Pesquisar neste blogue

sábado, abril 30, 2011

Royal Wedding. Amar é...

... o futuro Rei e a Rainha casarem todos Nus

Em periodo da mais grave "Crise" desde os factos que despoletaram a 2ª Grande Guerra Mundial, a cerimónia em si do casamento dos sucessores na gordurosa Monarquia britânica custou ao erário público na gestão do acto mais securitário de sempre na capital londrina a quantia de 20 milhões de libras. Mas se analisado em termos dos 4 feriados decretados, as mediáticas farras comemorativas afectam a economia inglesa em 5 mil mihões de libras. Vão mandar tropas para onde para reaverem o dinheiro?
.

sexta-feira, abril 29, 2011

Portugal visto pelo vizinho do lado. Contra o eleitoralismo, o apelo à revolta dos Indignados

“Há uma parte do eleitorado que quer ser enganada” (Miguel Relvas) ou “a abstenção é a maior aliada de Sócrates” (Paula Teixeira Pinto "BCP" da Cruz) são desabafos que levam estas duas personagens a pensar que os abstencionistas não compreendem a natureza do que lhes está a acontecer? Pensarão estas aventesmas que a presumível intenção de voto dos que se abstêm é propriedade integral do PSD?

Silvio Navalón Mañalich no Rebelion:

“Mais perto de nós, afogado na especulação está Portugal. Um país cada vez menos soberano nas mãos dos poderosos sem rosto. Uma economia debilitada pela construção de uma Europa em que as pessoas são meras marionetas do capital. Tudo começou desmanchando a sua actividade produtiva nos anos 80 para acabar dependendo por inteiro dos países mais fortes da vizinhança, incluindo a Espanha. Condenou-se Portugal a ser um receptáculo de turismo nórdico e ponte para se chegar às suas antigas colónias, tanto em África como no caso do Brasil. Não têm faltado corruptores, corrompidos e especuladores que têm ganho dinheiro à custa disso e que enformam uma sociedade profundamente dualista.

Em Portugal continua a haver ricos e muitíssimo ricos, pobres quanto baste e muito pobres. Um país cujo sistema fiscal se afirma por “zorros” que assaltam sempre em detrimento da maioria e a favor de um punhado de poderosos. Recorde-se que o IVA está nos 23% com a quase certeza de subir para os 25%. Isto demonstra as claras injustiças redistributivas dos impostos indirectos
É certo que nestas circunstâncias, os gastos sociais têm sido e são uma boa parte das despesas do Estado. Porém ninguém imagine que o são pelo que recebem os seus cidadãos, que são os mais afectados. O salário mínimo interprofissional situa-se abaixo dos 500 euros e o nivel de pensões mínimas em 375 (embora não seja cumprido, porque há milhares de pensões entre 200 e 300 euros). Os sistemas de Educação e Saúde públicas não são nenhum luxo, a maior parte das auto-estradas são pagas e não existem comboios de alta velocidade.
Apesar de tudo isto, os três planos de austeridade aprovados, o quarto falido e os presumíveis ajustes da Troika apontam sempre para os mesmos. Assalariados em geral, funcionários públicos em particular, pensionistas… deixam boa parte da população num nivel de subsistência para que sejam devolvidos os juros de uma dívida que não criaram nem da qual disfrutaram.
Outro capitulo é o interesse pelas privatizações. Recorde-se aqui que as empresas públicas (a petrolífera GALP, a eléctrica EDP, a gestora de aeroportos ANA, a linha aérea TAP e as telecomunicações PortugalTelecom) representam uma bom negócio para serem compradas a preço de saldo… e abutres não faltam. São os mesmos abutres que tornaram possível a dívida privada de Portugal que atinge os 220 % do PIB, à frente da dívida pública que é de 97,2 % nas últimas revisões. Quer dizer que os especuladores se baseiam na quantia da dívida que eles mesmo criaram para subir os juros dos empréstimos a Portugal e desste modo desmantelar as prestações sociais, desregular os direitos dos trabalhadores, privatizar para que se atinja a cobrança de juros e lucros. Trata-se de uma redonda manobra especulativa. O Banco Central Europeu cede-lhes o dinheiro a 1% e eles estão a cobrar a cerca de 10% e de caminho fazem com que as riquezas de um país cuja população se rendeu tenha sido desmantelada e não tenha capacidade de resposta
Efectivamente a construção europeia significava perda de soberania dos Estado membros em algumas questões, por forma a conseguir uma unidade politica, social e económica. A Europa dos mercados impôs-se a si mesma e aqui não existem poderes que possam enfrentar a plutocracia. A moeda única tem sido um claro despesismo para os países periféricos. Agora o que se apresenta para Portugal é a perda total da sua soberania. É um autêntico golpe de estado.

(…) o que fica aqui assinalado não deixam de ser indícios. Jogam contra o medo, na clara desconfiança no papel da democracia e na falta de meios de comunicação, todos eles na mão do arco de governabilidade. A chave para que se produza uma inversão é a da participação democrática dos “indignados”. Se existe uma transferência de votos e votam todos os que se propõem abster-se, poderia ocorrer algo similar ao que se está a passar na América Latina” (fonte original)
.

quinta-feira, abril 28, 2011

o Capitalismo de Desastre

Primeiro caiu a Grécia, depois caiu a Irlanda, Portugal acabou de cair e a seguir é a Espanha. Para entender qual é o verdadeiro objectivo e consequência da entrada do FMI na gestão de paises até aqui soberanos, é essencial ver "A Doutrina do Choque - A Ascenção do Capitalismo de Desastre", um filme baseado no livro de Naomi Klein (2007). O capitalismo de desastre não é um novo tipo de capitalismo, um novo sistema, "mas é um sistema aperfeiçoado de resposta à crise. Essa exploração organizada das situações de crise, de calamidades públicas e de desastres ecológicos, afecta as colectividades humanas, paralisa os grupos sociais e as pessoas diante do medo, tornando-as impotentes diante da realidade, para que o capital tire proveito desse medo e obtenha lucros cada vez maiores(Vânia Cury)

Com efusivas saudações ao camarada que legendou o filme em português (1h;18min;38seg)


Até aqui, invadir países com forças armadas para apoderar-se dos seus recursos naturais era ilegal, segundo a Convenção de Genebra. Invadir paises através de funcionários financeiros do FMI também deveria ser. Mas as elites politico-partidárias em geral há muito que se venderam ao novo paradigma. Significa que a gigantesca tarefa de reconstruir as infra-estrutura destruidas (por exemplo no Iraque ou na Líbia) "devia ser da responsabilidade financeira dos invasores. Em vez disso, o Iraque está obrigado a vender 75% de seu património nacional para pagar as contas de sua própria invasão e ocupação ilegais". A análise é da Naomi Klein na "Carta Maior"

Soldados brasileiros em missão no Haiti
.

quarta-feira, abril 27, 2011

wikileaks

* Abusos de Guantanamo a descoberto



* Dos prisioneiros capturados e levados para a prisão militar dos Estados Unidos em Guantanamo como "combatentes inimigos", mais de metade não tinham a menor ligação com os actos por que foram presos e acusados (al-Jazeera)

* Nem os menores escapam ao encarceramento
* Em fim de festa, para Julian Assange, "Guantánamo é uma monstruosidade"
* Detido em Guantanamo, assassino da Al-Qaeda afinal trabalhava para os serviços secretos britânicos do MI6 (Guardian)

* Obama nomeia director da CIA Leon Panetta para suceder a Robert Gates na secretaria da melhor Defesa é o Ataque (CNN)
.

terça-feira, abril 26, 2011

FMI corta, NATO acrescenta

"Quando o cidadão comum diz hoje na rua, e cada vez mais, que "isto está a precisar é de um novo 25 de Abril, mas desta vez a sério!", está afinal, e mesmo que disso se não dê conta, a mostrar que já fez o balanço dessa experiência histórica, e aprendeu com ele e sabe como é que as coisas não podem correr da próxima vez"
* PCTP/MRPP, Legislativas 2011:
"A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) quer tempo de antena igual em debates e entrevista para todos os candidatos às legislativas de 5 de Junho, numa altura em que as televisões já acordaram debates apenas com os partidos com assento parlamentar"

.

acabaram com as pescas, mas não com os bocas de charroco a actuar em águas turvas

Barreto, ao serviço do terrorismo económico. Administrador e responsável pela organização da base de dados Pordata patrocinada pela Fundação da familia Soares dos Santos (o mesmo patrão dos supermercados que designou o chefe de campanha para a re-eleição de Cavaco Silva - ver link no post anterior), ministro da Agricultura de Mário Soares que liquidou a reforma agrária, apoiante da AD, sobre a lenga-lenga céptico- abrileira de António Barreto na tv dizia João PS e Castro que "a profundidade de pensamento de António Barreto está toda no tom de voz". Tão exaustos que estamos todos de uns e outros, deste mal disfarçado pântano - Não é o caso desta menina, que já percebeu que a salvação só pode obtida dando o salto para fora da piolheira. Como dizia então o outro, "nunca se deve subestimar o poder de uma voz bem colocada". Faz 1ª página no you-tube, quase 1 milhão de visitas. Bora com ela daqui pra fora... Áurea, Busy for Me

segunda-feira, abril 25, 2011

36 anos depois do 25 de Novembro, Portugal não viu cumprida a Democracia e perdeu a Soberania

"negro, bairro negro, onde não há pão não há sossego" (Zeca)

Nenhum dos 3 DDD dos longinquos ideais de Abril se cumpriu, (sobre "democratizar" estamos conversados), "desenvolver", um pouco, contudo quase nada do que foi feito está pago; nem sequer a "descolonização", substituida por uma mal disfarçada parceria angolana económico-financeira com a clique oligárquica da pérola do ex-império ("Foi muito emocionante, depois de ter saido num avião de refugiados, voltar depois a Luanda para inaugurar um Banco", Paulo Teixeira Pinto)

Hoje e aqui, em ambiente de fim de festa neoliberal, participa e manda todo o cão e gato que não foi eleito. Passando ao lado da audição das contas públicas pela troika FMI/UE que irá determinar como vamos viver daqui para o futuro, temos as missas oratórias eleitorais da Igreja que já andam aí pelos púlpitos das aldeias apelando ao voto no Bloco Central de interesses estabelecidos. "Campanha tem de ser clara" sentencia o bispo do Porto - o que é que ele tem a ver com isso?. É inadmissivel que os agentes empresariais das mentes que representam o Vaticano em Portugal tenham acesso à comunicação social nestes termos - se a ICAR pretende intervir na politica da nação porque não se constituem, como as outras classes sociais, num partido politico legalizado, se submete a votos e depois bota discurso consoante a percentagem de legitimidade que o povo lhe conferir?

Hoje, "os capitães de Abril de 2011 são uns senhores loiros ao serviço do FMI" diverte-se um jornalista de um tablóide. O corpo de opinião dos media corporativos de desinformação são outros agentes de quem ninguém sabe de onde lhes vem a legitimidade para botar opinião com pretensões a submeter a realidade ao pensamento dominante - o gozo de quem sabe da impossibilidade de alternativas admissiveis espelha-se bem na verborreia de Ricardo Costa, o patrão do canal bilderberg: "O discurso do PS baseia-se muito em generalidades, o que tem a vantagem de não poder ser desmentido (...) o do PSD vagueia entre a mudança de protagonistas e uma ou outra ideia concreta, que normalmente tem que ser explicada de forma diferente nos dias seguintes". É verdade. E com a verdade nos vais enganando, ou seja, como alguém disse no Eixo do Mal: são-nos colocadas duas escolhas, ou "ou um Aldrabão para chefe de um país de bananas (PS), ou um Banana para chefe de um país de aldrabões (PSD)

Outra voz não eleita que se faz ouvir com insistência no discurso dominante é a do dono de uma cadeia de supermercados. Compreende-se, em nome do "emprego" nos supermercados (e por criados na hotelaria, empregados de mesa em restaurantes come-em-pé e outras precaridades, mão de obra sem qualificações, etc) a Jerónimo Martins SA (que, segundo Alexandre Soares Santos "ensinou aos polacos o consumo de frutas tropicais ignoradas pelo comunismo") apressou-se a nomear o seu gestor Luis Palha da Silva para chefe de campanha na reeleição de Cavaco Silva - a "muito importante palavra do presidente", no dizer de Jorge Sampaio no discurso de hoje, está assegurada. E Eanes citou um padre, amén
.

domingo, abril 24, 2011

reaccionários de todos os matizes: ora chupem lá nesta amêndoa

Segundo um estudo do Instituto Gallup sobre o "Bem-Estar Global" apenas 14 por cento dos portugueses está convencida de que vive num país próspero.

Entre os 124 países Portugal está entre os últimos desafortunados da lista, em igualdade de circunstância com territórios em estado de guerra, como a Palestina, Tunisia, Libia, Serra Leoa ou o reino reaccionário da Hungria. Atrás de nós só a Nigéria, a Mauritânia, o "libertado" Iraque e o Yémen - por contraste, em apenas uma década a Venezuela passou do estado latente de guerra civil social para o 6º lugar no ranking mundial do referido indice de felicidade e solidariedade, com um índice de aprovação da governação por 64 por cento da população. O indice máximo é atingido pela Dinamarca com 72 por cento

Mais outra amêndoa de Páscoa: de acordo com a mesma Gallup, "a Religião anda de mãos dadas com a Pobreza" (fonte). Bem podem os padres prometer mundos e fundos em esmolas aos pobres (uma percentagem irrisória das verbas que são sonegadas em subsidios ao erário público desviados dos interesses da maioria dos contribuintes e entregues à Igreja para almofada social) que as "rezas" populares pela ressureição da 1ª República do dr. Afonso Costa ecoam por todo o país. Ao maior dos nossos primeiros ministros se ficou a dever a criação do Ensino público livre das beatices da ICAR - e Portugal nesse curto periodo cresceu...

sábado, abril 23, 2011

curtindo a Crucificação de Jesus

Se estivesse aqui a dona Esther Mucznik dir-se-ia que isto se trata de propaganda anti-semita feita por muçulmanos para desacreditar judeus, mas não, isto é mesmo produzido por judeus. Este sketch passou num programa da televisão de Israel



(preâmbulo explicativo sobre a série "Toffee e o Gorila", a autenticidade desta jovem judia-Sionista Dawn Rozenzweig e tradução do video em castelhano aqui)

... agora imagine-se se um Alvim qualquer resolvesse divertir crianças fazendo humor com um Judeu e um Pato assados num forno, que carmos e trindades, epidemias de tifo e outras maldições não caíriam sobre o engraçadinho

efeméride: o atentado bombista à embaixada de Cuba em Lisboa

No dia 20 de Janeiro de 1976 George Herbert W. Bush assumiu funções como director da CIA. A partir de então, na medida em que os grupos terroristas anti-cubanos fortaleciam as suas relações com o clã Bush, incrementaram-se as agressões contra os interessses da Cuba revolucionária no estrangeiro. Apenas três meses depois, a 22 de Abril de 1976, à hora a que os filhos dos funcionários da embaixada cubana na capital portuguesa regressavam da escola, explodiu ali uma bomba com alto poder destrutivo, matando Adriana Corcho Calleja e Efrén Monteagudo Rodríguez, de 35 e 33 anos respectivamente. Este foi um dos 165 atentados executados entre os anos 74 e 76 contra representações e diplomatas cubanos em 24 paises.

Que estranho fascínio exercerá um pequeno país como Cuba sobre milhares de milhões de mentes em todo o mundo para que se mobilizem meios tão gigantescos para lhe destruir o modelo de organização social?

Desfile no dia comemorativo da Vitória de Playa Giron que este ano coincidiu com a abertura do VI Congresso do Partido Comunista de Cuba

Em Junho de 1976 foi oficialmente aberta em Washington a rede de apoio ao terrorismo denominada pela sigla CORU (Organización Revolucionarias Unidas) dirigida pelo cubano Orlando Bosch Ávila, um evadido à justiça que vive hoje placidamente como cidadão honorário norte americano em Miami, depois de ter sido indultado por George Herbert W. Bush quando este se tormou Presidente dos Estados Unidos, inclusivé contra um parecer do Departamento de Justiça que considerou que Bosh era um terrorista, e que nessa condição ameaçava a segurança nacional dos EUA. Efectivamente, depois dos actos de terror ocorridos em 11 de Setembro de 2001, o filho Bush sentenciou: “Desde hoje todo país que continue dando refúgio ou apoio ao terrorismo, será considerado pelo Estados Unidos um regime hostil” - quase uma década depois, estará mais que na hora dos cidadãos nacionais dos Estados norte americanos limparem a casa de criminosos que a põem em perigo, levando-os à Justiça, a começar pelos governantes que são os mandantes dos crimes. Os ocorridos que ficaram impunes, sem julgamento, e os que continuam a ocorrer...

Um automóvel circula por uma colina sobrandeira à Baía de Guantanamo perto da Base Militar norte-americana que funciona como Centro de Detenção e Tortura para "combatentes inimigos". Setembro de 2005 (Foto John Moore/Getty Images)

90% eram precários, moravam em barracas, viam as filhas prostituirem-se - Y En Eso Llegó FIDEL
.

sexta-feira, abril 22, 2011

Garcia Pereira a Deputado (VI)

entrega da lista de Lisboa do PCTP/MRPP para as Legislativas



"O que eles se preparam para fazer foi o que fizeram na Argentina, vão às poupanças que estão no banco e rapam uma fatia" (Garcia Pereira)
.

Reality Show "Ovo da Páscoa"

o bispo alemão Joseph Ratzinger, mais conhecido pela sua função como "Papa Benedito16", embrulhado nos seus brocados dourados fará história no entertainment audiovisual esta "sexta-feira santa" ao responder em directo a perguntas dos telespectadores da RAI-Uno. O programa começará (para os que almoçam) depois do almoço às 14,10 e terminará impreterivelmente às 15,000. Ou seja, o Papa cala o bico - em dialecto erudito medieval: commendo spiritum meum - pontualmente à hora em que a tradição cristã regista ter Jesus dado o último suspiro - ómega e alfa - o princípio do apagão cultural para milhões de pessoas que duraria por 15 séculos e do qual uma boa parte da humanidade ainda não conseguiu ressuscitar (principalmente os pobres da Europa do Sul)

Obviamente, no cardápio das perguntas televisivas pré-selecionadas não serão decerto admitidas questões tão básicas como se "será a Páscoa uma festa cristã ou pagã?" - a palavra "páscoa", "easter" em anglo-saxónico refere-se a Eastern (Oriente), o sitio onde o Sol nasce, o oposto de Ocidente, o sitio para onde na noite anterior os antigos se ajoelhariam a rezar pela sua "ressuscitação"; Sol morto ontem, Sol ressuscitado hoje de manhã, era assim que se passavam as coisas. Como aliás ainda hoje se passam.

The Son of God is the Sun of God. The Disciples are the 12 Hours, Months and Signs of the Zodiac

* relacionado: A quem serve o Vaticano?
"a visita de Henry Kissinger ao polaco Karol Wojtyla e o arrolamento cristão para a "Guerra Justa" no desmantelamento da Jugoslávia"
.

quinta-feira, abril 21, 2011

a tele-extinção da espécie


(Blockhead, The Music Scene, 2010)

"O grande Monstro que nos tem vindo a corroer as vidas na última década, hellas, desde o Bush e o Nine/Eleven: em 2001 existiam no "mercado" produtos financeiros derivados no valor de 42 triliões de dólares. Por alturas do rebentamento da bolha em 2007 esses tipo de derivados tinha saltado para 170 triliões"! Esses "valores", como eram ficticios, evaporaram-se, mas quem os tinha chamou-lhes seus e agora ninguém os quer perder. Querem que sejamos todos a pagá-los (AlterNet)
.

quarta-feira, abril 20, 2011

a Força como Árvore da Vida e a Ordem Internacional

Se as Nações Unidas alguma vez admitirem que as disputas internacionais podem ser resolvidas pela força, teremos destruido os próprios fundamentos da organização e os nossos melhores esforços de estabelecer uma ordem mundial. Seria um desastre para todos” (Dwight D. Eisenhower, presidente dos EUA entre 1953-1961)

artigo de referência: "Porquê Obama faz o mesmo que Bush?"

Albert Einstein em 1946: “A ideia de Estado não está de acordo comigo. Não consigo perceber porque é necessário. Está relacionado com as mentalidades mesquinhas e obstáculos económicos. Penso que é mau. Sempre estive contra. Apreciaria mais ver um acordo razoável com os Árabes na base da convivência, que a criação de um Estado judeu. Para além das considerações políticas, a minha consciência da natureza essencial do Judaismo resiste à ideia de um Estado judaico, com fronteiras, um Exército e uma medida de poder temporal, não importa de que modéstia. Tenho medo dos estragos intrínsecos que o Judaismo possa sofrer”

Cronologia da ocupação da Palestina por emigrantes judeus

Em 1920 – Com o inicio do mandato britânico são construidos 3 colonatos judeus que alojam 55.000 emigrantes. A população total na Palestina é de cerca de 700.000 habitantes, dos quais 574.000 são muçulmanos, 70.000 são cristãos e 56.000 praticam o judaismo.
A partir de 1936 - o aumento que se verificará ficar-se-á a dever em muito ao esforço da Alemanha na ajuda aos emigrantes judeus, para a qual contribui de modo decisivo a visita e negociações com o Haganah do então Comissário da Emigração alemã Adolf Eichmann à Palestina e ao Cairo.
Em 1948 - o número de judeus é já de 800.000 numa população total de 1.237.000 árabes.
Em 1967 – 2.525.000 árabes são forçados a abandonar as suas terras e a viverem como refugiados.
Em 1968, Lyndon Johnson, então presidente dos Estados Unidos, telefona ao 1º ministro de Israel então Levi Eshkol: “Pede-me que eu garanta as suas fronteiras. Mas que fronteiras quer que eu garanta?

Yasser Arafat (morto em 2004) e
Saddam Hussein (morto em 2007)

(cronologia do conflito na Palestina)
.

terça-feira, abril 19, 2011

Digamos Não à fraude eleitoral já erm curso

Garcia Pereira a Deputado (V)

"Acabou de se saber que as três televisões e os cinco partidos parlamentares já se entenderam e combinaram a realização de dez debates a dois, entre 6 e 20 de Maio, abrangendo apenas aqueles mesmos partidos. Tais debates constituem um verdadeiro atentado à democracia – porque violentam por completo o princípio básico da igualdade de tratamento e de oportunidades das diversas candidaturas – e uma autêntica fraude eleitoral que dá apenas a palavra e visa perpetuar no Poder precisamente aqueles que são os responsáveis pela actual situação do País (...)
a exigência firme de uma auditoria independente à dívida e o claro repúdio desta, eis o que os debates a cinco procuram desesperadamente evitar que o Povo conheça e, mais do que isso, apoie e adopte!"
(ler o texto completo)

* Ouvir Garcia Pereira ontem na RTPN sobre a DTEC ("Democracia Televisiva Em Curso")
.

segunda-feira, abril 18, 2011

Não pagamos a vossa dívida

"O que é que tu podes sózinho contra tantos? Ouçam, um homem só não vale nada!" (Manuel da Fonseca)

18 Horas - Manifestação contra a ingerência do FMI em Portual, Lisboa, Terreiro do Paço, em frente ao Ministério das Finanças

Garcia Pereira a Deputado (IV): A Natureza de Classe da Crise…

"Estes debates televisivos são uma patifaria inqualificável de que todos os democratas e patriotas se devem demarcar" .

domingo, abril 17, 2011

o Estado "profundo"

o tiro de partida para a guerra do Afeganistão teve motivações obscuras, assim como agora a da Libia, sobre a qual já se descobriu que, tal qual como antes no Iraque, na Libia o governo norte americano preparava o ataque desde o Outono de 2010, quando não havia nenhuns indicios de qualquer "revolta" no terreno

Para explicar este tipo de intervenções pré-determinadas por aparentes motivos obscuros Peter Dale Scott socorre-se da história do «Estado profundo» nos Estados Unidos, ou seja, da estrutura secreta que dirige a politica externa e a politica de Defesa do país, para além das simples aparências democráticas. Este estudo oferece a ocasião para colocar debaixo dos holofotes o grupo que organizou o 11 de Setembro e que se financia através do tráfico mundial de droga

Esquadrões da morte

A nomenclatura dos agentes executivos desse poder dissimulado actuam no mundo globalizado do crime, num modo de actuação que tem a mesma idade que a globalização da CIA, desde que esta organização foi dirigida por George Herbert Bush na década de 7o. Por sua vez a expressão "Estado Profundo" é proveniente da Turquia, um território NATO com inúmeros campos paramilitares montados de forma oculta, incluindo estações da Nasa. A expressão teve de ser inventada quando em 1996, depois de um acidente rodoviário com um Mercedes que rodava a alta velocidade se descobriu que os passageiros eram, um membro do parlamento, uma rainha de beleza, um importante comissário da policia local e o principal traficante de droga na Turquia, a partir do qual era dirigida uma organização paramilitar - os Lobos Cinzentos - que assassinavam gente. Tornou-se então evidente que existia na Turquia uma relação secreta entre a polícia - que oficialmente efectuava buscas para prender o homem que finalmente se encontrava naquele automóvel com o chefe da policia - e aqueles individuos , que cometiam crimes em nome do Estado. (fonte)

Sobre a utilização da expressão "Estado Profundo" por Peter Dale Scott no livro «La Route vers le Nouveau Désordre Mondial» generaliza o autor: "refere-se a um governo paralelo e secreto organizado pelos aparelhos militares e serviços de informações que são financiados pela droga, que levam a cabo acções violentas de carácter ilícito para proteger os seus status e os interesses do complexo politico-militar das ameaças que representam os intelectuais, os religiosos e, em certas ocasiões, até governos constitucionais"
(ler entrevista completa)

.

sábado, abril 16, 2011

os Bandos neoliberais

As hordas primitivas, selvagens, anárquicas e guerreiras evoluem, segundo Durkheim, como "o agregado social mais elementar", e de acordo com Freud são “regidas pela força e pelo desejo imperialista do pai”, estando ambas as formas já antes presentes em Engels que define as hordas como o embrião na génese da propriedade (pelo ataque e pelo saque) e depois, já muito para cá do século XVI, da origem do Estado. Porém, no estado actual do Estado são bem observáveis as reminiscências reptilianas do espírito da horda primitiva nos Governos neoliberais: “o Bando, visto pelos antropólogos, é a organização social mínima, nomadizando em função das estações num território relativamente autónomo (ora na Libia, ora no Iraque), agrupando grupos de uma ou várias famílias, não tendo uma contextura institucional, nem diferenciação funcional, nem estratificação, mas apenas alguns papéis temporários e não hereditários, como o de caçador ou de xamã, que adquiriram temporariamente sobre o seu grupo uma influência limitada à gestão dos itinerários, das paragens, do consenso do grupo e das relações com os vizinhos. Se o chefe cometer erros ou der provas de arbitrariedade, todos se afastam dele e o bando torna-se demasiado restrito para garantir a sua própria subsistência

“Introdução à Antropologia”, Claude Riviére, ediç.70 pag. 128, (2010)

sexta-feira, abril 15, 2011

uma fábula de ratos e de gatos

"Não queremos nem esqueletos no armário nem negociações de gato escondido com o rabo de fora" (Passos Coelho)- e vai daí enviou uma cópia desta "opinião" ao FMI/BCE



Garcia Pereira a Deputado (III): "O povo português não deve pagar uma dívida que não foi ele que contraiu"

Mistério das Finanças seria talvez a expressão mais adequada para a baiúca onde assentou arrais a truma do FMI, descodificado depois da leitura do "Manifesto dos Economistas Aterrados". Anda por aí nas livrarias a 5 euros, mas pode ser lido aqui: "Na União Europeia os deficits são elevados - 7% em média em 2010 – mas bem menores que o exibido pelos Estados Unidos. Enquanto os Estados norte-americanos com um peso económico mais relevante do que o da Grécia, a Califórnia, por exemplo, estão em quase falência, os mercados financeiros decidiram especular sobre as dívidas soberanas dos países europeus, muito particularmente os do Sul. A Europa, de facto, está prisioneira da sua própria armadilha institucional: os Estados têm que tomar empréstimos junto de instituições financeiras privadas que obtêm liquidez a baixo preço junto da Banco Central Europeu. Os "Mercados" (os investidores privados) têm, portanto, a chave do financiamento dos Estados"
.

quinta-feira, abril 14, 2011

a mesma peça teatral, dois palcos diferentes

Obama anunciou a recandidatura para 2012 sob a égide do estafado slogan "Yes We Can" reciclado para "Só Podemos Se Eu Permanecer Aqui". Deu a noticia no "twitter", como Cavaco agora manda os bitaites pelo "facebook", tão techno virtuais que estas alminhas estão, onde não lhes chega um tomate podre aos focinhos. Mas, na óptica de Obama o que é que ele queria dizer com aquilo do "só podemos"? Um destes dias os Estados Unidos estiveram perto de declarar a impossibilidade de fazer pagamentos por causa de dinheiro a mais e de acordos a menos sobre o Orçamento entre o Governo e o Congresso, agora dominado pelo Partido Neocon dito "republicano" (exactamente como em Portugal onde os verdadeiros problemas são escondidos pelas peixeiradas PS-PSD arbitradas por Cavaco).

O que Obama quer de facto dizer com aquele "Só Podemos Se..." (o equivalente aos "sacrificios a pedir ao povo têm limites" de Cavaco) é que só pensa em implementar um plano para (com menos direitos laborais) cortar US$ 4 triliões de dólares da Dívida dos EUA - sem juros, porque ali FMI não funciona - "não emprestarás dinheiro algum com juros ao teu irmão" reza o Deuterónimo (em 23;19) - vão usar os juros cobrados aos outros gentios, a subservidirigentes de Estados-Clientes como, por exemplo o Cavaco Silva que até manifestou grande desconforto por não ter sido recebido na Casa Branca num golpe-de-mestre do disfarce (quando antes era recebido no rancho privado da familia dita republicana dos Bush)

Como funcionam as Presidências. Aqui com George Herbert Bush, de facto a verdadeira face do reaganismo, ou seja, do Consenso de Washington (do qual apenas se vê o Jimmy Stewart)



Para se compreender o que de facto os da tribo PSD/PS/CDS de Cavaco Silva andam a fazer, é imprescindivel ler "Os Bancos Centrais Estrangeiros é que Financiam a Expansão Militar Norte Americana", (Michael Hudson, Global Research)
.

quarta-feira, abril 13, 2011

Garcia Pereira a Deputado (II)

"a solução da crise não está em nenhum dos cinco partidos do arco do poder"
(video da campanha de 2009)


Querem noticias sobre o que se passa em Portugal? vão aos jornais estrangeiros, especialmente ao de Wall Street: Ajuda do FMI/UE impõe aquilo que qualquer governo PS/PSD não teria capacidade para impôr: "Mais planos de privatizações, aumento crescente dos impostos e mudanças na política dos planos de pensões sociais". Logo que alguém assinar isto, chegam 10 biliões para pagar os compromissos e juros em Junho próximo. Pergunta ingénua: para que vai servir aquela coisa-pretexto que dá pelo nome de "eleições"? - senão para elevar ao Parlamento alguém verdadeiramente anti-capitalista?
.

terça-feira, abril 12, 2011

Antissemitismo, "Propaganda Nazi" e o depoimento jornalístico de Eça de Queiroz
















Nas suas “Cartas de Inglaterra”, Eça de Queiroz (1845-1900), que desempenha então o cargo de embaixador em Londres, descreve com muita argúcia o anti-Semitismo, quer na Inglaterra, onde o fenómeno se iniciou, importado do termo saído da pena do alemão Wilhelm Marr em 1873, quer na Alemanha do chanceler Otto Bismarck. Eça, ao mesmo tempo que relata o seu tempo, ironiza com o espavento com que os Judeus exibem a sua riqueza e a forma como se apoderaram “das duas grandes forças sociais – a Bolsa e a Imprensa”.

Eça considera um mau sinal dos tempos a pouca simpatia pelos alegadamente descendentes da tribo de Israel. A ascendência da “tribo eleita por Deus” nessa época em Inglaterra era notável (mantendo os seus descendentes o domínio no século XXI): o “judeu” Benjamin Disraeli tinha então obtido o titulo aristocrático de “conde de Beaconsfield” e sido primeiro ministro entre 1874-1880; na City de Londres Solomon e Dudley Joel (1865-1931) eram banqueiros provenientes das minas de ouro da África do Sul; o banqueiro Moses Haim Montefiore, oriundo de uma família italiana com raízes na Idade Média tinha sido presidente da Câmara de Londres, sendo casado com a filha do banqueiro Nathan Mayer Rothschild uma figura notável que detinha quase em regime de monopólio a grande indústria têxtil inglesa; o futuro banqueiro David Salomon (da Salomon&Brothers) tinha sido também nomeado o primeiro Lord Mayor de Londres; o banqueiro Samuel Montagu 1º Barão de Swaythling era membro da Câmara dos Lordes nomeado chefe da Comissão do Ouro e da Prata, a família de outro judeu autonomeado barão pela força do dinheiro extorquido ao Estado “sir” Isaac Lyon Goldsmid fora fundador do Banco de Inglaterra tendo angariado fortuna como accionista da Companhia das Indias que se dedicava à pilhagem dos mares desde a sua fundação e que sob a gestão do judeu de origem portuguesa Joseph Salvador prosseguiu a actividade lucrativa com o tráfico de Ópio para a China (1), etc. etc. - a lista é enormissima e a epopeia "semita" pode ser relembrada lendo a "História dos Judeus em Inglaterra"

Obviamente, nenhuma destas figuras seria de facto descendente dos antigos habitantes da Judeia (na Palestina), mas detinham sim uma posição secular usurpada ao longo dos tempos através do obscurantismo religioso medieval, e cuja numerosa prole contemporânea (como o historiador Simon Sebag da familia Montefiore) anda hoje por aí a pagar para que, regra geral, se encham os escaparates das livrarias com grosseiras aldrabices – uma situação ainda mais agravada depois do triunfo do importante lobie “judaico” dos Estados Unidos da América na Segunda Grande Guerra.
Escrevia então Eça de Queiroz nas Cartas de Inglaterra (numa edição publicada em 1907), não olhando particularmente para dentro da casa onde estava, mas equacionando preferencialmente as razões da proto-rivalidade económica e politica entre a Inglaterra e a Alemanha no virar para o século XX:

“Quase todas as grandes casas bancárias da Alemanha, quase todos os grandes jornais estão na posse do Semita. Assim torna-se inatacável. De modo que não só expulsa o alemão das profissões liberais, o humilha com a sua opulência rutilante e o traz dependente pelo capital; mas, injúria suprema, pela voz dos seus jornais, ordena-lhe o que há-de fazer, o que há-de pensar, como se há-de governar e com quem se há-de bater! Tudo isto ainda seria suportável se o judeu se fundisse com a raça indígena. Mas não. O mundo judeu conserva-se isolado, compacto, inacessível e impenetrável. As muralhas formidáveis do Templo de Salomão, que foram arrasadas, continuam a pôr em torno dele um obstáculo de cidadelas. Dentro de Berlim há uma verdadeira Jerusalem inexpugnável: ali se refugiam com o seu Deus, o seu livro, os seus costumes, o seu sabbath, a sua língua, o seu orgulho, a sua secura, gozando o Ouro e desprezando o cristão. Invadem a sociedade alemã, querem lá brilhar e dominar, mas não permitem que o alemão meta sequer o bico do sapato dentro da sociedade judaica. Só casam entre si; entre si se ajudam regiamente, dando-se uns aos outros milhões – mas não favoreceriam com um troco um alemão esfomeado; e põem um orgulho, um coquetismo insolente, em se diferenciar resto da Nação em tudo, desde a maneira de pensar à maneira de vestir. Naturalmente, um exclusivismo tão acentuado é interpretado como hostilidade – e pago com ódio. Tudo isto, no entanto, é a luta pela existência. O judeu é o mais forte, o judeu triunfa. O dever do alemão seria exercer o músculo, aguçar o intelecto, esforçar-se, puxar-se para a frente para ser, por seu turno, o mais forte. Não o faz: em lugar disso, volta-se miseravelmente, covardemente, para o Governo, e peticiona, em grandes rolos de papel, que seja expulso o judeu dos direitos civis, porque o judeu é rico, porque o judeu é forte”

Duas grandes guerras depois de Eça de Queiroz, quando o anti- semismo cunhado por Wilheim Marr era na verdade o combate contra o imperialismo económico das classes dominantes do Império Britânico, e depois das inúmeras guerras desencadeadas pelo capitalismo de catástrofe do século XXI, a maioria das vítimas continua a não entender a natureza do mal que oprime a humanidade; enquanto os seus fautores (que agora respondem pelo nome de mercados) continuam a enriquecer

(1) Quem são os herdeiros das fortunas obtidas com a Guerra do Ópio movida pela Grâ-Bretanha contra a China no século XIX? "Perceber a crise por David, o judeu Cameron"
.

segunda-feira, abril 11, 2011

antecipado o dia nacional do cocktail molotov

Apenas num ano, 4,65% do défice são juros resultantes da emissão de dívida contraída pelos decisores do Estado - são 8 mil milhões de euros só para juros, sem que "os eleitores" saibam quem lucra com a situação

Carta da Irlanda: "I would suggest you get your English-Portuguese dictionary and look up words like: moneylending, usury, subprime mortgage, rip-off. This will give you a more accurate translation of what will be happening you"
.

a Corja da esquerda neoliberal, disse

Foram muito elucidativas as imagens agit-prop dos dois partidos bonzo-estáticos do centrão politico neste fim de semana; desde aquele tipo baixinho esganiçado ao rubro em bicos de pés para chegar ao palanque para gritar socráticamente estamos contigo, passando pela ex-embaixadora da causa de Timor à qual só foi permitido que falasse no congresso perto da 1 da madrugada, até ao off-shore do clown da Madeira que assumiu a competência do chefe como lider da escumalha neocon e, para pôr um fim ridículo ao enjoo de tripas que é falar desta tropa, a admissão do proposto figurão "independente" para nº2 do Estado sob o mandato do promitente governo FMI - áh, como diria o Eça, quando ao relermos os Maias nos parece comentar a actualidade: "muitas vezes o riso é uma salvação; em política constitucional, pelo menos, o riso é uma opinião" mas como a crise vai também esgotando a vontade de rir talvez lembrar que se "foi o mau costume de comer a que os habituaram que provoca a fome" então também que, se votar é dar-lhes palha para os alimentar, ao menos que se "poupe ao boi a vista ao malho" - no acto, feche os olhos e ponha uma cruz numa bosta qualquer destas. Depois venha queixar-se da vida prós blogues

Pintura portuguesa do século XIX, no Museu do Chiado

relacionado:
"Banqueiros obrigam Sócrates a pedir a intervenção estrangeira"

.

domingo, abril 10, 2011

Garcia Pereira a Deputado!

"Uma providência que deve ser tomada desde já, que se revela indispensável a uma correcta definição de medidas quanto à dívida soberana portuguesa é a realização de uma auditoria pelo Banco de Portugal à mesma dívida, para responder essencialmente a três perguntas:
quanto, a quem e porquê se deve?"
(os Islandeses estão a responder eficazmente a esta questão)

"Ora Cavaco, com o apoio do PS, do PSD e do CDS, inviabilizou essa auditoria e assim impossibilitou o Povo Português não apenas de alcançar o conhecimento de quanto da tal dívida não deve ser paga pelos trabalhadores portugueses (por respeitar pura e simplesmente ao custo da gestão fraudulenta e da especulação financeira) como também de compreender que aquilo que constante e eufemisticamente se designa hoje de “os mercados” não passar afinal dos grandes bancos europeus, e em particular dos bancos alemães, que, com a compra da dívida pública portuguesa a juros absolutamente exorbitantes, se estão a encher à tripa forra à custa dos sacrifícios cada vez maiores do Povo Português!" (Garcia Pereira)

Ora, a auditoria que os vendidos ao imperialismo financeiro Cavaco/PS/PSD/CDS se recusam a fazer, vai ser feita pelos mesmos agentes que provocaram e beneficiam com o crime económico de que estamos a ser vítimas: "face ao valor da ajuda proposto pelo Comissário Europeu, "os mercados" dizem que não assinam o cheque sem uma avaliação mais profunda "da conta em dívida". Sob a ameaça desta "auditoria", num acto sobrenatural próprio da época, ainda havemos de ver a ressuscitada procissão Cavaco dos Passos a implorar aos portugueses para que rezem de joelhos pela vinda da UE/FMI, isto é, pelo sucesso da sua própria exploração
.

sábado, abril 09, 2011

Abril dinheiros mil




"o Governo e o Presidente da República são uma espécie de chefes de gabinete do sistema financeiro" (Carvalho da Silva)

"Parece que estamos no PREC mas ao contrário. Trinta e sete anos após o 25 de Abril, a Banca é quem mais ordena dentro de ti, ó cidade" (João Paulo Guerra)

Dos 60 a 75 milhões que vão entrar em Portugal todos os dias a maioria desse dinheiro entregue pelo FMI/BCE entrará directamente na Banca. Continua o regabofe. No ano passado, só até Setembro, os cinco principais bancos acumularam 1229 milhões euros de lucro. E os resultados da Banca como motor da economia estão à vista. A situação é esta porque a maioria do capital dos bancos não está no país, está nos off-shores. Mas há que cuidar da imagem, (usar Prada faz parte da função) para ocultar a fraude, uma tarefa prioritária para o governo seguinte PSD/PS - aqui não se corta nem uma unha.

Se por hipótese os 60 milhões diários fossem para dividir equitativamente por cada um dos 10 milhões de portugueses daria qualquer coisa como 6 euros por peça, o equivalente a 1 hora de mulher-a-dias. Mas para a RTP, uma empresa pública que se dedica a publicitar a ideologia e imagem dos governos neoliberais, cujo valor comercial até as agências de avaliação classificaram recentemente como lixo, o Estado paga todos os dias cerca de 1 milhão de euros. Quer dizer, como a RTP tem 1.100 funcionários, cada um desses "luises" custa ao erário público 909 euros por dia, isto é: 151,5 horas de mulher-a-dias. Crise? ser empregad@ da limpeza de ideias no canal público de televisão é que está a dar!
.