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As águias de hoje na guerra
Com os seus golpes traiçoeiros
Queimam os pastos da terra
Morrem de fome os cordeiros
Da guerra os grandes culpados
Que espalham a dor na terra
São os menos acusados
Como culpados de guerra
O oiro, o cobre e a prata,
Que correm pelo mundo fora
Servem sempre de arreata
P`ra levar burros à nora
Que o mundo está mal, dizemos
E vai de mal a pior;
E, afinal, nada fazemos
P`ra que ele seja melhor
Se os homens chegam a ver
Porque razão se consomem,
O homem deixa de ser
O lobo do outro homem
(Vila Real de Santo António, 1899-1949)
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