“Têm abusado tanto da frase “anti-semita” que esta é recebida como uma medalha, porque indica que se está levantando o punho contra o terrorismo israelita” (James Petras)
O problema da partilha da Palestina foi um problema engendrado na Europa, não foi um problema provocado pelos habitantes locais, árabes, judeus, beduinos, que durante séculos sempre conviveram em harmonia, como é apanágio da doutrina do Islão (1).
A necessidade artificial do nascimento de um Estado “Nacional” judeu (uma etnia mais que duvidosa na sua impossível pureza genética, retrógrada no seu misticismo religioso, criminosa na sua politica racista), nasceu na Europa central, mais precisamente entre a assimilada comunidade prussiana (e depois alemã) durante o século XIX, cujos lideres mais não fizeram que seguir a onda dos nacionalismos europeus que conduziram à primeira grande guerra mundial. Com a vitória do Império Britânico, a derrota da Alemanha e o desmembramento do Império Otomano a oportunidade de apoio para a causa do "Lar Nacional Judaico" transferiu-se para Londres, que passou a ser a principal praça financeira mundial. A partir daí a casa dos banqueiros judeus Rothschilds financiou economicamente a causa e cozinhou a solução política com Lord Balfour. A “resolução” contida no plano de partilha da Palestina de 1917 é na verdade uma simples carta do ministro inglês Balfour ao Barão Rothschild garantindo-lhe o aval ao valor do investimento. (fonte)
Adolf Hitler, ou por simpatia porque também tinha raizes judaicas, ou por razões de estratégia do renascimento da Alemanha, foi um dos primeiros a apoiar a emigração de judeus para a Palestina através do Plano Haavara que fez das agências de viagens de Berlim um dos negócios mais fluorescentes na época. Hitler pensava certamente com essa politica causar problemas à hegemonia da rival Grã-Bretanha na Palestina, território sobre o qual esta mantinha um Mandato da Sociedade das Nações. Mandato que era repartido com a França sobre a Síria, ou seja, um arranjo de hegemonia europeu sobre o Médio Oriente feito em Genebra em benefício das potências vencedoras de 1918 que levava já na sua génese os interesses na indústria petrolifera. O que tinham os povos Árabes da Palestina, da Síria e das regiões limitrofes a ver com estas convulsões na Europa? Praticamente nada, limitaram-se a constatar que estavam a ser invadidos. Com a vitória Anglo-Americana na 2ª Grande Guerra a ocupação agravou-se. A causa Sionista venceu e o Estado de Israel foi fundado em 1948, dando inicio a uma longa história de décadas de guerras de expansão. É da memória desta história que saíu “o recado dado na ONU esta semana pela representação palestiniana à Grã-Bretanha: "vocês devem-nos um Estado independente e soberano”.
Uma história revisitada a partir do Islamismo persa onde inopinadamente se dá conta que o petit Portugal também foi colonizado (embora as elites nunca o mencionem)
O euro-deputado Miguel Portas eleito pelo Bloco “de Esquerda” (é só escolher: "direita" ou "esquerda"), declarou públicamente que o Estado de Israel tem todo o direito de existir”. Sabemos como Israel faz para não ter medo de existir: usa o holocausto (que transformou numa Indústria) como pretexto para extorquir dividendos financeiros, políticos e militares (é uma potência nuclear e Obama ajuda a causa), nomeadamente através do controlo da Reserva Federal norte americana e pela acção do lobie judaico instalado nos Estados Unidos que garante a fidelidade à causa Sionista de cada vez que é montado um simulacro de eleição para o lugar de presidente na Casa Branca. Se graças a deus (e ao irmão do ministro dos negócios estrangeiros português e outros alpinistas) Israel tem direito a existir nos presentes moldes, quem disser algo diferente passa por estar possuído pelo diabo.
Como é o caso da diabolização feita em torno da República Islãmica do Irão. Mas é daí, falhado que foi o golpe da “democratização” congeminado e financiado a partir do Ocidente, que vão ainda surgindo palavras com alguma lucidez. Recordando: “o designio da justiça e equidade (quist) no Livro (kitab), no seu conceito duplo legal e moral (adl), é colocar todas as coisas no seu lugar certo” (2):
“Várias delegações de países ocidentais, incluindo a de Portugal, deixaram esta quinta-feira a sala durante o discurso do presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, na Assembleia Geral da ONU. Numa intervenção marcada por referências anti-americanas e anti-ocidentais, Ahmadinejad apontou a presença de militares e de bases dos Estados Unidos em vários pontos do mundo e em países como a Alemanha, o Japão, a Coreia do Sul, a Itália, o Reino Unido e Portugal. "Qual é a justificação para a presença de centenas de bases militares e instalações de serviços de informações dos Estados Unidos em diferentes partes do mundo, incluindo 268 bases na Alemanha, 124 no Japão, 87 na Coreia do Sul, 83 na Itália, 45 nos Estados Unidos e 21 em Portugal ? Não quer isto dizer que não passa de uma ocupação militar ? Será que o armamento presente nestas bases não é uma ameaça à segurança de outras nações ?" (DN)
A última questão colocada no discurso de Mahmoud Ahmadinejad foi a de sugerir uma investigação independente sobre o que se teria passado realmente em 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos, acontecimento que foi o pretexto para a invasão de dois países e a ameaça latente de agressão sobre alguns outros, provocando carnificinas que não seriam imagináveis antes da lei internacional ter sido violada por um bando que criminosos que por via de um autêntico coup-d`Etat se alcandorou ao poder. Que escondem os governos dos EUA? o que escondem os seus cães de fila?
(1) No princípio a religião monoteísta dos cinco profetas legisladores era uma única, advogando uma perfeita união entre o Homem e a Natureza. Os conteúdos do Livro de Moisés, dos Evangelhos e do Zoroastrismo eram perfeitamente similares. Cada pessoa nascia marcada pelas suas crenças religiosas naturais. São os seus familiares e parentes e o ambiente onde se integram que fazem de cada um cristão, hinduísta, judeu ou budista. A partir do século VII, com formação escrita definitiva a partir dos califas Abássidas no século IX, o Islamismo veio corrigir práticas desviantes e as inúmeras falsificações sobre a finalidade do Homem como produção de Deus em perfeita harmonia com a Natureza. Na prática corrigiu além do mais o uso da Usura que é terminantemente proibida no Islão, enquanto é os juros especulativos e outros artifícios financeiros que alimentam o parasitismo social são uma prática comum entre os novos-Judeus e os Cristãos-velhos transviados - “O Islão é a religião que unifica o acto de veneração religioso e os actos sociais, o dogma e a lei, o espirito e a matéria, a economia e os valores essenciais, a vida e a morte, o Céu e a Terra” (al-Ghazali, "Da Alquimia da Felicidade")
(2) ibidem, al-Ghazali, sobre o al-Corão
.
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
¿alfredo pérez RUBALCABA pro- Estado Palestino?
Enviar um comentário