“o Outro existe, sou Eu!”
José Saramago
permanece igual ao dos tempos coloniais
ou agravou-se com as vagas de imigração modernas?
As grandes narrativas históricas sempre tiveram perspectivas eurocêntricas
* Nos recados para os Outros (Subject to the Others): “British Women Writers and Colonial Slavery 1670-1834” - Moira Ferguson relembra-nos que os escritos femininos Abolucionistas, que prescreviam o fim da escravatura, redigidos pelas mulheres brancas fundaram um movimento politico de vanguarda – o que configura um padrão histórico mais complexo separando a mulher branca do homem branco, resultando na compreensão e no reconhecimento de novas condições de subalternidade.
* Em “Notes on the Post-Colonial” (1992) Ella Shohat sugere expandir a orientação académica de modo a incluir narrativas de mulheres, artistas e pensadores não europeus, que até hoje têm sido subalternos.
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A autora, de novo Ella Shoat, é uma árabe-judaica nascida em Israel e radicada nos Estados Unidos que em 2002 escreveu o argumento do documentário "Esqueçam Bagdad, Judeus e Árabes - a Conexão Iraquiana" (2002).
O realizador é o mesmo de “Babilónia2”, Samir, um imigrante filho de judeus na Suiça desde criança que, para recolher elementos para o argumento, se dirige aos seus parentes originários do Iraque. O pai, em particular, sempre lhe tinha falado dos seus companheiros Judeus no Partido Comunista do Iraque. Mas quando pretendeu contactar alguns deles, Samir não encontrou nenhum. Foi então que entrou em contacto com a professora Shoat da Universidade “City of New York”, que sabia ter escrito sobre os judeus-árabes, para compreender o que significa ser um “Judeu Oriental” em Israel, cuja designação é “Mizrachi”, um termo altamente pejorativo, devido ao enraizamento do tradicional sistema de castas entre os extremistas Sionistas, que já tinha levado à perseguição e aniquilamento dos judeus comunistas durante a II Grande Guerra. Esta é a pista: enquanto uns, os socialistas (e comunistas) como históricos oponentes ao colonialismo, são metódicamente dizimados, outros prosperam à sombra do Sionismo mundial adoptado como doutrina pelo poder do Império – em negócios como este: “Banco Mundial leva a cabo “take over" sobre o Banco de Israel” – país cujos capitais detêm a 2ª posição em Wall Street, logo depois das empresas e investidores norte-americanos.
Podemos então concluir, que estamos como sempre estivemos, na mesma Guerra Fria de sempre, do capitalismo contra o socialismo como doutrina de emancipação dos povos.
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Eugene Delacroix, Museu do Louvre, Paris
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