Pensa o vulgo dos ingénuos que a escolha dos representantes do povo é feita através do voto. Porém, o processo eleitoral é cínico. Isto é, vota-se em quem já se votou, de acordo com a teoria gramsciana de "bloco histórico" que usa o elemento cultural para controlar o senso comum. (1)
Na "História de Pensamento Politico, desde Heródoto até ao Presente" Alan Ryan defende que numa eleição actual há mais influências do passado do que aquelas que saltam à vista. Os ecos de outros tempos ainda marcam a vida das comunidades contemporâneas. Assim sendo, as elites fabricam secularmente um processo histórico à-la-carte consoante os seus interesses. No caso da Europa o subterfúgio tem sido a herança judaica-greco-romana. Essa não é contudo, nem de perto nem de longe, a verdade completa da história europeia. Uma das componentes mais determinante que os clássicos da Grécia (aliás traduzidos e dados a conhecer pelos sete séculos de cultura dos Árabes) e o Direito no Império Romano, é o legado das tribos bárbaras de origem germânica que invadiram a Europa a partir do século IV não deixando pedra sobre pedra. Isto é, nos séculos seguintes, ao mesmo tempo que a cultura Latina (re)nascia e fabricava a Biblia, os Germanos deixavam-se assimilar pela cultura dos vencidos. À qual acrescentaram as suas lendas, umas originais, outras adquiridas pelo longo contacto com as hostes egipcias de Roma no "limes germanicus". Entre outros exemplos, as obras mais determinantes do nóvel cristianismo medieval são encomendas da Igreja romana produzidas "em directo" de modo magistral pelo lombardo Caravaggio. Arte adquirida. Politica perdida. Ao contrário da Democracia Grega cujas eleites excluiam da prática escravos, mulheres e metecos, os Germânicos tinham o bárbaro costume de eleger os seus chefes em assembleias em que participavam todos os elementos da tribo, mas com a "construção da Europa" a prática cairía em desuso..
"Raizes judaicas"? "expulsóes", "diásporas e regressos a uma terra santa" as "atribulações do judeu desgraçadinho impedido de professar a sua crença religiosa", tudo são trapaças históricas para uso das crendices populares facilmente desmontáveis. Na verdade desde uma vaga referência do historiador romano Flavio Josefo aos judeus (como habitantes da Judeia) nenhuma outra obra credivel faz qualquer referência aos "judeus" nos 18 séculos seguintes, ou seja, até ao fim do século XIX e ao nascimento da doutrina Sionista apadrinhada pala banca de Inglaterra como politica de angariação de carne para canhão com vista a assegurar o acesso ao petróleo no Médio Oriente. (2)
Imagine-se porque é que o livro (de 2006) "A Invenção do Povo Judeu" do académico israelita Shlomo Sand ainda não foi traduzido em Portugal? Não dá jeito, porque aqui existe um pequeno naco de paraiso para a judiaria sionista, sendo mordomos a familia Espirito Santo, uma das familias donas do país (3) ...
(1) "O Segredo das 7 Irmãs, Tempestades e Fortunas no Deserto" (episódio 4), onde ao minuto 8:20 se refere a origem da fortuna que patrocina o principal centro da indústria cultural em Portugal: o semita arménio educado em Inglaterra Calouste Gulbenkian e o seu golpe de génio que gerou 5% em todas as transacções relacionadas com as maiores multinacionais petroliferas
(2) “O Sol nunca se deita para o Império Britânico de offshores e paraísos fiscais”
(3) Obviamente, as elites portuguesas têm interesse em manter os canais de evasão fiscal
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