1 - Pela própria natureza do Capital, o sistema capitalista precisa de se expandir sempre, sob pena de estagnar e morrer (Karl Marx).
Do retorno do investimento financeiro necessário á sua reprodução os capitalistas fazem retirar uma parte destinada á administração do sistema que garanta que a apropriação de mais-valias remunere em primeiro lugar o Capital em detrimento do restante e antagónico interveniente na Produção de bens: o Trabalho.
Trocado por miúdos: - os Proprietários possidentes fazem pagar os custos da máquina administrativa ás Classes que nada ou pouco têm e que apenas podem sobreviver da venda no Mercado do seu trabalho. Essa “máquina” chama-se Estado que “não é mais do que uma comissão para administrar os negócios comuns de toda a classe burguesa”, como observou Marx.
Resumindo: os Pobres pagam a Estabilidade dos Ricos, pagam a policia (as “forças da Ordem”) que os controlam e reprimem caso pensem em revoltar-se, pagam os Exércitos dos países ricos que controlam e reprimem caso necessário os países Pobres, caso estes se rebelem contra a “Ordem natural” das forças que regem o Capital.
2 – Na sequência das habituais crises cíclicas de sobreprodução, quando em Março de 2000 a Nova Economia “crashou” em Nova Iorque (o Nasdaq desvalorizou 68% em 3 semanas!), a Crise atingiu proporções globais pondo o Sistema á beira do descalabro e da bancarrota generalizada.
No improdutivo Portugal, a viver á custa de créditos vincendos, vendo a tempestade ao longe, António Guterres sob o pretexto da “falta de confiança do eleitorado” pisgou-se da responsabilidade de garantir o regular funcionamento da máquina administrativa: o tal Estado.
Eleito e cozinhado na ressaca, o governo da coligação de Durão Barroso, prestando-se diligentemente a enfrentar o problema, tomou as medidas necessárias para desmantelar os direitos adquiridos pelos Pobres/Classes Médias para, perante a borrasca, voltar a pôr o Estado a garantir o tradicional Lucro dos Ricos, o que em politiquês se designa por Estabilidade.
3 – Os Estados Unidos “resolveram” a Crise optando pelo investimento na Indústria da Guerra.
Durão Barroso colou Portugal a esta politica (afinal de continuidade: vidé os Balcãs/Nato/já desde1995), prestando-se a ser o Aliado diligente (o estalajadeiro teso)
na Cimeira dos Azores.
Mas este modo de vida, está difícil para os funcionários ao serviço do Capital, e o Estado Português (como um dos elos mais fracos do sistema) continuou a ameaçar quebrar-se continuando os Ricos a ter de pagar do seu bolso os prejuízos da má- gestão PSD-PP,,, Como diria Marx, em face da barbárie desregulada vigente, “estaria aqui eminente a ruína comum das duas Classes contendoras”
4 – Chamado a exercer funções como menor denominador comum na União Capitalista de Monopólios Europeus (UE) como fiel depositário dos interesses americanos na Europa, Durão Barroso subrepticiamente tratou de deixar o arranjinho concertado com o Presidente americanófilo incondicional Jorge Sampaio: - com quase 4 anos cumpridos no desmantelamento do Estado-Providência pensou-se que qualquer badameco poderia servir de Ícone á frente da máquina do Estado expurgada de custos supérfluos.
Além do mais, o produto do saque capitalista do Império na rapina do petróleo estaria para chegar em breve, o que permitiria a mítica “retoma”,,,
5 – Após estes 4 conflituosos meses de “PRIC” (Período Reaccionário Indigente em Curso) á beira do colapso, eis senão quando Paulo Portas o homem (!) forte deste Governo resolve tirar um saboroso coelho da cartola: - o descalabro dever-se-ia á tentativa da Coligação de Direita em, pela 1ª vez neste país, fazer pagar mais impostos ao capital financeiro!
Ahahahah!
E assim, este ano, tivemos um Carnaval antecipado! Pobretes mas alegretes,,,
Ahahahah!
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