O ex-comissário António Vitorino (AV) parece ser o homem de mão para zelar pela manutenção do alerta contra o "terrorismo", seja lá o que isso fôr, ou os interesses que acoberta.Os titulos nos jornais prosseguem com o alarmismo
e AV veio a terreiro afirmar ser favorável à proposta feita pelo ministro do Interior britânico de tornar obrigatório o registo e o armazenamento de comunicações, nomeadamente de telefonemas e contactos pela Internet.
É por demais evidente que a directiva vem de instâncias superiores condizentes com o nivel de ameaça global.
"A liberdade de imprensa nos Estados Unidos, exaltada orgulhosamente há séculos pelos americanos, sofreu esta semana um duro golpe: um juiz federal, em Washington, mandou uma repórter para a cadeia.
Nos tempos que correm, “o nosso trabalho é desafiar a Lei”, disse Judith Miller a jornalista do New York Times ao ser condenada a 18 meses de prisão, por se ter recusado a divulgar a fonte confidencial de uma notícia. Na verdade, as causas são outras. A fonte era Ahmad Chalabi, o ex-aliado nos interesses americanos contra Saddam Hussein,,,
,,,e o caso remonta a Julho de 2003 quando numa crónica, publicada no New York Times, se dava conta do antigo embaixador Joseph Wilson, marido de Valerie Plame , especialista em assuntos Africanos ter ido à Nigéria em 2002, a pedido da CIA, para investigar se existia um eventual tráfico nuclear com o Iraque. Wilson acusava nesse artigo a administração de George W. Bush de manipular a informação, sobre a alegada tentativa de Saddam Hussein de comprar urânio para fabricar bombas atómicas, "para exagerar a ameaça iraquiana".
O artigo da Judith Miller acabou por tornar evidente que a mulher de Wilson era agente da CIA, o que deu origem ao processo judicial contra os jornalistas envolvidos.
Matthew Cooper, da Time Magazine, tambem envolvido na divulgação do escândalo foi absolvido ao revelar a sua fonte: o poderoso falcão neocon Karl Rove, membro do triunvirato que governa a América, ao lado de Bush e do vice Dick Cheney.
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