Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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domingo, novembro 05, 2006
Todos os Homens por Natureza Desejam Saber
assim representou Girolamo de Cremona no século XV um grupo de notáveis pensadores comtemplando a "Metafísica de Aristóteles" integrada na colecção das "Obras de Aristóteles" publicadas pela primeira vez em Veneza pelo famoso impressor Alde Manuce a partir de 1483. A gravura foi adquirida em 1949, aproveitando o estado de penúria em que tinha sido deixada a Itália após a guerra, pela "Pierpoint Morgan Library" de New York, onde está exposta, . No caso quem se aproveitou da aquisição por tuta-e-meia foi uma instituição sucedânea criada pelo Banqueiro J.P. Morgan, por amor à arte. Quem não tem cultura, compra-a.
Mas se o quadro de Girolamo criticava justamente o "saber" dos ricos e poderosos apresentados como sábios e eruditos como um ilustre grupo de pensadores num balcão superior por cima dos comuns mortais e da natureza comezinha - a cena pode ter perdido actualidade, fartos de ricos e obesos sabichões académicos estamos nós, além do mais pouco resta da natureza - não fosse a presença enigmática do Macaco mergulhado em profundas cogitações filosóficas.
o Macaco que o artista empoleirou no camarote dos experts e pôs a olhar para um lugar distante - mais actual do que nunca - só podemos ser nós, os do povo, que adoram armar-se em xicos-expertos, clones ambiciosos por simpatia dos poderosos, ou seja, daquilo que nunca virão a ser mas que viram de relance nas revistas cor-de-rosa.
Alguém por piedade explique ao Macaco porque é que apesar de todos os vultosos negócios, que temos vindo a referir efectuados pela macroestrutura económica do país, não se traduzem em melhorias, antes em piorias, para a generalidade da sacrificada população portuguesa. Porquê a "crise"?
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