Inicialmente confrontado com a falta de equidade de todas as candidaturas nos debates programados pela RTP Passos Coelho demorou nove dias a dar uma resposta a Garcia Pereira sobre a posição do PSD. Fê-lo em cima da hora de inicio do primeiro debate a cinco. Tal habilidade esteve na origem do protesto do MRPP e dos restantes partidos sem representação parlamentar junto às instalações do canal público nessa noite e motivou a apresentação da providência cautelar que levaria o Tribunal a condenar os 3 canais à transmissão de novos debates nas mesmas condições dos já realizados.
Dos cinco partidos parlamentares até esta hora apenas a CDU manifesta disponibilidade para participar e cumprir o que a lei determina. Passos Coelho recusou alegando "ser inviável por estar no Norte no dia 3". Francisco Louçã respondeu evasivamente garantindo disponibilidade "se a agenda o permitir, mas não vamos cancelar um comício que já está marcado para ir a um debate". Paulo Portas parvejou ao estilo troca-tintas a que nos habitou: "Garcia Pereira até é meu advogado e tenho muito gosto em debater com ele", mas depois não respondeu ao comunicado conjunto dos 3 canais. O PS anda coligado com o CDS e também não respondeu.
Depois disto, hoje, as televisões apresentaram uma proposta "tão engenhosa como legalmente inadmissível na tentativa de revogação da sentença judicial" pretendendo gravar previamente os restantes debates com menor tempo de duração para depois os transmitir editados com cortes ou comentários acrescentados por pivots às horas que muito bem entendessem, por exemplo, às 4 da manhã. Mas o que o Tribunal obrigava era à transmissão nos mesmos moldes e em directo destes novos debates. Resumindo, ERC, RTP, TVI, SIC e Directórios partidários de 4 partidos parlamentares conluiaram-se para boicotar a decisão do Tribunal de Oeiras.
Resposta do MRPP: "A postura vertida no referido mail conjunto (enviado à candidatura de Garcia Pereira) consubstancia uma tão engenhosa quanto legalmente inadmissível tentativa de boicote e de revogação da sentença judicial proferida naquele Tribunal mas que vos irá custar muito caro. Na verdade, o que a Candidatura do PCTP/MRPP pretendeu, peticionou judicialmente, lhe foi deferido e continua agora a pretender é, simplesmente, o respeito do princípio da igualdade de tratamento e de oportunidades das diversas candidaturas, não desejando nem pactuando com discriminações de espécie alguma". (Ler o comunicado completo aqui)
Concluindo, há uma mensagem que incomoda os partidos do Poder ou com ele comprometidos a qual pretendem encobrir a todo o custo: que não temos de cumprir o programa da troika nem temos de pagar dívidas que não contraímos. Se esta voz pode provocar semelhante alarme debaixo do fogo cerrado da censura, imagine-se o desconforto que seria eleger o dr. Garcia Pereira como deputado para provocar o pânico permanente no Parlamento:
5 comentários:
São menos 2 a votar no Garcia Pereira que ontem fez figura de palhaço!E,era bom que explicasse a assistencia a um mafioso do inner circle do alberto joao jardim,contra jornalistas(e não,jornaleiros!)q andam a investigar a podridão das negociatas na Madeira.
É que de Madeira trambém sei algumas coisas...e,esta do Garcia Pereira a fazer de atacante da plutocracia....
"sabe" mas não diz...
acontece ao "sabichões" de verbo facil
A quantidade de processos a dirigentes autárquicos é enorme e,diz muito do que aquilo é,e da nossa justiça...
Mas,o q se pasa?o Garcia a 'abafar' o trabalho de pesquisa de Jornalistas q não de jornaleiros...
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