Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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segunda-feira, dezembro 06, 2004
PANDEMÓNIO
George Grosz (1893-1959)
Os cinco paises mais ricos concentram, globalmente 80% dos activos geridos pelos investidores institucionais em todo o mundo
Este "motor" do novo Capitalismo não tem rosto, é supranacional e não paga impostos ao Estado (seja ele qual fôr) refugiando-se na impunidade fiscal dos Off-shores.
O peso dos Investidores Institucionais (IDE - na sua maioria os especulativos hedge funds) na Economia mundial tornou-se enorme.
O montante total dos seus activos era em 2002 segundo dados da OCDE de 27 triliões de dólares, o que ultrapassa o PIB conjunto dos principais paises industrializados.
A forma como estes activos estão destribuidos é tambem muito desigual
50% para os Estados Unidos
14% para o Japão
9% Reino Unido
e apenas 5% para a França e Alemanha em conjunto
A correcção desta anormalidade, através da aplicação da Taxa Tobin
www.atacc.org é uma das principais reivindicações dos movimentos alternativos a esta Globalização (que é apenas Financeira) como primeira medida para se começar a pensar introduzir uma outra Ordem possivel na selvagaria vigente.
É urgente a exigência da taxação das transacções financeiras JÁ!
Três-quartos do IDE utilizado na construção de fábricas ou na aquisição de empresas locais destina-se a dez países liderados pela China e Brasil
Os países mais pobres – quarenta e sete países cujo rendimento per capita não ultrapassa os 750 dólares anuais – não atraem mais do que 2,5% do Investimento Directo estrangeiro mundial. Para estes países, a ajuda pública ao desenvolvimento é ainda a sua principal fonte de financiamento externo, estando estimada em 54 mil milhões de dólares em 2000, tendo deminuido nos últimos anos – 61 mil milhões de dólares em 1992 – e não representando mais do que 0,2% do PIB dos países ricos!
Será que se pode falar de Globalização, quando uma parte tão importante do planeta está praticamente EXCLUIDA da finança internacional?
Bibliografía:
Braudel Papers - http://www.braudel.org.br/paper17.htm
“O novo Capitalismo” de Dominique Plihon - Editora Campo da Comunicação
ATTAC – “Que faire du FMI et de la Banque Mondiale ? Edit. Fayard
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