O maior fundo financeiro (hedge-fund) do mundo foi apresentado pela primeira vez em 2012, uma pequena empresa de que ninguém tinha ouvido falar: a Braeburn Capital, que, no entanto, tinha mais dinheiro que o Ray Dalio Bridgewater, o maior hedge-fund mundial. Como tinha essa pequena empresa que opera num pequeno prédio de escritórios anónimos nos confins do Estado de Nevada conseguido saltar para a fama ao suplantar o valor de caixa de 200 mil milhões da maior e mais valiosa empresa do mundo, a Apple?-
Apple??
|
em Deus a gente Confia |
Talvez
o mais notável seja o sitio onde a Braeburn Capital está fisicamente localizada: na cidade de Reno, a poucos quarteirões do conglomerado de casinos que fizeram a glória da Máfia nos seus anos de eldorado, onde se fizeram multimilionários que dali partiram para Miami, a seguir para o primeiro off-shore nas Bahamas para fugir a pagar impostos, depois para a colonizada Cuba, para toda a América Latina,
agora para todo o mundo.
É aqui em Reno que de novo se movem as fortunas dos ricos clientes estrangeiros em fuga dos cada vez mais visados paraísos fiscais, como as Bermudas, Cayman, etc
sujeitos às novas exigências de divulgação internacional. Inserindo-se no Fundo do clã-Rothschild gerido no Nevada esses capitais estão isentos. Aqui a prevenção para fugir ao fisco é legal.
Não se tratando de “conspiração”, uma vez que a aura de Reno foi trazida ao mundo por cortesia da reportagem da Bloomberg ao propor o debate sobre o “World’s Favorite New Tax Haven". No artigo o foco recai sobre uma empresa muito mais notória: os Rothschilds&Co. Em Setembro passado,
num auditório com vista para a baia de San Francisco, Andrew Penney, diretor-gerente da Rothschild & Co. organizou uma conferência sobre o modo como elite multimilionária do mundo pode evitar o pagamento de impostos - a mensagem era clara: vocês podem ajudar os vossos clientes a transferir as suas fortunas para os Estados Unidos, livres de impostos e escondendo-as dos vossos governos”. Na gíria chamam-lhe agora
a “nova Suiça”, ah, a ironia dos ricos: anos a fio desde a grande regressão de 2008 com a administração Obama a fingir que luta para destruir o modelo bancário suíço à base de sigilo, são os próprios Estados Unidos que assumem o papel de maior, senão o paraíso fiscal mais secreto do mundo. E o epicentro é aquele modesto prédio no Nevada.
|
um sitio que ninguém desconfia, com raizes no crime |
Para os Suíços o assunto não é nada divertido. Depois de anos criticando outros países por ajudarem os americanos ricos a esconder o seu dinheiro offshore, os EUA estão a emergir como um paraíso fiscal e de sigilo levando para lá os estrangeiros ricos. Ao resistir às novas normas de informação globais, os EUA criam um novo mercado para esconder riqueza externa. Todos os escritórios de advocacia do mundo de antiga confiança dos bancos suíços principiam a colaborar no convite . "Ouve-se o som de uma sucção gigante - o som de dinheiro a correr para os Estados Unidos” escreveu um analista da Anaford AG de Zurique.
A empresa diz que a sua operação em Reno atende grandes depositantes de famílias internacionais atraídos pela estabilidade, confiança e regulamentação dos EUA e que esses clientes devem provar que cumpriram com as leis tributárias dos seus países de origem, “numa base de confiança” – além disso,
"a Braeburn Capital não foi criada com o objectivo de explorar a situação dos EUA ainda não se terem inscrito para cumprir as normas internacionais” jura a porta-voz Emma Rothschild Rees. Vejamos, os escritórios da Rothschild Trust North America LLC criada em 2012 em Reno não são fáceis de encontrar. Estão no 12º andar do antigo edifício sede norte-americana da Porsche.
O escritório do Procurador-Geral dos EUA é no sexto andar. No entanto, o directório do lobby não está listado com o nome de Rothschild. Em vez disso, o visitante deve ir para o 10º andar, aos escritórios do McDonald Carano Wilson LLP, uma firma de advocacia politicamente ligada aos governos. Vários ex-altos funcionários do Estado do Nevada trabalharam ou ainda trabalham ali, assim como os proprietários de alguns dos maiores casinos de Reno e Vegas e numerosos lobyistas registados. Um deles é Robert Armstrong gestor de grandes heranças ex-aquo com grandes propriedades do Estado, doravante também administrador da Rothschild Trust North America LLC. "
Nós não oferecemos alojamentos legais aos clientes, a menos que estejamos absolutamente certos de que os seus assuntos fiscais estão em ordem; os próprios clientes e gabinetes de assessorias fiscais independentes devem confirmar-nos activamente que é esse o caso ", disse Rees. Como foi que diz que disse? Releia-se a frase novamente, e desta vez tente não se rir: Imagine um mundo em que ambos, clientes e consultores fiscais privados, que gerem tantos conflitos e são incentivados a mentir monetariamente, a confirmarem que eles e os seus clientes não são vigaristas na fraude aos impostos? Isso é quase tão bom como Wall Street fazer a regulação das suas próprias actividades financeiras.
Pelo menos
1,6 triliões de fundos ilícitos são lavados através do sistema financeiro global a cada ano, de acordo com uma estimativa das Nações Unidas. Um banco suiço admitiu ter ajudado clientes norte-americanos a esconder rendimentos em offshores a partir do Internal Revenue Service e concordou em pagar uma multa de 11.500.000 dólares e encerrar cerca de 300 contas pertencentes a contribuintes norte-americanos num total de 794.000.000 dólares em activos.
O nosso Andrew Penney que supervisiona o negócio de Reno, é um advogado de longa data dos Rothschild que antes trabalhou à sua maneira nas operações de confiança da empresa na pequena ilha britânica de Guernsey. O mesmo Penney da conferência de San Francisco é actualmente director-geral baseado na City de Londres da Rothschild Wealth Management &Trust, que lida com cerca de 23.000.000.000 de dólares de 7.000 clientes em escritórios por todo o mundo, incluindo Milão, Zurique e Hong Kong. Alguns anos atrás, foi eleito o "Agente Fiduciário do Ano" por um grupo de elite de gestores de riqueza do Reino Unido.
|
capital de risco? isso era antigamente |
Embora nenhuma das acções descritas possa ser considerada como uma surpresa para quem vem acompanhando a evolução financeira deste 2008, mostram como o sector imobiliário dos EUA tem sido utilizado pelos oligarcas estrangeiros para branquear dinheiro ilegal. Para Jesse Drucker da Bloomberg averiguar quantos biliões (ou talvez apenas milhões - o governo dos EUA é uma prostituta muita barata) foram pagos por baixo da mesa pelos Rothschild e Companhia para subornar o governo dos Estados Unidos e permitir este tipo de circulação de capitais, incestuosamente legalizando a fraude fiscal em solo americano, e quanto o clã Rothschild irá recolher em milhares de milhões em honorários de consultoria financeira para dar um futuro radioso aos que descaradamente roubam aqueles que pagam os seus impostos: a classe média.
3 comentários:
mais um excelente post. parabéns!
e ainda dizem que o Madoff é o maior ladrão da história lol
http://hyperborea-land.blogspot.pt/2015/01/maravilhas-do-capitalismo.html
agora, é preciso coragem para cagar no politicamente correcto e tocar na ferida.
é preciso dizer claramente quem são estes mafiosos que encabeçam o capitalismo.
os que puseste aqui, são todos judeus!
http://3.bp.blogspot.com/-p8yK0Gnw-lQ/VqohF_8-NDI/AAAAAAAApwM/kLzsMGB8jgQ/s1600/Braeburn%2BCapital7.jpg
e depois ainda aparecem uns atrasadinhos mentais da direita neocon a dizer que isto são tretas e conspirações e tal...
é por isso que prefiro um marxista anti-sionista do que essa escumalha toda junta.
não existe "capital de risco", é tudo uma fraude. eles ganham sempre.
por falar na tribo do deserto, o Zika tem dono: http://www.lgcstandards-atcc.org/products/all/VR-84.aspx?geo_country=es#history
http://www.lrb.co.uk/blog/2016/01/27/hugh-pennington/zika-virus-the-story-so-far/
Fui ver o filme hoje e penso que tem uma história perfeita da cronologia dos acontecimentos que levaram à crise de 2008!
http://www.nit.pt/article/01-13-2016-conheca-a-verdade-por-detras-de-a-queda-de-wall-street
Enviar um comentário