Quem define quem tem, ou não tem, perfil para ser candidato a deputado, segundo indicações dos grupos de interesses com assento no parlamento, são os conselhos directivos das televisões. A previsivel para breve diminuição de circulos eleitorais e do número de deputados, politica conjugada com o método proporcional de Hondt acabará de vez com a possibilidade de, por exemplo, uma corrente de opinião que tenha 100.000 apoiantes possa alguma vez dispor de representação no parlamento burguês. É um jogo conscientemente viciado. Jamais alguém saberá que errâncias percorreu Caim se não ler Coleridge ou Byron sobre o modo como documentos e decisões são forjados por mão divina. Por agora, muito por força da imposição da Entidade Reguladora (ERC), obrigada a fazer cumprir a lei face à impugnação levada a cabo pelo PCTP-MRPP, o canal de serviço público RTP viu-se obrigado a destinar algum tempo de antena a um debate entre os candidatos de partidos (a manter como “pequenos”) que actualmente não têm representação parlamentar. Como diria Garcia Pereira: “a uns são destinadas 70 horas, a outros 70 segundos”
E no entanto bastaria um só debate entre Garcia Pereira e José Sócrates para que o candidato do PCTP-MRPP fosse finalmente elevado a Deputado, por um movimento que tem uma história de 40 anos – bastaria o nariz do pinóquio ser confrontado com a dismistificação da fraude da “ajuda” da Troika a Portugal: dos 78 mil milhões, 12.000 milhões serão imediatamente enfiados no núcleo duro da Banca para colmatar insolvências, 30.000 milhões são para pagar juros do dinheiro do empréstimo e 34.000 milhões são para avales a bancos comerciais para garantir créditos que não serão concedidos a pequenos empreendedores.
Perante estas condições deveriam estar em julgamento e sujeitos a punição exemplar os responsáveis pelo descalabro... porém a única voz que se levanta e declara que não estamos dispostos a pagar a fraude em curso, não é a de nenhum dos partidos com assento parlamentar, todos eles conciliadores e ávidos de “renegociação” de uma dívida odiosa que a maioria do povo não contraiu – a única voz que se levanta contra a impunidade do actual estado de bancarrota e capaz de armar o povo com uma teoria correcta é a do dr. Garcia Pereira
peixeirada-acoelhada (ver video da RTP)
Se José Manuel Coelho, que beneficiou desse contacto directo com os candidatos institucionais nos debates para as Presidenciais e com isso granjeou alguma aura de popularidade, ontem perdeu-a toda. Como se esgota a invocar, na qualidade de “homem de abril” um demagogo que se reclama de “comunista” e ex-PCP (dos que meteram a viola no saco a 25 de Novembro) José Manuel Coelho conservou a genética de bicho de cúpula de comité central que cumpre directivas anti-comunistas, mantendo os genes no núcleo indivisivel dos agentes patológicos que reformam tudo e todos menos a si próprios – na sua sanha anti-revolucionária, ontem, se pudesse, Coelho teria ressuscitado o Prec, teria ilegalizado de novo o MRPP e teria mandado prender de novo todos os seus militantes (acusados de serem amigos de Alberto João Jardim)
"Diógenes à procura de um homem honesto", Caesar Van Everdingen, 1652, Gal. Mauritshuis, Haia
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3 comentários:
Grande imbecil, esse coelho! Ainda há quem vote nesse pedaço de asno?! nesse calhau com dois olhos?! Safa!!!que isto só mesmo neste País!
Quanto ao Dr. Garcia Pereira ser a única voz... já por isso é que a TV e imprensa em geral, o evita!... não vá o povo decidir como os islandeses e defender a sua Liberdade! Não... este jogo viciado, é para que fiquemos pior que antes do 25 de Abril...e eles comem tudo!
O palhaço cumpre o seu papel nesta democracia de bordel, estes individuos são instrumentos do poder e é para isso mesmo que o grandee capital os promove. Desacreditar aqueles que lutam consequentemente contra o poder autocrático do grande capital.
No entanto ele não estava sozinho outros ditos partidos sem ideologia concorrem não com ideologia que os sustente, mas defendem causas que se enquadram nos pertidos do poder a sua função é a mesma do palhaço só que ainda não deram a cara.
Fazem-me recordar um tal Eduino Vilar grande amigo de Pacheco Pereira e da sua AOC e PCPML. Cumpriram o seu papel e desapareceram como partido e voltaram casa mãedPSD neste caso mas poseria referir muitos outros casos de vendidos
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