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Porque os sindicatos, onde ambas as centrais são dependentes do bem-estar do regime, seguem o programa de contenção proposto pelos responsáveis pelos lucros da Banca e das Empresas Multinacionais – exemplarmente sintetizado pelos patrões, como no caso de Belmiro Azevedo (o 2º homem mais rico de Portugal, com uma fortuna avaliada em 1,1 mil milhões de euros acumulada desde o 25 de Novembro) que teve a distinta lata de dizer (reproduzido pelas agências de comunicação oficiais): que
“Numa altura em que há falta de emprego, as pessoas ainda têm uma série de exigências estranhas”
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Para a classe trabalhadora (e só é produtivo o operário que produz mais-valia para o capitalista), para os precários, imigrantes e artesãos por conta própria de pequenas empresas que trabalham para tornar rentável o Capital e dele dependem – já é demasiado elevado, ou quase impossível, o risco de fazer greve.
Imaginando a possibilidade de revolta sem que fosse pelo prisma do socialismo utópico (vulgo esquerda caviar), a Greve Geral só seria uma forma de luta actual se os trabalhadores se negassem por completo a trabalhar sem abandonarem o seu local de trabalho por tempo indeterminado, até que as suas exigências fossem satisfeitas. Mas no presente contexto, se tal força fosse demonstrada, nesse caso seriam os próprios sindicatos que temos a clamar pela policia para “repôr a ordem” e desbaratar os piquetes de greve. Contudo, nada mais se pretende que “mais uma memorável jornada de luta”. Apenas por 1 dia. No dia seguinte o Governo mete os sindicatos no bolso.
(o jornal da Sonae promete acompanhar o espectáculo online "minuto a minuto")
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