“Será uma vantagem uma pessoa mentir a si mesma, convencendo-se de que com aquilo que faz procura realizar um grande objectivo?
E, perguntaria Nietzsche, em que poderá distinguir-se a ênfase dessa mentira da ênfase da convicção?”
Elfriede Jelinek, escritora austríaca “maldita”,,,prémio Nobel da Literatura 2004.
do discurso proferido na Academia de Lessing:
"Eu produzo eu própria. Vejam só! Não produzi mais ninguém. Nem sequer me produzi a mim mesma.Não quero produzir nada que possa ir para alem de mim mesma.
Mas mesmo assim faço funcionar uma pequena manufactura, nem imaginam como é minúscula! Não lança nada, não puxa, não sabe fazer estourar coisa nenhuma, ah, talvez ofenda, mas funciona, e isso é saudável.Utilizo ideias fabricando para mim o meu próprio deus ou outra coisa qualquer, a natureza por exemplo, pouco interessam as ideias que concebo, em todo o caso sou eu que as concebo.E se quiserem saber que ideias concebo, basta lerem, mais nada."
transcrito da edição portuguesa de Dezembro 2004 do
Le Monde Diplomatique
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