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Esta é provavelmente a mais controversa interpretação da teoria das supercordas (por razões financeiras óbvias odiada pela grande maioria dos investigadores institucionais) mas a teoria justifica-se e é atraente. Com tantos universos por aí afora, o facto da nossa própria existência não precisa de cultos adoradores nem de grandes choques. Nós, o Homem, apenas acontecemos para ocupar um desses nichos onde as leis físicas são favoráveis à vida baseada nos átomos de carbono.
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O prémio Nobel da Física de 2004, Frank Wilczek tenta também explicar o universo sintetizando a teoria miseravelmente falhada por Einstein: “a Grande Unificação das Forças”, profetizando uma nova idade de Ouro na Física e o estabelecimento de novos paradigmas. Transcendendo o choque com as velhas ideias acerca do que é a Matéria e o que é o Espaço, Wilczek apresenta no seu novo livro, "The Lightness of Being: Mass, Ether, and the Unification of Forces" algumas claras e brilhantes sínteses, como esta: “o Espaço é um material dinâmico, o motor da realidade, a Matéria é apenas uma amostra decorativa que causa distúrbios subtis nesse material”
Mesmo que breve, no meio deste pantanal cósmico, se venha (mesmo no beato sentido ejaculatório) a “descobrir fisicamente” o bicharoco que vive dentro da linguagem matemática, o célebre bosão de Higgs, veremos sempre mais uma e outra vez que realmente existem infinitas possibilidades naquilo que se pode fazer, tanto pelo Papa como pelos esotéricos filósofos militantes do Bloco de Esquerda, para captar o embasbacamento da ignorância, da crendice e do analfabetismo (mesmo que “especializado/compartimentado c/cursos superiores") com imagens e artifícios de tão transcendente beleza
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