respigado da sinopse do livro:
"Pensando no que aconteceu em 2007 e 2008 —, o certo é que muitos economistas não foram capazes de prever esse momento crítico, tanto à escala dos Estados Unidos como global.Paul Krugman: não, não previ propriamente… Pensei que alguma coisa iria correr mal, mas a uma escala que nada tinha que ver com a daquilo que realmente se passou. Pensei que a bolha do imobiliário seria feia, mas a escala do desastre foi um choque para mim (…) Não previ a crise, mas fomos muitos a dizer depois: Ouçam, não acreditem naqueles que passam o tempo a dizer‑nos que a emissão de dinheiro pelos bancos centrais vai causar uma inflação galopante, que os défices orçamentais vão repercutir‑se desastrosamente sobre as taxas de juro… Não é assim que as coisas se passam...
não há inflação? e juros sobre a dívida? há? |
Thomas Piketty: penso que a ideologia faz sentir muito o seu peso entre os economistas e que muitos deles têm uma visão do mercado que não só é idealista e ingénua, como tenta sobretudo demonstrar que os mercados funcionam eficazmente, funcionam perfeitamente bem. Julgo que é igualmente por razões ideológicas que os economistas perdem por vezes muito tempo a construir modelos matemáticos complicados, tentando provar a eficiência dos mercados de um modo que impressione as outras disciplinas por meio dessas construções que dão uma aparência mais científica às suas ideias…
Paul Krugman: Pode parecer uma brincadeira, mas é isso mesmo que se passa.
Thomas Piketty: A nossa única vantagem por comparação com as outras pessoas é que somos pagos para recolher dados e tentar compreender os mecanismos ou modelos sociais e económicos que possam explicá‑los, e teremos de ser modestos, de nos contentar com progressos limitados, se quisermos ser úteis, embora nem sempre seja evidente que os economistas produzam um trabalho muito útil".
1 comentário:
que o capitalismo é nojento, todos concordamos.
agora a solução e alternativa não pode ser capitalismo selvagem de estado, vulgo comunismo. isto segundo palavras do dissidente da KGB Thomas Schuman A.k.a. Yuri Bezmenov. como ele esteve lá dentro e conhece aquilo por dentro, julgo ter ele alguma credibilidade.
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