“as razões porque sou pró-americana”
menos de 24 horas depois de receber o seu novo “agente secreto” James Bond, no cinema Odeon em Leicester Square, a rainha Isabel II foi à Câmara dos Lordes ler, com a habitual pompa e circunstância, o “discurso do Trono”, ou seja, o papel que Blair lhe meteu nas unhas que define o programa legislativo de governo, formalidade que marca a abertura do ano parlamentar. O discurso intitulado “Segurança num Mundo em Mudança”, pela voz da soberana o Executivo, promete “mais acções para permitir uma comunidade forte, segura e estável tendo em conta a ameaça de terrorismo” seja lá o que isso fôr. Pelo que sabemos, esse é o ramo de negócio de Blair, que lhe trouxe a fama (e o proveito) de criminoso, e que o pôs à beira do despedimento pelo seu envolvimento na agressão ao Iraque; mas ao invés de ser julgado por isso, Blair pôs a Rainha de Inglaterra a “defender a causa” do “terrorismo” contra as civilizações que não são constituidas por arianos; causa onde a Familia Real Inglesa não é propriamente principiante em defesa da pureza da raça aristocrática branca,,,
No livro “Os Espiões de Gedeão” Gordon Thomas conta, entre muitas outras das actividades da MOSSAD no mundo, a história do atentado que vitimou a ex-Princesa Diana Spencer, condenada desde que se envolveu num caso sentimental com o filho do muçulmano Mohammed Al-Fayed, o dono dos luxusos armazéns Harrods em Londres.
Aqui ficam alguns excertos:
- “tinha sido tomada uma decisão pela Instituição (o M16), e a nivel muito alto, de que Diana não podia ser autorizada a casar com um muçulmano. Se assim fosse, o futuro rei de Inglaterra, o principe William, teria um árabe como seu padrasto e outro como seu avô.
-“eles não queriam isso. A rainha e o marido, os lacaios dela, esse horrivel irmão dela, Earl Spencer... nenhum deles queria. Nenhum deles queria um WOG na familia. Sabe o que é um Wog? É um Wily Oriental Gentleman (Astuto Cavalheiro Oriental), na clássica terminologia colonial britânica.
- “a chegada de Dodi à vida de Diana significou que, automaticamente, ele passasse a fazer parte da colecção de actividades do ECHELON transmitidas para Fort Meade no Maryland. Sem que soubessem, todas as conversas deles, mesmo as íntimas, eram silenciosamente recolhidas pelos satélites. Em 1997, o nome de Mohammed Al-Fayed também tinha sido acrescentado à pesquisa global do computador. Fora do círculo de familia, o ECHELON pode ter sido o primeiro a saber da esperança que ele tinha que o seu filho desposasse uma princesa real – e depois, mais tarde, a sua afirmação que, na véspera das suas mortes, ele havia planeado anunciar o noivado”
- “o M16 mexeu-se rapidamente. Richard Tomlinson, um dissidente dos serviços secretos britânicos, que sabia pormenores sobre este e outros casos e os vinha divulgando, foi preso e condenado a dois anos de prisão por violação do Acto de Segredos Oficiais. Quando saiu em Abril de 1998, ele foi a principal testemunha que tentou contar tudo o que sabia ao juiz francês que investigava as mortes de Diana e Dodi.
- “Tomlinson tinha provas que Henri Paul, o motorista, tinha conseguido fitas gravadas na suite Imperial do Hotel Ritz”
- “Uma pista sobre aquilo que podia ter acontecido surgiu, nos finais de Junho de 1999, quando se teve conhecimento que o misterioso Fiat Uno branco, vista a ziguezaguear no local do choque mortal de Diana e Dodi tinha ficado destruido num outro acidente de viação. Em poucos momentos, o Uno, do qual tinham sido encontrados no túnel rastos de tinta, ficara reduzido a um monte de metal para a sucata”
- “dos relatórios da CIA que envolveram as escutas, fazem parte 1051 documentos pelos quais Mohammed Al-Fayed tem lutado com os tribunais americanos para obter cópias. O Departamento de Justiça dos EUA utiliza o pretexto que tais documentos contêm material “sensivel para a segurança nacional” e como tal não poderiam ser disponibilizados.
- “a Grã Bretanha via-a como um “canhão descontrolado”. De facto ela era uma mulher de grande coragem que estava pronta a enfrentar o problema das minas terrestres” (a maior parte de fabrico americano)
- “ o relatório da MOSSAD sugere que essa sensibilidade pode referir-se às razões que levaram a Grã Bretanha a pedir aos Estados Unidos para ajudar na vigilância a Diana.
Para memória futura, o que fica é a escultura de bronze intitulada “Vítimas Inocentes” mandada erigir no Harrods em Londres, que mostra Diana e Dodi de mãos dadas erguendo uma gaivota
Terminamos como começámos: ¿Qual é a diferença entre Pacheco Pereira e uma Pomba?
"O judeu Noé larga a Pomba"
Marc Chagall, 1931
Musée du Message Biblique, Nizza
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário