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quinta-feira, maio 12, 2011

Europa: que merda de democracias são estas?

Uma nova delegação do FMI-UE-BCE de renegociação da dívida da Grécia foi recebida em Atenas com manifestações de protesto e os distúrbios subsquentes provocados pela policia de choque. Mas as pessoas estão exaustas, apenas 15.000 apareceram à convocatória. Desde que a Grécia pediu a "ajuda" do ano passado a taxa de desemprego passou de menos de 11 por cento para 15 por cento. Segundo as contas da elite governante o país precisará de uma nova "ajuda" adicional de 30 mil milhões de euros e de privatizar mais 50 mil milhões do património público para fazer face aos pagamentos da dívida (fonte)... Uma amostra do que espera Portugal?



"A história de todas as sociedades que existiram até aos nossos dias é a história da luta de classes. Homens livres e escravos, patrícios e plebeus, senhores e servos, mestres e oficiais, numa palavra: opressores e oprimidos, em oposição constante, travaram uma guerra ininterrupta, ora aberta, ora dissimilada, uma guerra que acabava sempre pela transformação revolucionária de toda a sociedade, ou pela destruição das duas classes beligerantes..."

"... todas as sociedades anteriores assentavam no antagonismo entre classes opressoras e classes oprimidas. Mas, para oprimir uma classe, é preciso poder garantir-lhe condições de existência que lhe permitam, pelo menos, viver na servidão. O servo, em pleno regime de servidão, conseguiu tornar-se membro da comuna, do mesmo modo que o pequeno-burguês conseguiu elevar-se à categoria de burguês, sob o jugo do absolutismo feudal. O operário moderno, pelo contrário, longe de se elevar com o progresso da indústria, desce sempre mais e mais, abaixo mesmo das condições de vida da sua própria classe. O trabalhador cai na miséria, e o pauperismo cresce ainda mais rapidamente do que a população e a riqueza. É portanto manifesto que a burguesia é incapaz de continuar a desempenhar por mais tempo o seu papel de classe dominante da sociedade e de impôr a esta, como lei reguladora, as condições de existência da sua classe. Já não é capaz de reinar, porque não pode assegurar ao escravo a existência, nem sequer dentro dos limites da escravidão, porque é obrigada a deixá-lo cair até ao ponto de ter que o manter, em vez de ter que ser mantida por ele. A sociedade já não pode viver sob a sua dominação, o que equivale a dizer que a existência da burguesia já não é compatível com a da sociedade"
Burgueses e Proletários,
Manifesto do Partido Comunista edição alemã de 1872
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