Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
sexta-feira, junho 30, 2006
Roger Waters, o mítico lider dos Pink Floyd, escreve a letra de "The Wall" no muro da Palestina
a propósito de um concerto na passada semana efectuado na cidade de Neve Shalom, uma pequena comunidade onde coexistem árabes e israelitas, Roger Waters disse mais ou menos isto: "Poderá ser muito árdua a luta para deitar isto abaixo, mas mais tarde ou mais cedo, acabará por acontecer"
(ler a noticia completa, aqui)
perceberá, por este modesto exemplo Rui Veloso porque foi escorraçado da porta dos camarins pelo staff de Roger Waters quando pretendia ser recebido pelo artista, durante o último "Rock in Rio" que teve lugar em Lisboa?
eu digo-lhe - é porque não se pode ser um apoiante indefectivel do guerrófilo imperialista Cavaco, e sair-se incólume disso. Toma juizo veloso e limita-te à tua insignificância,,,
tem vergonha na cara, por andares a apoiar os que constroem os MUROS.
quarta-feira, junho 28, 2006
11 de Setembro - What Really Happened?
"Figuras proeminentes e bastante respeitadas defenderam que existem provas concludentes de que o 11/9 teve origem interna, afirmou Alex Jones" (citado no Publico 26/6)
Veja um documentário americano de 2005 que prova que os atentados de 11 de Setembro 2001 foram planeados pela Administração Bush. O filme pode ser visionado aqui:
http://www.loosechange911.com/ (1 Hora e 20 minutos) mas será exibido sexta-feira dia 30 na BOESG - Biblioteca dos Operários e Empregados da Sociedade Geral - que em conjunto com a InfoNature.Org, convida todos os interessados a participarem no evento. Local: BOESG - Rua das Janelas Verdes, nº 13, 1º Esq. Lisboa
Nem os jornais de referência conseguem já ignorar, sob pena de acabarem por perder a pouca credibilidade que lhes resta. Ainda assim, é com estas palavras que se referem ao que aconteceu na América no dia 11 de Setembro de 2001 que deu ao mundo dois mandatos de uma besta como Bush: "os ‘fãs’ incondicionais das teorias da conspiração que proliferam a propósito de tudo, e de nada, na América" (Correio da Manhã, 26/6):
"Envergando ’t-shirts’ com a pergunta “O Que Realmente Aconteceu?”, juntaram-se num encontro num hotel em Los Angeles, participantes das mais diversas áreas, incluindo físicos, filósofos e especialistas em terrorismo. Em comum, o facto de todos eles discordarem da versão oficial dos atentados que mudaram o Mundo. Durante o fim-de-semana 1200 pessoas deram corpo àquilo que a organização qualificou como a maior conferência de teorias da conspiração sobre os ataques de Washington e Nova Iorque".
Como assim, "conspiração"?
As televisões americanas reportaram em directo as explosões responsáveis pela implosão do WTC
"A 11 de Setembro de 2001, enquanto as torres do World Trade Center se mantinham ainda de pé após o embate dos aviões, as televisões, Fox News, NBC e outras, reportaram em directo as explosões que estavam a acontecer dentro dos edifícios. Estas imagens nunca mais voltaram a passar nas televisões norte-americanas"
(Ver outro Video aqui, no "Homem nas Cidades")
É preciso fazer compreender as pessoas que soldados estão a ser enviados para cada vez maiores carnificinas por,
CRIMINOSOS E MENTIROSOS NOS GOVERNOS QUE UM DIA TERÃO DE SER JULGADOS
Clique para ver "A Mentira do Século"
e como tratam actualmente os NEOCONS um evento que teve 3000 vítimas directas?
Anne Coulder, uma colunista de extrema-direita, comentadora da "Fox News", autora de vários best-sellers, (uma mistura de MargarinaRebeloPinto e ZéManelFernandes), sobre um grupo de viúvas do 11 de Setembro de New Jersey, disse textualmente:
"Essas cabras estão milionárias, passeiam-se na imprensa com o estatuto de celebridades. Não sei de mais ninguém que tenha tirado tanto partido da morte dos maridos como elas"
"A verdade chocante acerca da ocupação americana do Iraque" Robert Fisk
Veja um documentário americano de 2005 que prova que os atentados de 11 de Setembro 2001 foram planeados pela Administração Bush. O filme pode ser visionado aqui:
http://www.loosechange911.com/ (1 Hora e 20 minutos) mas será exibido sexta-feira dia 30 na BOESG - Biblioteca dos Operários e Empregados da Sociedade Geral - que em conjunto com a InfoNature.Org, convida todos os interessados a participarem no evento. Local: BOESG - Rua das Janelas Verdes, nº 13, 1º Esq. Lisboa
Nem os jornais de referência conseguem já ignorar, sob pena de acabarem por perder a pouca credibilidade que lhes resta. Ainda assim, é com estas palavras que se referem ao que aconteceu na América no dia 11 de Setembro de 2001 que deu ao mundo dois mandatos de uma besta como Bush: "os ‘fãs’ incondicionais das teorias da conspiração que proliferam a propósito de tudo, e de nada, na América" (Correio da Manhã, 26/6):
"Envergando ’t-shirts’ com a pergunta “O Que Realmente Aconteceu?”, juntaram-se num encontro num hotel em Los Angeles, participantes das mais diversas áreas, incluindo físicos, filósofos e especialistas em terrorismo. Em comum, o facto de todos eles discordarem da versão oficial dos atentados que mudaram o Mundo. Durante o fim-de-semana 1200 pessoas deram corpo àquilo que a organização qualificou como a maior conferência de teorias da conspiração sobre os ataques de Washington e Nova Iorque".
Como assim, "conspiração"?
As televisões americanas reportaram em directo as explosões responsáveis pela implosão do WTC
"A 11 de Setembro de 2001, enquanto as torres do World Trade Center se mantinham ainda de pé após o embate dos aviões, as televisões, Fox News, NBC e outras, reportaram em directo as explosões que estavam a acontecer dentro dos edifícios. Estas imagens nunca mais voltaram a passar nas televisões norte-americanas"
(Ver outro Video aqui, no "Homem nas Cidades")
É preciso fazer compreender as pessoas que soldados estão a ser enviados para cada vez maiores carnificinas por,
CRIMINOSOS E MENTIROSOS NOS GOVERNOS QUE UM DIA TERÃO DE SER JULGADOS
e como tratam actualmente os NEOCONS um evento que teve 3000 vítimas directas?
Anne Coulder, uma colunista de extrema-direita, comentadora da "Fox News", autora de vários best-sellers, (uma mistura de MargarinaRebeloPinto e ZéManelFernandes), sobre um grupo de viúvas do 11 de Setembro de New Jersey, disse textualmente:
"Essas cabras estão milionárias, passeiam-se na imprensa com o estatuto de celebridades. Não sei de mais ninguém que tenha tirado tanto partido da morte dos maridos como elas"
Por detrás de cada Grande Lider, está sempre um Grande Design
"A verdade chocante acerca da ocupação americana do Iraque" Robert Fisk
Timor,,, ultimas do golpe silencioso
actualização 29/6
Nuno Antunes, um consultor que trabalhou com Alkatiri nas negociações sobre o petróleo: "tenho é poucas dúvidas de que as declarações de apoio a Xanana Gusmão e a Ramos-Horta por parte da Austrália em geral têm muito a ver com o facto de o primeiro-ministro timorense ser quem é. A Austrália não perdoa o acordo que Mari Alkatiri conseguiu obter que prejudicariam os Territórios do Norte da Austrália"
ler a entrevista completa,aqui
2ª fase: Xanana "Karzai" Gusmão "governa" por decreto, sob a vigilância das forças invasoras. Xanana, anunciou hoje que vai iniciar "imediatamente" diligências para a formação de um novo governo no âmbito do "actual quadro parlamentar" e que só dissolverá o Parlamento se isso não for possível.(Lusa). A FRETILIN, liderada por Mari Alkatiri, é o partido maioritário em Timor-Leste, com 55 dos 88 deputados do Parlamento Nacional.
Como assim,,, "não é possivel"?
"A formação do novo governo em Timor- Leste deve ter em conta a maioria parlamentar da FRETILIN, mas também as dúvidas quanto à legitimidade da sua actual liderança", disse hoje José Ramos-Horta à televisão australiana ABC,o canal australiano de televisão ao serviço da golpada (um caso de memória curta)
"15 mil apoiantes do ex- PM de Timor-Leste Mari Alkatiri manifestaram-se fora de Dili na terça-feira, dizendo que querem marchar até à capital. Mas o Sr Alkatiri, que resignou entre criticismo crescente da sua gestão de semanas de desassossego, pediu-lhes para esperarem "um dia ou dois " antes de entrarem na cidade" (BBC)
Entretanto, a noite vai longa iluminada pelas fogueiras criminosas dos homens do Tara e do Railos, e perseguições a casas de elementos e simpatizantes da FRETILIN, com o beneplácito das forças ocupantes.
ultimas noticias em:
http://timor-verdade.blogspot.com/
http://www.timor-online.blogspot.com/
Nuno Antunes, um consultor que trabalhou com Alkatiri nas negociações sobre o petróleo: "tenho é poucas dúvidas de que as declarações de apoio a Xanana Gusmão e a Ramos-Horta por parte da Austrália em geral têm muito a ver com o facto de o primeiro-ministro timorense ser quem é. A Austrália não perdoa o acordo que Mari Alkatiri conseguiu obter que prejudicariam os Territórios do Norte da Austrália"
ler a entrevista completa,aqui
2ª fase: Xanana "Karzai" Gusmão "governa" por decreto, sob a vigilância das forças invasoras. Xanana, anunciou hoje que vai iniciar "imediatamente" diligências para a formação de um novo governo no âmbito do "actual quadro parlamentar" e que só dissolverá o Parlamento se isso não for possível.(Lusa). A FRETILIN, liderada por Mari Alkatiri, é o partido maioritário em Timor-Leste, com 55 dos 88 deputados do Parlamento Nacional.
Como assim,,, "não é possivel"?
"A formação do novo governo em Timor- Leste deve ter em conta a maioria parlamentar da FRETILIN, mas também as dúvidas quanto à legitimidade da sua actual liderança", disse hoje José Ramos-Horta à televisão australiana ABC,o canal australiano de televisão ao serviço da golpada (um caso de memória curta)
"15 mil apoiantes do ex- PM de Timor-Leste Mari Alkatiri manifestaram-se fora de Dili na terça-feira, dizendo que querem marchar até à capital. Mas o Sr Alkatiri, que resignou entre criticismo crescente da sua gestão de semanas de desassossego, pediu-lhes para esperarem "um dia ou dois " antes de entrarem na cidade" (BBC)
Entretanto, a noite vai longa iluminada pelas fogueiras criminosas dos homens do Tara e do Railos, e perseguições a casas de elementos e simpatizantes da FRETILIN, com o beneplácito das forças ocupantes.
ultimas noticias em:
http://timor-verdade.blogspot.com/
http://www.timor-online.blogspot.com/
terça-feira, junho 27, 2006
o referendo em Itália
O "não" à reforma da Constituição italiana vence com 62,3% dos votos contra 37,7% do "sim"
No referendo, o "sim" à proposta apresentada pelo anterior governo de Berlusconi, pretendia a transformação definitiva do Estado Italiano numa coutada dos grandes grupos de interesses, propondo aceitar ou rejeitar uma reforma da Constituição de tipo federalista, que aumentaria atribuições do primeiro-ministro em detrimento do chefe de Estado, além de conceder maior autonomia às 20 regiões da península.
(ver noticia na Ansa.it)
na foto: Silvio Berlusconi, o Gianfranco Finni da Liga do Norte neofascista e o Núncio Apostólico de Roma (à civil) em peregrinação ao Grand Karalhyon, nos United States of America.
----
Nota sobre a Virose NEOCON
Há cerca de uma semana uma vara de recos de extrema-direita monitorizou com assiduidade este blogue, desaparecendo entretanto das caixas de comentários, como quaisquer vândalos que se prezem, sem deixar rasto. Mas na passada sexta feira 23, o post sobre a a "ocupação da Alemanha pelas forças Militares Norte-americanas", foi alvo de um ataque, que replicou por centenas de vezes o seu conteúdo, tornando-o sobremaneira pesado, invializando por completo a abertura do blogue, que esteve práticamente inoperacional durante quase 3 dias. É com imenso regozijo que desejo enviar-lhes um muito obrigado por não gostarem do que aqui podem ler, e reiterar-lhes que esse tipo de ataques apenas me motivam para tentar ser cada vez mais eficaz a desmascarar as "altas personalidades" da pocilga onde vcs chafurdam; serviço cívico completamente à borla, podem crer.
No referendo, o "sim" à proposta apresentada pelo anterior governo de Berlusconi, pretendia a transformação definitiva do Estado Italiano numa coutada dos grandes grupos de interesses, propondo aceitar ou rejeitar uma reforma da Constituição de tipo federalista, que aumentaria atribuições do primeiro-ministro em detrimento do chefe de Estado, além de conceder maior autonomia às 20 regiões da península.
(ver noticia na Ansa.it)
na foto: Silvio Berlusconi, o Gianfranco Finni da Liga do Norte neofascista e o Núncio Apostólico de Roma (à civil) em peregrinação ao Grand Karalhyon, nos United States of America.
----
Nota sobre a Virose NEOCON
Há cerca de uma semana uma vara de recos de extrema-direita monitorizou com assiduidade este blogue, desaparecendo entretanto das caixas de comentários, como quaisquer vândalos que se prezem, sem deixar rasto. Mas na passada sexta feira 23, o post sobre a a "ocupação da Alemanha pelas forças Militares Norte-americanas", foi alvo de um ataque, que replicou por centenas de vezes o seu conteúdo, tornando-o sobremaneira pesado, invializando por completo a abertura do blogue, que esteve práticamente inoperacional durante quase 3 dias. É com imenso regozijo que desejo enviar-lhes um muito obrigado por não gostarem do que aqui podem ler, e reiterar-lhes que esse tipo de ataques apenas me motivam para tentar ser cada vez mais eficaz a desmascarar as "altas personalidades" da pocilga onde vcs chafurdam; serviço cívico completamente à borla, podem crer.
segunda-feira, junho 26, 2006
Induzida por forças exteriores,,,
,,,a actual crise em Timor Leste tem a Austrália como principal responsável, assegurou Alfredo Assumpção, ex-Chefe do Estado Maior da ONU no território entre 2000 e 2001. O general português aposentado, numa entrevista de ontem assinalou que o governo de Camberra é o principal inimigo de Timor Leste e que sempre desejou controlar o processo de autonomia – “o que interessa aos australianos é o petróleo e o gaz, e para isso nada melhor que estarem fisicamente presentes para controlar o sistema politico no país e o modo como são geridas essas fontes de riqueza”. Até ao momento, explicou, não tinham tido êxito porque o Presidente timorense Xanana Gusmão e o primeiro ministro Mari Alkatiri estavam unidos, porém a ruptura dessa união abre o caminho para tomarem o controlo. Como é sabido, segundo o Presidente, a permanência no cargo do primeiro ministro apoiado pelo partido maioritário no Parlamento, a Fretilin (Frente Revolucionária para a Libertação de Timor) começou de repente (sem mais nem menos?) a “ameaçar a continuidade do Estado democrático”.
Revisão da matéria dada:
O caos começou em finais de Maio, quando o governo decidiu despedir 600 soldados, quase metade do exército, que disseram ter sido vítimas de descriminação étnica. Os militares despedidos protagonizaram uma rebelião que causou cerca de 30 mortos e 100 mil pessoas desalojadas, o que requereu o pedido de ajuda de tropas internacionais para controlar a situação; dois mil militares e policias da Austrália, Nova Zelândia; Malásia e Portugal, chegaram à capital timorense, onde todavia persistem focos de violência. Na passada sexta feira 23, vários helicópteros australianos patrulharam a cidade seguindo com atenção alguns milhares de manifestantes trazidos em camionetas de todo o território para apioarem o chefe de Estado.
"Se cada vez que 300, 400 ou mil pessoas que se juntam e pedem a demissão do Governo ou dissolução do Parlamento Nacional isso acontecer, significa que nem vale a pena estar a pensar em eleições. Ficaríamos com um país ingovernável , o protótipo de um Estado falhado", sublinhou Mari Alkatiri.
O primeiro ministro é acusado de haver armado milícias civis para eliminar os rivais políticos, acusações que nega e relaciona com a campanha para o obrigar à sua renúncia. Alkatiri de maneira nenhuma assume demitir-se e só admitiu a possibilidade de abandonar o Ministério dos Recursos Energéticos, mostrando a máxima flexibilidade e abertura. A situação é tão complexa que uma decisão precipitada pode complicar ainda mais as coisas, assegurou o chefe do Governo, que referir serem as declarações de Xanana Gusmão inoportunas, ao mesmo tempo que a Fretilin convoca uma manifestação que pretendeu juntar vinte mil apoiantes de Alkatiri em Dili
Na sequência de desacordos com a estratégia a seguir no impedimento dos manifestantes acederem a Dili, José Ramos Horta acabaria por pedir a demissão. (ver noticia da Lusa).
A decisão da FRETILIN (ver aqui o Comunicado) não está de acordo com o desejo dos golpistas, mas é a única que continua a fazer valer a Constituição da República. Mudar só por força do voto popular.
Fernando Araújo (PD) sabe que nunca será governo de forma constitucional, logo esta é a mais apetecida caminhada de assalto ao poder com o apoio de Xanana Gusmão. Xanana até pode pedir a dissolução do Parlamento, mas nunca esquecerá que o fez sem base constitucional. Se o parlamento não funciona e as instituições estão de novo paralisadas só se deve a uma estratégia concertada de manifestações dos amigos do presidente e dos australianos para que assim aconteça.
Obviamente que toda esta estratégia só resulta pelo grande apoio das tropas australianas aos manifestantes pró-golpistas no terreno. Recordemos que a paralisia parcial aconteceu com a entrada das tropas australianas - está nos registos mundiais, que os media internacionais testemunharam e deram a conhecer ao mundo.
No meio de tudo isto fica o presidente Xanana - numa encruzilhada da tal "guerra da esperteza" ganha como afirmou perante os seus manifestantes.
Actualização:
Receita tradicional aplicável ao 3º mundo, em caso de PREC
* Numa acção concertada Paul Wolfowitz, o judeu ideólogo da tomada de Poder pelos Neocons nos EUA, hoje à frente do Banco Mundial, escreveu no Público, um artigo onde, depois da habitual lenga-lenga sobre "democracia", ameaçou concluindo que "a abordagem unida em prol da paz e da recuperação pode não voltar a surgir".
* Baseado nas declarações de um manhoso ex-guerrilheiro, Vicente "Railós", visto na varanda com Xanana "Karzai" Gusmão, o "Público" assevera que o ex-ministro da Defesa Rogério Lobato, "está em prisão domiciliária e está sujeito a uma pena de 15 anos de cadeia se acaso se confirmar a acusação". Fica dito, mesmo antes que exista qualquer investigação ou matéria provada para julgamento - os Media subsituem os Tribunais, julgando de facto quem acham que estorva a prossecução dos interesses dos patrões da Imprensa&AssociadosPoliticos, SA.
* para concluir a Santissima Trindade:
A Igreja abençoou a demissão de Alkatiri, mandando celebrar uma missa onde um coro cantou o "Vem com Alegria", como corolário do seu já longo rol (leva mais de um ano) de acções para denegrir o agora ex-1º ministro com o rótulo de "comunista".
* "Timor Leste: Uma Nova Guerra Fria" por Maryann Keady:
"Há três anos, escrevi uma peça sobre as tentativas de correr com o PM Mari Alkatiri em Timor Leste, então uma nova nação independente que porfiava. Escrevi que acreditava que os USA e a Austrália estavam determinados a correr com o líder timorense, devido à sua posição dura sobre o petróleo e o gás, a sua determinação em não aceitar empréstimos internacionais, e o desejo deles de verem tomar o poder o Presidente Xanana Gusmão, amigo da Austrália".
ler mais
* "Timor Leste, o golpe que o mundo não percebeu", por John Pilger:
"No meu filme de 1994, A morte de uma nação (Death of a Nation) há uma cena a bordo de um avião a voar entre o norte da Austrália e a ilha de Timor. Decorre uma festa; dois homens engravatados estão a brindar-se com champanhe. "Isto é um momento histórico único", exulta Gareth Evans, ministro das Relações Exteriores da Austrália, "um momento histórico verdadeiramente único". Ele e o seu homólogo indonésio, Ali Alatas, estavam a celebrar a assinatura do Tratado do Estreito de Timor (Timor Gap Treaty), o qual permitiria à Austrália explorar as reservas de gás e petróleo no fundo do mar de Timor Leste. O prémio supremo, como disse Evans, eram "zilhões" de dólares"
ler mais
Revisão da matéria dada:
O caos começou em finais de Maio, quando o governo decidiu despedir 600 soldados, quase metade do exército, que disseram ter sido vítimas de descriminação étnica. Os militares despedidos protagonizaram uma rebelião que causou cerca de 30 mortos e 100 mil pessoas desalojadas, o que requereu o pedido de ajuda de tropas internacionais para controlar a situação; dois mil militares e policias da Austrália, Nova Zelândia; Malásia e Portugal, chegaram à capital timorense, onde todavia persistem focos de violência. Na passada sexta feira 23, vários helicópteros australianos patrulharam a cidade seguindo com atenção alguns milhares de manifestantes trazidos em camionetas de todo o território para apioarem o chefe de Estado.
"Se cada vez que 300, 400 ou mil pessoas que se juntam e pedem a demissão do Governo ou dissolução do Parlamento Nacional isso acontecer, significa que nem vale a pena estar a pensar em eleições. Ficaríamos com um país ingovernável , o protótipo de um Estado falhado", sublinhou Mari Alkatiri.
O primeiro ministro é acusado de haver armado milícias civis para eliminar os rivais políticos, acusações que nega e relaciona com a campanha para o obrigar à sua renúncia. Alkatiri de maneira nenhuma assume demitir-se e só admitiu a possibilidade de abandonar o Ministério dos Recursos Energéticos, mostrando a máxima flexibilidade e abertura. A situação é tão complexa que uma decisão precipitada pode complicar ainda mais as coisas, assegurou o chefe do Governo, que referir serem as declarações de Xanana Gusmão inoportunas, ao mesmo tempo que a Fretilin convoca uma manifestação que pretendeu juntar vinte mil apoiantes de Alkatiri em Dili
Na sequência de desacordos com a estratégia a seguir no impedimento dos manifestantes acederem a Dili, José Ramos Horta acabaria por pedir a demissão. (ver noticia da Lusa).
A decisão da FRETILIN (ver aqui o Comunicado) não está de acordo com o desejo dos golpistas, mas é a única que continua a fazer valer a Constituição da República. Mudar só por força do voto popular.
Fernando Araújo (PD) sabe que nunca será governo de forma constitucional, logo esta é a mais apetecida caminhada de assalto ao poder com o apoio de Xanana Gusmão. Xanana até pode pedir a dissolução do Parlamento, mas nunca esquecerá que o fez sem base constitucional. Se o parlamento não funciona e as instituições estão de novo paralisadas só se deve a uma estratégia concertada de manifestações dos amigos do presidente e dos australianos para que assim aconteça.
Obviamente que toda esta estratégia só resulta pelo grande apoio das tropas australianas aos manifestantes pró-golpistas no terreno. Recordemos que a paralisia parcial aconteceu com a entrada das tropas australianas - está nos registos mundiais, que os media internacionais testemunharam e deram a conhecer ao mundo.
No meio de tudo isto fica o presidente Xanana - numa encruzilhada da tal "guerra da esperteza" ganha como afirmou perante os seus manifestantes.
Actualização:
Receita tradicional aplicável ao 3º mundo, em caso de PREC
* Numa acção concertada Paul Wolfowitz, o judeu ideólogo da tomada de Poder pelos Neocons nos EUA, hoje à frente do Banco Mundial, escreveu no Público, um artigo onde, depois da habitual lenga-lenga sobre "democracia", ameaçou concluindo que "a abordagem unida em prol da paz e da recuperação pode não voltar a surgir".
* Baseado nas declarações de um manhoso ex-guerrilheiro, Vicente "Railós", visto na varanda com Xanana "Karzai" Gusmão, o "Público" assevera que o ex-ministro da Defesa Rogério Lobato, "está em prisão domiciliária e está sujeito a uma pena de 15 anos de cadeia se acaso se confirmar a acusação". Fica dito, mesmo antes que exista qualquer investigação ou matéria provada para julgamento - os Media subsituem os Tribunais, julgando de facto quem acham que estorva a prossecução dos interesses dos patrões da Imprensa&AssociadosPoliticos, SA.
* para concluir a Santissima Trindade:
A Igreja abençoou a demissão de Alkatiri, mandando celebrar uma missa onde um coro cantou o "Vem com Alegria", como corolário do seu já longo rol (leva mais de um ano) de acções para denegrir o agora ex-1º ministro com o rótulo de "comunista".
* "Timor Leste: Uma Nova Guerra Fria" por Maryann Keady:
"Há três anos, escrevi uma peça sobre as tentativas de correr com o PM Mari Alkatiri em Timor Leste, então uma nova nação independente que porfiava. Escrevi que acreditava que os USA e a Austrália estavam determinados a correr com o líder timorense, devido à sua posição dura sobre o petróleo e o gás, a sua determinação em não aceitar empréstimos internacionais, e o desejo deles de verem tomar o poder o Presidente Xanana Gusmão, amigo da Austrália".
ler mais
* "Timor Leste, o golpe que o mundo não percebeu", por John Pilger:
"No meu filme de 1994, A morte de uma nação (Death of a Nation) há uma cena a bordo de um avião a voar entre o norte da Austrália e a ilha de Timor. Decorre uma festa; dois homens engravatados estão a brindar-se com champanhe. "Isto é um momento histórico único", exulta Gareth Evans, ministro das Relações Exteriores da Austrália, "um momento histórico verdadeiramente único". Ele e o seu homólogo indonésio, Ali Alatas, estavam a celebrar a assinatura do Tratado do Estreito de Timor (Timor Gap Treaty), o qual permitiria à Austrália explorar as reservas de gás e petróleo no fundo do mar de Timor Leste. O prémio supremo, como disse Evans, eram "zilhões" de dólares"
ler mais
quinta-feira, junho 22, 2006
há que correr com eles, seja com paus, com pedras,,, enfim, com tudo o que estiver à mão
NATO abandona Ucrânia
O último grupo de militares norte-americanos, inseridos num contingente da NATO, abandonaram Feodosia, na Ucrânia na segunda-feira, devido às concentrações de protesto dos populares. Os manifestantes decidiram continuar mobilizados na zona do porto até que o Parlamento tome uma decisão sobre a presença de tropas estrangeiras em território ucraniano.
Os soldados foram deslocados para Simferopol, escoltados por veículos de patrulha, e daí seguiram para a Alemanha por via aérea. Na Ucrânia permanece um grupo de guarda de seis homens, que vigiam os 70 contentores desembarcados pelo navio e que contêm 30 toneladas de munições e espoletas para detonar explosivos.
ler mais
"as bombas conseguem sempre criar mais inimigos do que aqueles que conseguem esventrar"
Eduardo Galeano
O último grupo de militares norte-americanos, inseridos num contingente da NATO, abandonaram Feodosia, na Ucrânia na segunda-feira, devido às concentrações de protesto dos populares. Os manifestantes decidiram continuar mobilizados na zona do porto até que o Parlamento tome uma decisão sobre a presença de tropas estrangeiras em território ucraniano.
Os soldados foram deslocados para Simferopol, escoltados por veículos de patrulha, e daí seguiram para a Alemanha por via aérea. Na Ucrânia permanece um grupo de guarda de seis homens, que vigiam os 70 contentores desembarcados pelo navio e que contêm 30 toneladas de munições e espoletas para detonar explosivos.
ler mais
"as bombas conseguem sempre criar mais inimigos do que aqueles que conseguem esventrar"
Eduardo Galeano
California Dream
a seu tempo, este foi o titulo de uma canção de Roy Orbison que obteve grande sucesso,,, mas não teria sido aí, certamente que o "nosso" Presidente daRés-publica se inspirou para "amandar aquela boca" de que haveriamos de ser a "califórnia da Europa"afinal a ideia foi, em prime time, encomendada a uma Agência de Comunicação e Publicidade Multinacional: a BBDO
tendo como pano de fundo a bandeira
que agora serve para vender quase tudo
que agora serve para vender quase tudo
em cima de um "jeep" militar, a caminho do Oeste
desbravando as pradarias para os gringos
"Somehow, someway But I don't know when
Still missing you California Blue"*
"Somehow, someway But I don't know when
Still missing you California Blue"*
(* da letra da canção)
quarta-feira, junho 21, 2006
finalmente,,, o epilogo do golpe dos cangurus
Na sua visita a Cuba, em Dezembro de 2005, Mari Alkatiri efectuou acordos de cooperação internacionalista, nas áreas da Saude e Educação, sectores chave para o desenvolvimento humano dos 770 mil habitantes do pequeno protectorado Ocidental - Não tardou muito tempo a reacção - irá pagar caro a ousadia de ter pretendido o bem para o seu povo.
Xanana Gusmão exige demissão de Mari Alkatiri
Xanana Gusmão, "presidente desse país amigo", como se lhe referiram os interlocutores cubanos, elogiou então o trabalho que os médicos cubanos ali desenvolvem, assím como expressou a sua "admiração pela Revolução (cubana)" num acto público levado a efeito na recém inaugurada Faculdade de Medicina de Timor Leste.
Que teria levado Xanana a mudar de discurso?
Recorde-se que um dos primeiros casos, após a invasão da "ajuda australiana" foi o arrombamento das casas dos cooperantes cubanos, em busca de armamento escondido, que nunca foi encontrado; quem sai aos seus,,,
+ desenvolvimentos:
* Xanana Gusmão ameaçou demitir-se, caso o primeiro-ministro não aceite deixar a chefia do governo.
* Fretilin vai propor solução de compromisso ao Presidente
www.timor-online.blogspot.com
Xanana Gusmão exige demissão de Mari Alkatiri
Xanana Gusmão, "presidente desse país amigo", como se lhe referiram os interlocutores cubanos, elogiou então o trabalho que os médicos cubanos ali desenvolvem, assím como expressou a sua "admiração pela Revolução (cubana)" num acto público levado a efeito na recém inaugurada Faculdade de Medicina de Timor Leste.
Que teria levado Xanana a mudar de discurso?
Recorde-se que um dos primeiros casos, após a invasão da "ajuda australiana" foi o arrombamento das casas dos cooperantes cubanos, em busca de armamento escondido, que nunca foi encontrado; quem sai aos seus,,,
+ desenvolvimentos:
* Xanana Gusmão ameaçou demitir-se, caso o primeiro-ministro não aceite deixar a chefia do governo.
* Fretilin vai propor solução de compromisso ao Presidente
www.timor-online.blogspot.com
terça-feira, junho 20, 2006
Rumo à Bioescravidão: Próxima paragem: Auschwitz
a noticia: o Chefe de Estado teve acesso a um admirável mundo novo, as biociências e a biotecnologia, enquanto à margem elogia o "choque tecnológico de Sócrates", feito de forma económica poupadinha, na base dos mesmos tijolos de sempre, empregues na construção desbragada de dezenas de milhares de camas no litoral alentejano e no Alqueva para turistas ricaços.
artigos de referência:
* "O Espectro do Eugenismo Liberal, o Capitalismo Biotecnologico" – de José Luis Garcia publicado originalmente no Le Monde Diplomatique em Novembro de 2003.
* "A Biodiversidade e o futuro da Vida" - Leonardo Boff, na Adital
* "Anarco Capitalismo, o Homem Modificado pelo Mercado" – Dany-Robert Dufour publicado no "Le Monde Diplomatique" em Maio de 2005
* "Terminator: rumo à bioescravidão" - Silvia Ribeiro, Agência Carta Maior
* "Eugenismo - O imperialismo genético" - Vandana Shiva
Abre-se a tela. Encontramo-nos no interior de um comboio que viaja a uma velocidade inusitada. Vai tão rápido, que a paisagem destruída no exterior não pode ser observada com um simples olhar. Cómodamente sentados viajam dois passageiros em frente um do outro. Um deles é uma inquietante QUIMERA TRANSGÉNICA cujo aspecto nos pode fazer recordar o seu, prezado leitor, ou o dos seus próprios filhos. O outro viajante é um CIDADÃO de face verde-molusco-esponjosa que se desloca como sempre, todos os dias, para realizar a sua obra de arte particular.
CIDADÃO: Desculpe-se me o incómodo, porém não posso evitar perguntar-lhe ¿O senhor não será uma QUIMERA TRANSGÉNICA?
QUIMERA TRANSGENICA: Sou sim; e como deve calcular, dirijo-me ao matadouro, dado que o meu ciclo vital de vida está concluido.
CIDADÃO: Para o matadouro em carruagem de primeira?. ena,,, Quanto me alegro. Mas diga-me; ¿o senhor o que é? Gado vacum, frango, porco ¿ou alguma das nossas outras especialidades exóticas?
QUIMERA TRANSGÉNICA: Metade homem e metade salsichão de carneiro. Mas tome atenção: salsichão autêntico, nada de falsificações, sou cem por cento biológico.
CIDADÃO: Permíta-me que o felicite, o senhor é das nossa melhores criações. E por favor, deixe-me que o convide a tomar uma destas pílulas azuis enquanto continuamos a nossa conversa.
QUIMERA TRANSGENICA: Que cor bonita ¿ São de quê?
CIDADÃO: A sua composição é-me completamente desconhecida, porém produzem um são e desconcertante bem-estar.
QUIMERA TRANSGENICA: (Tomando uma pastilha e rindo-se imediatamente) É verdade, ah, ah,. Sim, sim ah, ah, ah.
CIDADÃO: (Tomando outra) ah, aha, ah, tá boa,,, ah, ah, ah
QUIMERA TRANSGÉNICA: ¿Porque nos estamos a rir?
CIDADÃO: Não sei, se calhar foi porque tomámos estas pilulas azuis.
QUIMERA TRANSGÉNICA: Não me recordo.
CIDADÃO: Efectivamente, potenciam artificialmente o riso, porém reduzem automáticamente a memória. É chato mas dá vontade de rir ¿não é verdade?.
QUIMERA TRANSGENICA: é verdade, é verdade…Acho que depois destes risos incontroláveis podemos considerarmo-nos amigos, grandes amigos, amigos para toda a vida.
CIDADÃO: Claro, podemos inclusivé fazer confidências um ao outro, como fazem os camaradas.
QUIMERA TRANSGÉNICA: ¿Então posso-te contar um pequeno segredo?
CIDADÃO: Com certeza, mano.
QUIMERA TRANSGÉNICA: Por vezes, sem vir nada a propósito, sinto umas ganas irrefreáveis de escapar antes de chegar ao matadouro. ¿É grave?
CIDADÃO: Não é nada pá! É simplemente um síntoma de humanidade que te sobrou, mas não te preocupes, podes sempre ser redesenhado. Essa é uma das grandes vantagens do nosso sistema de Segurança Social. Em qualquer caso tu és quase humano, e cedo chegará o dia em que as Quimeras Biotecnológicas se igualem ao género humano.
Todo o ser vivente desde as bactérias, plantas, moluscos, crustáceos, anfíbios, aves, peixes e mamíferos, se vão poder considerar humanos. Não haverá então nenhuma diferença. Seremos iguais. O acto de matar para comer acabará. As biotecnologías solucionam o problema. Podemos alimentarmo-nos graças à auto-regeneração automática dos nossos corpos. Eu dou-te uma dentada, e tu dás-me outra dentada a mim, em plena fraternidade. Que fixe?, não é?
QUIMERA TRANSGENICA: Deve ser, mas, depois disso ¿quem fará o trabalho dos escravos?
CIDADÃO: Enquanto bestas, homens, e organismos unicelulares seremos todos iguais, o trabalho degradante será realizado por máquinas. Mas, antes que as máquinas sejam convertidas em homens, viveremos uma idade de ouro onde o vivente mostrará ao mundo as suas potencialidades criativas. ¿ Podes imaginar umas meras algas convertidas num Newton, num Sócrates, ou num Dalí?
QUIMERA TRANSGÉNICA: E então marcharemos juntos de mão dada até a um novo amanhecer da humanidade
CIDADÃO: Já estamos em marcha. De facto as bestas biotecnológicas já têm os mesmos direitos que o homem. Conquanto seja um dado adquirido que o ser humano já foi libertado do trabalho alienado, persistem todavia lugares onde as máquinas ainda não podem chegar, e aí estão vocês, as Quimeras Transgénicas, nas minas, nos sistemas de esgotos, nas cadeias de produção, nas oficinas, durante um breve período, até que a técnica os liberte também, como fez connosco.
QUIMERA TRANSGÉNICA: ¿ E sabe-se lá a que maravilhas nos levará este comboio (!),,,
CIDADÃO: ¿Estás a ver este botão?
QUIMERA TRANSGÉNICA: Sim, estou a ver.
CIDADÃO: Se carregares nele sucedem sempre duas coisas. Por exemplo, que as luzes da minha casa se acendam e apaguem como numa discoteca, ao mesmo tempo que, muito provavelmente, este mesmo acto provoca um pequeno holocausto nalgum lugar desconhecido do mundo
QUIMERA TRANSGÉNICA: É pá! Isso é terrivel!
CIDADÃO: Pois! Concerteza que não é nenhuma maravilha. Digamos que é um efeito secundário, um desastre quotidiano que a ciência deverá mesmo ter de solucionar. Esta é a minha confidência querido amigo.
QUIMERA TRANSGÉNICA: Prometo que guardarei o segredo.
CIDADÃO: Áh pois; o que é certo é que agora já sabes demais. Acho que vou ter de te matar aqui mesmo, antes de chegares ao matadouro, não te vás tu rebelar.
QUIMERA TRANSGÉNICA: Juro pelo meu código genético que não me ocorreu al ideia.
CIDADÃO: Se calhar, por mero acaso,,,
QUIMERA TRANSGENICA: E se eu saltar em marcha,,,
CIDADÃO: Morres desintegrado.
QUIMERA TRANSGENICA: Então é isso? ¿ o teu projecto de libertação animal, a tua democracia criativa total, o tal mundo novo que me anunciavas?
CIDADÃO: A seu tempo querido amigo. De momento o ganho biotecnológico adquirido deverá acudir em primeiro lugar às oficinas e aos matadouros pontualmente. Logo os iremos liberalizar a vocês, não se preocupem, e sobretudo, não se queiram antecipar. ¿Ou por acaso crês que vamos renunciar a estes dias de vinho e rosas sem antes assegurarmos um novo modelo de escravo?. Queres um conselho; disfrutem da vossa condição enquanto possam.
QUIMERA TRANSGÉNICA: ¿E assim se acaba esta história?
CIDADÃO: Sim, enquanto o comboio não chega à próxima paragem
(adaptado de diálogo recebido por email, em espanhol)
artigos de referência:
* "O Espectro do Eugenismo Liberal, o Capitalismo Biotecnologico" – de José Luis Garcia publicado originalmente no Le Monde Diplomatique em Novembro de 2003.
* "A Biodiversidade e o futuro da Vida" - Leonardo Boff, na Adital
* "Anarco Capitalismo, o Homem Modificado pelo Mercado" – Dany-Robert Dufour publicado no "Le Monde Diplomatique" em Maio de 2005
* "Terminator: rumo à bioescravidão" - Silvia Ribeiro, Agência Carta Maior
* "Eugenismo - O imperialismo genético" - Vandana Shiva
Abre-se a tela. Encontramo-nos no interior de um comboio que viaja a uma velocidade inusitada. Vai tão rápido, que a paisagem destruída no exterior não pode ser observada com um simples olhar. Cómodamente sentados viajam dois passageiros em frente um do outro. Um deles é uma inquietante QUIMERA TRANSGÉNICA cujo aspecto nos pode fazer recordar o seu, prezado leitor, ou o dos seus próprios filhos. O outro viajante é um CIDADÃO de face verde-molusco-esponjosa que se desloca como sempre, todos os dias, para realizar a sua obra de arte particular.
CIDADÃO: Desculpe-se me o incómodo, porém não posso evitar perguntar-lhe ¿O senhor não será uma QUIMERA TRANSGÉNICA?
QUIMERA TRANSGENICA: Sou sim; e como deve calcular, dirijo-me ao matadouro, dado que o meu ciclo vital de vida está concluido.
CIDADÃO: Para o matadouro em carruagem de primeira?. ena,,, Quanto me alegro. Mas diga-me; ¿o senhor o que é? Gado vacum, frango, porco ¿ou alguma das nossas outras especialidades exóticas?
QUIMERA TRANSGÉNICA: Metade homem e metade salsichão de carneiro. Mas tome atenção: salsichão autêntico, nada de falsificações, sou cem por cento biológico.
CIDADÃO: Permíta-me que o felicite, o senhor é das nossa melhores criações. E por favor, deixe-me que o convide a tomar uma destas pílulas azuis enquanto continuamos a nossa conversa.
QUIMERA TRANSGENICA: Que cor bonita ¿ São de quê?
CIDADÃO: A sua composição é-me completamente desconhecida, porém produzem um são e desconcertante bem-estar.
QUIMERA TRANSGENICA: (Tomando uma pastilha e rindo-se imediatamente) É verdade, ah, ah,. Sim, sim ah, ah, ah.
CIDADÃO: (Tomando outra) ah, aha, ah, tá boa,,, ah, ah, ah
QUIMERA TRANSGÉNICA: ¿Porque nos estamos a rir?
CIDADÃO: Não sei, se calhar foi porque tomámos estas pilulas azuis.
QUIMERA TRANSGÉNICA: Não me recordo.
CIDADÃO: Efectivamente, potenciam artificialmente o riso, porém reduzem automáticamente a memória. É chato mas dá vontade de rir ¿não é verdade?.
QUIMERA TRANSGENICA: é verdade, é verdade…Acho que depois destes risos incontroláveis podemos considerarmo-nos amigos, grandes amigos, amigos para toda a vida.
CIDADÃO: Claro, podemos inclusivé fazer confidências um ao outro, como fazem os camaradas.
QUIMERA TRANSGÉNICA: ¿Então posso-te contar um pequeno segredo?
CIDADÃO: Com certeza, mano.
QUIMERA TRANSGÉNICA: Por vezes, sem vir nada a propósito, sinto umas ganas irrefreáveis de escapar antes de chegar ao matadouro. ¿É grave?
CIDADÃO: Não é nada pá! É simplemente um síntoma de humanidade que te sobrou, mas não te preocupes, podes sempre ser redesenhado. Essa é uma das grandes vantagens do nosso sistema de Segurança Social. Em qualquer caso tu és quase humano, e cedo chegará o dia em que as Quimeras Biotecnológicas se igualem ao género humano.
Todo o ser vivente desde as bactérias, plantas, moluscos, crustáceos, anfíbios, aves, peixes e mamíferos, se vão poder considerar humanos. Não haverá então nenhuma diferença. Seremos iguais. O acto de matar para comer acabará. As biotecnologías solucionam o problema. Podemos alimentarmo-nos graças à auto-regeneração automática dos nossos corpos. Eu dou-te uma dentada, e tu dás-me outra dentada a mim, em plena fraternidade. Que fixe?, não é?
QUIMERA TRANSGENICA: Deve ser, mas, depois disso ¿quem fará o trabalho dos escravos?
CIDADÃO: Enquanto bestas, homens, e organismos unicelulares seremos todos iguais, o trabalho degradante será realizado por máquinas. Mas, antes que as máquinas sejam convertidas em homens, viveremos uma idade de ouro onde o vivente mostrará ao mundo as suas potencialidades criativas. ¿ Podes imaginar umas meras algas convertidas num Newton, num Sócrates, ou num Dalí?
QUIMERA TRANSGÉNICA: E então marcharemos juntos de mão dada até a um novo amanhecer da humanidade
CIDADÃO: Já estamos em marcha. De facto as bestas biotecnológicas já têm os mesmos direitos que o homem. Conquanto seja um dado adquirido que o ser humano já foi libertado do trabalho alienado, persistem todavia lugares onde as máquinas ainda não podem chegar, e aí estão vocês, as Quimeras Transgénicas, nas minas, nos sistemas de esgotos, nas cadeias de produção, nas oficinas, durante um breve período, até que a técnica os liberte também, como fez connosco.
QUIMERA TRANSGÉNICA: ¿ E sabe-se lá a que maravilhas nos levará este comboio (!),,,
CIDADÃO: ¿Estás a ver este botão?
QUIMERA TRANSGÉNICA: Sim, estou a ver.
CIDADÃO: Se carregares nele sucedem sempre duas coisas. Por exemplo, que as luzes da minha casa se acendam e apaguem como numa discoteca, ao mesmo tempo que, muito provavelmente, este mesmo acto provoca um pequeno holocausto nalgum lugar desconhecido do mundo
QUIMERA TRANSGÉNICA: É pá! Isso é terrivel!
CIDADÃO: Pois! Concerteza que não é nenhuma maravilha. Digamos que é um efeito secundário, um desastre quotidiano que a ciência deverá mesmo ter de solucionar. Esta é a minha confidência querido amigo.
QUIMERA TRANSGÉNICA: Prometo que guardarei o segredo.
CIDADÃO: Áh pois; o que é certo é que agora já sabes demais. Acho que vou ter de te matar aqui mesmo, antes de chegares ao matadouro, não te vás tu rebelar.
QUIMERA TRANSGÉNICA: Juro pelo meu código genético que não me ocorreu al ideia.
CIDADÃO: Se calhar, por mero acaso,,,
QUIMERA TRANSGENICA: E se eu saltar em marcha,,,
CIDADÃO: Morres desintegrado.
QUIMERA TRANSGENICA: Então é isso? ¿ o teu projecto de libertação animal, a tua democracia criativa total, o tal mundo novo que me anunciavas?
CIDADÃO: A seu tempo querido amigo. De momento o ganho biotecnológico adquirido deverá acudir em primeiro lugar às oficinas e aos matadouros pontualmente. Logo os iremos liberalizar a vocês, não se preocupem, e sobretudo, não se queiram antecipar. ¿Ou por acaso crês que vamos renunciar a estes dias de vinho e rosas sem antes assegurarmos um novo modelo de escravo?. Queres um conselho; disfrutem da vossa condição enquanto possam.
QUIMERA TRANSGÉNICA: ¿E assim se acaba esta história?
CIDADÃO: Sim, enquanto o comboio não chega à próxima paragem
(adaptado de diálogo recebido por email, em espanhol)
sexta-feira, junho 16, 2006
Carpe Diem
“Se ficarem na cidade, não olhem para os ornamentos, laços e enfeites, para as montras, para as pessoas atarefadas, para os homens e as mulheres que conduzem, não ouçam os barulhos que produzem, resistam às prendas, às marcas e atracções da paróquia e olhem só para cima, observem como a cidade pode ser esplendorasamente sugestiva. E grande.
Se passarem pelo centro aproveitem e vejam a exposição do Almada Negreiros que está no Museu do Chiado. Leiam ou releiam as “Cidades Invisiveis”, de Italo Calvino e entre um levantar de olhos do livro, dediquem um tempo a observar as vossas plantas e reparem no ritmo microscópico do seu crescimento e da serenidade com que vivem, indiferentes ao bulicio da vida lá fora. Arredem os moveis e os tapetes, se é que vos sobrou dinheiro para os ter, depois da letra do banco – estendam-se e descontraiam-se no chão e exercitem os músculos, as articulações, mexam-se e respirem conscientemente. Se puderem resistam à TV, ao Cabo e a toda essa parafernália. Não vejam noticias e o que eles querem que se passe. Desintoxiquem-se. Façam a vossa própria história. Descubram os pequenos prazeres que se deparam nas pequenas banalidades que nos circundam. E se mesmo até uma mosca, no vosso lar, ainda resistir aos frios das chuvas, observem como ela inocentemente tenta sobreviver às agruras do tempo, simplesmente tentando aquecer-se no abat-jour da sala. Falem com ela e chamem-lhes nomes para afugentar o vosso tédio. Terminado o vosso périplo quotidiano, descalcem o que vos liga à terra, deslizem no sofá e deixem-se levar pelos pensamentos, com os olhos fixos no tecto, cruzados com os barulhos de fundo da casa e da cidade, expandindo-se para todo o território, para o continente, para os mares e outras cidades, o mundo, o planeta, os outros planetas, as constelações, todos os sistemas, o universo, as estrelas, o branco, o preto, o buraco, até mesmo ao vazio. No dia seguinte, ao recomeçar, rotineiramente, o dia de mais um dia, não se esqueçam de estar atentos então aos pequenos sinais, acontecimentos e simples curiosidades que podem surgir de um momento e que ajudam a construir e a procurar em nós tudo aquilo que roubámos aos outros”
Miguel Pereira, Coreógrafo
Se passarem pelo centro aproveitem e vejam a exposição do Almada Negreiros que está no Museu do Chiado. Leiam ou releiam as “Cidades Invisiveis”, de Italo Calvino e entre um levantar de olhos do livro, dediquem um tempo a observar as vossas plantas e reparem no ritmo microscópico do seu crescimento e da serenidade com que vivem, indiferentes ao bulicio da vida lá fora. Arredem os moveis e os tapetes, se é que vos sobrou dinheiro para os ter, depois da letra do banco – estendam-se e descontraiam-se no chão e exercitem os músculos, as articulações, mexam-se e respirem conscientemente. Se puderem resistam à TV, ao Cabo e a toda essa parafernália. Não vejam noticias e o que eles querem que se passe. Desintoxiquem-se. Façam a vossa própria história. Descubram os pequenos prazeres que se deparam nas pequenas banalidades que nos circundam. E se mesmo até uma mosca, no vosso lar, ainda resistir aos frios das chuvas, observem como ela inocentemente tenta sobreviver às agruras do tempo, simplesmente tentando aquecer-se no abat-jour da sala. Falem com ela e chamem-lhes nomes para afugentar o vosso tédio. Terminado o vosso périplo quotidiano, descalcem o que vos liga à terra, deslizem no sofá e deixem-se levar pelos pensamentos, com os olhos fixos no tecto, cruzados com os barulhos de fundo da casa e da cidade, expandindo-se para todo o território, para o continente, para os mares e outras cidades, o mundo, o planeta, os outros planetas, as constelações, todos os sistemas, o universo, as estrelas, o branco, o preto, o buraco, até mesmo ao vazio. No dia seguinte, ao recomeçar, rotineiramente, o dia de mais um dia, não se esqueçam de estar atentos então aos pequenos sinais, acontecimentos e simples curiosidades que podem surgir de um momento e que ajudam a construir e a procurar em nós tudo aquilo que roubámos aos outros”
Miguel Pereira, Coreógrafo
quarta-feira, junho 14, 2006
A Exposição de Frida Kahlo no CCB
Como é que se pretende conseguir enganar 100 mil pessoas com um falso conceito de Arte, desligando-a da História? – falsificando-a?!
António Campos Rosado (!), um obscuro funcionário da cultura, autor do catálogo da mostra, (que anteriormente já passou pela Tate de Londres e se baseia apenas na reduzida colecção da ex-amante de Rivera, Dolores Olmedo Patiño) consegue a proeza de apresentar Frida Kahlo, uma artista naif de inspiração popular mexicana, sem uma única referência artística a Diego Rivera. Mesmo quando se refere a uma obra que leva o titulo de “Paixão por Diego Rivera”, Rosado menciona-a como sendo “desse artista” não o citando expressamente. António Mega Ferreira pouco melhor faz ao dedicar apenas uma linha do prefácio à “relação de Frida com Diego Rivera, artista maior do México insurgente”. (tem razão – alguma coisa legou esse México: é daí que parte em 1959 o iate “Gramna” com Fidel e os seus companheiros em direcção à Serra Maestra, para acabar com a opressão em Cuba). De volta ao CCB, na nota que acompanha a litografia “Frida e o aborto” (1932) o preclaro Rosado, incorre num erro grosseiro, atribuindo à autora a frase escrita na margem em inglês: “estas cópias não são boas nem más, dada a tua experiência.Trabalha duro e conseguirás melhores resultados” – quando na verdade a frase foi aí manuscrita por Rivera. Nos apontamentos bibliográficos do catálogo escamoteia-se novamente que a história de Diego Rivera é a história da Revolução Mexicana (1914-1915), e que ambos, Diego e Frida, foram dois empenhados membros do Partido Comunista.
Rivera acreditava que a Arte devia desempenhar um papel que habilitasse as classes trabalhadoras a compreender a sua própria história
Frida, em baixo à esquerda, faz companhia ao marido, enquanto este trabalha, e a representa, à direita, no seio do seu povo, num quadro que retrata a opressão.
A Revolução de 1910, onde emergiram Francisco Villa e Emiliano Zapata, (representados por Rivera no Palácio Nacional, no mural “Terra e Liberdade”) que pôs fim à ditadura de Porfirio Diaz deu inicio a uma série de alterações politicas, económicas e sociais. Em 1922 o jovem Diego Rivera regressado da Europa, um dos fundadores do movimento muralista no México pintava “A Criação” no Anfiteatro Bolivar da Escola Preparatória Nacional na Cidade do México, aí manifestando desde logo o seu gosto pela subversão e um instinto rebelde contra a Autoridade.
Militâncias:
Em 1922 Rivera pintou o retrato de Lenine, quando este estava já gravemente doente, depois de nunca ter conseguido recuperar do atentado de que tinha sido alvo em 1918.
No Citi.pt existe uma breve monografia de Rivera redigida por Álvaro Cunhal.
Frida era então uma jovem adolescente privilegiada, uma das 35 mulheres entre os 2000 estudantes, que frequentavam a escola. Libertina, arranjou um caso amoroso passageiro com Diego simulando interessar-se pela pintura. A sua vida prosseguia no seio de um grupo de noctivagos apelidados de “os Cachuchas” quando em 1925 sofre um grave acidente ao viajar de autocarro com o seu namorado de então Alejandro Gómez Arias, que a incapacitou fisicamente de forma grave. Em 1927 quando começou a conviver com o grupo de intelectuais de esquerda de Tina Modotti (companheira do cubano Julio António Mella uma das grandes figuras da revolução) Frida decide filiar-se no Partido Comunista. Em 1928 Diego e a mulherLupe Marin, de quem se viria a separar logo de seguida, voltam de visitar a União Soviética. É aí, nesse âmbito que, com 22 anos, Frida reencontra o mestre Diego, bastante mais velho do que ela, tinha então 42 anos. Relação sentimental reatada, é aqui, quando em 1929 se casa com o Mestre que se inicia o desenvolvimento intelectual de Frida e a sua apetência por pintar, enamorada das obras do seu idolo. O casamento de uma pomba com um elefante. Jamais Frida Kahlo pintaria a ponta dum corno se não se tivesse relacionado com Diego Rivera. Porém o assassinato do revolucionário Julio Mella marcou a ruptura de Diego com o Partido.
em cima
no mural "o Arsenal" Diego Rivera pintou Frida a destribuir armas aos revolucionários (onde estão tambem representados Julio Antonio Mella e Tina Modotti)
em baixo:
"A Distribuição de Terras" (El Reparto de Tierras-1924) - os camponeses na Escola sob o olhar do Poder, e como pano de fundo, os Trabalhadores - Universidade Autónoma de Chapingo.
Acreditava-se que a Revolução acabaria por eclodir na América, o coração do centro capitalista. Em 1930 Rivera parte para San Francisco de onde, atraidos pela sua fama, lhe tinham sido encomendados os murais da Stock Exchange, o palácio da Bolsa da cidade e outros na California School of Fine Arts. Frida acompanha-o e vê aí a sua 1ª obra exposta “Frida e Rivera”, por graça do amigo do casal Imogen Canningham. A aventura americana prosseguiu visitando New York (1931) e em Detroit no auge da Grande Depressão, em 1932 aceita, na fábrica de Henry Ford, elaborar uma grandiosa elegia glorificando a Classe Operária e a esperança da Era Industrial como via para o desenvolvimento social do Homem. No centro do mural ficou eternizado, o que gerou alguma controvérsia na época, Edsel Ford, o filho de Henry, e ainda hoje, para os pró-americanos indefectiveis, a obra permanece como a mais significativa das executadas por Rivera na América do Norte. Porém a grande polémica estalou em 1933 novamente em New York, desta vez no Rockefeller Center onde o magnata encomendou a Rivera as pinturas decorativas das paredes do Rádio City Hall. Intitulado "Man at the Crossroads" ("O Homem na Encruzilhada") Rivera pintou um gigantesco Primeiro de Maio de trabalhadores manifestando-se com uma profusão de bandeiras vermelhas. Este porém não era o motivo principal que viria a inflamar as Associações Patronais da cidade, mas o facto de à frente estar Lenine liderando a manifestação. Neste fresco Rivera fazia a exaltação do comunismo e uma crítica dura do capitalismo, "mostrava ao mundo a convicção optimista de que "um dia" o homem será dono do seu destino em vez de ser empurrado para ali e acolá por forças que ele não é capaz de controlar". Quando Rivera recusou remover o retratado, o trabalho foi suspenso e os cães de guarda de Rockefeller destruíram a obra. Com o dinheiro que tinha recebido Diego criou e ofereceu outro mural ao Independent Labor Institute, onde manteve Lenine como figura central.
Frida pintava nas horas de ócio, enquanto esperava que o marido terminasse os seus periodos de trabalho; e o que pintava Frida? – por exemplo, entre outros anteriores, este retrato de Estaline, que os gestores do CCB apreciariam ter sido apagado da história:
De volta ao México em 1934, a Coyacan, um subúrbio da capital, o pintor, um inveterado mulherengo, (deliciosamente retratado numa peça de teatro exibida no mesmo CCB no âmbito do Festival de Almada em 2002) envolve-se num caso amoroso com a irmã de Frida, Cristina Kahlo. Data desta época o quadro de Frida “Umas quantas facaditas”. O episódio marcou o principio da separação do casal. Em 1936 ainda militaram em conjunto recolhendo fundos em apoio aos republicanos que combatiam o fascista Franco quando eclodiu a Guerra Civil em Espanha. Em 1937 Leon Trotsy e a mulher Natália Sedova, dissidentes da Revolução Russa, chegam ao porto de Tampico com honras de recepção pela presidência da República do México, ficando hospedados na casa de Coyacan.
Depois da separação Frida parte para a Europa. “As Duas Fridas” é um comovente retrato da separação. Divorciada, em 1939 vamos encontrá-la em Paris no grupo de André Breton – cuja amizade lhe valeu algum trabalho para a revista cor de rosa Vogue ganhando algum dinheiro para sobreviver, e para futuro uma certa conotação com os surrealistas, que lhe haveria de ser util à maior parte da sua obra, criada a partir daí. (aqui em “o Amor abraça o Universo, Eu e o senhor Xoloti” onde se representa com Diego ao colo - não presente no CCB).
Pablo Neruda, David Siqueiros e Diego Rivera
Nesse ano de 1939 na costa Oeste dos Estados Unidos é inaugurada a famosa ponte Golden Gate coincidindo com a abertura da auto-estrada Oakland-San Francisco o que traz milhares de carros (a idolatria do progresso nos USA) à "Golden Gate International Exposition" aberta na Ilha do Tesouro. Diego Rivera é convidado para participar no grande evento com a criação de um grande mural feito ao vivo no recinto da exposição com a colaboração de uma grande diversidade de artistas - a obra ficou conhecida por "Unidade Pan-Americana" e nela se procurava expressar o casamento artistico do Norte e do Sul de todo o Continente americano. Frida é tão desconhecida como artista que os jornais da época se lhe referem apenas como Miss Rivera, a qual se faz no entanto notar pelo exotismo dos seus trajes recriados das tradições ancestrais do México.
Trotsky é assassinado em circunstâncias misteriosas em 1940. No ano seguinte o casal Rivera regressa à Casa Azul de Coyacan, onde Frida continua a querer aprender a pintar sob carinhosa vigilância do companheiro. Pouco depois é incluida na "Exhibition by 31 Women", dedicada ao surrealismo na Galeria do Centro de Artes Peggy Guggenheim em New York. Em 1944, já muito doente inicia a escrita dos seus pungentes "Diários", autênticos retratos escritos do marido e da sua obra. Torna-se patente que a sua vida trata de Comunismo, Arte e Diego Rivera. Reconcilia-se com o Partido Comunista em 1948. Contudo, depois da longa divergência, Rivera só viria a ser readmitido em 1954. Um ano antes acontece a única exposição individual de Frida em vida, na Galeria de Arte Comtemporânea do México, dirigida pela amiga Lola Alvarez Bravo, onde aparece como um ícone numa cama de rodas, logo após a perna direita gangrenada lhe ter sido amputada. Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, culminando um longo periodo de atroz sofrimento morreu em 1954, sendo um dos seus ultimos actos publicos conhecidos a presença numa manifestação em Julho desse ano contra a intervenção da CIA na Guatemala.
As suas cinzas repousam num vaso pré-colombiano na Casa Azul de Coyacan, hoje transformada em Museu. Diego Rivera morreu com 70 anos de idade, em 1957.
Que moral se pode extrair da exposição truncada do CCB? - que aqueles que dizem representar o Ocidente andam mal quando pretendem descontextualizar a Arte da História, apagando figuras da nossa herança cultural, fingindo não inocentemente, que o Marxismo não é tambem ele uma corrente da filosofia ocidental. Áqueles, os responsáveis pelo CCB, que só viram em Frida Kahlo o "surrealismo", deveria ser exigivel, ao abrigo do direito de resposta do público, uma exposição sobre a vida e obra de Rivera, onde constasse a Frida que faltou dignificar naquilo a que dedicou toda a sua vida e obra.
Se existe algo de que os politicamente hibridos se envergonhem, ou tenham relutância em assumir como sendo de facto o Socialismo uma herança da nossa cultura, cuja mais conhecida experiência será o auto-denominado e fracassado Socialismo de Estado (imprópriamente designado pela propaganda neoconservadora como "comunismo", mas que de facto não passou, desde a década de 60, de mais uma versão de Capitalismo de Estado) - é a altura de, utilizando as mais-valias de conhecimentos adquiridos, proceder de forma aberta à auto-critica da parte do Capitalismo sobrante - que ainda não derrocou, mas para lá caminha, a passos largos, onde "a falência anunciada pelo neoliberalismo é o expediente para privatizar o social"
O problema da nossa crise civilizacional, não pode ser fraudulentamente tratado no âmbito de uma pretensa "guerra entre civilizações" - trata-se de um confronto entre o Ocidente e ele mesmo.
"a reflexão sobre os valores que fundamentam o Ocidente é vital. Combater em nome de quê? Para defender o quê? A autora deste livro, uma filósofa nascida no Próximo Oriente e a viver em França, traz-nos uma resposta irreverente, explicando de que forma o pensamento ocidental permite a cada ser humano, onde quer que tenha nascido e qualquer que seja a sua história, deixar a prisão das suas dependências sociais".
"Os Dois Ocidentes", Nayla Farouki
(Editado em português pelo Instituto Piaget)
António Campos Rosado (!), um obscuro funcionário da cultura, autor do catálogo da mostra, (que anteriormente já passou pela Tate de Londres e se baseia apenas na reduzida colecção da ex-amante de Rivera, Dolores Olmedo Patiño) consegue a proeza de apresentar Frida Kahlo, uma artista naif de inspiração popular mexicana, sem uma única referência artística a Diego Rivera. Mesmo quando se refere a uma obra que leva o titulo de “Paixão por Diego Rivera”, Rosado menciona-a como sendo “desse artista” não o citando expressamente. António Mega Ferreira pouco melhor faz ao dedicar apenas uma linha do prefácio à “relação de Frida com Diego Rivera, artista maior do México insurgente”. (tem razão – alguma coisa legou esse México: é daí que parte em 1959 o iate “Gramna” com Fidel e os seus companheiros em direcção à Serra Maestra, para acabar com a opressão em Cuba). De volta ao CCB, na nota que acompanha a litografia “Frida e o aborto” (1932) o preclaro Rosado, incorre num erro grosseiro, atribuindo à autora a frase escrita na margem em inglês: “estas cópias não são boas nem más, dada a tua experiência.Trabalha duro e conseguirás melhores resultados” – quando na verdade a frase foi aí manuscrita por Rivera. Nos apontamentos bibliográficos do catálogo escamoteia-se novamente que a história de Diego Rivera é a história da Revolução Mexicana (1914-1915), e que ambos, Diego e Frida, foram dois empenhados membros do Partido Comunista.
Rivera acreditava que a Arte devia desempenhar um papel que habilitasse as classes trabalhadoras a compreender a sua própria história
Frida, em baixo à esquerda, faz companhia ao marido, enquanto este trabalha, e a representa, à direita, no seio do seu povo, num quadro que retrata a opressão.
A Revolução de 1910, onde emergiram Francisco Villa e Emiliano Zapata, (representados por Rivera no Palácio Nacional, no mural “Terra e Liberdade”) que pôs fim à ditadura de Porfirio Diaz deu inicio a uma série de alterações politicas, económicas e sociais. Em 1922 o jovem Diego Rivera regressado da Europa, um dos fundadores do movimento muralista no México pintava “A Criação” no Anfiteatro Bolivar da Escola Preparatória Nacional na Cidade do México, aí manifestando desde logo o seu gosto pela subversão e um instinto rebelde contra a Autoridade.
Militâncias:
Em 1922 Rivera pintou o retrato de Lenine, quando este estava já gravemente doente, depois de nunca ter conseguido recuperar do atentado de que tinha sido alvo em 1918.
No Citi.pt existe uma breve monografia de Rivera redigida por Álvaro Cunhal.
Frida era então uma jovem adolescente privilegiada, uma das 35 mulheres entre os 2000 estudantes, que frequentavam a escola. Libertina, arranjou um caso amoroso passageiro com Diego simulando interessar-se pela pintura. A sua vida prosseguia no seio de um grupo de noctivagos apelidados de “os Cachuchas” quando em 1925 sofre um grave acidente ao viajar de autocarro com o seu namorado de então Alejandro Gómez Arias, que a incapacitou fisicamente de forma grave. Em 1927 quando começou a conviver com o grupo de intelectuais de esquerda de Tina Modotti (companheira do cubano Julio António Mella uma das grandes figuras da revolução) Frida decide filiar-se no Partido Comunista. Em 1928 Diego e a mulherLupe Marin, de quem se viria a separar logo de seguida, voltam de visitar a União Soviética. É aí, nesse âmbito que, com 22 anos, Frida reencontra o mestre Diego, bastante mais velho do que ela, tinha então 42 anos. Relação sentimental reatada, é aqui, quando em 1929 se casa com o Mestre que se inicia o desenvolvimento intelectual de Frida e a sua apetência por pintar, enamorada das obras do seu idolo. O casamento de uma pomba com um elefante. Jamais Frida Kahlo pintaria a ponta dum corno se não se tivesse relacionado com Diego Rivera. Porém o assassinato do revolucionário Julio Mella marcou a ruptura de Diego com o Partido.
em cima
no mural "o Arsenal" Diego Rivera pintou Frida a destribuir armas aos revolucionários (onde estão tambem representados Julio Antonio Mella e Tina Modotti)
em baixo:
"A Distribuição de Terras" (El Reparto de Tierras-1924) - os camponeses na Escola sob o olhar do Poder, e como pano de fundo, os Trabalhadores - Universidade Autónoma de Chapingo.
Acreditava-se que a Revolução acabaria por eclodir na América, o coração do centro capitalista. Em 1930 Rivera parte para San Francisco de onde, atraidos pela sua fama, lhe tinham sido encomendados os murais da Stock Exchange, o palácio da Bolsa da cidade e outros na California School of Fine Arts. Frida acompanha-o e vê aí a sua 1ª obra exposta “Frida e Rivera”, por graça do amigo do casal Imogen Canningham. A aventura americana prosseguiu visitando New York (1931) e em Detroit no auge da Grande Depressão, em 1932 aceita, na fábrica de Henry Ford, elaborar uma grandiosa elegia glorificando a Classe Operária e a esperança da Era Industrial como via para o desenvolvimento social do Homem. No centro do mural ficou eternizado, o que gerou alguma controvérsia na época, Edsel Ford, o filho de Henry, e ainda hoje, para os pró-americanos indefectiveis, a obra permanece como a mais significativa das executadas por Rivera na América do Norte. Porém a grande polémica estalou em 1933 novamente em New York, desta vez no Rockefeller Center onde o magnata encomendou a Rivera as pinturas decorativas das paredes do Rádio City Hall. Intitulado "Man at the Crossroads" ("O Homem na Encruzilhada") Rivera pintou um gigantesco Primeiro de Maio de trabalhadores manifestando-se com uma profusão de bandeiras vermelhas. Este porém não era o motivo principal que viria a inflamar as Associações Patronais da cidade, mas o facto de à frente estar Lenine liderando a manifestação. Neste fresco Rivera fazia a exaltação do comunismo e uma crítica dura do capitalismo, "mostrava ao mundo a convicção optimista de que "um dia" o homem será dono do seu destino em vez de ser empurrado para ali e acolá por forças que ele não é capaz de controlar". Quando Rivera recusou remover o retratado, o trabalho foi suspenso e os cães de guarda de Rockefeller destruíram a obra. Com o dinheiro que tinha recebido Diego criou e ofereceu outro mural ao Independent Labor Institute, onde manteve Lenine como figura central.
Frida pintava nas horas de ócio, enquanto esperava que o marido terminasse os seus periodos de trabalho; e o que pintava Frida? – por exemplo, entre outros anteriores, este retrato de Estaline, que os gestores do CCB apreciariam ter sido apagado da história:
"Frida e Estaline", 1954
De volta ao México em 1934, a Coyacan, um subúrbio da capital, o pintor, um inveterado mulherengo, (deliciosamente retratado numa peça de teatro exibida no mesmo CCB no âmbito do Festival de Almada em 2002) envolve-se num caso amoroso com a irmã de Frida, Cristina Kahlo. Data desta época o quadro de Frida “Umas quantas facaditas”. O episódio marcou o principio da separação do casal. Em 1936 ainda militaram em conjunto recolhendo fundos em apoio aos republicanos que combatiam o fascista Franco quando eclodiu a Guerra Civil em Espanha. Em 1937 Leon Trotsy e a mulher Natália Sedova, dissidentes da Revolução Russa, chegam ao porto de Tampico com honras de recepção pela presidência da República do México, ficando hospedados na casa de Coyacan.
Trotsky aparece representado no mural "O Homem controla o Universo" na Escola Nacional de Belas Artes, na Cidade do México
Depois da separação Frida parte para a Europa. “As Duas Fridas” é um comovente retrato da separação. Divorciada, em 1939 vamos encontrá-la em Paris no grupo de André Breton – cuja amizade lhe valeu algum trabalho para a revista cor de rosa Vogue ganhando algum dinheiro para sobreviver, e para futuro uma certa conotação com os surrealistas, que lhe haveria de ser util à maior parte da sua obra, criada a partir daí. (aqui em “o Amor abraça o Universo, Eu e o senhor Xoloti” onde se representa com Diego ao colo - não presente no CCB).
Pablo Neruda, David Siqueiros e Diego Rivera
Nesse ano de 1939 na costa Oeste dos Estados Unidos é inaugurada a famosa ponte Golden Gate coincidindo com a abertura da auto-estrada Oakland-San Francisco o que traz milhares de carros (a idolatria do progresso nos USA) à "Golden Gate International Exposition" aberta na Ilha do Tesouro. Diego Rivera é convidado para participar no grande evento com a criação de um grande mural feito ao vivo no recinto da exposição com a colaboração de uma grande diversidade de artistas - a obra ficou conhecida por "Unidade Pan-Americana" e nela se procurava expressar o casamento artistico do Norte e do Sul de todo o Continente americano. Frida é tão desconhecida como artista que os jornais da época se lhe referem apenas como Miss Rivera, a qual se faz no entanto notar pelo exotismo dos seus trajes recriados das tradições ancestrais do México.
Trotsky é assassinado em circunstâncias misteriosas em 1940. No ano seguinte o casal Rivera regressa à Casa Azul de Coyacan, onde Frida continua a querer aprender a pintar sob carinhosa vigilância do companheiro. Pouco depois é incluida na "Exhibition by 31 Women", dedicada ao surrealismo na Galeria do Centro de Artes Peggy Guggenheim em New York. Em 1944, já muito doente inicia a escrita dos seus pungentes "Diários", autênticos retratos escritos do marido e da sua obra. Torna-se patente que a sua vida trata de Comunismo, Arte e Diego Rivera. Reconcilia-se com o Partido Comunista em 1948. Contudo, depois da longa divergência, Rivera só viria a ser readmitido em 1954. Um ano antes acontece a única exposição individual de Frida em vida, na Galeria de Arte Comtemporânea do México, dirigida pela amiga Lola Alvarez Bravo, onde aparece como um ícone numa cama de rodas, logo após a perna direita gangrenada lhe ter sido amputada. Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, culminando um longo periodo de atroz sofrimento morreu em 1954, sendo um dos seus ultimos actos publicos conhecidos a presença numa manifestação em Julho desse ano contra a intervenção da CIA na Guatemala.
As suas cinzas repousam num vaso pré-colombiano na Casa Azul de Coyacan, hoje transformada em Museu. Diego Rivera morreu com 70 anos de idade, em 1957.
Que moral se pode extrair da exposição truncada do CCB? - que aqueles que dizem representar o Ocidente andam mal quando pretendem descontextualizar a Arte da História, apagando figuras da nossa herança cultural, fingindo não inocentemente, que o Marxismo não é tambem ele uma corrente da filosofia ocidental. Áqueles, os responsáveis pelo CCB, que só viram em Frida Kahlo o "surrealismo", deveria ser exigivel, ao abrigo do direito de resposta do público, uma exposição sobre a vida e obra de Rivera, onde constasse a Frida que faltou dignificar naquilo a que dedicou toda a sua vida e obra.
Auto retrato de Frida Kahlo, no ano da sua morte (1954):
"El Marxismo Dará Salud a los Enfermos"
"El Marxismo Dará Salud a los Enfermos"
Se existe algo de que os politicamente hibridos se envergonhem, ou tenham relutância em assumir como sendo de facto o Socialismo uma herança da nossa cultura, cuja mais conhecida experiência será o auto-denominado e fracassado Socialismo de Estado (imprópriamente designado pela propaganda neoconservadora como "comunismo", mas que de facto não passou, desde a década de 60, de mais uma versão de Capitalismo de Estado) - é a altura de, utilizando as mais-valias de conhecimentos adquiridos, proceder de forma aberta à auto-critica da parte do Capitalismo sobrante - que ainda não derrocou, mas para lá caminha, a passos largos, onde "a falência anunciada pelo neoliberalismo é o expediente para privatizar o social"
O problema da nossa crise civilizacional, não pode ser fraudulentamente tratado no âmbito de uma pretensa "guerra entre civilizações" - trata-se de um confronto entre o Ocidente e ele mesmo.
"a reflexão sobre os valores que fundamentam o Ocidente é vital. Combater em nome de quê? Para defender o quê? A autora deste livro, uma filósofa nascida no Próximo Oriente e a viver em França, traz-nos uma resposta irreverente, explicando de que forma o pensamento ocidental permite a cada ser humano, onde quer que tenha nascido e qualquer que seja a sua história, deixar a prisão das suas dependências sociais".
"Os Dois Ocidentes", Nayla Farouki
(Editado em português pelo Instituto Piaget)
terça-feira, junho 13, 2006
Como a propaganda made-in-USA criou um Mito
Com a cabeça posta a prémio por 25 milhões de dólares, na insurgente cidade de Baquba no Iraque, mataram, com pompa e circunstância, Ahmed Jaleileh, um dos milhares de filhos de exilados palestinianos na Jordânia, elevado a Chefe com o nome de guerra de Abu Musab al-Zarkaui e à condição de Mito de uma mentira prefabricada. É dramático para a hegemonia Ocidental que uma zona tão rica em petróleo, esteja "infestada" com mais de 1 bilião de Árabes. Será necessário, então et pour cause, continuar a matar mais,,,
Com a finalidade de construir um Super-Herói do Bem - George W. Bush - a propaganda yankee cria toda uma gama de Super-Heróis do Mal: primeiro foi Bin Laden, agora Al-Zarkawi, (assim mesmo, escrito à americana). Em ambos os casos, de acordo com o jornalista romeno Vladimir Alexe, ambos são demónios de um estado angelical perdido: agentes da CIA que se revoltaram contra o seu criador. Uma vez o mito criado, eles são inculpados pelos mais diversos eventos, por forma a exorcizarem as crueldades levadas a cabo pela Coligação.
http://www.voltairenet.org/article136423.html
A capacidade nuclear não é para todos. Apenas para quem Bush quer.
"A Indía efectuou com sucesso um teste com um missil balístico terra-terra Prithvi-1 capaz de transportar uma carga nuclear a uma distância de 250 quilómetros, anunciou um porta voz do ministério da Defesa. O ensaio teve lugar no campo de tiro de Chandipuron-Sea, no estado de Orissa, no leste do país, de acordo com a mesma fonte, que pediu o anonimato. O míssil em causa, de 8,5 metros, pode transportar, a uma distância de 250 quilómetros, pequenas ogivas, tanto convencionais como nucleares. Testado pela primeira vez em 1988, é destinado a atacar formações de infantaria e blindados" (Publico, 12/6).
de olho no Irão e na China, eis o resultado prático da recente visita à India do presidente americano,,,
relacionado:
* a Austrália mudou de legislação para poder cumprir as determinações de Bush e vender urânio à India
* o "Sonho Americano" não tem relação directa, nem sequer connosco em mais de metade do Ocidente, quanto mais com os 700 milhões de indianos na miséria que lutam diáriamente pela sobrevivência
* Isto seria noticia noutro lado qualquer: "Atentado de guerrilha maiosta provoca 55 mortos e 20 feridos no estado de Chhattisgarh"
"Maoismo incrementa as suas actividades na India"
como se deduz, a história da revolta dos povos, é mais ou menos similar nas mais diversas regiões. As maneiras de as contar oficialmente, ficcionadas pelos meios de comunicação dos Poderes dominantes, é que as faz diferir,,,
Com a finalidade de construir um Super-Herói do Bem - George W. Bush - a propaganda yankee cria toda uma gama de Super-Heróis do Mal: primeiro foi Bin Laden, agora Al-Zarkawi, (assim mesmo, escrito à americana). Em ambos os casos, de acordo com o jornalista romeno Vladimir Alexe, ambos são demónios de um estado angelical perdido: agentes da CIA que se revoltaram contra o seu criador. Uma vez o mito criado, eles são inculpados pelos mais diversos eventos, por forma a exorcizarem as crueldades levadas a cabo pela Coligação.
http://www.voltairenet.org/article136423.html
A capacidade nuclear não é para todos. Apenas para quem Bush quer.
"A Indía efectuou com sucesso um teste com um missil balístico terra-terra Prithvi-1 capaz de transportar uma carga nuclear a uma distância de 250 quilómetros, anunciou um porta voz do ministério da Defesa. O ensaio teve lugar no campo de tiro de Chandipuron-Sea, no estado de Orissa, no leste do país, de acordo com a mesma fonte, que pediu o anonimato. O míssil em causa, de 8,5 metros, pode transportar, a uma distância de 250 quilómetros, pequenas ogivas, tanto convencionais como nucleares. Testado pela primeira vez em 1988, é destinado a atacar formações de infantaria e blindados" (Publico, 12/6).
de olho no Irão e na China, eis o resultado prático da recente visita à India do presidente americano,,,
relacionado:
* a Austrália mudou de legislação para poder cumprir as determinações de Bush e vender urânio à India
* o "Sonho Americano" não tem relação directa, nem sequer connosco em mais de metade do Ocidente, quanto mais com os 700 milhões de indianos na miséria que lutam diáriamente pela sobrevivência
* Isto seria noticia noutro lado qualquer: "Atentado de guerrilha maiosta provoca 55 mortos e 20 feridos no estado de Chhattisgarh"
"Maoismo incrementa as suas actividades na India"
como se deduz, a história da revolta dos povos, é mais ou menos similar nas mais diversas regiões. As maneiras de as contar oficialmente, ficcionadas pelos meios de comunicação dos Poderes dominantes, é que as faz diferir,,,
segunda-feira, junho 12, 2006
O Dia Mundial do Ambiente foi a semana passada, mas só hoje é que vem a publico, aproveitando a ponte, a ideia de fazer algo contra a poluição em Portugal.
Como é sabido em todo o mundo civilizado desde que começou a guerra contra o automóvel, o número de peões e de ciclistas que se uniram para liquidar de vez o automóvel da face da Terra, parecem confirmar o que já todos sabíamos: que algum dia não muito longínquo o condutor de automóveis será, junto com o Polícia e o Padre, um dos seres universalmente mais desprezíveis do planeta. Segundo disse Ivan Illich a Revolução e o Socialismo chegarão em bicicleta, não em tele-transporte:
"O americano típico consagra mais de 1600 horas por ano ao seu automovel: sentado dentro dele, em marcha ou parado, trabalhando para o pagar, para pagar a gasolina, as estradas, as portagens, o seguro, as infracções de trânsito e os os impostos para as estradas federais e os estacionamentos comunitários. Consagra-lhe quatro horas por día em todas em que serve dele, se ocupa dele, ou trabalha para ele. Nestes cálculos não se levaram em conta todas as suas actividades orientadas pelo transporte: o tempo que consome nos hospitais, nos tribunais e nas oficinas de mecânica; o tempo passado diante dos televisores vendo publicidade automobilística, o tempo investido en ganhar dinheiro para viajar de avião ou em comboio. Estas 1600 horas servem-lhe para fazer cerca de 10.000 kilómetros de caminho, ou seja 6 km numa hora. É exactamente a mesma média que alcançam as pessoas dos paises que não têm industria de transporte"
Ivan Illich em "Energía e Equidade"
“muitos têm um Iate,
e muitos mais um Automóvel,
e há muitos que também têm um avião. Porém eu
aos meus 37 anos de idade, tenho só uma bicicleta
Rafael Alberti, "Balada da Bicicleta com Asas"
* Relacionado:
"Critica do Socialismo Pequeno Burguês"
Universidade de Leiden, na Holanda
em primeiro plano podem ver-se, no parque de estacionamento milhares de bicicletas - compare-se com a quantidade de lata que invade o panorama nas Universidades portuguesas. Por alguma razão nós somos ricos, e eles são pobres.
domingo, junho 11, 2006
Melhor do que os mandar calar,,, coercivamente
o que seria um escândalo, neste simulacro de democracia,,,
Fez agora um ano o "Arrastão inventado (pela mão da Agência de "noticias" Lusa), que serviu para açular entre nós a bandeira do racismo. Desde aí, a Comunicação Social vem incentivando em crescendo o aparecimento público da extrema-direita - e tudo isto tem um propósito bem pré-determinado - a ideia é fazer passar os extremistas neocons que estão nos postos essenciais governativos do Estado (os verdadeiros extremistas) por gente moderada do Centro ideológico - claro que existem danos colaterais: policias e bandidos, ambos são tratados como tropa de choque,,, uns e outros tambem não merecem mais, diga-se,
individuos destes e colaboradores da policia sempre foram o género de material de que no tempo do fascismo eram feitos os bufos. Qualquer pacheco sabe disto.
Outra utilidade próxima do patrocinio da extrema direita é que eles vão controlar aqueles de quem se decidiu rotular com o anátema de "extrema-Esquerda", como os naifs sociais-democratas que vão sobrando do Bloco de Esquerda. E estes vão na fita e vão-se assanhando uns com os outros - como por exemplo este com este. Enquanto isso, folgam os altos dignitários instituidos no Poder que não têm de se envolver em peixeiradas.
Razão tinham os spin-Doctors, da Porcalhota até Belem, em querer instituir o Dia do Cão.
Fez agora um ano o "Arrastão inventado (pela mão da Agência de "noticias" Lusa), que serviu para açular entre nós a bandeira do racismo. Desde aí, a Comunicação Social vem incentivando em crescendo o aparecimento público da extrema-direita - e tudo isto tem um propósito bem pré-determinado - a ideia é fazer passar os extremistas neocons que estão nos postos essenciais governativos do Estado (os verdadeiros extremistas) por gente moderada do Centro ideológico - claro que existem danos colaterais: policias e bandidos, ambos são tratados como tropa de choque,,, uns e outros tambem não merecem mais, diga-se,
individuos destes e colaboradores da policia sempre foram o género de material de que no tempo do fascismo eram feitos os bufos. Qualquer pacheco sabe disto.
Outra utilidade próxima do patrocinio da extrema direita é que eles vão controlar aqueles de quem se decidiu rotular com o anátema de "extrema-Esquerda", como os naifs sociais-democratas que vão sobrando do Bloco de Esquerda. E estes vão na fita e vão-se assanhando uns com os outros - como por exemplo este com este. Enquanto isso, folgam os altos dignitários instituidos no Poder que não têm de se envolver em peixeiradas.
Razão tinham os spin-Doctors, da Porcalhota até Belem, em querer instituir o Dia do Cão.
sexta-feira, junho 09, 2006
do futebol, um legado que não se pode perder,,,
são os idiotas de bandeirinha à janela, dependuradas nos pópos e pintadas na testa.
Desde que andem entretidos, tout va bien,,, embora para sossego da maioria da gente de bem, ao contrário da ideia que querem fazer passar, as coisas não sejam bem assim
"Tenho esperança que a Selecção Nacional perca o mais rápidamente possivel. É horrivel ser constantemente bombardeado com noticias da bola"
Saldanha Sanches (CM 16/5)
ora toma!
O Banco holandês ABN-Amro fez um estudo, intitulado "Soccernomics" para descobrir qual o desfecho do Mundial que melhor serviria à Economia, concluindo que o mais vantajoso seria uma final Itália-Alemanha, com um triunfo dos italianos. Os economistas chegaram a esta conclusão analisando as performances dos paises campeões do mundo desde 1970 e verificaram que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos paises campeões é, em média, 0,75% pontos percentuais superior no ano do torneio face ao ano anterior; e, no ano a seguir ao torneio, o crescimento é ainda mais acelerado. O principal efeito é psicológico: o "feel good factor" que torna os agentes económicos mais optimistas, através do aumento do consumo e da confiança. O modelo econométrico do "Soccernomics" inclui uma série de critérios:
Para chegar à conclusão que a Itália seria o vencedor ideal, os analistas seguiram vários passos:
* Eliminatória nº1 - Tem de ser um Europeu.
O principal desequilibrio da economia mundial é o enorme défice externo dos EUA, financiado sobretudo por capitais das economias asiáticas em expansão. Os Estados Unidos ,já consomem demais; o seu triunfo só agravaria o desequilibrio. Uma vitória asiática levaria ao sobreaquecimento dessas economias; uma vitória de latino-americanos ou africanos seria positiva; mas, dada a fraca influência destas economias, o resultado ideal seria um triunfo europeu.
* Eliminatória nº2 - Tem de ser um Grande
Vitórias de nações do Leste, de Portugal ou a Suécia teriam pouco impacto, devido ao seu fraco peso.
* Eliminatória nº3 - Tem de ser um país em Crise
"Não queremos deitar gasolina no fogo de paises que já se estão a sair bem" argumenta o ABN-Amro; portanto adiós Espanha, e também Inglaterra. O que deixa de sobra as três economias deprimidas da UE: França, Alemanha e Itália. As duas últimas são as mais em crise, logo
* Final: Alemanha-Itália
* previsões de resultados:
1-0 - a Alemanha marca porque o seu output gap (a diferença entre a capacidade da economia e a sua produção real é maior que o italiano.
1-1 - Se os italianos empatarem, considera-se que os beneficios económicos que a Alemanha já tem garantidos pelo facto de ser o país anfitrião já são suficientes.
1-2 - Se a Itália marcar 2º golo - o sector industrial alemão tem-se tornado mais competitivo, enquanto os italianos têm perdiso competividade nas suas industrias de manufactura tradicionais.
1-3 - a Itália garante a vitória com os seus baixos indices de confiança, muito inferiores aos alemães. O triunfo italiano dará mais confiança a consumidores e empresários, resultando em mais consumo e investimento.
ora "Vamos lá a chutar primeiro,
que o último a chegar é paneleiro" (sic)
Hino para a nossa Selecção lançado pela Galp-Energia
Desde que andem entretidos, tout va bien,,, embora para sossego da maioria da gente de bem, ao contrário da ideia que querem fazer passar, as coisas não sejam bem assim
"Tenho esperança que a Selecção Nacional perca o mais rápidamente possivel. É horrivel ser constantemente bombardeado com noticias da bola"
Saldanha Sanches (CM 16/5)
ora toma!
O Banco holandês ABN-Amro fez um estudo, intitulado "Soccernomics" para descobrir qual o desfecho do Mundial que melhor serviria à Economia, concluindo que o mais vantajoso seria uma final Itália-Alemanha, com um triunfo dos italianos. Os economistas chegaram a esta conclusão analisando as performances dos paises campeões do mundo desde 1970 e verificaram que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos paises campeões é, em média, 0,75% pontos percentuais superior no ano do torneio face ao ano anterior; e, no ano a seguir ao torneio, o crescimento é ainda mais acelerado. O principal efeito é psicológico: o "feel good factor" que torna os agentes económicos mais optimistas, através do aumento do consumo e da confiança. O modelo econométrico do "Soccernomics" inclui uma série de critérios:
Para chegar à conclusão que a Itália seria o vencedor ideal, os analistas seguiram vários passos:
* Eliminatória nº1 - Tem de ser um Europeu.
O principal desequilibrio da economia mundial é o enorme défice externo dos EUA, financiado sobretudo por capitais das economias asiáticas em expansão. Os Estados Unidos ,já consomem demais; o seu triunfo só agravaria o desequilibrio. Uma vitória asiática levaria ao sobreaquecimento dessas economias; uma vitória de latino-americanos ou africanos seria positiva; mas, dada a fraca influência destas economias, o resultado ideal seria um triunfo europeu.
* Eliminatória nº2 - Tem de ser um Grande
Vitórias de nações do Leste, de Portugal ou a Suécia teriam pouco impacto, devido ao seu fraco peso.
* Eliminatória nº3 - Tem de ser um país em Crise
"Não queremos deitar gasolina no fogo de paises que já se estão a sair bem" argumenta o ABN-Amro; portanto adiós Espanha, e também Inglaterra. O que deixa de sobra as três economias deprimidas da UE: França, Alemanha e Itália. As duas últimas são as mais em crise, logo
* Final: Alemanha-Itália
* previsões de resultados:
1-0 - a Alemanha marca porque o seu output gap (a diferença entre a capacidade da economia e a sua produção real é maior que o italiano.
1-1 - Se os italianos empatarem, considera-se que os beneficios económicos que a Alemanha já tem garantidos pelo facto de ser o país anfitrião já são suficientes.
1-2 - Se a Itália marcar 2º golo - o sector industrial alemão tem-se tornado mais competitivo, enquanto os italianos têm perdiso competividade nas suas industrias de manufactura tradicionais.
1-3 - a Itália garante a vitória com os seus baixos indices de confiança, muito inferiores aos alemães. O triunfo italiano dará mais confiança a consumidores e empresários, resultando em mais consumo e investimento.
ora "Vamos lá a chutar primeiro,
que o último a chegar é paneleiro" (sic)
Hino para a nossa Selecção lançado pela Galp-Energia
quinta-feira, junho 08, 2006
O Mercado explicado aos Otários
(Titulo do post e foto surripiados do Dragoscópio)
Cuidado!, tenham medo - os Contra o Império, Atacam!!
Método deste projecto: Montagem Literária. Não é necessário dizer nada. Meramente e apenas mostrar as coisas"
Walter Benjamin
Caution - Recomendamos vivamente a leitura preventiva de Henry Louis Mencken, antes de ler o conteudo deste post
Assanhados pelas reacções provocadas na parte dos cerebelos que lhes comandam os instintos primitivos, os circulos neoconservadores exorcisam os seus Medos (popularmente conhecidos por cagunfa ou miáufa) na heróica missa recitativa de alguns clássicos, datados da época em que se vendiam em fasciculos. Alexis de Tocqueville e "Da Democracia na América" (1835) é um deles. Apontado como "o melhor livro alguma vez escrito sobre a Democracia e o melhor livro alguma vez escrito sobre a América" dizem dele "oferecer-nos um retrato lúcido e minucioso, cada vez mais intemporal, da democracia americana de meados do século XIX, analisando, entre muitos outros aspectos, o homem democrático, as suas tendências e paixões, a sua complexa relação com a liberdade e a igualdade, ou o papel determinante da religião na democracia americana". Mas, QUEM DIZ ISSO? quando esse mundo já não existe?!
Ora este livro, editado entre nós integralmente apenas em 2002 pela "Editora Princípia" foi financiado pela "Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento" e o prefácio, onde se sublinha a importância deste tipo de pensamento politico, foi escrito por João Carlos Espada, hoje alcandorado a insigne Conselheiro do Estado de Cavaco Silva.
Que relação terá isto então com a actual realidade? - Karl Marx, sensivelmente na mesma época já fazia notar que "as teorias filosóficas, (já então), tinham a mesma relação com a realidade que a masturbação tinha com o sexo" (in "A Ideologia Alemã"), justamente para fazer realçar a simples constatação de ser a Economia que comandava e pré-determinava todos os restantes condicionamentos da vida humana. Ainda assim é. E a Economia, sim, é uma Ciência, lembram-se?
Que andam a fazer os nomes sonantes dos conselheiros de Estado aqui e agora, quando publicitam este tipo de inanidades para consumo dos aficcionados crentes?
Em concreto, tratam da vidinha, aliados aos interesses estrangeiros, colaborando com as Multinacionais que subjugam a independência nacional. Nem mais, o Estado português está sequestrado.
Quando Bush, Blair e Aznar chegaram ao aeroporto das Lajes sabiam muito bem para onde se dirigiam. Basta reler a história do Estado Português desde os tempos de Kissinger (recente visita de Cavaco) e do "Irangate".
Nomes sonantes à porta de Consultores que se dão ao luxo de nem constarem nas listas telefónicas:
Outro guru dos neocons, um tal Moreira que é prof católico de Ética e Humanismo na Gestão de Empresas,,, num livrito subsidiados pela Associação Industrial Portuense (!)
,,, vai mais longe e aconselha calma e a velha receira de submissão cristã àqueles que têm a barriga vazia (na paz podre dos explorados) - que esperem!, porque desta é que vem aí a Ética na Honradez Empresarial, quando a horda de beatos ferrenhos tiverem abocanhado a suficiente margem de manipulação da riqueza nacional. E a maior riqueza nacional conhecida é, já os conhecemos de gingeira,,, a plena liberdade para poder explorar o próximo. Como sempre.
O que é certo é que esta gente, sob uma capa pretensamente tecnocrata empresarial séria (!), se conseguiu alcandorar ao Poder. E de lá cantam de galo. Se querem um conselho, não os ouçam - tratem antes tambem da vidinha por forma a não se deixarem enganar.
Cuidado!, tenham medo - os Contra o Império, Atacam!!
Método deste projecto: Montagem Literária. Não é necessário dizer nada. Meramente e apenas mostrar as coisas"
Walter Benjamin
Caution - Recomendamos vivamente a leitura preventiva de Henry Louis Mencken, antes de ler o conteudo deste post
Assanhados pelas reacções provocadas na parte dos cerebelos que lhes comandam os instintos primitivos, os circulos neoconservadores exorcisam os seus Medos (popularmente conhecidos por cagunfa ou miáufa) na heróica missa recitativa de alguns clássicos, datados da época em que se vendiam em fasciculos. Alexis de Tocqueville e "Da Democracia na América" (1835) é um deles. Apontado como "o melhor livro alguma vez escrito sobre a Democracia e o melhor livro alguma vez escrito sobre a América" dizem dele "oferecer-nos um retrato lúcido e minucioso, cada vez mais intemporal, da democracia americana de meados do século XIX, analisando, entre muitos outros aspectos, o homem democrático, as suas tendências e paixões, a sua complexa relação com a liberdade e a igualdade, ou o papel determinante da religião na democracia americana". Mas, QUEM DIZ ISSO? quando esse mundo já não existe?!
Ora este livro, editado entre nós integralmente apenas em 2002 pela "Editora Princípia" foi financiado pela "Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento" e o prefácio, onde se sublinha a importância deste tipo de pensamento politico, foi escrito por João Carlos Espada, hoje alcandorado a insigne Conselheiro do Estado de Cavaco Silva.
Que relação terá isto então com a actual realidade? - Karl Marx, sensivelmente na mesma época já fazia notar que "as teorias filosóficas, (já então), tinham a mesma relação com a realidade que a masturbação tinha com o sexo" (in "A Ideologia Alemã"), justamente para fazer realçar a simples constatação de ser a Economia que comandava e pré-determinava todos os restantes condicionamentos da vida humana. Ainda assim é. E a Economia, sim, é uma Ciência, lembram-se?
Que andam a fazer os nomes sonantes dos conselheiros de Estado aqui e agora, quando publicitam este tipo de inanidades para consumo dos aficcionados crentes?
Em concreto, tratam da vidinha, aliados aos interesses estrangeiros, colaborando com as Multinacionais que subjugam a independência nacional. Nem mais, o Estado português está sequestrado.
Quando Bush, Blair e Aznar chegaram ao aeroporto das Lajes sabiam muito bem para onde se dirigiam. Basta reler a história do Estado Português desde os tempos de Kissinger (recente visita de Cavaco) e do "Irangate".
Nomes sonantes à porta de Consultores que se dão ao luxo de nem constarem nas listas telefónicas:
Outro guru dos neocons, um tal Moreira que é prof católico de Ética e Humanismo na Gestão de Empresas,,, num livrito subsidiados pela Associação Industrial Portuense (!)
,,, vai mais longe e aconselha calma e a velha receira de submissão cristã àqueles que têm a barriga vazia (na paz podre dos explorados) - que esperem!, porque desta é que vem aí a Ética na Honradez Empresarial, quando a horda de beatos ferrenhos tiverem abocanhado a suficiente margem de manipulação da riqueza nacional. E a maior riqueza nacional conhecida é, já os conhecemos de gingeira,,, a plena liberdade para poder explorar o próximo. Como sempre.
O que é certo é que esta gente, sob uma capa pretensamente tecnocrata empresarial séria (!), se conseguiu alcandorar ao Poder. E de lá cantam de galo. Se querem um conselho, não os ouçam - tratem antes tambem da vidinha por forma a não se deixarem enganar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)