
Olhai o vagabundo que nada tem
e leva o Sol na algibeira!
Quando a noite vem
pendura o sol na beira de um valado
e dorme toda a noite à soalheira…
Pela manhã acorda tonto de luz
Vai ao povoado
e grita:
- Quem me roubou o sol que vai tão
alto?
E uns senhores muito sérios
rosnam:
Que grande bebedeira!
E só à noite se cala o pobre.
Atira-se para o lado,
dorme, dorme…
(Manuel da Fonseca, in "Obra Poética")
mas saiba-se que Albina de Boisrouvray, herdeira do “Conde” Patiño oriundo da Bolívia, (um dos países mais pobres do mundo) que se notabilizou como Rei do Lixo de lata durante a Grande Guerra e a sua corte de grotescos pajens chulo-capitalistas são apenas mais umas quantas peças do lixo que é largado anualmente nas praias pelos despreocupados recolectores da caça e pesca nacional. Num caso pelas nossas élites, noutro pela mísera e desqualificada fauna local. Em memória da segunda tribo, aqui fica a tradicional e exemplificativa escultura anual da “arte povera” tuga com elementos recolhidos em escassos dez minutos de passeio na orla costeira de Melides:

Sem comentários:
Enviar um comentário