Este ministro das Finanças é muito explicadinho e frontal (na televisão). Fora dos holofotes da caixa emissora de raios luminosos, recebe instruções, cumpre instruções. Com o seu paleio de filete congelado, como funcionário de longa data da estrutura da Europa neoliberal aprendeu há muito a compreender alemão...
"Todos sabemos que existe uma interdependência entre a infra-estrutura económica e a superestrutura ideológica. Quando o coordenador nacional do Bloco de Esquerda reclama um novo 25 de Abril na economia podemos concluir, portanto, que para Louçã, a superestrutura ideológica, onde se inclui o Estado, está bem, não precisa de qualquer alteração (...)
Esta luminária do trotskismo (transformado em reformismo, ultrapassando pela direita o internacionalismo proletário) ainda não compreendeu, ou finge não compreender, que sendo o edifício fiscal parte da superestrutura ideológica da burguesia, e das relações de produção capitalistas que conforma e reproduz, mobilizar os trabalhadores e o povo para a sua "reforma fiscal" é atirá-lo para um beco sem saída (...)
Alterar as condições de vida do povo implica lutar, não por uma "reforma" ou várias "reformas", mas sim pela alteração das condições que favorecem uma classe - a burguesia - em detrimento da maioria - a classe operária e o povo trabalhador. Implica, não um 25 de Abril de decepções e traições, mas uma revolução que destrua as relações de produção capitalistas que o 25 de Abril não destruiu. Implica a imposição de novas relações de produção - socialistas - e de um novo Estado, um Estado que sirva os interesses do povo, construído por cima dos escombros deste Estado que não é reformável (no Luta Popular)
(...) nessa situação deplorável, em que o capital desde o começo nasceu estrangeiro, a sociabilidade foi feita pela produção voltada para o mercado externo. E que tem isso a ver com a televisão? O que tem o capital estrangeiro a ver com o efeito psico-cultural da televisão na sociedade?
tem a ver com a mais valia obtida pela superestrutura ideológica do capitalismo
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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terça-feira, setembro 06, 2011
reformar a usura sem destruir a superestrutura ideológica?
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4 comentários:
Se ainda não viu, xatoo, veja esta reportagem sobre os senhores da guerra. A versão inglesa acabou de ser retirada pela vímeo:
Querem manter-nos num "Estado De Guerra Perpétuo"
A verdade sobre o Iraque e outras guerras.
obrigado pela colaboração. Passei para a primeira página do blogue
xatoo... eu é que tenho de agradecer.
A reportagem está fantástica!
Obrigada e um abraço
Políticos amadores pagos a peso de ouro... todos estes anos, com os resultados que estão à vista de todos.
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