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domingo, agosto 09, 2009

In G.O.D. We Trust (Gold, Oil, Drugs)

O acrónimo de Deus (God), como sigla inscrita nas notas de dólar significa: em Ouro, Petróleo e Drogas, nós Confiamos!

Relembrando o Panamá (“The Panamá Deception”, 1992)

A “estrada para o Iraque” e para o Afeganistão, Paquistão (e talvez para o Irão) começou a ser aberta há 20 anos atrás com a invasão do Panamá, sob a direcção do presidente George Herbert W. Bush, o pai. O golpe cirúrgico desenhado para remover o parceiro da CIA Manuel Noriega do seu palácio de governo, matou aproximadamente 10 mil civis.
Demonizado por ser um “narco-terrorista”, Noriega era então o banqueiro do comércio de cocaína na região das Caraíbas. Estava envolvido no programa de Herbert Bush “Irão-Contras”, um comércio triangular o qual envolvia a venda de armas para o Irão (visando lucros privados), importando cocaína para os Estados Unidos (com lucros de privados) e entregando armas aos Contras da Nicarágua (com fins lucrativos privados).
Depois da invasão biliões de dólares foram removidos do sistema bancário do Panamá com um mandato federal – mesmo a tempo de acudir ao salvamento da falida S&L Industry a qual colapsou sob o peso da corrupção e da “desregulamentação”.

(Abrimos aqui um parêntesis para relembrar que há uma componente politico militar portuguesa no processo “Irão-Contras”, gerido na época precisamente pelas mesmas figuras de referência que tutelam o Estado e ainda nos governam actualmente)

Este é um documento de uma história não contada que reporta a Dezembro de 1989, a invasão do Panamá - os eventos que conduziram a este desfecho, a força excessiva usada; a enormidade de mortos e destruição; e a subsquente devastação social. “The Panamá Deception” põe a descoberto as verdadeiras razões para este ataque condenado internacionalmente, apresentando uma visão da invasão que difere substancialmente daquela que foi retratada oficialmente pelos Estados Unidos e pelos seus Media, expondo o governo dos EUA face à informação suprimida acerca do desastre da politica externa de agressão.

O documentário inclui imagens da invasão nunca vistas antes e mostra as suas consequências, assim como entrevista os proponentes da invasão, o general Maxwell Thurman, o presidente panamiano Endara e o porta voz do Pentágono Pete Williams, opositores à acção como o senador Charles Rangel (D-NY.), defensores panamianos dos Direitos Humanos, operários como Olga Mejia e Isabel Corro e o ex-diplomata panamiano Humberto Brown. Excertos de noticias e criticas jornalisticas contribuem para expor análises sobre o controlo dos orgãos de informação e das linhas editoriais de auto-censura – um assunto relevante hoje em dia, particularmente durante tempos de guerra.

Quando se celebra o 20º aniversário da invasão, quem aposta que tal não será mencionado nos noticiários dos media corporativos de referência? Os helicópteros apareceram à meia noite e começaram a disparar, as pessoas irromperam a correr para todos os lados, sem destino. Quando tudo acabou,,, Colin Powell, um tipo que em 2003 chegou a ser considerado “de esquerda” na administração Bush, aparece aqui como responsável do Pentágono ao minuto 5.38 a comunicar a situação

1h:31min;10seg

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