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terça-feira, abril 12, 2011

Antissemitismo, "Propaganda Nazi" e o depoimento jornalístico de Eça de Queiroz
















Nas suas “Cartas de Inglaterra”, Eça de Queiroz (1845-1900), que desempenha então o cargo de embaixador em Londres, descreve com muita argúcia o anti-Semitismo, quer na Inglaterra, onde o fenómeno se iniciou, importado do termo saído da pena do alemão Wilhelm Marr em 1873, quer na Alemanha do chanceler Otto Bismarck. Eça, ao mesmo tempo que relata o seu tempo, ironiza com o espavento com que os Judeus exibem a sua riqueza e a forma como se apoderaram “das duas grandes forças sociais – a Bolsa e a Imprensa”.

Eça considera um mau sinal dos tempos a pouca simpatia pelos alegadamente descendentes da tribo de Israel. A ascendência da “tribo eleita por Deus” nessa época em Inglaterra era notável (mantendo os seus descendentes o domínio no século XXI): o “judeu” Benjamin Disraeli tinha então obtido o titulo aristocrático de “conde de Beaconsfield” e sido primeiro ministro entre 1874-1880; na City de Londres Solomon e Dudley Joel (1865-1931) eram banqueiros provenientes das minas de ouro da África do Sul; o banqueiro Moses Haim Montefiore, oriundo de uma família italiana com raízes na Idade Média tinha sido presidente da Câmara de Londres, sendo casado com a filha do banqueiro Nathan Mayer Rothschild uma figura notável que detinha quase em regime de monopólio a grande indústria têxtil inglesa; o futuro banqueiro David Salomon (da Salomon&Brothers) tinha sido também nomeado o primeiro Lord Mayor de Londres; o banqueiro Samuel Montagu 1º Barão de Swaythling era membro da Câmara dos Lordes nomeado chefe da Comissão do Ouro e da Prata, a família de outro judeu autonomeado barão pela força do dinheiro extorquido ao Estado “sir” Isaac Lyon Goldsmid fora fundador do Banco de Inglaterra tendo angariado fortuna como accionista da Companhia das Indias que se dedicava à pilhagem dos mares desde a sua fundação e que sob a gestão do judeu de origem portuguesa Joseph Salvador prosseguiu a actividade lucrativa com o tráfico de Ópio para a China (1), etc. etc. - a lista é enormissima e a epopeia "semita" pode ser relembrada lendo a "História dos Judeus em Inglaterra"

Obviamente, nenhuma destas figuras seria de facto descendente dos antigos habitantes da Judeia (na Palestina), mas detinham sim uma posição secular usurpada ao longo dos tempos através do obscurantismo religioso medieval, e cuja numerosa prole contemporânea (como o historiador Simon Sebag da familia Montefiore) anda hoje por aí a pagar para que, regra geral, se encham os escaparates das livrarias com grosseiras aldrabices – uma situação ainda mais agravada depois do triunfo do importante lobie “judaico” dos Estados Unidos da América na Segunda Grande Guerra.
Escrevia então Eça de Queiroz nas Cartas de Inglaterra (numa edição publicada em 1907), não olhando particularmente para dentro da casa onde estava, mas equacionando preferencialmente as razões da proto-rivalidade económica e politica entre a Inglaterra e a Alemanha no virar para o século XX:

“Quase todas as grandes casas bancárias da Alemanha, quase todos os grandes jornais estão na posse do Semita. Assim torna-se inatacável. De modo que não só expulsa o alemão das profissões liberais, o humilha com a sua opulência rutilante e o traz dependente pelo capital; mas, injúria suprema, pela voz dos seus jornais, ordena-lhe o que há-de fazer, o que há-de pensar, como se há-de governar e com quem se há-de bater! Tudo isto ainda seria suportável se o judeu se fundisse com a raça indígena. Mas não. O mundo judeu conserva-se isolado, compacto, inacessível e impenetrável. As muralhas formidáveis do Templo de Salomão, que foram arrasadas, continuam a pôr em torno dele um obstáculo de cidadelas. Dentro de Berlim há uma verdadeira Jerusalem inexpugnável: ali se refugiam com o seu Deus, o seu livro, os seus costumes, o seu sabbath, a sua língua, o seu orgulho, a sua secura, gozando o Ouro e desprezando o cristão. Invadem a sociedade alemã, querem lá brilhar e dominar, mas não permitem que o alemão meta sequer o bico do sapato dentro da sociedade judaica. Só casam entre si; entre si se ajudam regiamente, dando-se uns aos outros milhões – mas não favoreceriam com um troco um alemão esfomeado; e põem um orgulho, um coquetismo insolente, em se diferenciar resto da Nação em tudo, desde a maneira de pensar à maneira de vestir. Naturalmente, um exclusivismo tão acentuado é interpretado como hostilidade – e pago com ódio. Tudo isto, no entanto, é a luta pela existência. O judeu é o mais forte, o judeu triunfa. O dever do alemão seria exercer o músculo, aguçar o intelecto, esforçar-se, puxar-se para a frente para ser, por seu turno, o mais forte. Não o faz: em lugar disso, volta-se miseravelmente, covardemente, para o Governo, e peticiona, em grandes rolos de papel, que seja expulso o judeu dos direitos civis, porque o judeu é rico, porque o judeu é forte”

Duas grandes guerras depois de Eça de Queiroz, quando o anti- semismo cunhado por Wilheim Marr era na verdade o combate contra o imperialismo económico das classes dominantes do Império Britânico, e depois das inúmeras guerras desencadeadas pelo capitalismo de catástrofe do século XXI, a maioria das vítimas continua a não entender a natureza do mal que oprime a humanidade; enquanto os seus fautores (que agora respondem pelo nome de mercados) continuam a enriquecer

(1) Quem são os herdeiros das fortunas obtidas com a Guerra do Ópio movida pela Grâ-Bretanha contra a China no século XIX? "Perceber a crise por David, o judeu Cameron"
.

8 comentários:

Anónimo disse...

olha o Spielberg:

http://holocaustdenier.com/

Anónimo disse...

ah o Wiesel, o impostor, foi apanhado!

http://www.revblog.codoh.com/2010/02/elie-wiesel-the-most-authoritative-living-witness-of-the-shoah/

Anónimo disse...

hoje é dia de comemorar o dia do grande camarada Gagarin:

http://www.firstorbit.org/

Anónimo disse...

garzón.......judeu?

Anónimo disse...

Isto está pior do que imaginava!!
Mas que os esquerdosos te aturem em vez de te tratarem como a qualquer verme fascista, isso sim, é que é a maior miséria.

ass: Mordecai

xatoo disse...

não sei se leste bem rabi Mordecai:
"o espavento com que os Judeus exibem a sua riqueza e a forma como se apoderaram “das duas grandes forças sociais – a Bolsa e a Imprensa" - o verdadeiro fascista era o Eça

Anónimo disse...

Nojento, este post.
Deviam ter-se atido á época e mais nada.
Também seria bom que começassem a denunciar os horrores do comunismo, como o Holodomor, etc. Os anos d e terror estalinista, tudo, desde 1917 até à queda do comunismo na ex URSS.

Anónimo disse...

tens imensa razão, Mordecai.
O Estaline e os seus progroms, o czar e os seus progroms. De tudo isso fazem tábua raza. Nao interessa que grandes bilionários americanos, tenham sido pobres emigrantes irlandeses, altamente católicos, não o que interessa a este anti-semitas é continuar a reforçar a caricatura do judeu capitalista que enriqueceu à custa da usura dos juros e da miséria dos outros.