veio á baila no Le Nouvel Observateur uma espécie de concurso dos 25 MAIS e “melhores” pensadores da cena filosófico-politica-económica mundial.
Tal facto trouxe, em estreia absoluta, para as piranhas da “comunicação social” nacional o sensacional facto de aí ser referido o nome do filósofo José Gil. E porque se “notabilizou” este português? – por ter dito que nós “oscilamos entre o “eu sou o maior” e o “eu não sou ninguém”. Em suma: não sabemos quem somos. Portugal precisa urgentemente de saber a sua exacta medida. E não de oscilar entre a tendência para o pequenino e a megalomania”
Um extenso artigo e entrevista com José Gil está disponível no cantinho do Jornal de Letras inserido na sitio da Visão-Online, e pode-se tambem conhecer a sua obra “Portugal Hoje-O Medo de Existir” através do livro editado pela Relógio D`Água/ 2004.
Ou ainda desvendar o autor noutra entrevista dada ao jornal “Público” em que José Gil refere que “vivemos paralizados pela inveja”,,, a tal “enveja” que já constava na estrofe 156 do canto X dos Lusíadas, tão mesquinha que não nos deixa premiar o mérito.
“O que me sidera é que não haja um governo que tenha a coragem de investir milhões na Educação para transformar este país” conclui Gil.
Mas se a visibilidade dada ao assunto em Portugal se manifesta nos habituais guetos de elite cultural, lá fora, consoante a nacionalidade dos “laureados” assim é a importância a titulo individual atribuída a esta pleiade de pensadores do Futuro.
A nível mundial sobressai o italiano António Negri, apelidado pelos seus conterrâneos de “o novo Marx” ( pela “voz” do conceituado La Repubblica) pela publicação da sua obra “Império” (1997) uma autêntica bíblia na análise das novas relações das forças globais, o que não é pêra doce, a avaliar por o autor ter sido um influente membro da Brigadas Vermelhas, que “limparam o sebo” ao então 1º-ministro“democrata-cristão” Aldo Moro (1979), episódio que encerrou em defenitivo o capitulo “Revolução” na velha Europa, que com este cair do pano transferiu os “acontecimentos que contam” para a nova Bizâncio – voilá, para Washington.
Toni Negri, depois de muitos anos de prisão, é hoje um dos mais notáveis nomes do movimento anti/alter-Globalização.
“O verdadeiro drama da Europa é a “Esquerda” diz Negri, referindo-se ás forças politicas ditas socialistas que, condicionadas pelo mercado neoliberal, de há muito foram obrigadas a abandonar a prática daquilo que ostentam na sua designação.
Negri e Hardt no seu livro "Império", em que equacionam a decadência dos USA como superpotência, descrevem igualmente o suposto fim do Imperialismo e da Classe operária como sujeitos/chave das mudanças revolucionárias.
por coincidência,,,
No seu ultimo Congresso o Partido Comunista da China elegeu as Classes Médias como o novo "motor" da Revolução social em curso naquele país
.
1 comentário:
aldo moro (1978)
Enviar um comentário