Pesquisar neste blogue

quarta-feira, setembro 02, 2015

Há novidades fashion no Malecon

O Índice de Desenvolvimento Humano de Cuba (IDH) é o mais elevado da América Latina. A educação é gratuita desde a primária ao grau académico mais elevado, os cuidados de Saúde são gratuitos, a habitação tem custos controlados pelo Estado quase insignificantes comparados com os salários, há eleições livres a todos os niveis politicos, desde a comunidade local que escolhe e apresenta os mais aptos a candidatos (e não um directório partidário) subindo na hierarquia, consoante as suas capacidades, até aos cargos mais importantes para a Assembleia Nacional Popular. Obviamente, quem se identifica mais com a mundivisão comunista e do internacionalismo proletário sobe mais depressa (e aqui não sobem os Loureiros, Relvas, Varas, Constâncios e Cavacos?).


Subsiste no entanto um problema, Cuba não é autosuficiente, nem sequer no plano alimentar. É sobre este pano de fundo que o presidente Raul Castro é convidado desde 2009 para interagir com o Forum de Davos, onde se debatem e decidem as linhas económicas globais de desenvolvimento geoestratégico. Como corolário o secretário John Kerry e Raul Castro lá apertaram as mãos ao fim de 55 anos - o que não significa o fim do embargo que dura desde 1960, nem sequer a devolução da famigerada base militar de Guantanamo, mas uma tentativa de controlo da politica económica cubana por outros meios. Certo é os Estados Unidos dirigidos por oligarquias multinacionais e os seus protectorados têm mais aprender com Cuba que o povo cubano tem a aprender com  a irracionalidade dos mercados dirigidos pelo imperialismo dos Estados Unidos. Que não se criem ilusões, os Estados Unidos não mudaram a sua política externa em relação a Cuba, trata-se apenas de uma mudança da sua estratégia. E o objectivo dessa (“nova”) estratégia continua a ser a mesma: o domínio global – os EUA estão apenas a ensaiar uma nova táctica em Cuba.

1 comentário:

Bate n-avó disse...

Meu caro,
ouvi ontem na tvi21 a entrevista do seu familiar, chamou-me a atenção em especial do discurso do Dr. Garcia, sobre o caso de Espanha querer apropriar-se de mais alguns quilómetros das nossas águas territoriais e eventualmente de os EUA estarem em segredo a cozinharem com o nosso governo, roubarem-nos mais uma extensão de território em relação ao gás existente na nossa costa!?! Poderíamos saber mais sobre isto?!?

Agradecido.