Extractos do artigo traduzido da autoria de Alfredo Jalife-Rahme no diário mexicano “La Jornada” adaptado em conjugação com o video das declarações do senador Alan Grayson

Durante o recente simúlacro de audição legislativa, Bernanke, o manda chuva da Reserva Federal (FED), declarou de forma assombrosa que desconhecia a que bancos estrangeiros havia outorgado
500 biliões de “swaps” (em português, "permuta"). Porém se Bernanke o ignora, saiba-se que um dos paises destinatários foi o “México Neoliberal”; e a maior parte destinou-se a injectar liquidez nos paises da União Europeia (e mais uma vez, leia-se os Europeus, vão pagar “a ajuda” com língua de palmo).
Encontramo-nos no começo do século XXI, quando o avanço científico tem sido prodigioso, pelo que o extravio deste valor pela FED conduzida por Ben Shalom Bernanke, dá muito trabalho a digerir, até aos próprios legisladores dos Estados Unidos, como Alan Grayson, representante democrata da Flórida (Huffington Post, 24/7/09).
Há um outro caso antecedente relativamente recente do qual até à data não existe uma explicação verosimil, já não se pede que seja credivel, sobre os 134 mil milhões de Fundos do Tesouro que em meados de Junho passado dois japoneses tentaram introduzir na Suiça numa mala proveniente da fronteira italiana (Bloomberg, 17/6/09).
Desde Março passado que se tem verificado um aumento progressivo da injecção de dólares em bancos centrais estrangeiros pelo método dos swaps. Valores colossais têm sido transferidos sem aprovação, conhecimento ou vigilância do Congresso ou da Casa Branca. É um curioso modelo, esquizofrénico, praticado pelos EUA – por um lado a ditadura financeira (exportação de simulacros de capitais que vencem juros) com a abstenção activa de um presidente eleito por voto indirecto que beneficia a plutocracia, por outro lado, a ilusão da “maior democracia liberal do mundo”. Quem governa de facto os Estados Unidos? A ditadura financeira ou a sua democracia relativa?
Neste momento de debacle bancária a democracia politica relativa é controlada pela
ditadura financeira, cuja liderança foi consubstanciada no banco Goldman Sachs.
A tríade judaica Ben Shalom Bernanke, Tim Geithner (o secretário do Tesouro que representa os interesses de Wall Street) e Larry Summers (conselheiro económico presidencial) têm Obama sequestrado numa situação aberrantemente anómala da sua politica económica:
a Goldman Sachs ganha, enquanto os EUA perdem!
Outra anomalia radica no facto de a mesma Reserva Federal continuar a ser lavada como entidade “semipública” quando é amplamente controlada por um consórcio reduzido de bancos privados. Uma só pessoa, Bernanke, que não foi eleita pelos cidadãos norte americanos, decidiu unilateralmente o destino da colossal soma de “swaps” que representam um intercâmbio de divisas entre paises que remetem para datas futuras. Até ao ponto que conseguimos ver, os “swaps” são parte da mesma especulação demencial dos “derivados financeiros”
No espaço de um ano (em 2008) a FED aumentou o crédito a bancos estrangeiros de 24 biliões de dólares para 500 biliões (meio Trilião de dólares). Para onde foi o dinheiro? Boa pergunta! Que bancos estão envolvidos? O chairman da FED foi vago nos detalhes: "I don't know!” bem, mas que paises receberam “o dinheiro”? "Europe and other countries”. Segundo dados expressos neste video no caso da Nova Zelândia, atendendo ao total da população, cada homem, mulher e criança recebeu swaps no valor de 3 mil dólares por cabeça.
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