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sexta-feira, setembro 18, 2015

sobre a Dívida, qual a sustentabilidade de que falam os "Credores" internacionais e os seus agentes internos?

Merkel e Yellen, a dependência
Acabado de ver no canal europeu "Euronews", a retórica começa assim: "Estamos presos num dilema em que a resposta de curto prazo é 'Hey, cada um de nós tem que viver dentro das suas possibilidades". Mas essa não é uma resposta que se possa aplicar a um país, porque há medidas sociais que não são mensuráveis em dinheiro, porque isso significa simplesmente que um país se pode tornar cada vez mais pobre" - e essa questão é travestida para: "Como é que os países podem decidir o quanto eles se podem dar ao luxo de pedir emprestado? (mas de seguida nada se diz do luxo ao qual outros paises se podem permitir emprestar consoante o seu pode de "imbalance" - o que uns tiram, faz falta aos outros). A peça televisiva passa de seguida a analisar os casos mais dramáticos do sistema, Portugal e Grécia: "a sustentabilidade da Dívida tornou-se uma questão crítica para ambos os governos e investidores internacionais durante a última meia década de crise financeira. Como todos os países precisam de pedir emprestado para financiar as suas economias, é de vital importância a politica de bailout da Europa para paises como a Grécia e Portugal".

Adiante explica-se "minuciosamente" como funciona o sistema neoliberal através de gráficos: Os "investidores" pedem dinheiro aos bancos emissores emprestando-o por sua vez aos Estados, que depois pagam os empréstimos com juros a esses investidores privados. Lindo serviço. Temos assim uma situação em que os investidores privados pedem dinheiro a uma taxa próxima do zero, como Janet Yellen reafirmou hoje, e os utentes da banca, ao efectuarem pagamentos com um simples cartão-de-crédito sujeitam-se a pagar juros entre 15 e 19%. Pôr a economia a pagar juros leoninos a investidores privados é um bom negócio para a cáfila de parasitas que o povo sustenta. Como é que isto se pode pôr em causa pelos partidos do arco da governação dos interesses desses investidores privados?

 

Este cabeçalho "noticioso" de ontem refere-se a um relatório do BCE de há 3 anos, mas só agora veio à baila, insinuando-se que o total da ajuda aos Bancos (para explorarem o povo)  rondaria apenas os 20 mil milhões de euros! na verdade, desde 2008, os números da própria Comissão Europeia totalizam 86,58 mil milhões. (conferir aqui). Os valores surripiados pelas diversas quadrilhas acolitadas desde sempre no poder são, como se vê, muito maiores. Isto é prova provada de que a divida não é do Povo Português, mas dos Banqueiros ao serviço de um Europa colonialista. Logo, essa dívida é ilegal e odiosa face ao direito internacional. Assim sendo, nenhum dos partidos que se apresentam ás eleições legislativas que escondam a sua posição face a esta ilegalidade merecem o apoio das vitimas deste roubo gigantesco.

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