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domingo, dezembro 12, 2004

a ONU e a "Defesa dos Pobres"

“Aqueles que se apresentam a si próprios como,,, “defensores dos pobres” devem tambem demonstrar uma maior decência no respeito pela Verdade”
Thabo M`Beki - Presidente da África do Sul

Kofi Annan escreveu recentemente um artigo no Expresso-Online onde foca a directiva da ONU de pretender reduzir a pobreza em 50% até ao ano 2015. E para isso, recordou os esforços já desenvolvidos referindo as diversas cimeiras realizadas: - a Cimeira do Rio em 1992
- a Cimeira do Milénio em 2000
-a Conferência de Monterrey
-a Cimeira da Terra (o Rio+10) em Johannesburgo 2002

Ao visitar algumas ligações aos eventos referidos pretende-se demonstrar que os esforços desenvolvidos “para ajudar os ceguinhos a atravessar a rua” mais não são do que mais do mesmo: - o domínio americano de sempre, sobre tudo o que se faça no planeta.
A exclusão do discurso do Secretário Geral da ONU do PROBLEMA DA DIVIDA dos países pobres e dependentes, que continua a aumentar, é sinal dessa evidência. www.inequality.org

1 – o 1º passo para o“Desenvolvimento Sustentado”
Em entrevista ao pretenso fundador da Eco-Economia - o americano Lester R. Brown que preside ao EARTH POLICY INSTITUTE, em WASHINGTON, ele recorda uma pequena historieta:
“Se você fizesse uma sondagem de opinião aos americanos em 6 de dezembro de 1941 e perguntasse se eles achavam que os EUA se deveriam envolver na guerra, acho que 85% teriam dito: "Nem pensar! Nunca!" E aí veio o 7 de dezembro [o ataque a Pearl Harbour] e tudo mudou. E muito rápido.
Um mês depois do ataque a Pearl Harbour, o presidente Roosevelt disse que o país iria produzir 40 mil tanques, 65 mil aviões, 20 mil peças de artilharia antiaérea. A indústria automobilística disse que não conseguiria produzir armas e carros ao mesmo tempo. E ele disse: "Vamos suspender a produção de carros nos EUA." http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u9534.shtml

Para este “ambientalista” Liberal, a resolução da contradição Ecologia/Economia trata apenas de adaptar a economia clássica que ao gerar uma distorção nos preços ignorando os custos ambientais que agravam ano a ano a situação dos ecossistemas terrestres – se vai resolver com o que propõe Brown: - a incorporação dos custos ambientais pela reestruturação do sistema tributário.
http://www.wwiuma.org.br/eco_download.htm
Nesta visão de McWorld americano, não tardará muito, e estaremos a pagar impostos sobre o ar que respiramos!

No entanto,nos discursos a retórica é outra:
2 – nas Conferências da ONU sobre financiamento para o desenvolvimento em Monterrey
http://www.onuportugal.pt/CMonterrey.pdf
afirma-se:
“O seu objectivo é erradicar a pobreza, alcançar o crescimento económico
continuado e promover o desenvolvimento sustentável, rumo a um sistema económico mundial plenamente favorável à inclusão e equitativo.

Chegou-se a um acordo sobre a necessidade de “um aumento substancial” da Ajuda
Pública ao Desenvolvimento (APD) e de conseguir apoio ao aumento da ajuda, exortando os países desenvolvidos a “fazerem esforços concretos no sentido de alcançar o objectivo de canalizar 0,7% do seu PIB para a APD”,

3 - a Cimeira do Milénio da ONU em 2000

“Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)”
Os organismos da ONU, o Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da
OCDE e, em muitos casos, o BANCO MUNDIAL e o FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI), TRABALHAM (!) para apoiar os relatórios sobre os ODM relativos a cada um dos países em desenvolvimento.
http://www.onuportugal.pt/Ficha_de_Informacao1.pdf

O valor em dólares da ajuda ao desenvolvimento teria de duplicar para mais de 100 mil milhões de dólares, para se poder alcançar o objectivo acordado internacionalmente de reduzir para metade a pobreza extrema até 2015.

Em média, a percentagem do Produto Nacional Bruto (PNB) dos países doadores destinada à APD já estava a diminuir, quando a comunidade internacional aprovou, pela primeira vez, em 1970, a meta de contribuir com 0,7% do seu PIB. Essa taxa estabilizou efectivamente entre os 0,3 e os 0,35% , até ao início dos anos 90, altura em que começou de novo a diminuir. Em 2000, a APD fornecida pelos 22 países membros do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) representou, em média, 0,22% do seu PIB. Mesmo se excluirmos os Estados Unidos, que nunca se comprometeram a atingir a meta dos 0,7%, a média foi de apenas 0,33%.

O NIVEL DA AJUDA AO DESENVOLVIMENTO É, ACTUALMENTE, O MAIS BAIXO DOS ULTIMOS TRINTA ANOS!
http://www.un.org/esa/ffd/quantity-final.pdf

4 – Cimeira da Terra Rio+10 – Cimeira sobre o Desenvolvimento Sustentável, Joanesburgo, 2002

Mais uma vez, consulte-se a Bíblia do pensamento Ecológico,,, e a cargo de que patrocinadores?
Do WWI - Worldwatch Institute
- “o Estado do Mundo”
clique aqui http://www.wwiuma.org.br/estado_do_mundo.html para fazer o download gratuito e integral das publicações
e leia-se a apresentação do Presidente do BID – BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO - Enrique Iglesias
http://www.wwiuma.org.br/em2004_eiglesias.htm
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