Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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quinta-feira, dezembro 23, 2004
No Centro Comercial Fórum Algarve, na cidade de Faro, a torre principal da “Catedral” das Compras é absolutamente igual ás das tradicionais Igrejas católicas, com sinos e tudo, que repicam apelando á comparência dos Fiéis no culto.
Perante a impassividade do Clero, a Nobreza (*) investiu forte nos símbolos alienatórios do Povo,,,
(*) no caso, capital financeiro americano via um grupo holandês, que arruinaram o comércio tradicional da cidade
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Perante a impassividade do Clero, a Nobreza (*) investiu forte nos símbolos alienatórios do Povo,,,
(*) no caso, capital financeiro americano via um grupo holandês, que arruinaram o comércio tradicional da cidade
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“PRIC” (Período Reaccionário Indigente em Curso)
1 - Pela própria natureza do Capital, o sistema capitalista precisa de se expandir sempre, sob pena de estagnar e morrer (Karl Marx).
Do retorno do investimento financeiro necessário á sua reprodução os capitalistas fazem retirar uma parte destinada á administração do sistema que garanta que a apropriação de mais-valias remunere em primeiro lugar o Capital em detrimento do restante e antagónico interveniente na Produção de bens: o Trabalho.
Trocado por miúdos: - os Proprietários possidentes fazem pagar os custos da máquina administrativa ás Classes que nada ou pouco têm e que apenas podem sobreviver da venda no Mercado do seu trabalho. Essa “máquina” chama-se Estado que “não é mais do que uma comissão para administrar os negócios comuns de toda a classe burguesa”, como observou Marx.
Resumindo: os Pobres pagam a Estabilidade dos Ricos, pagam a policia (as “forças da Ordem”) que os controlam e reprimem caso pensem em revoltar-se, pagam os Exércitos dos países ricos que controlam e reprimem caso necessário os países Pobres, caso estes se rebelem contra a “Ordem natural” das forças que regem o Capital.
2 – Na sequência das habituais crises cíclicas de sobreprodução, quando em Março de 2000 a Nova Economia “crashou” em Nova Iorque (o Nasdaq desvalorizou 68% em 3 semanas!), a Crise atingiu proporções globais pondo o Sistema á beira do descalabro e da bancarrota generalizada.
No improdutivo Portugal, a viver á custa de créditos vincendos, vendo a tempestade ao longe, António Guterres sob o pretexto da “falta de confiança do eleitorado” pisgou-se da responsabilidade de garantir o regular funcionamento da máquina administrativa: o tal Estado.
Eleito e cozinhado na ressaca, o governo da coligação de Durão Barroso, prestando-se diligentemente a enfrentar o problema, tomou as medidas necessárias para desmantelar os direitos adquiridos pelos Pobres/Classes Médias para, perante a borrasca, voltar a pôr o Estado a garantir o tradicional Lucro dos Ricos, o que em politiquês se designa por Estabilidade.
3 – Os Estados Unidos “resolveram” a Crise optando pelo investimento na Indústria da Guerra.
Durão Barroso colou Portugal a esta politica (afinal de continuidade: vidé os Balcãs/Nato/já desde1995), prestando-se a ser o Aliado diligente (o estalajadeiro teso)
na Cimeira dos Azores.
Mas este modo de vida, está difícil para os funcionários ao serviço do Capital, e o Estado Português (como um dos elos mais fracos do sistema) continuou a ameaçar quebrar-se continuando os Ricos a ter de pagar do seu bolso os prejuízos da má- gestão PSD-PP,,, Como diria Marx, em face da barbárie desregulada vigente, “estaria aqui eminente a ruína comum das duas Classes contendoras”
4 – Chamado a exercer funções como menor denominador comum na União Capitalista de Monopólios Europeus (UE) como fiel depositário dos interesses americanos na Europa, Durão Barroso subrepticiamente tratou de deixar o arranjinho concertado com o Presidente americanófilo incondicional Jorge Sampaio: - com quase 4 anos cumpridos no desmantelamento do Estado-Providência pensou-se que qualquer badameco poderia servir de Ícone á frente da máquina do Estado expurgada de custos supérfluos.
Além do mais, o produto do saque capitalista do Império na rapina do petróleo estaria para chegar em breve, o que permitiria a mítica “retoma”,,,
5 – Após estes 4 conflituosos meses de “PRIC” (Período Reaccionário Indigente em Curso) á beira do colapso, eis senão quando Paulo Portas o homem (!) forte deste Governo resolve tirar um saboroso coelho da cartola: - o descalabro dever-se-ia á tentativa da Coligação de Direita em, pela 1ª vez neste país, fazer pagar mais impostos ao capital financeiro!
Ahahahah!
E assim, este ano, tivemos um Carnaval antecipado! Pobretes mas alegretes,,,
Ahahahah!
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Do retorno do investimento financeiro necessário á sua reprodução os capitalistas fazem retirar uma parte destinada á administração do sistema que garanta que a apropriação de mais-valias remunere em primeiro lugar o Capital em detrimento do restante e antagónico interveniente na Produção de bens: o Trabalho.
Trocado por miúdos: - os Proprietários possidentes fazem pagar os custos da máquina administrativa ás Classes que nada ou pouco têm e que apenas podem sobreviver da venda no Mercado do seu trabalho. Essa “máquina” chama-se Estado que “não é mais do que uma comissão para administrar os negócios comuns de toda a classe burguesa”, como observou Marx.
Resumindo: os Pobres pagam a Estabilidade dos Ricos, pagam a policia (as “forças da Ordem”) que os controlam e reprimem caso pensem em revoltar-se, pagam os Exércitos dos países ricos que controlam e reprimem caso necessário os países Pobres, caso estes se rebelem contra a “Ordem natural” das forças que regem o Capital.
2 – Na sequência das habituais crises cíclicas de sobreprodução, quando em Março de 2000 a Nova Economia “crashou” em Nova Iorque (o Nasdaq desvalorizou 68% em 3 semanas!), a Crise atingiu proporções globais pondo o Sistema á beira do descalabro e da bancarrota generalizada.
No improdutivo Portugal, a viver á custa de créditos vincendos, vendo a tempestade ao longe, António Guterres sob o pretexto da “falta de confiança do eleitorado” pisgou-se da responsabilidade de garantir o regular funcionamento da máquina administrativa: o tal Estado.
Eleito e cozinhado na ressaca, o governo da coligação de Durão Barroso, prestando-se diligentemente a enfrentar o problema, tomou as medidas necessárias para desmantelar os direitos adquiridos pelos Pobres/Classes Médias para, perante a borrasca, voltar a pôr o Estado a garantir o tradicional Lucro dos Ricos, o que em politiquês se designa por Estabilidade.
3 – Os Estados Unidos “resolveram” a Crise optando pelo investimento na Indústria da Guerra.
Durão Barroso colou Portugal a esta politica (afinal de continuidade: vidé os Balcãs/Nato/já desde1995), prestando-se a ser o Aliado diligente (o estalajadeiro teso)
na Cimeira dos Azores.
Mas este modo de vida, está difícil para os funcionários ao serviço do Capital, e o Estado Português (como um dos elos mais fracos do sistema) continuou a ameaçar quebrar-se continuando os Ricos a ter de pagar do seu bolso os prejuízos da má- gestão PSD-PP,,, Como diria Marx, em face da barbárie desregulada vigente, “estaria aqui eminente a ruína comum das duas Classes contendoras”
4 – Chamado a exercer funções como menor denominador comum na União Capitalista de Monopólios Europeus (UE) como fiel depositário dos interesses americanos na Europa, Durão Barroso subrepticiamente tratou de deixar o arranjinho concertado com o Presidente americanófilo incondicional Jorge Sampaio: - com quase 4 anos cumpridos no desmantelamento do Estado-Providência pensou-se que qualquer badameco poderia servir de Ícone á frente da máquina do Estado expurgada de custos supérfluos.
Além do mais, o produto do saque capitalista do Império na rapina do petróleo estaria para chegar em breve, o que permitiria a mítica “retoma”,,,
5 – Após estes 4 conflituosos meses de “PRIC” (Período Reaccionário Indigente em Curso) á beira do colapso, eis senão quando Paulo Portas o homem (!) forte deste Governo resolve tirar um saboroso coelho da cartola: - o descalabro dever-se-ia á tentativa da Coligação de Direita em, pela 1ª vez neste país, fazer pagar mais impostos ao capital financeiro!
Ahahahah!
E assim, este ano, tivemos um Carnaval antecipado! Pobretes mas alegretes,,,
Ahahahah!
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quinta-feira, dezembro 16, 2004
ter-se-á acabado a mama?
com promoções de Natal,
com campanha de Carnaval ou sem campanha,,estes espécimes estão arrumados!
1 - giro, giro foi,,
ver o Portas a estrebuchar qual perigoso "esquerdista" dizendo ter querido (tão querido!!) TAXAR o "capital financeiro" pela primeira vez em Portugal,,eheheh,,, (antes tachava-o,,,)
(vejam bem! uma medida que nem uma das vanguardas da luta pela globalização alternativa - a ATTAC, jamais sonhou ainda poder ver aplicada nestes tempos mais próximos!)
2 - mais "giro" ainda,, vai ser,,,ver o povão da "esquerda" (!) votar em bloco no PS para então sim! eles poderem aplicar as verdadeiras medidas de Direita que nos vão tramar a todos (classe Média) durante mais uns tempos
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com campanha de Carnaval ou sem campanha,,estes espécimes estão arrumados!
1 - giro, giro foi,,
ver o Portas a estrebuchar qual perigoso "esquerdista" dizendo ter querido (tão querido!!) TAXAR o "capital financeiro" pela primeira vez em Portugal,,eheheh,,, (antes tachava-o,,,)
(vejam bem! uma medida que nem uma das vanguardas da luta pela globalização alternativa - a ATTAC, jamais sonhou ainda poder ver aplicada nestes tempos mais próximos!)
2 - mais "giro" ainda,, vai ser,,,ver o povão da "esquerda" (!) votar em bloco no PS para então sim! eles poderem aplicar as verdadeiras medidas de Direita que nos vão tramar a todos (classe Média) durante mais uns tempos
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domingo, dezembro 12, 2004
a ONU e a "Defesa dos Pobres"
“Aqueles que se apresentam a si próprios como,,, “defensores dos pobres” devem tambem demonstrar uma maior decência no respeito pela Verdade”
Thabo M`Beki - Presidente da África do Sul
Kofi Annan escreveu recentemente um artigo no Expresso-Online onde foca a directiva da ONU de pretender reduzir a pobreza em 50% até ao ano 2015. E para isso, recordou os esforços já desenvolvidos referindo as diversas cimeiras realizadas: - a Cimeira do Rio em 1992
- a Cimeira do Milénio em 2000
-a Conferência de Monterrey
-a Cimeira da Terra (o Rio+10) em Johannesburgo 2002
Ao visitar algumas ligações aos eventos referidos pretende-se demonstrar que os esforços desenvolvidos “para ajudar os ceguinhos a atravessar a rua” mais não são do que mais do mesmo: - o domínio americano de sempre, sobre tudo o que se faça no planeta.
A exclusão do discurso do Secretário Geral da ONU do PROBLEMA DA DIVIDA dos países pobres e dependentes, que continua a aumentar, é sinal dessa evidência. www.inequality.org
1 – o 1º passo para o“Desenvolvimento Sustentado”
Em entrevista ao pretenso fundador da Eco-Economia - o americano Lester R. Brown que preside ao EARTH POLICY INSTITUTE, em WASHINGTON, ele recorda uma pequena historieta:
“Se você fizesse uma sondagem de opinião aos americanos em 6 de dezembro de 1941 e perguntasse se eles achavam que os EUA se deveriam envolver na guerra, acho que 85% teriam dito: "Nem pensar! Nunca!" E aí veio o 7 de dezembro [o ataque a Pearl Harbour] e tudo mudou. E muito rápido.
Um mês depois do ataque a Pearl Harbour, o presidente Roosevelt disse que o país iria produzir 40 mil tanques, 65 mil aviões, 20 mil peças de artilharia antiaérea. A indústria automobilística disse que não conseguiria produzir armas e carros ao mesmo tempo. E ele disse: "Vamos suspender a produção de carros nos EUA." http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u9534.shtml
Para este “ambientalista” Liberal, a resolução da contradição Ecologia/Economia trata apenas de adaptar a economia clássica que ao gerar uma distorção nos preços ignorando os custos ambientais que agravam ano a ano a situação dos ecossistemas terrestres – se vai resolver com o que propõe Brown: - a incorporação dos custos ambientais pela reestruturação do sistema tributário.
http://www.wwiuma.org.br/eco_download.htm
Nesta visão de McWorld americano, não tardará muito, e estaremos a pagar impostos sobre o ar que respiramos!
No entanto,nos discursos a retórica é outra:
2 – nas Conferências da ONU sobre financiamento para o desenvolvimento em Monterrey
http://www.onuportugal.pt/CMonterrey.pdf
afirma-se:
“O seu objectivo é erradicar a pobreza, alcançar o crescimento económico
continuado e promover o desenvolvimento sustentável, rumo a um sistema económico mundial plenamente favorável à inclusão e equitativo.
Chegou-se a um acordo sobre a necessidade de “um aumento substancial” da Ajuda
Pública ao Desenvolvimento (APD) e de conseguir apoio ao aumento da ajuda, exortando os países desenvolvidos a “fazerem esforços concretos no sentido de alcançar o objectivo de canalizar 0,7% do seu PIB para a APD”,
3 - a Cimeira do Milénio da ONU em 2000
“Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)”
Os organismos da ONU, o Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da
OCDE e, em muitos casos, o BANCO MUNDIAL e o FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI), TRABALHAM (!) para apoiar os relatórios sobre os ODM relativos a cada um dos países em desenvolvimento.
http://www.onuportugal.pt/Ficha_de_Informacao1.pdf
O valor em dólares da ajuda ao desenvolvimento teria de duplicar para mais de 100 mil milhões de dólares, para se poder alcançar o objectivo acordado internacionalmente de reduzir para metade a pobreza extrema até 2015.
Em média, a percentagem do Produto Nacional Bruto (PNB) dos países doadores destinada à APD já estava a diminuir, quando a comunidade internacional aprovou, pela primeira vez, em 1970, a meta de contribuir com 0,7% do seu PIB. Essa taxa estabilizou efectivamente entre os 0,3 e os 0,35% , até ao início dos anos 90, altura em que começou de novo a diminuir. Em 2000, a APD fornecida pelos 22 países membros do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) representou, em média, 0,22% do seu PIB. Mesmo se excluirmos os Estados Unidos, que nunca se comprometeram a atingir a meta dos 0,7%, a média foi de apenas 0,33%.
O NIVEL DA AJUDA AO DESENVOLVIMENTO É, ACTUALMENTE, O MAIS BAIXO DOS ULTIMOS TRINTA ANOS!
http://www.un.org/esa/ffd/quantity-final.pdf
4 – Cimeira da Terra Rio+10 – Cimeira sobre o Desenvolvimento Sustentável, Joanesburgo, 2002
Mais uma vez, consulte-se a Bíblia do pensamento Ecológico,,, e a cargo de que patrocinadores?
Do WWI - Worldwatch Institute
- “o Estado do Mundo”
clique aqui http://www.wwiuma.org.br/estado_do_mundo.html para fazer o download gratuito e integral das publicações
e leia-se a apresentação do Presidente do BID – BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO - Enrique Iglesias
http://www.wwiuma.org.br/em2004_eiglesias.htm
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Thabo M`Beki - Presidente da África do Sul
Kofi Annan escreveu recentemente um artigo no Expresso-Online onde foca a directiva da ONU de pretender reduzir a pobreza em 50% até ao ano 2015. E para isso, recordou os esforços já desenvolvidos referindo as diversas cimeiras realizadas: - a Cimeira do Rio em 1992
- a Cimeira do Milénio em 2000
-a Conferência de Monterrey
-a Cimeira da Terra (o Rio+10) em Johannesburgo 2002
Ao visitar algumas ligações aos eventos referidos pretende-se demonstrar que os esforços desenvolvidos “para ajudar os ceguinhos a atravessar a rua” mais não são do que mais do mesmo: - o domínio americano de sempre, sobre tudo o que se faça no planeta.
A exclusão do discurso do Secretário Geral da ONU do PROBLEMA DA DIVIDA dos países pobres e dependentes, que continua a aumentar, é sinal dessa evidência. www.inequality.org
1 – o 1º passo para o“Desenvolvimento Sustentado”
Em entrevista ao pretenso fundador da Eco-Economia - o americano Lester R. Brown que preside ao EARTH POLICY INSTITUTE, em WASHINGTON, ele recorda uma pequena historieta:
“Se você fizesse uma sondagem de opinião aos americanos em 6 de dezembro de 1941 e perguntasse se eles achavam que os EUA se deveriam envolver na guerra, acho que 85% teriam dito: "Nem pensar! Nunca!" E aí veio o 7 de dezembro [o ataque a Pearl Harbour] e tudo mudou. E muito rápido.
Um mês depois do ataque a Pearl Harbour, o presidente Roosevelt disse que o país iria produzir 40 mil tanques, 65 mil aviões, 20 mil peças de artilharia antiaérea. A indústria automobilística disse que não conseguiria produzir armas e carros ao mesmo tempo. E ele disse: "Vamos suspender a produção de carros nos EUA." http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u9534.shtml
Para este “ambientalista” Liberal, a resolução da contradição Ecologia/Economia trata apenas de adaptar a economia clássica que ao gerar uma distorção nos preços ignorando os custos ambientais que agravam ano a ano a situação dos ecossistemas terrestres – se vai resolver com o que propõe Brown: - a incorporação dos custos ambientais pela reestruturação do sistema tributário.
http://www.wwiuma.org.br/eco_download.htm
Nesta visão de McWorld americano, não tardará muito, e estaremos a pagar impostos sobre o ar que respiramos!
No entanto,nos discursos a retórica é outra:
2 – nas Conferências da ONU sobre financiamento para o desenvolvimento em Monterrey
http://www.onuportugal.pt/CMonterrey.pdf
afirma-se:
“O seu objectivo é erradicar a pobreza, alcançar o crescimento económico
continuado e promover o desenvolvimento sustentável, rumo a um sistema económico mundial plenamente favorável à inclusão e equitativo.
Chegou-se a um acordo sobre a necessidade de “um aumento substancial” da Ajuda
Pública ao Desenvolvimento (APD) e de conseguir apoio ao aumento da ajuda, exortando os países desenvolvidos a “fazerem esforços concretos no sentido de alcançar o objectivo de canalizar 0,7% do seu PIB para a APD”,
3 - a Cimeira do Milénio da ONU em 2000
“Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)”
Os organismos da ONU, o Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da
OCDE e, em muitos casos, o BANCO MUNDIAL e o FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI), TRABALHAM (!) para apoiar os relatórios sobre os ODM relativos a cada um dos países em desenvolvimento.
http://www.onuportugal.pt/Ficha_de_Informacao1.pdf
O valor em dólares da ajuda ao desenvolvimento teria de duplicar para mais de 100 mil milhões de dólares, para se poder alcançar o objectivo acordado internacionalmente de reduzir para metade a pobreza extrema até 2015.
Em média, a percentagem do Produto Nacional Bruto (PNB) dos países doadores destinada à APD já estava a diminuir, quando a comunidade internacional aprovou, pela primeira vez, em 1970, a meta de contribuir com 0,7% do seu PIB. Essa taxa estabilizou efectivamente entre os 0,3 e os 0,35% , até ao início dos anos 90, altura em que começou de novo a diminuir. Em 2000, a APD fornecida pelos 22 países membros do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) representou, em média, 0,22% do seu PIB. Mesmo se excluirmos os Estados Unidos, que nunca se comprometeram a atingir a meta dos 0,7%, a média foi de apenas 0,33%.
O NIVEL DA AJUDA AO DESENVOLVIMENTO É, ACTUALMENTE, O MAIS BAIXO DOS ULTIMOS TRINTA ANOS!
http://www.un.org/esa/ffd/quantity-final.pdf
4 – Cimeira da Terra Rio+10 – Cimeira sobre o Desenvolvimento Sustentável, Joanesburgo, 2002
Mais uma vez, consulte-se a Bíblia do pensamento Ecológico,,, e a cargo de que patrocinadores?
Do WWI - Worldwatch Institute
- “o Estado do Mundo”
clique aqui http://www.wwiuma.org.br/estado_do_mundo.html para fazer o download gratuito e integral das publicações
e leia-se a apresentação do Presidente do BID – BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO - Enrique Iglesias
http://www.wwiuma.org.br/em2004_eiglesias.htm
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segunda-feira, dezembro 06, 2004
PANDEMÓNIO
George Grosz (1893-1959)
Os cinco paises mais ricos concentram, globalmente 80% dos activos geridos pelos investidores institucionais em todo o mundo
Este "motor" do novo Capitalismo não tem rosto, é supranacional e não paga impostos ao Estado (seja ele qual fôr) refugiando-se na impunidade fiscal dos Off-shores.
O peso dos Investidores Institucionais (IDE - na sua maioria os especulativos hedge funds) na Economia mundial tornou-se enorme.
O montante total dos seus activos era em 2002 segundo dados da OCDE de 27 triliões de dólares, o que ultrapassa o PIB conjunto dos principais paises industrializados.
A forma como estes activos estão destribuidos é tambem muito desigual
50% para os Estados Unidos
14% para o Japão
9% Reino Unido
e apenas 5% para a França e Alemanha em conjunto
A correcção desta anormalidade, através da aplicação da Taxa Tobin
www.atacc.org é uma das principais reivindicações dos movimentos alternativos a esta Globalização (que é apenas Financeira) como primeira medida para se começar a pensar introduzir uma outra Ordem possivel na selvagaria vigente.
É urgente a exigência da taxação das transacções financeiras JÁ!
Três-quartos do IDE utilizado na construção de fábricas ou na aquisição de empresas locais destina-se a dez países liderados pela China e Brasil
Os países mais pobres – quarenta e sete países cujo rendimento per capita não ultrapassa os 750 dólares anuais – não atraem mais do que 2,5% do Investimento Directo estrangeiro mundial. Para estes países, a ajuda pública ao desenvolvimento é ainda a sua principal fonte de financiamento externo, estando estimada em 54 mil milhões de dólares em 2000, tendo deminuido nos últimos anos – 61 mil milhões de dólares em 1992 – e não representando mais do que 0,2% do PIB dos países ricos!
Será que se pode falar de Globalização, quando uma parte tão importante do planeta está praticamente EXCLUIDA da finança internacional?
Bibliografía:
Braudel Papers - http://www.braudel.org.br/paper17.htm
“O novo Capitalismo” de Dominique Plihon - Editora Campo da Comunicação
ATTAC – “Que faire du FMI et de la Banque Mondiale ? Edit. Fayard
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domingo, dezembro 05, 2004
Democracia, Evolução e Teoria do Caos
Quanto maior em diversidade (complexidade e quantidade) for a teia
de relações num ecossistema, maior a probabilidade de ele ser
estável no tempo
A sociedade democrática também é semelhante à evolução: milhões
de agentes actuam nela, cada qual com seus objetivos, ideias e valores
O facto de as democracias apresentarem bons resultados decorre principalmente da participação de todos no processo decisório, sem distinção quanto à capacidade intelectual, importância, sabedoria, cultura, raça, credo, poder econômico ou qualquer outro aspecto.
Quanto mais abrangente e qualificada fôr a intervenção dos indivíduos nas decisões coletivas, mais eficiente a democracia e melhores e mais duradouros os seus efeitos. Portanto, enquanto parcelas significativas da sociedade estiverem excluídas das decisões (por razões econômicas, por exemplo), menos perceptíveis serão, no curto prazo, os efeitos benéficos dessa forma de governo. Baseando- se em analogias com a teoria da evolução e a teoria do caos, argumenta-se que há uma correlação entre democracia e prosperidade, pois, no longo prazo, as decisões de muitos agentes são mais eficientes que as de poucos elementos, e que a radicalização da democracia permite acelerar o processo de aprendizagem social, tornando a sociedade como um todo mais apta a tomar decisões complexas.
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