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domingo, maio 15, 2011

papas e bolos para os eleitores "socialistas" que pensam que a sua cruzinha é na esquerda

Depois da triste história da cabala com a finalidade de derrubar a direcção do Partido Socialista em 2002, considerada demasiado à esquerda e pouco alinhada com os executivos do neoliberalismo europeu, Ferro Rodrigues declarou: “Quero deixar claro: a nossa luta será serena mas determinada e dirige-se – e sempre se dirigirá – contra os responsáveis por essa difamação, qualquer que seja o seu objectivo”.

Como é sabido, a trama foi imaginada e executada pelo governo Barroso/Paulo Portas segundo um modelo já testado anteriormente de difamação para afastar de cena e abater personalidades politicas inconvenientes (ler "o Plano Kinkora"). Feito o "trabalhinho" a ministra da Justiça Celeste Cardona desapareceu definitivamente do mapa e a promissora carreira do ex-ministro e promitente lider partidário Paulo Pedroso foi destruida sem apelo nem agravo. Em oito anos muitos dos objectivos de desmantelamento do Estado Social estão cumpridos ou em vias de passar a letra de lei. Melhor que ninguém Ferro Rodrigues sabe que foi "afastado" pelos decisores ocultos que gravitam na órbita do PSD/Opus Dei/Neocons (1) e melhor que ninguém foi o executivo americanizado de Sócrates (2) quem melhor conseguiu cumprir a tarefa. Ferro Rodrigues agora voltou à cúpula directiva do PS e a primeira sensação das ingénuas bases eleitoras do PS será a de que o partido estaria de novo a "virar à esquerda"... quando se lê isto:
"No cenário de vitória do PS sem maioria absoluta (...) ela (a coligação) seria naturalmente entre o PS e o PSD - reconhecendo ser "impossivel qualquer acordo à esquerda" (Ferro Rodrigues, Diário de Noticias, 14/5)

de Salvação Nacional, Aliança "Democrática" ou Bloco Central, como se virá a chamar o próximo governo do Sr. Silva?

(1) O cardeal patriarca disse recentemente que a Igreja não se intromete em Politica. Ao último milagre de Fátima assistiu dona Manuela Eanes, o eterno bobo sem côroa e o convidado arcebispo de Boston que discursou: "Deus não improvisa, a vida de João Paulo II foi poupada para que pudesse ser o instrumento na Terra para derrubar a Cortina de Ferro e afastar de vez o perigo do comunismo"
(2) Ler a carta, em inglês, enviada pelo Governo ao FMI com que Francisco Louçã "entalou" o secretário-geral do PS, na qual o Executivo se compromete com uma grande redução da taxa social única (TSU) já em 2012
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sábado, maio 14, 2011

se ele existisse...

... "CIA gostaria de enviar enviar Bin Laden para Guantánamo"

No dia 18 de Feverero passado a RTP, o canal privado de serviço ao imperialismo norte-americano, publicava a seguinte noticia com o evidente propósito de preparar a opinião pública e realçar o evento que em breve se seguiria: "a CIA revelou que planeia enviar Bin Laden para Guantánamo caso o detenha. A afirmação do Director da CIA "reabriu o debate" sobre o futuro da prisão americana em Cuba, depois de Barack Obama ter prometido encerrá-la. Robert Gates (o ex- secretário de Estado de Bush e actual secretário de Estado de Obama) admitiu que a perspectiva de encerrar o campo de prisioneiros é cada vez mais remota"

sexta-feira, maio 13, 2011

Cleveland Contre Wall Street

Desde a implosão do mercado imobiliário, que já se adivinhava em 2006, até ao rebentamento da bolha financeira em 2008, tem-se gerado um entendimento da crise que pretende lançar a ideia que meia dúzia de facínoras praticaram umas quantas mega-burlas e que, uma vez esquecidas estas, se volta a pôr tudo a zeros e a economia neoliberal voltará a funcionar às mil maravilhas como se nada se tivesse passado. Nada mais longe da realidade. A crise é inerente ao próprio sistema e à concentração capitalista nas bolhas motoras da economia que são determinadas pelo centro decisor global. (ontem a indústria da guerra, depois a construção civil, amanhã a venda de quotas sobre a poluição climática, etc.)

Desde meados dos anos 80 que a administração Reagan tinha determinado um programa de incentivo à habitação, de livre iniciativa privada, no sentido de compra de casa própria pelas classes sociais mais baixas, as que não tinham qualquer poder de compra significativo para o poderem fazer. Não se tratava de qualquer programa social segundo os parâmetros europeus. Nos EUA fizeram-no não com um qualquer desígnio altruísta, mas sim pela necessidade de expandir o sistema capitalista a fim que os impostos cobrados registassem um aumento capaz de continuar a sustentar o Estado e a burguesia que tem nele o seu principal instrumento de dominação e exploração sobre as classes trabalhadoras. O epilogo vai sendo conhecido: conforme se foram agravando as condições do modo de acumulação de capital, a crise passou do subprime norte americano para a economia global em geral e seguidamente para a dívida soberana de Estados inteiros...

No dia 11 de Janeiro de 2008 o município de Cleveland no Estado do Ohio encarregou a equipa de advogados de Josh Cohen de processar 21 bancos de Wall Street, pela venda fraudulenta de hipotecas a gente que se sabia não terem rendimentos para pagar os empréstinos, titularizando-os e vendendo em pacotes nos mercados financeiros globais essas obrigações (bonds). Pretendia-se levar esses bancos a julgamento, considerando-os responsáveis pela devastação imobiliária causada pela perda de milhares de habitações e pelo despejo compulsivo dos seus proprietários que arrasou bairros inteiros na cidade, uma das primeiras a ser afectada pela onda de falência de subprime nos EUA. Todos tinham ganho milhares de milhões nesse processo, promotores bancários, agentes imobiliários e executivos da alta finança; todos menos os mais pobres, semi-analfabetos, idosos e desprotegidos que se viram de tarecos no olho da rua enquanto Wall Street esfregava o outro olho.



Mas os 21 bancos de Wall Street sentindo-se atacados opuseram-se com todos os meios ao seu alcance à abertura do processo judicial, nomeando um causídico que habilmente inverteu a nota de culpa: “foram os bancos que resolveram emprestar dinheiro ao desbarato, apostando em produtos financeiros de risco com o fim de obterem lucros, ou foram as pessoas que assinaram os pedidos de empréstimo que sabiam não ter condições para pagar? A uma das testemunhas inquiridas é-lhe perguntado se não tinha achado estranho que um agente local desses bancos o tivesse aliciado para renegociar a hipoteca sobre uma casa que comprou por 26 mil dólares (com juros a 2,5%) para 40 mil dólares (com juros de 8,5%) e no espaço de dois anos para uma segunda hipoteca de 71 mil dólares? (com juros a 14%). Houve angariadores e comissionistas que de marginais se tornaram milionários num curto espaço de tempo...



Há comportamentos chocantes e revoltantes de ambos os lados, de um lado a ganância, de outro a ambição – mas, é uma táctica viciada, os mesmos argumentos utilizados não são válidos para as duas partes como se fossem iguais - pretende-se comparar a ambição de indivíduos avulso que pouco ou nada possuem na sociedade com a máquina diabólica que é uma mega estrutura bancária centralizada, livre e organizada para obter lucro sem olhar a meios. No final o advogado enviado por Wall Street ganha e o processo é arquivado sem sequer ter ido a julgamento. “Cleveland contre Wall Street“, (exibido ontem no IndieLisboa) conta a história encenando o julgamento que não existiu como ele deveria ter sido, recorrendo às personagens reais que intervieram no processo e filmando-as no tribunal onde o caso deveria ser julgado. Nos final da ficção o jurado decide por 5 votos contra 3 que os bancos foram culpados, mas a falta de quórum impediria a sua condenação. Na cena final da obra realizada pelo francês Jean-Stephane Bron apresenta-se Barack Obama ainda em campanha prometendo que os culpados pela devastação da economia norte americana seriam severamente punidos, quando afinal depois de eleito o que foi efectivamente feito foi despejar muitos milhares de milhões de dólares de ajuda em cima desses mesmos bancos


quinta-feira, maio 12, 2011

Europa: que merda de democracias são estas?

Uma nova delegação do FMI-UE-BCE de renegociação da dívida da Grécia foi recebida em Atenas com manifestações de protesto e os distúrbios subsquentes provocados pela policia de choque. Mas as pessoas estão exaustas, apenas 15.000 apareceram à convocatória. Desde que a Grécia pediu a "ajuda" do ano passado a taxa de desemprego passou de menos de 11 por cento para 15 por cento. Segundo as contas da elite governante o país precisará de uma nova "ajuda" adicional de 30 mil milhões de euros e de privatizar mais 50 mil milhões do património público para fazer face aos pagamentos da dívida (fonte)... Uma amostra do que espera Portugal?



"A história de todas as sociedades que existiram até aos nossos dias é a história da luta de classes. Homens livres e escravos, patrícios e plebeus, senhores e servos, mestres e oficiais, numa palavra: opressores e oprimidos, em oposição constante, travaram uma guerra ininterrupta, ora aberta, ora dissimilada, uma guerra que acabava sempre pela transformação revolucionária de toda a sociedade, ou pela destruição das duas classes beligerantes..."

"... todas as sociedades anteriores assentavam no antagonismo entre classes opressoras e classes oprimidas. Mas, para oprimir uma classe, é preciso poder garantir-lhe condições de existência que lhe permitam, pelo menos, viver na servidão. O servo, em pleno regime de servidão, conseguiu tornar-se membro da comuna, do mesmo modo que o pequeno-burguês conseguiu elevar-se à categoria de burguês, sob o jugo do absolutismo feudal. O operário moderno, pelo contrário, longe de se elevar com o progresso da indústria, desce sempre mais e mais, abaixo mesmo das condições de vida da sua própria classe. O trabalhador cai na miséria, e o pauperismo cresce ainda mais rapidamente do que a população e a riqueza. É portanto manifesto que a burguesia é incapaz de continuar a desempenhar por mais tempo o seu papel de classe dominante da sociedade e de impôr a esta, como lei reguladora, as condições de existência da sua classe. Já não é capaz de reinar, porque não pode assegurar ao escravo a existência, nem sequer dentro dos limites da escravidão, porque é obrigada a deixá-lo cair até ao ponto de ter que o manter, em vez de ter que ser mantida por ele. A sociedade já não pode viver sob a sua dominação, o que equivale a dizer que a existência da burguesia já não é compatível com a da sociedade"
Burgueses e Proletários,
Manifesto do Partido Comunista edição alemã de 1872
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quarta-feira, maio 11, 2011

o problema...

Aproxima-se o Dia de aniversário da Catástrofe na Palestina, a Nakba, e como sempre lembram-se as tentativas de aproximação a uma paz efectiva na região. O dirigente do Hamas Mahmud Zahar, declarou esta quarta-feira que o movimento islâmico está disposto a aceitar o estabelecimento de um Estado da Palestina baseado nas fronteiras de 1967. Porém ressalvou que o Hamas nunca reconhecerá o Estado de Israel - reconhecer Israel poderia colocar em perigo o direito de retorno dos refugiados palestinianos: "Qual será o destino de cinco milhões de palestinianos na Diáspora?"

Da "diáspora" judaica sabemos onde se encontra, não são refugiados: 5 milhões estão nos Estados Unidos a partir de onde um importante lobie económico-financeiro controla a politica externa norte americana de apoio ao Sionismo. Dos seus designios e da desigualdade de meios na ocupação da Palestina em 1947/8 fica o depoimento de David Ben Gurion a Moshe Sharett escrito nesse ano no principio da guerra, a 24 de Maio: (...) Israel está ameaçado de um “segundo holocausto”. E segundo o relato do historiador Ilan Pappé anotou no seu diário: “Nós estabeleceremos um Estado cristão no Líbano (…) nós faremos a Transjordânia em pedaços, bombardearemos a sua capital, destruiremos o seu exército (…) deixaremos a Síria de joelhos (…) a nossa aviação atacará Port Said, Alexandria e o Cairo, e isto para vingar os nossos ancestrais oprimidos pelos egípcios e pelos assírios nos tempos bíblicos (…)” - nada mais conciso e historiograficamente legítimo para se apurar da índole dos actuais decisores que pretendem governar os destinos do mundo

terça-feira, maio 10, 2011

a Europa do Capital e a "esquerda" lisboneufórica

















Rui Tavares juntou um grupo de eurodeputados de várias tendências politicas e chamou ao recém nascido projecto bloguístisco "The Lisboners" - lida a apresentação o que pretende Rui Tavares dizer com frases feitas e de efeito bombástico?? como esta: “back in the old days, we had no power in the European Parlament and we only discussed big things; now we have lots of power and we only seem to discuss small things” - ao citar que "agora temos montes de poder" quererá o nosso eurodeputado referir-se ao poder adquirido por todos "os lisbonenses" com o Tratado de Lisboa? que os que se conseguem alcandorar à área do Poder "apenas discutem coisas menores" parece estar certo. Pelo menos parece ser o caso das previsiveis sonsas prosas dos 9 redactores de "The Lisboners". Será que Rui Tavares pretende que o texto saído da revisão da constituição europeia à revelia dos povos foi feito de forma democrática?, pretender que todos os europeus sejam "lisbonenses" é inquestionável?... e o que há agora a fazer é andar para a frente sobre o crime juridico fundacional? ou desmanchar o baralho e dar de novo? Sabendo-se que na órbita de Bruxelas e do Parlamento Europeu se movimentam cerca de 20.000 lobyistas, quem é de facto Rui Tavares e que interesses politicos representa?

Gerardo Pisarello, professor de Direito Constitucional:

a Faixa de Gaza

um documentário de James Longley (2002) sobre a 2ª Intifada
Para memória futura do povo da Palestina martirizado pelo regime sionista de Israel

(outros trabalhos do mesmo autor)

segunda-feira, maio 09, 2011

Comédia séria sobre a crise financeira *

“hoje crédito não temos, dinheiro também não – pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise me parece a pior de sempre – e sem cura” (Eça de Queiroz, 1891)

Finalmente!, as medidas impostas do exterior ao “Governo português” vão obrigar a resolver o processo do envolvimento do actual 1º ministro no caso de corrupção por suborno para a construção do Freeport; E (não esquecendo o Portucale do BES/CDS) vai igualmente condenar os responsáveis pelo escândalo da fraude financeira que envolveu responsáveis do PSD com funções ao mais alto nível do Estado e pôs Portugal à beira da Bancarrota. Encobrimento com encobrimento se paga, “troika queria a falência do BPN mas Sócrates segurou o banco” (Público 6 de Maio pag. 8). O grande conglomerado PS e PSD tem boas razões para se conluiar num acordo clandestino para tentarem os dois juntos e “um contra o outro” ludribiar o povo. E, ao que se sabe, quem anda a concertar esse acordo pelos bastidores é um clássico: o Botas democrático Mário Soares.


os “Programas de governo” dos traidores

Com as despesas todas pagas pelo PSD um grupo de expertos ligados ao neoliberalismo – o movimento Mais Democracia com Catroga, o ex-ministro das finanças de Cavaco Silva à cabeça – anda há meses a congeminar um programa eleitoral e concluíram que quando lá chegarem (se chegarem) vão querer “aproveitar a crise para mudar radicalmente as estruturas do Estado”. Hoje em dia quem queira saber as linhas com que nos vão cozer tem de ler a imprensa estrangeira – e assim se soube que os do PSD são mais papistas que o Papa: a direita de Passos Coelho/PSD-CDS propõem reformas mais drásticas que o próprio FMI. O professor Marcelo diz na TVI que "é preciso explicar que o programa do PSD tem dimensão social (outra refinada aldrabice). O ministro do governo diz "não acho que o FMI seja neoliberal". Por esse outro lado, ou seja, pelo mesmo lado o programa eleitoral do Partido dito “Socialista” puxa dos galões na aldrabice crónica institucional enviando à comunicação social o ministro da psicologia Augusto Santos Silva com o recado que “a Troika não pode impor medidas que violem a Constituição” (Jornal de Negócios 29 de Abril pag. 44) quando afinal o FMI-EU-BCE vieram dizer quando divulgaram o memorando que “certos aspectos da Constituição terão de ser mudados para que os objectivos do programa possam ser cumpridos”

* Titulo de um artigo do professor Frèderic Lordon, autor de "O Mundo Refém das Finanças", 2008
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domingo, maio 08, 2011

a voz dos que não têm voz

a minha contribuição para a campanha com o objectivo de levar a voz incómoda e independente do dr. Garcia Pereira ao Parlamento burguês
óleo sobre tela 40x30

Censura. Enquanto os cinco partidos com acento parlamentar debatem entre si e em horário nobre, os canais de televisão querem relegar as outras candidaturas para horários menores e para o canal 2. Qualquer candidatura extra-parlamentar jamais terá oportunidade de expor as suas ideias e confrontá-las com as dos partidos institucionais que são responsáveis pelo estado de calamidade a que o país chegou. O objectivo da censura e marginalização tem um propósito: eternizar no poder os 5 partidos com assento no Parlamento, não existindo neste contexto a menor possibilidade de alteração das politicas neoliberais que vêm sendo seguidas por mais de 30 anos. Vamos levar a voz da Luta popular e da dissidência ao Parlamento

as imagens que as televisões não mostram:

sábado, maio 07, 2011

Capitalismo democrático?

Que podem as manifestações ordeiras e bem comportadinhas de uma esquerda reformista de convívio com o neoliberalismo e zeladora da Ordem como acção para modificar o mundo em que vivemos? Muito pouco!, A revolução é um desfile?

Onde e enquanto vigorar o Capitalismo o conceito original de Democracia estará sempre subvertido. Diz Marx no primeiro capítulo de “O Capital”: “a riqueza das sociedades onde impera o regime capitalista de produção surge-nos como um imenso arsenal de mercadorias”. Hoje em dia é dos Mercados para essas mercadorias e da liberdade de acesso a esses mercados que trata o sistema politico a que chamam de “democracia” – como se a liberdade na diversidade dos milhões e milhões de pequenos produtores não estivesse cerceada e pudesse competir com a hegemonia dos grandes monopólios que concentram o consumo nas grandes superfícies comerciais em investimentos de milhares de milhões para os quais a Banca sempre encontra crédito [Como se sabe, os homens mais ricos nos países capitalistas são normalmente os donos das mega-cadeias de distribuição]. Pouco importa aos decisores do poder se esse “Mercado” (dito “livre”) tenha perdido os seus valores iniciais e fosse adquirindo o carácter selvático que hoje o caracteriza (1). A existência ou não dessa liberdade na esfera da produção não conta para nada. Para quê a preocupação com a lei do Valor de Marx se hoje a “liberdade” é medida, na óptica dos gestores capitalistas (2), não pelo valor das mercadorias e serviços mas pela quantidade de papel-moeda impresso?

Mais eficaz que qualquer desfile ou manifestação cívica respeitadora e ordeira tendo em vista "transformar o mundo e não apenas em filosofar sobre ele", seria uma greve ao consumo nas grandes superficies comerciais - que são a base de sustentação dos grandes monopólios multinacionais (3). Comprar apenas local aos produtores locais no comércio tradicional e, já que estamos condenados a fazer sacrificios, comprar apenas produtos portugueses. Uma surpresa para a qual "a nossa Europa" dos patrões não estaria decerto à espera.

Josephine Meckseper fez esta fotografia na década de 70
colocando em contraponto um grupo de manifestantes e
um caixote extravasado do lixo que o evento produziu.
Na prática os manifestantes estão a ajudar o
paradigma de consumo capitalista que pensam criticar


notas
(1) “Tempos de Barbárie”, António Doctor, in “Politica Operária”
(2) Na economia neoliberal por cada dez dólares impressos, 9 são destinados a cobrir a especulação e apenas 1 dólar é indexado ao pagamento de mercadorias e serviços.
(3) "Um dos mitos propagandeado pelos diáconos do capitalismo e apropriado acriticamente por muitas ONGs é o do consumo responsável. Este mito diz-nos que podemos mudar o mundo pelo consumo, usando o nosso dinheiro para “votar” em produtos ecológicos. Assim se transfere a responsabilidade pela crise ecológica dos produtores para os consumidores e se cria a ilusão de que vivemos numa “democracia de mercado”. Obviamente, a realidade é muito diferente. No mercado, quem deveria determinar o que é produzido e o modo de produção é o produtor, não o consumidor. Ninguém nos perguntou se queríamos que as empresas destinassem o dinheiro que lhes damos à invenção de novos produtos electrónicos, como I-phones ou televisores plasma, ou ao desenvolvimento de produtos electrónicos mais eficientes no uso de energia. Ninguém nos perguntou se queríamos viver numa sociedade dominada pelo automóvel, se queríamos que a electricidade que entra em nossa casa fosse gerada maioritariamente por combustíveis fósseis ou se queríamos passar os fins-de-semana enfiados em grandes superfícies comerciais". (Ricardo Coelho, Informação Alternativa, Agosto de 2010)
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sexta-feira, maio 06, 2011

Punir o Desgoverno

Nas próximas eleições, vamos punir exemplarmente os partidos que têm desgovernado o País. Vamos votar diferente! "... apesar da gigantesca campanha de intoxicação em curso, visando fazer crer aos Portugueses que eles só têm a opção de escolher, entre o PS e o PSD, qual o Governo em melhores condições, leia-se, com maior capacidade de repressão para aplicar as medidas já previamente definidas (comunicadas pela troika em inglês), temos de continuar a apelar a que o Povo Português não deixe que lhe usurpem a sua capacidade de pensar e a sua soberania (...) não vamos aceitar um acordo de traição provocatoriamente apresentado como sendo bom para o Povo"! Vamos levar Garcia Pereira a Deputado para que esta mensagem possa de viva voz ser ouvida por todos

quinta-feira, maio 05, 2011

Heróis da Classe Operária

Festivais de cinema mascarados de “indiependentes” com o patrocinio da Caixa Geral de Depósitos e subsidios de entidades oficiais correm o risco de se tornarem cada vez mais infrequentáveis

O realizador francês Olivier Assayas no documentário “Carlos” que é exibido hoje no IndieLisboa tenta, e para isso obteve 14 milhões de financiamento, distorcer na tela o perfil completo do dissidente Ilitch Ramirez Sanchez, um venezuelano que na década quente da aplicação da Operação Gládio à dissidência politica progressista na Europa nos anos 70 se assumiu como combatente radical contra o capitalismo global que nos trouxe até à presente situação

Ilitch Ramirez Sanchez cumpre pena em França desde que foi preso no Sudão em 1994, encarcerado e condenado a prisão perpétua. Ao tomar conhecimento da existência do filme “Carlos”, estreado no festival de Cannes de 2010, o activista venezuelano pediu à Justiça francesa que o autorizasse a ver o filme antes da sua exibição nas salas comerciais. A Justiça, porém, negou tal pedido por considerar que isso seria "radicalmente contra a liberdade de expressão", negando à figura-alvo da manipulação o direito de contestar a liberdade de o utilizarem. Porém, em entrevista à imprensa francesa Ramirez Sanchez conseguiu afirmar que o guião do filme não é fiel aos factos. "Li o guião, contém falsificações voluntárias e irrisórias. É uma manipulação e é uma mentira deliberada (…) peço ao seu intérprete que não faça propaganda contra-revolucionária”, disse. Por exemplo, de acordo com este filme de 2010, a acção de sequestro de 11 ministros feitos reféns na reunião da OPEP de 1975 em Viena teria sido encomendada pelo ex-presidente iraquiano Saddam Hussein (na época um colaboracionista com o imperialismo norte-americano) mas de facto, segundo o próprio Ramirez Sanchez a acção foi subsidiada pelo lider da Libia Muammar al-Ghadafi (que na época era um activista dos povos do 3º Mundo contra o capitalismo neoliberal emergente)

Obviamente, a imprensa corporativa trata Ilitch Ramirez Sanchez como Carlos, o Chacal, «revolucionário profissional» e o terrorista venezuelano que trabalhou para a causa Palestiniana (de facto era membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e tentou alvejar um avião da israelita El-Al em Paris-Orly), “colaborador com o governo Soviético (1) e participante numa série de atentados que aterrorizaram a Europa (2)”. Infelizmente, por decadência própria, nós sabemos bem quem é que actualmente aterroriza os povos da Europa.

amostra de um mundo Falsificado:



(1) contrariando o que diz o filme, Ramirez Sanchez afirma que nunca se reuniu com o chefe da KGB, Yuri Andropov, em 1978 com a finalidade de atentar contra o presidente egipcio Anwar al-Sadat. Como se sabe a Paz não servia os interesses expansionistas de Israel. (e precisamente a França deu uma ajudinha à causa sionista através do France-Stanford Center)
(2) Na ressaca da derrota no Vietname, foram arrasadas as lutas populares e anti-colonialistas na década de 60, quando a Operação Gládio implementada pelos norte-americanos pelas chamadas forças Stay Behind que no inicio deram forma à NATO, destruiu a esquerda na Europa pela diabolização das Brigadas Vermelhas, Baden-Meinhof e ETA, o IRA, entre outros, atribuindo-lhes acções falsas. O caso só veio a ser descoberto alguns anos depois no célebre julgamento de Bolonha, quando réus e testemunhas confessaram terem sido contratados pela CIA para realizarem actos terroristas sanguinários cuja autoria era depois atribuida às organizações revolucionárias.

O mundo Real explicado pelo presidente Hugo Chávez: “este verdadeiro revolucionário, como venezuelano era também palestiniano; e há tantos palestinianos que têm sido assassinados,, que continuam a ser assassinados!”:

quando o "Yes I Can" está quase a deixar de funcionar levanta-se um convidado especial da tumba e mata-se o tipo outra vez

"a Casa Branca admitiu esta terça feira dia 3 em comunicado que o "lider terrorista" bin-Laden não estava armado no momento da sua morte". Olha a novidade, muitos sectores de opinião acham até que ele esteve presente na importante reunião do quartel general de Obama que assistiu em directo à sua liquidação física - Ó pra ele, em pé, o segundo a contar da esquerda. Na fotografia oficial da Casa Branca bin-Laden foi apagado. Antes deste extraordinário evento mediático, como diria Shakespeare: "Too Much Ado About Osama Bin Laden", o indice de aprovação da governação Obama já descia há 5 meses consecutivos sendo actualmente apenas de 42 por cento


* Osama bin-Laden esteve internado num Hospital de Rawalpindi poucos meses depois do 11 de Setembro (antes da sua morte). O caso foi relatado pela CBS.
* o jornal egipcio al-Wafd chegou a noticiar a morte e o funeral de bin-Laden
* Oliver North disse algum tempo depois, "Tenho a certeza que Osama está morto... assim como todos os outros tipos com quem estive em contacto"
(Lista de mentiras relacionadas aqui)

* Benazir Bhutto em 2007: Osama bin-Laden está morto
* BBC: "a al-Qaeda como organização não existe"
* Paul Craig Roberts, Information Clearing House: "A segunda morte de bin-Laden" - (traduzido para português no Resistir.info)
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quarta-feira, maio 04, 2011

Garcia Pereira a Deputado (VIII)

PS-FMI-UE, governar com o Coelho na cartola

"Sócrates, nesta sua comunicação ao País, sem direito a perguntas e feita no intervalo de um jogo de futebol (?!), falou bastante do que supostamente não consta do “acordo” que, nas costas do Povo Português e contra os interesses deste, terá fechado com a Troika. Mas não falou, nem permitiu que lhe fizessem perguntas sobre questões simultaneamente tão simples e tão importantes como estas:
Não se prever redução do salário minimo nacional representa que este se vai manter nos actuais e miseráveis 475€ por quanto tempo?
Qual o montante exacto da divida pública soberana, qual a taxa de juro deste empréstimo e que garantias do respectivo pagamento deu o Governo? (ler o resto aqui)

Eugénio Rosa: "O estado a que Portugal chegou, porque chegou e como sair dele. Contributos para o debate nacional"
(2ª Parte do estudo)

Vicissitudes do capitalismo

* Lê-se no Público.es que a fabricante automóvel espanhola SEAT, face a um prejuizo de 104 milhões no ano de 2010, quer "vincular os salários às perdas verificadas nos resultados". O curioso é que este tipo de empresas quando aumentam os lucros nunca querem indexar os salários a esses resultados. Só o pretendem fazer nos cenários de crise

* Torres Couto (PS) disse hoje no Fórum da TSF, muito clara e violentamente que "quem governa Portugal são as agências de marketing". Ok, até podemos estar de acordo, sem deixar de notar que antes quem governou tem sido gente como ele que põe e dispõe do erário confiado ao Estado para se governarem a seu bel-prazer. Portanto, salvo desmascarar os falsos "sindicalistas" não há nada de novo para a classe dos trabalhadores
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terça-feira, maio 03, 2011

a Construção do Estado Securitário

"Declarem vitória e dêem por terminada a "guerra contra o terrôr"

Esta é a mensagem explicita veiculada pelo influente Financial Times na gigantesca campanha mediática em curso para a reeleição de Barack Obama. É apenas disto que trata a "morte" do inimigo público nº1 - de Osama para Obama, é de consolidar o modelo de Estado Securitário implementado por George W. Bush e "legalizado" pela alterações introduzidas na 2ª Emenda da Constituição que se trata. E a Constituição norte americana serve, naturalmente, de referência para todos os paises tributários.

Quanto menor é a ameaça mais as forças de segurança da Ordem não param de crescer. O que significa que a guerra não é contra um qualquer bin-Laden, mas contra a possibilidade de organização e revolta do cidadão trabalhador comum.

Se o empirismo mediático trabalha os espíritos comuns e os leva a aceitar percepções inexistentes (um super batalhão de repórteres nunca viram "bin-Laden" algum durante uma década? excepto este agente duplo, quando até o mais esforçado pacóvio descobre que o Telmo do Big-Brother é candidato a deputado por uma coisa que dá pelo nome de "partido socialista"?) ... depois do jornalismo do dia seguinte, há os orgãos de informação determinantes, aqueles que tratam da formação do conceito acabado do Modelo Securitário. Uma semana antes do abate figurado ao activo do simbolo do consórcio Bin-Laden-CarlyleGroup-Mormons Bushistas, a Time Magazine dedicava a capa e oito páginas no artigo principal à segurança interna na pessoa do Director do FBI: "o caçador de terroristas que controlou o complot emergente do 11 de Setembro nos últimos dez anos". No corpo do artigo descrevem-se ameaças como condutores de táxis muçulmanos que conspiram, ensaios de bombas em solas de sapatos, armas de destruição em massa transaccionadas por paquistaneses em becos do Bronx, pizzas armadilhadas - enfim, tudo menos as mansões de luxo dos "bins-ladens" da Reserva Federal e Wall Street.


Dados concretos na implementação do Estado Securitário


Desde 2001 a divisão criminal do FBI aumentou o número de agentes de segurança de 1 para 3. o que é normal numa sociedade onde o desespero social cresce mais que essa proporção. 20 por cento desses efectivos (que no inicio do mandato de Bush eram 5.877 agentes especiais), foram transferidos da secção de assaltos, gangsterismo sobre bancos, máfia e crimes de colarinho branco para outras divisões. Faz sentido... se os assaltos a Bancos são controlados pelos próprios administradores porquê gastos desmesurados com tanta policia?
A brigada Anti-Terrorismo acolheu 5.026 dessas transferências: um aumento em pessoas, materiais e dinheiro de 106% em dez anos. O número de analistas criado nas secretas de informação que coligem dados sobre os cidadãos aumentou 205 por cento para 3.118 experts. O número de informáticos (996) que serve o sector cresceu 108 por cento e uma nova categoria de investigadores (580) foi criada para "estudar ameaças ainda não conhecidas". Olha, se calhar sou eu. Temos de avisar a malta da Tasca do Perigoso que fica ali para os lados de Grândola

confrontados com as normas securitárias "o Partido luta por uma República dos Trabalhadores e Camponeses mais democrática, na qual a policia e o exército permanente serão completamente abolidos e substituidos pelo povo em armas, por uma milicia universal. Os oficiais não só serão eleitos mas estarão sujeitos a serem revogados em qualquer altura a pedido da maioria dos eleitores. Todos os oficiais, sem excepção, serão pagos a uma tarifa não superior ao salário médio de um operário competente" (Lénine, Contribuições para a revisão do Programa do Partido, Maio de 1917)
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Garcia Pereira a Deputado (VII)

PCTP/MRPP entregou providencia cautelar sobre debates televisivos (ler)

"Movimento mais Sociedade" tem o papel de "atirar" propostas para testar "opinião pública". É um monumental embuste eleitoral






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segunda-feira, maio 02, 2011

olha!...mataram o mito !!? (e até o narrador deste filme foi Falsificado)

por impossibilidade de sobrevivência da impostura, Osama bin-Laden foi "assassinado" como lider da inventada obra da CIA al-Qaeda, nascida pela mão do secretário de Estado norte-americano Zbigniew Brezinzski (um "democrata", actual conselheiro de Obama) algures na fronteira do Paquistão em 1979 na mira da expulsão dos aliados soviéticos do Afeganistão durante a Guerra Fria. Lider carismático finado algures na fronteira do Paquistão, zona rica para o narcotrático made-in-CIA na linha de abastecimento ao Ocidente (nomeadamente os EUA). Milhares de pessoas comemoram o feito na praça de outra grande impostura: o GroundZero novaiorquino (1). Porém, passado o primeiro foguetório, não será crivel que "a-Rede" al-Qaeda morra... a organização faz falta para molhar com chuviscos de estupidez a moleirinha de parolos. Morra bin-Laden, Viva a al-Qaeda de bin-Laden! - alguém do Pentágono que envie um e-mail ao presidente Barack Obama (2) - não seria para acertar os pormenores da sua morte, ressurreição e beatificação que o geronte-judeu Henry Kissinger (um "republicano") reuniu ainda há poucos dias com a secretária de Estado Hillary Clinton?


(1) Todos aqueles que se atrevam a contestar a veracidade dos factos ocorridos e relatados oficialmente sob a égide de George W. Bush em 11 de Setembro de 2001 serão incluidos nas listas de suspeitos de terrorismo e tratados como delinquentes de delito comum (fonte)

(2) Justiça foi feita! afirmou hoje com a habitual destreza das palavras escritas nos telepontos o bebé contratatado para presidente dos Estados Unidos, popularizado com o nickname "Osama Bushbama". Vejam bem, camaradas, que até o bebé é falso! não nasceu nos Estados Unidos, nasceu no Kenya e por isso, à luz da Constituição, nunca poderia ter ocupado a Presidência (que é vedada a estrangeiros).

Os pormenores da legalização do parto pretensamente realizado em Honolulu (colónia-Estado do Hawai) mostram que o certificado emitido regista o bebé Barack Obama (nº 10.641) como sendo de etnia"Africana" (African) quando essa designação só foi adoptada a partir de 1968 no final da longa luta contra a descriminação racial nos EUA que culminou com o assassinato de Martin Luther King precisamente em 1968. Ora Barack Hussein Obama nasceu sete anos antes, em 1961, quando às cédulas de nascimento emitidas aos "coloured" era ainda dada a classificação étnica de "Negro" - face à onda de contestação popular contra a fraude politica do prometido messias Obama, a Casa Branca viu-se recentemente (27 Abril) na obrigação de desmentir estes factos, tornando pública a certidão de nascimento do Presidente (1ª gravura acima). É a cópia de um documento falsificado (os pixels não mentem). Mais simples que isso, o modelo dos certificados na época era bem diferente como mostra a 2ª gravura (em baixo), de um nasciturno dado à luz na mesma maternidade apenas três partos antes de Obama (com o nº 10.638). Basta comparar as duas. (fonte)

domingo, maio 01, 2011

"depois da Vida"... Paul Simon está de volta

precarizado, há morte depois da vida, prepara-te, fica pronto para o dia de natal, “nalgum topo de montanha no Paquistão”; vejo-me morto, preenchendo formulários e aguardando em filas de espera. Há vida após a morte. Poder, Glória e História, tudo se despenha. (...) assim começa a letra de "Uma questão para os Anjos": Um peregrino atravessou em romaria a ponte do Brooklyn/ com os seus ténis rasgados/ na hora em que os sem-abrigo removem os seus cobertores de papelão/ e um novo dia nasce


o 1º de Maio é o Dia do Trabalhador

Objectivos da "Revolução de 25 de Abril de 1974":
"Sou o Chefe de Estado dum país que, depois de humilhado por meio século de ditadura, soube iniciar na longa noite de 25 de Abril uma revolução sem sangue que outros classificaram de a mais pura do século. Estamos perfeitamente determinados a salvaguardar a pureza dos principais objectivos revolucionários:
- Devolver ao Povo Português a dignidade perdida, implantando condições de vida mais justas, com instituições democráticas pluralistas legitimadas na vontade do povo livremente expressa;
- Iniciar o processo irreversível e definitivo de descolonização dos territórios sob administração portuguesa. Não mais admitiremos trocar a liberdade de consciência colectiva por sonhos grandiosos de imperialismo estéril.
A nossa revolução, iniciada com o 25 de Abril, apesar de embaraços e dificuldades, continua a demonstrar o alto civismo do Povo de Portugal [...] Nestas condições, estou à vontade para afirmar solenemente que o Governo Português tem intenção e capacidade para cumprir, na letra e no espírito, a Carta das Nações Unidas e todos os compromissos internacionais, políticos, comerciais ou financeiros a que se encontra vinculado" (Discurso do Presidente da República Portuguesa, Costa Gomes, na ONU, em 19 de Outubro de 1974)

Reinvindicações do PCTP/MRPP nesse mesmo ano: "Paz, Pão, Terra, Liberdade, Democracia, Independência Nacional"
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