Cavaco, Loureiro e Lima. 3 em 1: Presidente, Gestor BPN e Vigarista |
José Gil: “Pegue-se num pouco de real, imagine-se-lhe o oposto que se lhe sobrepõe e o anula: cria-se o plano de não inscrição, onde a realidade é imaginária e tudo e o seu contrário são possíveis e verosímeis”. É uma técnica.
Por exemplo, a ministra das Finanças sobre as trocas de swaps nas empresas públicas para maquilhar as contas públicas onde ela própria interveio quando foi gestora da Refer, mente ao dizer que não mentiu (1) Isto apesar de nova prova através da carta do ex-secretário de Estado do anterior governo. Noutro exemplo (2), o actual secretário de Estado, Joaquim Pais Jorge então na qualidade de funcionário do Citigroup, tentou vender ao executivo de José Sócrates mal este tomou posse “três contratos de swap tóxicos escondidos das estatísticas para melhorar o rácio Dívida/PIB das contas públicas no curto prazo (370 Milhões de euros em 2005 e 450 M de euros em 2006) entalando as contas públicas no longo-prazo: um isco seguido de um risco. (3)
Dentro do pote onde se enfiaram em conjunto com os governantes os funcionários da banca internacional, quiçá os mesmíssimos personagens travestidos uns nos outros, o esquema operativo é o seguinte: o Estado português receberia 370 ou 450 milhões num ano, que repagaria no ano seguinte, com hipóteses de ocultar essa verba quer do défice quer da dívida pública, isto é, cobrindo com a jogada um risco do aumento dos juros, mas provocando prejuízos colossais nos anos seguintes caso os juros se mantivessem baixos, como é o caso (0,5% ao ano) conforme determinado pela banca privada internacional e garantido por Mário Draghi – exactamente a mesma que oferece estes empréstimos no “mercado” com a obrigatoriedade do Estado pagar um valor mínimo de 3,7%. E em Portugal subsiste uma ministra que não sabia nada sobre um esquema que já provocou 3 mil milhões de prejuízo, mas que a ministra já conseguiu maquilhar como sendo de apenas 1,3 mil milhões…
(1) Ministrados Swaps voltou a defender-se mas desta vez num tom invulgarmente exaltado (video)
(2) Revista Visão - Artigo detalhado aqui
(3) o Citigroup e o PSD são recorrentes nestes jogos de roleta viciados: A operação de cedência de créditos fiscais e da Segurança Social ao Citigroup, realizada por Manuela Ferreira Leite enquanto ministra das Finanças do Governo PSD/CDS-PP, está a ficar cara ao Estado: dos 11, 44 mil milhões de euros cedidos ao Citigroup em 2003, mais de 3,74 mil milhões foram substituídos por outros créditos cobráveis dos anos seguintes.(fonte)
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