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quarta-feira, julho 20, 2005

“Colisão” (Crash)

Completamente despercebido está em exibição esta semana nos cinemas o melhor filme do ano.


O filme estreia de Paul Haggis, o argumentista de "Million Dollar Baby” é uma fábula urbana baseada num mosaico de personagens que vivem na América cosmopolita multiracial (brancos, negros, sul-americanos, chineses, iranianos, enfim: o melting-pot americano) - Uma dona de casa e o seu marido advogado estatal, um persa dono de uma loja, dois polícias detectives que são também amantes, um director de televisão afro-americano e a sua mulher, um mexicano serralheiro, dois ladrões de automóveis, um polícia recruta, um casal coreano de meia idade… Todos vivem em Los Angeles. E durante as próximas 36 horas, irão entrar em rota de colisão,,,
O roubo do carro do próprio Haggis serviu de inspiração para o guião de “Colisão” - Jean e Rick Cabot (Sandra Bullock e Brendan Frasier) estão no carro, quando são expulsos sob ameaça de arma por dois negros, Anthony e Peter (Ludracris e Larenz Tate) que, minutos antes, tínhamos visto dissertar sobre a injustiça do estigma racial. O roubo impulsiona um desencadear de acontecimentos e coincidências que envolvem as vidas de um conjunto de pessoas que representam a mescla de nacionalidades e culturas da cidade de Los Angeles e o filme fala-nos “dos medos, das emoções e da linguagem dos discursos oficiais como fonte de opacidade e de logro, e da vida como um perigoso jogo de interpretações que, num segundo, pode transformar um homem bom num assassino e um vilão num herói” (VSM/JL). O espectáculo do mundo está feio!,,, neste tempo de máscaras e de náufragos, onde a febre que se instalou em Washington é ameaçadora, pretendendo dar a entender que são eles quem controla a corrente que os arrasta.
* A Critica de João Lopes e outras - Aqui

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