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segunda-feira, novembro 13, 2006

a Indústria do holocausto (I)

A capital Iraniana será palco de uma conferência sobre o Holocausto sob o nome de “Estudo sobre o holocausto: perspectiva mundial”. O presidente Ahmadinejad acusou a Europa (mas devia ter acusado os Estados Unidos) de ter utilizado o Mito do "holocausto" para criar o estado de Israel, uma lança no Médio Oriente para os interesses petrolíferos do pacto Atlântico. (ou, se quisermos, dos valores civilizacionais do Ocidente)

vencedor do melhor cartoon no recente concurso
levado a cabo no Irão sobre o "holocausto"


Considerando a geografia dos afectos, “a verdade desaparece quando a contamos” (Lawrence Durrel). É isto que vai constatar quem algum dia visite o “Holocaust Memorial Museum made in USA” lá para os lados de Washington. Edificado sobre pressão do lobie Judaico- americano a partir da administração Carter (1978) a coisa custou aos citizens pagantes americanos mais de 150 milhões de dólares – e, a obra inaugurada em 1993, dispõe anualmente de um orçamento de 18 milhões.
O que se haveria de dar a pensar a milhões de americanos originários ou descendentes das nações europeias - Alemanha, Austria, Russia, Polónia, Ucrânia, Roménia, Estónia, Lituania, Hungria, Irlanda, Checoslováquia, Itália, Açores, Balcãs - para quem as insignias do "exército alemão" significavam perseguições religiosas, tirania, opressão e matanças indescriminadas? - nada melhor do que fazer crer que as insignias do "exército vermelho" eram agora as dos novos inquisidores, armados em "libertadores". Tendo como alvo o baixo nivel de literacia desses imigrantes, não foi tarefa dificil - e os que nasceram depois, criados no "melting pot", educaram-se de raiz na estupidificação.

o Julgamento de Nuremberga
acerca da exibição do documentário de Christian Delage
no Canal Arte


o Regime Alemão derrotado no final da Grande Guerra em 1945 é julgado pelos vencedores, e as Potências aliadas são guiadas pelo critério de culpabilizar a pequena minoria da élite Nazi, ao mesmo tempo que perseguem uma estratégia concertada com objectivo de pacificar e despolitizar a Alemanha no pós-guerra.
A principal acusação é a de “genocidio” programado por um bando de malfeitores que teriam tomado o poder no Estado alemão. A analogia como que se passa actualmente nos EUA é flagrante. Porém é falso; a Alemanha elegeu o Partido Nazi (NSDAP) democraticamente, e um dos mentores na promoção e aceitação de Adolf Hitler como governante foi o chanceler social-democrata Von Pappen, precisamente o único dos julgados considerado não culpado em Nuremberga. Poderemos vir a julgar e condenar o “gauleiter republicano” George Bush e o seu gang extremista neocon, porém teremos que levar em linha de conta que o fenómeno deriva directamente das condições de expansão objectiva do capitalismo construido numa sequência lógica por todos os antecedentes esgotados no imperialismo clássico; e toda a América participou e participa nisso. Manter o american-way-of-life obriga a grande maioria a participar, e os “democratas” não terão as mãos limpas – apenas reinvindicam a necessidade de maior “competência” nas intervenções armadas.
Os procuradores de Nuremberga dividem as acusações consoante os interesses dos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e União Soviética. O procurador Jackson (EUA) apresenta 2 filmes ao tribunal montados pelo cineasta John Ford então a cumprir serviço militar nos Marines, jurando por sua honra que as imagens correspondem às filmagens verídicas feitas nos campos de concentração. Pela primeira vez são vistas imagens do horror e degradação humanas deixadas para trás na fuga precipitada do exército alemão a partir da primavera de 1945. No campo de Auschwitz (*1) a ênfase das imagens é posta nas valas comuns e nos buldozers removendo pilhas de cadáveres. O dramatismo transmitido é tal que quase somos levados a crer que quem conduz as máquinas são ainda os malvados nazis. Pela primeira vez é mostrado um forno crematório, (apesar de só haver um único forno, a foto exibida em tribunal mostra dois) no único campo onde tal tipo de equipamento foi construido, na sequência da depois baptizada pela propaganda dos vencedores como a “solução final” (a politica de exterminio de prisioneiros. O historiador David Irving ofereceu 1 milhão de dólares a quem conseguisse provar que a ordem partiu de Hitler ) decidida na Conferência de Wansee em Janeiro de 1942 . E fá-lo passando a ideia que haveria a mesma prática de “fornos crematórios” em todos os 36 campos de detenção disseminados pela Europa apesar de só existir uma só instalação desse tipo, no campo de Auschwitz). Os britânicos repetem a mesma ideia sobre o campo de Bergen-Belsen. Note-se que este era o campo-hospital para onde eram enviados - em vez de serem exterminados in loco! - os doentes de outros campos. É daqui que provêm as imagens dos montões de cadáveres. As imagens chocantes dos prisioneiros mortos-vivos ainda são hoje diáriamente exibidas numa encenação mediática no Imperial Museum of War em Lambeth no sul de Londres, omitindo a verdadeira natureza do campo.

A URSS apresenta igualmente um filme para documentar os crimes nazis – trata-se de um documentário sobre um massacre cujas vítimas são soldados do exército soviético levado a cabo pelos alemães no acampamento de Rostow, na Polónia. Um, entre muitos, dos resgatados com vida é o sargento russo Matveii Timokhov que pesava 36 quilos quando foi libertado. Imagens em tudo semelhantes às dos judeus que foram vítimas da guerra. Ou de outras dos campos de internamento aliados, só reveladas décadas depois.

O designação correcta para o campo de Trabalho que gerou a lenda do “Holocausto”
(conseguiriam mesmo gasear 6 milhões de judeus?, fora os outros grupos todos, em menos de um ano?) é a alemã Auschwitz?, e não Oswiecim em polaco?.

O campo situava-se no lander chamado Alta Silésia antigo território da Polónia (uma criação política decidida pelas potências vencedoras da I Grande Guerra (1914-1918) anexado pela Alemanha conforme a partilha alemã-soviética consignada no Tratado de Potsdam assinado a 23 de Agosto 1939 por Von Ribbentrop e pelo enviado de Estaline, Molotow. O tratado era uma revisão do Pacto de Moscovo, deixando implicita a politica de atacar a Polónia, exigindo a devolução da zona conhecida por "corredor polaco", do porto de Danzig (a futura Gdansk), que unia a Alemanha à Prússia Oriental. Os russos anexaram 123 000 quilômetros quadrados de território polaco, com a maior parte dos campos de petróleo do país e uma população de 13 milhôes de habitantes. O restante do país, com 117 000 quilômetros quadrados, uma população de 20 milhões de pessoas e a maior parte das áreas industriais, passou para a "protecção" do Reich alemão.

a deusa Borussia (Preuben)

Adolf von Menzel - 1848
Ephraim Palais, Berlin
A Alemanha, derrotada na I Grande Guerra e saída da grave recessão dos anos 20/30 procurava recuperar a antiga glória e o lugar livre que tivera entre as nações, em conjunto com a Rússia, o outro derrotado. A identificação entre os dois povos são mais profundas do que aquilo que parecem hoje em dia. Basta escutar os coros do Lohnengrin de Wagner. Embora a designação latina “Alemanha” derive da corruptela do nome do imperador franco Carlos V, “Charlesmagne”, que então ocupou militarmente o Sacro Imperio Romano (conseguiria Carolus Magnus derrotar o "terrorismo" anglo saxónico?), o espirito teutónico residia na ancestral Borrussia, a Deusa da Vitória do que haveria de ser a Prússia. Por outro lado quem não conhecer São Petersburgo, nem as ambições culturais dos Imperadores russos, lídimos representantes das familias das casas reais europeias em busca do modernismo ocidental, jamais poderá aspirar a conhecer aquilo que se pretende chamar Europa.
Aliás, o nome “europa”, como ideia politica de unificação, surge pela primeira vez invocado pelo “nacional-socialismo” para convocar o papão da aliança entre os bolcheviques russos e os liberais de expressão anglófona – aliança que, segundo a extrema direita nacionalista, destruiria a liberdade no continente atrelando-o aos interesses do imperialismo – retirando à Alemanha a independência e a auto-sustentabilidade.

Toda a propaganda alemã no periodo anterior à II Grande Guerra se centrou, depois do rompimento do Pacto de Potsdam e do inesperado ataque à URSS, no combate ao "bolchevismo". Depois da primeira fase de consolidação, os Nazis sempre conservaram o secreto desejo de virem a conseguir uma grande aliança civilizacional contra o "Comunismo"com os Estados Unidos. Quando esse objectivo se manifestou inviável inverteram a táctica virando-se contra aquilo que diziam ser a aliança russa-americana capitalista que os nazis afirmavam ser uma "ideia judaica", um complot dirigido por banqueiros e agiotas judeus, tanto russos como americanos. Esta não foi uma ideia apenas alemã havendo cartazes de outras origens com o mesmo objectivo, ao deste que se expõe no "Museu de História Alemã" em Berlim.

Para que se compreenda a ligação contemporânea, que é feita por gente primária e intelectualmente pouca séria, que afirma ser o "Comunismo"(dos sovietes na atrasada Russia) igual ao "Nazismo" (da industrializada Alemanha) é essencial que se compreenda a evolução histórica dos dois movimentos - o primeiro como ideia internacionalista de emancipação das classes pobres e deserdadas do povo (curiosamente diz-se que a ideia de revolução de Marx (ele próprio judeu) é um messianismo de origem judaica, o que se torna ainda mais intrigante quando há também quem diga que Estaline cujo verdadeiro nome era Joseph David Djugashvili era também judeu (shvili significa filho de "Djuga" a palavra georgiana para judeu como se usava fazer o baptismo entre eles); e durante a revolução Estaline adoptou o nome de guerra "Kochba", o lider judeu nas lutas contra o império de Roma;
a segunda ideologia, o Nazismo, tem como origem o pensamento de uma excelsa élite branca, nacionalista, colonialista, racista, com ponto alto na obra "Mein Kampf" (A Minha Luta) que teorizava em prol da pureza racial de uma minoria ariana, cuja fundamentação é bem conhecida (e continua), e se conjuga muito bem, ao invés do "comunismo", com actual ideologia ultraconservadora anglo-saxónica (WASP) do Império americano - Se mais diferenças radicais não houvesse, bastaria o ódio entre as duas correntes que se viu a seguir, que culminou na épica Batalha de Estalinegrado, para desfazer dúvidas. Por outro lado, as perseguições que levaram aos "progrons" dos judeus das classes baixas, muitos deles comprometidos com as diversas correntes de ideologia socialista e marxista também não fariam sentido se o "comunismo" fosse igual a "nazismo" (*1). Contudo, a história que se seguiu, com a fuga em massa das élites judaicas para os Estados Unidos e para o novo Estado de Israel na Palestina foi, e continua a ser, diferente.
Fugidos dos "progrons" da Rússia durante os anos grandes convulsões e de guerra civil (1890-1922) a população de judeus já era nos EUA, na época, superior a 2 milhões quando os banqueiros judeus sequestraram a Banca americana. As peripécias são conhecidas, foram divulgadas no famoso livro de Doug Henwood "Wall Street"(1998), com algumas partes já aqui respigadas.

O percurso do judeu mais tristemente famoso, como o maior assassino "em tempo de paz", (como os yankees gostam de vender o conceito) do século XX - Henry Kissinger completa esta ronda pela história:
"Quando a II GG se começou a decidir, Kissinger trabalhou com o General Lucius Clay em Oberammergau intermediando como homem chave os contactos com as unidades de Inteligência Militar e da CIA responsáveis por trazerem os espiões nazis para a América. Kissinger tinha integrado o Exército na Alemanha onde tinha como "mentor" o misterioso personagem Fritz Kraemer. Kraemer, um jovem de 30 anos tinha uma carreira silenciosa no Pentágono onde planeava as acções das divisões sob supervisão de Alexander Haig. Este, um destacado general, também conhecia a verdadeira identidade do jovem: o prisioneiro nº 33 num dos pavilhões de Dachau, o Tenente que servia Hitler, Fritz Kraemer. Mister Kissinger continuou a seguir os seus conselhos, e não tardou muito que fosse nomeado Secretário de Estado. A história completa pode ser lida aqui.

(*1) várias correntes socialistas e outros críticos da judia Hannah Arendt (originária de uma familia rica de Hannover que acabou nos EUA) e do economista austro- germano- americano Friedrich Hayek, mantêm a tese que não há nenhuma relação ideológica entre Nazismo e Marxismo;
como se disse, as duas correntes são visceralmente distintas. Dado que o Marxismo é a base ideológica do "Comunismo" as comparações feitas na "Origem dos Totalitarismos" (1951) são inválidas e o destino da obra, (salvo alguma pesquisa sobre dados históricos concretos) é o mesmo caixote do lixo de outras aberrações.

* Na medida em que a RTP 2 vai passar doses diárias reforçadas dos "Julgamentos de Nuremberga" durante uma semana inteirinha - vamos prescrever outros posts como remédio para a maleita; assim,
(continua)
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