um exemplo da forma como iremos tratar a informação". Até estão a conseguir passar o exemplo para o nóvel órgão da direita que dá pelo nome de RTP3, a juntar ao resto do suprasumo da «pluralidade» das nossas televisões e da imprensa portuguesa...
Integram a estrutura accionista do Obervador , José Manuel Fernandes, João de Castello Branco, Jorge Bleck, Filipe de Botton e Alexandre Relvas da Lusofinança e promotores do famigerado “Compromisso Portugal”, Orientempo (accionista de referência António Carrapatoso), Pedro Martinho, Ribacapital, SGPS, Lda. (accionista de referência João Talone), Tempo Calmo SGPS, S.A. (accionista de referência Filipe Simões de Almeida) e Rui Ramos. Preside ao Conselho Geral de Supervisão o ex-presidente da AR Jaime Gama. O conselho de administração tem como presidente António Carrapatoso. Accionistas de referência: Luis Amaral y Hijas Holdings S.L., António Pinto Leite, António Viana Baptista, Ardma SGPS, Atrium Investimentos, SGPS, Bar Bar Idade SGPS de Carlos Moreira da Silva, Duarte Schmidt Lino, Duarte Vasconcelos, Holdaco, SGPS cujo accionista de referência é António Champalimaud
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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