Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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terça-feira, novembro 28, 2006
- Demografia,
- Malthus e a visão Marxista
Em redor de “O que os Media não Dizem” de Carlos Espirito Santo de Mello
(The Medias Taboo - An Essay on Population Growth)
Um grupo de psicólogos de São Francisco (EUA) na década de 70 levou a cabo um estudo cujo objectivo era aferir niveis de inteligência na diversidade racial, que elaboraram testes visando conhecer quatro das facetas do espirito humano:
- a Verbal, baseada em compreensão e interpretação de textos e vocabulário;
- a Geométrica, sobre a manipulação de figuras planas e no espaço tridimensional, logo com apoio de imagens;
- a do Raciocinio Abstracto, isto é, testes essencialmente lógicos-matemáticos sem apoios de imagens;
- a de Capacidade Criativa, sobre curtos desenvolvimentos de temas propostos.
Foram seleccionadas cinco etnias para o estudo comparativo:
- a caucasiana de representação euro-semítica;
- a sua variante indo-paquistanesa;
- a mongol sino-nipónica
- a ameríndia, nativa do continente americano, uma derivação da raça mongol; e
- a bantu, dos africanos a sul do Sahara até aos afro-americanos.
O exame recaiu sobre estudantes universitários de ambientes e níveis familiares comparáveis, no caso dos afro-americanos das classes mais abastadas.
Reduzidos a estatística, dos milhares de testes resultaram as chamadas “curvas de Gauss”, representação gráfica de forma campanular onde na zona central alta se juntam as maiores frequências e nas laterais, em curvas descendentes espalmadas nos extremos, as frequências cada vez mais raras quer do lado positivo quer do negativo. A sobreposição das “campânulas” para as várias etnias e testes não indicou desvios significantes. Isto é, em qualquer dos exames e correspondentes grupos raciais as sobreposições não eram suficientemente desviadas uma das outras para permitir concluir diferenças marcantes. Uma excepção apenas: na curva de Gauss referente ao raciocinio abstracto, não existia praticamente sobreposição da campânula africana com as demais, tal era o desvio negativo da sua representação gráfica. E o problema é que o raciocínio abstracto – seja as matemáticas e as ciências que nela se baseiam, desde as engenharias às astrofisicas, desde os computadores à fisica nuclear – é fundamento de todo o processo tecnológico que alimenta os nossos níveis de vida modernos. A publicação do estudo levantou uma onda de protestos por parte de todas as organizações afro-americanas, incluindo a influente National Associaton for Advanced of Coloured People (NAACP). A selecção de examinados não teria sido equitativa, havia que dar desconto à pesada herança da escravatura, etc... A Time Life publicou uma longa lista de negros de sucesso, contudo notava-se que mais de uma terça parte dos referidos eram “negros” apenas pelos critérios da propaganda Wasp; como em qualquer país latino, tinham apenas umas poucas gotas de sanque africano. (como p/exemplo Oprah Winter ou Barack Osama). De qualquer modo, apenas se viam advogados, médicos e juizes: nem um engenheiro ou cientista.
Sendo de mais de 10% a população negra (essencialmente bantu) nos EUA, seria chocante e deseducativo ver a maioria das universidades de nome praticamente vedadas a estudantes de cor. Assim, existe uma disposição legal que obriga a admitir negros com notas de 15 valores, enquanto para todos os outros candidatos se exigem valores perto dos 20 valores. Se assim não fosse, a percentagem de negros seria de 0,5% (excepção feita às 105 universidades especificamente dedicadas a gente de cor) Assim, a legislação determina um “senão” escapatório para que essa prática não seja descriminatória para brancos com notas superiores: são proibidas as pontuações diferenciadas ou regras descriminatórias de cariz racial mas as universidades podem deliberar, caso a caso, “admissões individualizadas” sempre que entendam que isso resulta num benefício social. E a quase totalidade das universidades americanas continua, na base do “caso a caso”, a velar para que as populações universitárias não se desviem da realidade social exterior: onde existem cerca de 10% de negros. Todavia, esses critérios não se aplicam nas escolas superiores técnicas da familia das tecnologias, engenharias e ciências, de que são exemplos de fama mundial o CAL-TECH (California Institute of Technology) e o MIT (Massachussets Intitute of Technology). Nesses cursos de niveis exigentíssimos a nivel de matemáticas, não se vêem negros Bantus.
Esta inabilidade detectada no estudo dos psicólogos de São Francisco, a ser verdadeira e confirmada pelos antropólogos, em conjunto com a exploração Imperialista, estará na base da compreensão da degradação que é visivel em África. Os nativos, cujas riquezas (segundo os padrões tecnológicos da raça branca) lhes têm sido roubadas durante os últimos séculos, não conseguiriam evoluir – contudo, descobriram neles “habilidades” para os converterem em consumidores compulsivos de toda uma panóplia de produtos enfiados a martelo fabricados pela tecnologia branca ocidental. Comparando as duas situações diametralmente opostas – as sociedades brancas ocidentais altamente tecnológicas congestionadas (saturadas de imagens) à beira do colapso (energéticamente insustentáveis) e as sociedades degradadas da África, e por extensão em geral do chamado 3º mundo, destruidas pelas carências de bens essenciais e à beira do colapso, é muito questionável que a mutação tecnológica descontrolada do homem branco tenha sido benéfica para o progresso da humanidade. Afinal a inabilidade dos negros para as matemáticas é uma mais valia e o decrescimento das chamadas sociedades ocidentais é inevitável. No futuro, o mundo será mestiço, e se conseguirmos que seja grátis, como sugeria o Agostinho da Silva, melhor – para alguma coisa, pouca, terão servido os tecnocratas, que toda a gente abomina porque são eles os principais fautores do sistema de corrupção vigente que gravita em volta das mercadorias tecnológicas desnecessárias.
Visto por este prisma., fica a interrogação: Terá sido a explosão demográfica, ou seja, a ausência de politicas de planificação no controlo de natalidade, um factor consentido tendo como único interesse fomentar o aumento de potenciais consumidores tendo em vista o Mercado?
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