Jornada de Luta: Lisboa 15 Horas, Saldanha-Restauradores. Porto 15 Horas, Praça dos Leões-Praça da Batalha
"Ou os trabalhadores e a sociedade portuguesa se mobilizam ou, em muito poucos anos, o nível de desenvolvimento do país pode cair e a democracia sair profundamente ferida. Poderemos ter o país numa situação difícil, durante gerações, como tivemos no século XX, por o povo português se ter descuidado quanto àquilo que pudessem ser os efeitos do fascismo" (CGTP, Conferência de Imprensa 24 de Setembro)
"O anúncio de que a CGTP se junta às ruas no próximo dia 15 de Outubro na grande manisfestação internacional, já seria suficiente para pregar um susto aos mercados e um excelente contributo para fortalecer a luta" (a ver vamos)
"O que impele à precariedade não é um fenómeno que espante um marxista-leninista: há mais de 160 anos, em 1847, já Marx escrevia nos seus Princípios Básicos do Comunismo que, no seio do capitalismo, «O trabalho é uma mercadoria como qualquer outra, e daí que o seu preço seja determinado precisamente pelas mesmas leis que o de qualquer outra mercadoria. O preço de uma mercadoria, sob o domínio da grande indústria ou da livre concorrência – o que, como veremos, vem a dar ao mesmo -, é, porém, em média, sempre igual aos custos de produção dessa mercadoria. O preço do trabalho é, portanto, também igual aos custos de produção do trabalho. Os custos de produção do trabalho consistem, porém, precisamente, em tantos meios de existência, quantos os [que são] necessários para manter os operários em condições de continuar a trabalhar e para não deixar extinguir-se a classe operária. O operário não obterá, portanto, pelo seu trabalho mais do que aquilo que é necessário para esse fim; o preço do trabalho, ou o salário, será, portanto, o mais baixo possível, o mínimo que é necessário para o sustento.» (ler o resto)
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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sexta-feira, setembro 30, 2011
quinta-feira, setembro 29, 2011
somos governados por mentirosos
Lido no corpo da notícia: "O pagamento das contribuições para as organizações internacionais não consta da execução orçamental regularmente divulgada pelo Ministério das Finanças"
Se não consta, (e a decisão de retirar do orçamento de Estado as comparticipações no financiamento da NATO foi uma das primeiras a ser tomada por Cavaco Silva em 2006) como é que se sabe e publica uma dica bichanada por alguém para fazer crer que é este programa político (o da Troica) e não outro, que tem que ser cumprido? - Para um caloteiro, opinião bem diferente e benevolente tem o secretário geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, quando veio a Lisboa no passado dia 8 de Setembro (dia de pagar a renda) agradecer a Cavaco Silva, entre outras coisas mantidas em segredo, "a colaboração de Portugal na protecção ao povo da Libia, o apoio dado na última Cimeira NATO à resolução da instalação de uma Força de Reacção Naval rápida em Lisboa e a nossa contribuição para as operações no Afeganistão e no Kosovo" - para quem não paga, porque está nas lonas é muito dinheiro que aqui é gasto, isto num país que se pretende fazer crer estar à beira da bancarrota. O sr ministro das Finanças, que é tão explicadinho em tudo, é capaz de explicar a proveniência deste dinheiro?
* "aqui não há Petróleo"
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Se não consta, (e a decisão de retirar do orçamento de Estado as comparticipações no financiamento da NATO foi uma das primeiras a ser tomada por Cavaco Silva em 2006) como é que se sabe e publica uma dica bichanada por alguém para fazer crer que é este programa político (o da Troica) e não outro, que tem que ser cumprido? - Para um caloteiro, opinião bem diferente e benevolente tem o secretário geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, quando veio a Lisboa no passado dia 8 de Setembro (dia de pagar a renda) agradecer a Cavaco Silva, entre outras coisas mantidas em segredo, "a colaboração de Portugal na protecção ao povo da Libia, o apoio dado na última Cimeira NATO à resolução da instalação de uma Força de Reacção Naval rápida em Lisboa e a nossa contribuição para as operações no Afeganistão e no Kosovo" - para quem não paga, porque está nas lonas é muito dinheiro que aqui é gasto, isto num país que se pretende fazer crer estar à beira da bancarrota. O sr ministro das Finanças, que é tão explicadinho em tudo, é capaz de explicar a proveniência deste dinheiro?
* "aqui não há Petróleo"
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quarta-feira, setembro 28, 2011
Ocupem o Ministério das Finanças !
as imagens dos policias portugueses tentando assaltar o ministério das Finanças correram mundo. Querem mais dinheiro, "governo paga o que deves" foi das frases mais ouvidas. Até o Jel e o Falâncio, figurinhas de prôa do Movimento 12 de Março, deram uma ajudinha: "governo escuta, os polícias estão em luta" - mas estão em luta pelo quê? não querem perder estatuto nem poder de compra, como regra geral o povo português está a perder; A bófia quer a sua quota parte no bolo dos 78 mil milhões que o Estado anda a sacar à Troica; os Polícias querem melhores condições para tratarem de defender a ordem (vigente), que é a ordem da propriedade privada: uma infíma percentagem de 1% são os grandes donos da Economia enquanto 99% nem pelo voto (manipulador, alienado, ignorante) contam para nada... Um dia que se veja a Policia ao lado das reinvindicações do povo, como uma organização que defenda os direitos dos trabalhadores, então nesse dia poder-se-á acreditar que lutam. Até lá, querem aquilo que toda a gente quer neste infausto país terciario, querem mais dinheiro, não interessa de onde venha nem que a sua proveniência seja criminosa
Ocupem Wall Street !
Noutro ponto, na outra face da luta, aparece a verdadeira cara da Polícia como organização do Estado destinada à repressão dos 99% "dos que não têm nada a perder, excepto as grilhetas com que os pretendem prender". Não há grandes surpresas, Wall Street dita as regras, os governos tentam cumprir. Soube-se hoje, pela publicação do documento estritamente confidencial no Corriére della Sera que o governo de Berlusconi recebeu instruções secretas do Banco Central Europeu (uma carta de Jean-Claude Trichet a Mario Draghi do Banco Central de Itália), para que mande cumprir um programa politico: desregulamentar mais a economia, tornar o trabalho mais flexivel e multiplicar as privatizações. Que novidade!
Cada vez mais as pessoas sabem que as coisas se passam assim e, como os participantes do Movimento Ocupem Wall Street, tentam impedir o trabalho dos especuladores financeiros e seus serventuários politicos e empresariais. Foi o caso em New York da manifestação, e já não são assim tão poucos quanto isso, no último sábado 24, em que um desfile pacífico degenerou em violência por acção da Polícia. É esta a verdadeira face da polícia defensora da desordem neoliberal: encurralaram os manifestantes como se fossem animais (foto lateral direita) e transportaram-nos para centros de detenção. As pessoas sabem que as suas vidas estão a ser vendidas pelo capital financeiro, mas, na América, no coração do centro capitalista, não há polícias com salários em atraso, há competência no desempenho das funções para que foram arregimentados. Um dos graduados da Policia, num acto de cobardia inominável usou mesmo uma pen que expele gás pimenta contra um grupo de mulheres. Este é um acto criminal, o policia foi identificado por um blogger, trata-se do italo-americano Anthony Vincent Bologna (fotomontagem abaixo), e o perigoso cão-de-guarda será certamente alvo de processo judicial por agressão com a intenção deliberada de causar danos físicos com arma proibida
* Olhos que não veêm, corações que não sentem: "Os orgãos de informação norte-americanos silenciam o episódio à opinião Pública"
* Movimento de Ocupação de Wall Street: Seus objectivos, Processos e Significados Politicos: "Sob a actual forma do regime capitalista não existe forma de acumulação de capital fora da política"
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terça-feira, setembro 27, 2011
os governos não governam o mundo, quem o governa é a Goldman Sachs
Enquanto nos bastidores da politica europeia decorre paulatinamente a grande crise do Euro, a grande coqueluche do dia de ontem foi a entrevista à BBC de um jovem corrector independente de Bolsa que trabalha em Libras indexadas ao Dólar, Alessio Rastani, 34 anos, que sem pruridos disse a verdade:
“na nossa profissão todos nós sonhamos com uma grande Depressão por forma a podermos ganhar montes de dinheiro. Os grandes accionistas de empresas especulativas não querem saber do bem ou do mal que as suas acções possam provocar na sociedade; “trabalham” para fazer dinheiro, ponto final” – sendo uma actividade sem regulamentação o resultado é óbvio: George Soros, na qualidade de ideólogo da Goldman Sachs como uma das empresas bolsistas que ganhou hegemonia com a crise e é uma das 13 detentoras da Reserva Federal norte-americana, entrou para a lista Forbes dos 10 homens mais ricos do mundo. Entretanto, para não haver dúvidas que o nosso jovem corrector londrino possa ser um embuste (a hoax), Rastani foi igualmente entrevistado pela Forbes.
De tanta fartura de franqueza o pobre desconfia. O incrível depoimento de Alessio Rastani acerca do colapso do Euro aponta claramente para o facto do plano de ajuda, em “eurobonds” no valor de 2 a 3 Triliões ao Euro, que anda a ser congeminado (1) “não ir resultar”. O “Mercado” está fodido (toast) e nenhum investidor vai comprar uma merda dessas. “Sobre isso, aparentemente não há nada que os Governos possam fazer”…
O que as pessoas devem, recomenda Rastani, é pôr os seus bens a salvo e tentar fazer dinheiro com o crash dos mercados. Foi assim na grande depressão dos anos 30: a desolação e miséria da maioria determinou a concentração de riqueza numa dúzia e meia de grandes industriais e banqueiros que com o keynesianismo militar e a guerra adquiriram pujança global. Por fim Alessio Rastani dá um conselho subtil: o que as pessoas devem fazer é o mesmo que os grandes accionistas do “Mercado” já andam a fazer: é investir em títulos do Tesouro norte-americano – Este apelo a uma gigantesca campanha de atracção de capitais para salvar o Dólar traz água no bico: Como é que um rapazinho como Rastani, dono de uma pequena empresa de Canary Wharf, que nunca foi tampouco autorizado pela Autoridade dos Serviços Financeiros, aparece com direito à palavra na BBC permanece um mistério.
Como vem aqui sendo dito, no mínimo desde 2007, os Bancos Centrais têm uma agenda para provocar a Recessão (2), e vão usar as ondas de choque nas falências para consolidar o seu objectivo de implementar a tirania de um governo mundial único. Quando se apanharem com gigantescas transferências de capitais direccionadas para os “Fundos do Tesouro dos Estados Unidos”, estes desvalorizam o dólar em 50 ou 80 por cento, os credores ficam a arder, o défice desaparece e com ele a crise – o imperialismo reaparecerá pujante, com novas roupagens. Tanto assim é que o secretário de Estado do Tesouro, Timothy Gheitner (ele próprio um alumni da Goldman Sachs) se apressou a informar que “não haverá quaisquer hipóteses de fundos norte-americanos virem ajudar os bancos europeus”. A Time Magazine, órgão mediático judeu-sionista na causa do domínio financeiro mundial usa a capa para fazer coro na orquestração da campanha: “Porque é que a Alemanha não pode salvar o euro”. Voltando ao jargão de Rastani, “em menos de 12 meses as poupanças de milhões de pessoas ter-se-ão evaporado... e isso será apenas o princípio”. A mesma opinião, como compete a um títere, foi expressa pelo ministro Vítor Gaspar em Washington: “o pior ainda está para vir”
(1) Um juiz na Alemanha condicionou a ajuda do governo aos fundos soberanos europeus fazendo-a depender de um referendo à população alemã. È um acto que contém em si uma enorme dose de cinismo, depois de anos a fio de implementação de uma “união europeia” no interesse dos ricos sem qualquer consulta popular aos povos da Europa e da aprovação do infame “Tratado de Lisboa” de forma anti-democrática
(2) O nosso bem conhecido judeu Lloyd Blankfein, CEO da Goldman Sachs afirmou em Novembro de 2009 que "os Bancos andam a fazer o trabalho de Deus". Dir-se-ia mais o de Lucifer: "Desde o principio da crise os lucros da Banca aumentaram em 136%, enquanto o dinheiro de crédito concedido desceu 9% (fonte)
(3) Ler também a Cronologia da Crise do Euro (última paragem antes do colapso)
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“na nossa profissão todos nós sonhamos com uma grande Depressão por forma a podermos ganhar montes de dinheiro. Os grandes accionistas de empresas especulativas não querem saber do bem ou do mal que as suas acções possam provocar na sociedade; “trabalham” para fazer dinheiro, ponto final” – sendo uma actividade sem regulamentação o resultado é óbvio: George Soros, na qualidade de ideólogo da Goldman Sachs como uma das empresas bolsistas que ganhou hegemonia com a crise e é uma das 13 detentoras da Reserva Federal norte-americana, entrou para a lista Forbes dos 10 homens mais ricos do mundo. Entretanto, para não haver dúvidas que o nosso jovem corrector londrino possa ser um embuste (a hoax), Rastani foi igualmente entrevistado pela Forbes.
De tanta fartura de franqueza o pobre desconfia. O incrível depoimento de Alessio Rastani acerca do colapso do Euro aponta claramente para o facto do plano de ajuda, em “eurobonds” no valor de 2 a 3 Triliões ao Euro, que anda a ser congeminado (1) “não ir resultar”. O “Mercado” está fodido (toast) e nenhum investidor vai comprar uma merda dessas. “Sobre isso, aparentemente não há nada que os Governos possam fazer”…
O que as pessoas devem, recomenda Rastani, é pôr os seus bens a salvo e tentar fazer dinheiro com o crash dos mercados. Foi assim na grande depressão dos anos 30: a desolação e miséria da maioria determinou a concentração de riqueza numa dúzia e meia de grandes industriais e banqueiros que com o keynesianismo militar e a guerra adquiriram pujança global. Por fim Alessio Rastani dá um conselho subtil: o que as pessoas devem fazer é o mesmo que os grandes accionistas do “Mercado” já andam a fazer: é investir em títulos do Tesouro norte-americano – Este apelo a uma gigantesca campanha de atracção de capitais para salvar o Dólar traz água no bico: Como é que um rapazinho como Rastani, dono de uma pequena empresa de Canary Wharf, que nunca foi tampouco autorizado pela Autoridade dos Serviços Financeiros, aparece com direito à palavra na BBC permanece um mistério.
Como vem aqui sendo dito, no mínimo desde 2007, os Bancos Centrais têm uma agenda para provocar a Recessão (2), e vão usar as ondas de choque nas falências para consolidar o seu objectivo de implementar a tirania de um governo mundial único. Quando se apanharem com gigantescas transferências de capitais direccionadas para os “Fundos do Tesouro dos Estados Unidos”, estes desvalorizam o dólar em 50 ou 80 por cento, os credores ficam a arder, o défice desaparece e com ele a crise – o imperialismo reaparecerá pujante, com novas roupagens. Tanto assim é que o secretário de Estado do Tesouro, Timothy Gheitner (ele próprio um alumni da Goldman Sachs) se apressou a informar que “não haverá quaisquer hipóteses de fundos norte-americanos virem ajudar os bancos europeus”. A Time Magazine, órgão mediático judeu-sionista na causa do domínio financeiro mundial usa a capa para fazer coro na orquestração da campanha: “Porque é que a Alemanha não pode salvar o euro”. Voltando ao jargão de Rastani, “em menos de 12 meses as poupanças de milhões de pessoas ter-se-ão evaporado... e isso será apenas o princípio”. A mesma opinião, como compete a um títere, foi expressa pelo ministro Vítor Gaspar em Washington: “o pior ainda está para vir”
(1) Um juiz na Alemanha condicionou a ajuda do governo aos fundos soberanos europeus fazendo-a depender de um referendo à população alemã. È um acto que contém em si uma enorme dose de cinismo, depois de anos a fio de implementação de uma “união europeia” no interesse dos ricos sem qualquer consulta popular aos povos da Europa e da aprovação do infame “Tratado de Lisboa” de forma anti-democrática
(2) O nosso bem conhecido judeu Lloyd Blankfein, CEO da Goldman Sachs afirmou em Novembro de 2009 que "os Bancos andam a fazer o trabalho de Deus". Dir-se-ia mais o de Lucifer: "Desde o principio da crise os lucros da Banca aumentaram em 136%, enquanto o dinheiro de crédito concedido desceu 9% (fonte)
(3) Ler também a Cronologia da Crise do Euro (última paragem antes do colapso)
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segunda-feira, setembro 26, 2011
das razões para 1 só Estado, democrático, na Palestina (II)
“Têm abusado tanto da frase “anti-semita” que esta é recebida como uma medalha, porque indica que se está levantando o punho contra o terrorismo israelita” (James Petras)
O problema da partilha da Palestina foi um problema engendrado na Europa, não foi um problema provocado pelos habitantes locais, árabes, judeus, beduinos, que durante séculos sempre conviveram em harmonia, como é apanágio da doutrina do Islão (1).
A necessidade artificial do nascimento de um Estado “Nacional” judeu (uma etnia mais que duvidosa na sua impossível pureza genética, retrógrada no seu misticismo religioso, criminosa na sua politica racista), nasceu na Europa central, mais precisamente entre a assimilada comunidade prussiana (e depois alemã) durante o século XIX, cujos lideres mais não fizeram que seguir a onda dos nacionalismos europeus que conduziram à primeira grande guerra mundial. Com a vitória do Império Britânico, a derrota da Alemanha e o desmembramento do Império Otomano a oportunidade de apoio para a causa do "Lar Nacional Judaico" transferiu-se para Londres, que passou a ser a principal praça financeira mundial. A partir daí a casa dos banqueiros judeus Rothschilds financiou economicamente a causa e cozinhou a solução política com Lord Balfour. A “resolução” contida no plano de partilha da Palestina de 1917 é na verdade uma simples carta do ministro inglês Balfour ao Barão Rothschild garantindo-lhe o aval ao valor do investimento. (fonte)
Adolf Hitler, ou por simpatia porque também tinha raizes judaicas, ou por razões de estratégia do renascimento da Alemanha, foi um dos primeiros a apoiar a emigração de judeus para a Palestina através do Plano Haavara que fez das agências de viagens de Berlim um dos negócios mais fluorescentes na época. Hitler pensava certamente com essa politica causar problemas à hegemonia da rival Grã-Bretanha na Palestina, território sobre o qual esta mantinha um Mandato da Sociedade das Nações. Mandato que era repartido com a França sobre a Síria, ou seja, um arranjo de hegemonia europeu sobre o Médio Oriente feito em Genebra em benefício das potências vencedoras de 1918 que levava já na sua génese os interesses na indústria petrolifera. O que tinham os povos Árabes da Palestina, da Síria e das regiões limitrofes a ver com estas convulsões na Europa? Praticamente nada, limitaram-se a constatar que estavam a ser invadidos. Com a vitória Anglo-Americana na 2ª Grande Guerra a ocupação agravou-se. A causa Sionista venceu e o Estado de Israel foi fundado em 1948, dando inicio a uma longa história de décadas de guerras de expansão. É da memória desta história que saíu “o recado dado na ONU esta semana pela representação palestiniana à Grã-Bretanha: "vocês devem-nos um Estado independente e soberano”.
Uma história revisitada a partir do Islamismo persa onde inopinadamente se dá conta que o petit Portugal também foi colonizado (embora as elites nunca o mencionem)
O euro-deputado Miguel Portas eleito pelo Bloco “de Esquerda” (é só escolher: "direita" ou "esquerda"), declarou públicamente que o Estado de Israel tem todo o direito de existir”. Sabemos como Israel faz para não ter medo de existir: usa o holocausto (que transformou numa Indústria) como pretexto para extorquir dividendos financeiros, políticos e militares (é uma potência nuclear e Obama ajuda a causa), nomeadamente através do controlo da Reserva Federal norte americana e pela acção do lobie judaico instalado nos Estados Unidos que garante a fidelidade à causa Sionista de cada vez que é montado um simulacro de eleição para o lugar de presidente na Casa Branca. Se graças a deus (e ao irmão do ministro dos negócios estrangeiros português e outros alpinistas) Israel tem direito a existir nos presentes moldes, quem disser algo diferente passa por estar possuído pelo diabo.
Como é o caso da diabolização feita em torno da República Islãmica do Irão. Mas é daí, falhado que foi o golpe da “democratização” congeminado e financiado a partir do Ocidente, que vão ainda surgindo palavras com alguma lucidez. Recordando: “o designio da justiça e equidade (quist) no Livro (kitab), no seu conceito duplo legal e moral (adl), é colocar todas as coisas no seu lugar certo” (2):
“Várias delegações de países ocidentais, incluindo a de Portugal, deixaram esta quinta-feira a sala durante o discurso do presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, na Assembleia Geral da ONU. Numa intervenção marcada por referências anti-americanas e anti-ocidentais, Ahmadinejad apontou a presença de militares e de bases dos Estados Unidos em vários pontos do mundo e em países como a Alemanha, o Japão, a Coreia do Sul, a Itália, o Reino Unido e Portugal. "Qual é a justificação para a presença de centenas de bases militares e instalações de serviços de informações dos Estados Unidos em diferentes partes do mundo, incluindo 268 bases na Alemanha, 124 no Japão, 87 na Coreia do Sul, 83 na Itália, 45 nos Estados Unidos e 21 em Portugal ? Não quer isto dizer que não passa de uma ocupação militar ? Será que o armamento presente nestas bases não é uma ameaça à segurança de outras nações ?" (DN)
A última questão colocada no discurso de Mahmoud Ahmadinejad foi a de sugerir uma investigação independente sobre o que se teria passado realmente em 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos, acontecimento que foi o pretexto para a invasão de dois países e a ameaça latente de agressão sobre alguns outros, provocando carnificinas que não seriam imagináveis antes da lei internacional ter sido violada por um bando que criminosos que por via de um autêntico coup-d`Etat se alcandorou ao poder. Que escondem os governos dos EUA? o que escondem os seus cães de fila?
(1) No princípio a religião monoteísta dos cinco profetas legisladores era uma única, advogando uma perfeita união entre o Homem e a Natureza. Os conteúdos do Livro de Moisés, dos Evangelhos e do Zoroastrismo eram perfeitamente similares. Cada pessoa nascia marcada pelas suas crenças religiosas naturais. São os seus familiares e parentes e o ambiente onde se integram que fazem de cada um cristão, hinduísta, judeu ou budista. A partir do século VII, com formação escrita definitiva a partir dos califas Abássidas no século IX, o Islamismo veio corrigir práticas desviantes e as inúmeras falsificações sobre a finalidade do Homem como produção de Deus em perfeita harmonia com a Natureza. Na prática corrigiu além do mais o uso da Usura que é terminantemente proibida no Islão, enquanto é os juros especulativos e outros artifícios financeiros que alimentam o parasitismo social são uma prática comum entre os novos-Judeus e os Cristãos-velhos transviados - “O Islão é a religião que unifica o acto de veneração religioso e os actos sociais, o dogma e a lei, o espirito e a matéria, a economia e os valores essenciais, a vida e a morte, o Céu e a Terra” (al-Ghazali, "Da Alquimia da Felicidade")
(2) ibidem, al-Ghazali, sobre o al-Corão
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O problema da partilha da Palestina foi um problema engendrado na Europa, não foi um problema provocado pelos habitantes locais, árabes, judeus, beduinos, que durante séculos sempre conviveram em harmonia, como é apanágio da doutrina do Islão (1).
A necessidade artificial do nascimento de um Estado “Nacional” judeu (uma etnia mais que duvidosa na sua impossível pureza genética, retrógrada no seu misticismo religioso, criminosa na sua politica racista), nasceu na Europa central, mais precisamente entre a assimilada comunidade prussiana (e depois alemã) durante o século XIX, cujos lideres mais não fizeram que seguir a onda dos nacionalismos europeus que conduziram à primeira grande guerra mundial. Com a vitória do Império Britânico, a derrota da Alemanha e o desmembramento do Império Otomano a oportunidade de apoio para a causa do "Lar Nacional Judaico" transferiu-se para Londres, que passou a ser a principal praça financeira mundial. A partir daí a casa dos banqueiros judeus Rothschilds financiou economicamente a causa e cozinhou a solução política com Lord Balfour. A “resolução” contida no plano de partilha da Palestina de 1917 é na verdade uma simples carta do ministro inglês Balfour ao Barão Rothschild garantindo-lhe o aval ao valor do investimento. (fonte)
Adolf Hitler, ou por simpatia porque também tinha raizes judaicas, ou por razões de estratégia do renascimento da Alemanha, foi um dos primeiros a apoiar a emigração de judeus para a Palestina através do Plano Haavara que fez das agências de viagens de Berlim um dos negócios mais fluorescentes na época. Hitler pensava certamente com essa politica causar problemas à hegemonia da rival Grã-Bretanha na Palestina, território sobre o qual esta mantinha um Mandato da Sociedade das Nações. Mandato que era repartido com a França sobre a Síria, ou seja, um arranjo de hegemonia europeu sobre o Médio Oriente feito em Genebra em benefício das potências vencedoras de 1918 que levava já na sua génese os interesses na indústria petrolifera. O que tinham os povos Árabes da Palestina, da Síria e das regiões limitrofes a ver com estas convulsões na Europa? Praticamente nada, limitaram-se a constatar que estavam a ser invadidos. Com a vitória Anglo-Americana na 2ª Grande Guerra a ocupação agravou-se. A causa Sionista venceu e o Estado de Israel foi fundado em 1948, dando inicio a uma longa história de décadas de guerras de expansão. É da memória desta história que saíu “o recado dado na ONU esta semana pela representação palestiniana à Grã-Bretanha: "vocês devem-nos um Estado independente e soberano”.
Uma história revisitada a partir do Islamismo persa onde inopinadamente se dá conta que o petit Portugal também foi colonizado (embora as elites nunca o mencionem)
O euro-deputado Miguel Portas eleito pelo Bloco “de Esquerda” (é só escolher: "direita" ou "esquerda"), declarou públicamente que o Estado de Israel tem todo o direito de existir”. Sabemos como Israel faz para não ter medo de existir: usa o holocausto (que transformou numa Indústria) como pretexto para extorquir dividendos financeiros, políticos e militares (é uma potência nuclear e Obama ajuda a causa), nomeadamente através do controlo da Reserva Federal norte americana e pela acção do lobie judaico instalado nos Estados Unidos que garante a fidelidade à causa Sionista de cada vez que é montado um simulacro de eleição para o lugar de presidente na Casa Branca. Se graças a deus (e ao irmão do ministro dos negócios estrangeiros português e outros alpinistas) Israel tem direito a existir nos presentes moldes, quem disser algo diferente passa por estar possuído pelo diabo.
Como é o caso da diabolização feita em torno da República Islãmica do Irão. Mas é daí, falhado que foi o golpe da “democratização” congeminado e financiado a partir do Ocidente, que vão ainda surgindo palavras com alguma lucidez. Recordando: “o designio da justiça e equidade (quist) no Livro (kitab), no seu conceito duplo legal e moral (adl), é colocar todas as coisas no seu lugar certo” (2):
“Várias delegações de países ocidentais, incluindo a de Portugal, deixaram esta quinta-feira a sala durante o discurso do presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, na Assembleia Geral da ONU. Numa intervenção marcada por referências anti-americanas e anti-ocidentais, Ahmadinejad apontou a presença de militares e de bases dos Estados Unidos em vários pontos do mundo e em países como a Alemanha, o Japão, a Coreia do Sul, a Itália, o Reino Unido e Portugal. "Qual é a justificação para a presença de centenas de bases militares e instalações de serviços de informações dos Estados Unidos em diferentes partes do mundo, incluindo 268 bases na Alemanha, 124 no Japão, 87 na Coreia do Sul, 83 na Itália, 45 nos Estados Unidos e 21 em Portugal ? Não quer isto dizer que não passa de uma ocupação militar ? Será que o armamento presente nestas bases não é uma ameaça à segurança de outras nações ?" (DN)
A última questão colocada no discurso de Mahmoud Ahmadinejad foi a de sugerir uma investigação independente sobre o que se teria passado realmente em 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos, acontecimento que foi o pretexto para a invasão de dois países e a ameaça latente de agressão sobre alguns outros, provocando carnificinas que não seriam imagináveis antes da lei internacional ter sido violada por um bando que criminosos que por via de um autêntico coup-d`Etat se alcandorou ao poder. Que escondem os governos dos EUA? o que escondem os seus cães de fila?
(1) No princípio a religião monoteísta dos cinco profetas legisladores era uma única, advogando uma perfeita união entre o Homem e a Natureza. Os conteúdos do Livro de Moisés, dos Evangelhos e do Zoroastrismo eram perfeitamente similares. Cada pessoa nascia marcada pelas suas crenças religiosas naturais. São os seus familiares e parentes e o ambiente onde se integram que fazem de cada um cristão, hinduísta, judeu ou budista. A partir do século VII, com formação escrita definitiva a partir dos califas Abássidas no século IX, o Islamismo veio corrigir práticas desviantes e as inúmeras falsificações sobre a finalidade do Homem como produção de Deus em perfeita harmonia com a Natureza. Na prática corrigiu além do mais o uso da Usura que é terminantemente proibida no Islão, enquanto é os juros especulativos e outros artifícios financeiros que alimentam o parasitismo social são uma prática comum entre os novos-Judeus e os Cristãos-velhos transviados - “O Islão é a religião que unifica o acto de veneração religioso e os actos sociais, o dogma e a lei, o espirito e a matéria, a economia e os valores essenciais, a vida e a morte, o Céu e a Terra” (al-Ghazali, "Da Alquimia da Felicidade")
(2) ibidem, al-Ghazali, sobre o al-Corão
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sábado, setembro 24, 2011
Palestina
Todos falam na solução de “dois Estados” nas fronteiras de 1967 para a resolução do problema da Palestina. Mas a “resolução” a cumprir, em devido tempo, tinha sido a aprovada na ONU que previa o plano de partilha entre dois povos, judeus e palestinianos, e entre dois Estados, quando foi reconhecida a independência de Israel por troca com o reconhecimento da linha verde em 1947. Desde esse momento inicial da fundação de Israel pela força das armas, cerca de 800 mil árabes vítimas de expulsão das suas aldeias alojados precariamente em tendas e em grutas vaguearam pelo deserto descrevendo círculos, impedidos de retornar à sua terra, aquela que era a sua terra prometida onde eles e os seus avós tinham nascido. Acabaram por se fixar precariamente em “campos de refugiados” nos paises vizinhos onde ainda hoje permanecem. Sessenta e quatro anos depois o problema agravou-se demograficamente: existem hoje 6 milhões de refugiados palestinianos nos paises limitrofes a viver em campos de concentração no Líbano, Jordânia, Síria e Egipto. No dia 11 de Dezembro de 1948 a Assembleia Geral da ONU votou outra resolução sobre o “direito ao regresso” desses refugiados palestinianos, ao mesmo tempo que o Governo Israelita publicava a Lei de Emergência relativa à expropriação da “propriedade dos ausentes”, em benefício dos novos colonos judeus. A política de expansão dos colonatos nunca mais parou, de tal forma que Israel, apesar de ter assento na ONU, é hoje o único Estado no mundo que não tem fronteiras definidas.
Com a conquista dos novos territórios e a consolidação de Israel na Palestina após o cessar-fogo na Guerra dos Seis Dias em 1967, a situação no terreno pode resumir-se assim: qualquer pessoa que invoque a sua ascendência de origem judaica em qualquer parte do mundo pode solicitar em qualquer embaixada de Israel o reconhecimento da cidadania e é-lhe passado de imediato um livre trânsito para imigrar para a sua “pátria israelita” onde lhe são entregues 20 mil euros para “despesas de instalação” no seu novo início de vida,, para além da concessão de créditos bonificados. É deste modo que se processa a contínua construção de colonatos nos territórios ocupados do que haveria de ser o “Estado da Palestina”. Por outro lado, os milhões de refugiados palestinianos que foram escorraçados para sobreviver nos paises vizinhos estão impedidos de invocar qualquer direito de regresso.
É esta a política que Barack Obama apoia – e pela qual os judeus pró-sionistas usufrutuários dos Colonatos se manifestam regularmente contra a eventualidade do reconhecimento da Palestina como Estado soberano. Os jornais corporativos dizem muito pouco sobre isto, menos ainda que o que Obama (que antes disse "As Nações Unidas não são o sítio certo para um novo Estado nascer") de facto foi fazer à reunião com o 1º ministro israelita Benjamin Netanyahu foi ouvir da boca deste um elogio pelo seu desempenho no apoio à causa Sionista e ao respectivo veto norte-americano contra uma Palestina Livre. Uma vergonha:
Na véspera da apresentação da moção na ONU para o reconhecimento do agora inviabilizado “Estado da Palestina” devido a décadas de usurpação dos territórios pelo “Estado de Israel”, na grande manifestação realizada em Nablus, os palestinianos contaram com a presença de 30 activistas do grupo judeu anti-Sionista Neturei Karta. No seu discurso este movimento reafirmou o seu desejo de ver a Palestina ocupar o seu lugar na ONU, como a 193ª Nação, como parte integrante numa solução de UM único Estado que substituirá Israel e a sua politica de apartheid social e onde todos, judeus e árabes, teriam iguais direitos, como aliás é inerente a qualquer sistema democrático.
No dia seguinte, perto de Nablus, um grupo de cerca de 100 colonos israelitas armados atacaram a aldeia palestiniana de Assira al Qibliya. Nos confrontos que se geraram ficaram feridas muitas pessoas, entre elas um jornalista palestiniano e 1 criança de catorze anos. Obviamente, um dos cães de guarda dos atacantes quando estes se viram em maus lençóis chamou a “autoridade”, que depressa chegou e invadiu a aldeia disparando contra os residentes e lançando-lhes granadas de gás mostarda a fim de “dispersar os perigosos resistentes que faziam frente aos colonos invasores:
Com a conquista dos novos territórios e a consolidação de Israel na Palestina após o cessar-fogo na Guerra dos Seis Dias em 1967, a situação no terreno pode resumir-se assim: qualquer pessoa que invoque a sua ascendência de origem judaica em qualquer parte do mundo pode solicitar em qualquer embaixada de Israel o reconhecimento da cidadania e é-lhe passado de imediato um livre trânsito para imigrar para a sua “pátria israelita” onde lhe são entregues 20 mil euros para “despesas de instalação” no seu novo início de vida,, para além da concessão de créditos bonificados. É deste modo que se processa a contínua construção de colonatos nos territórios ocupados do que haveria de ser o “Estado da Palestina”. Por outro lado, os milhões de refugiados palestinianos que foram escorraçados para sobreviver nos paises vizinhos estão impedidos de invocar qualquer direito de regresso.
É esta a política que Barack Obama apoia – e pela qual os judeus pró-sionistas usufrutuários dos Colonatos se manifestam regularmente contra a eventualidade do reconhecimento da Palestina como Estado soberano. Os jornais corporativos dizem muito pouco sobre isto, menos ainda que o que Obama (que antes disse "As Nações Unidas não são o sítio certo para um novo Estado nascer") de facto foi fazer à reunião com o 1º ministro israelita Benjamin Netanyahu foi ouvir da boca deste um elogio pelo seu desempenho no apoio à causa Sionista e ao respectivo veto norte-americano contra uma Palestina Livre. Uma vergonha:
Na véspera da apresentação da moção na ONU para o reconhecimento do agora inviabilizado “Estado da Palestina” devido a décadas de usurpação dos territórios pelo “Estado de Israel”, na grande manifestação realizada em Nablus, os palestinianos contaram com a presença de 30 activistas do grupo judeu anti-Sionista Neturei Karta. No seu discurso este movimento reafirmou o seu desejo de ver a Palestina ocupar o seu lugar na ONU, como a 193ª Nação, como parte integrante numa solução de UM único Estado que substituirá Israel e a sua politica de apartheid social e onde todos, judeus e árabes, teriam iguais direitos, como aliás é inerente a qualquer sistema democrático.
No dia seguinte, perto de Nablus, um grupo de cerca de 100 colonos israelitas armados atacaram a aldeia palestiniana de Assira al Qibliya. Nos confrontos que se geraram ficaram feridas muitas pessoas, entre elas um jornalista palestiniano e 1 criança de catorze anos. Obviamente, um dos cães de guarda dos atacantes quando estes se viram em maus lençóis chamou a “autoridade”, que depressa chegou e invadiu a aldeia disparando contra os residentes e lançando-lhes granadas de gás mostarda a fim de “dispersar os perigosos resistentes que faziam frente aos colonos invasores:
sexta-feira, setembro 23, 2011
Justiça da tanga
"Este é um país de gente rica: cada português tem um banco e uma ilha. Todos os contribuintes são proprietários do BPN e da Madeira" (R.A.Pereira)
adenda:
Na entrevista de hoje à Antena1 o vice- presidente da Assembleia da República Guilherme Silva desvalorizou o escândalo da Madeira, "decerto condenável", disse, "apenas porque não foi reportado", cujo "valor de Mil Milhões (!) de euros" porém é equiparável às dividas de algumas empresas públicas como as Estradas de Portugal que anda pelos 900 milhões... Nos telejornais do dia anterior Alberto João Jardim afirmou que a dívida da Madeira é de "um pouco mais de 5 Mil Milhões"! 1 milhão?? ou cinco milhões? que espécie de gente trafulha é esta que o ZéPovinho admite manter como "nossos representantes"?
(o número certo da dívida da república das bananas madeirense era (há 3 meses atrás) de 5,8 mil milhões, e sim, existe aqui um crime punivel pela lei vigente)
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adenda:
Na entrevista de hoje à Antena1 o vice- presidente da Assembleia da República Guilherme Silva desvalorizou o escândalo da Madeira, "decerto condenável", disse, "apenas porque não foi reportado", cujo "valor de Mil Milhões (!) de euros" porém é equiparável às dividas de algumas empresas públicas como as Estradas de Portugal que anda pelos 900 milhões... Nos telejornais do dia anterior Alberto João Jardim afirmou que a dívida da Madeira é de "um pouco mais de 5 Mil Milhões"! 1 milhão?? ou cinco milhões? que espécie de gente trafulha é esta que o ZéPovinho admite manter como "nossos representantes"?
(o número certo da dívida da república das bananas madeirense era (há 3 meses atrás) de 5,8 mil milhões, e sim, existe aqui um crime punivel pela lei vigente)
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quinta-feira, setembro 22, 2011
Ghassan Abbas embaixador da Síria em Caracas explica a situação no seu país
Por detrás das acções violentas estão os Estados Unidos. Os grupos armados infiltrados de fora que traficam armas para mercenários recrutados na oposição são os responsáveis pelos assassinatos na Síria, não é o Governo legitimamente aceite pela população... são esses grupos que disparam sobre o povo (...) os Estados Unidos têm um plano para o Médio Oriente destinado a dividir os paises Árabes nossos vizinhos (...) na nossa região a Síria e o Irão são os únicos povos que não aceitaram ter bases militares norte-americanas nos seus territórios (...) Como estamos atravessados na estrada do petróleo, querem-nos obrigar a responder aos interesses estrangeiros e a reconhecer o Estado de Israel (...) o cinismo dos meios de comunicação ocidentais chegaram ao ponto de noticiar o ataque e fogo posto à sede do partido do Governo duas horas desta começar a arder (...) há muitas mentiras e falsos combates que são relatados sem a menor correlação com a realidade... estas são acções de puro banditismo que pretendem preparar o caminho para uma intervenção militar (...) todos os crimes cometidos serão julgados... (fonte)
Entrevista a Ghassan Abbas, 51min:51seg, em idioma castelhano
Michel Chossudovsky: Síria é o bode expiatório para uma intervenção militar e o inicio da 3ª grande guerra
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Entrevista a Ghassan Abbas, 51min:51seg, em idioma castelhano
Michel Chossudovsky: Síria é o bode expiatório para uma intervenção militar e o inicio da 3ª grande guerra
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quarta-feira, setembro 21, 2011
O outro 11 de Setembro: a actuação da CIA na liquidação da democracia no Chile
Num texto reaccionário publicado pela Editora Nacional Gabriela Mistral (1) podia ler-se:
“em 1970 o Chile estava infiltrado pela estratégia dos Estado totalitários (…) A economia do país era, em grande percentagem, propriedade estatal e o resto estava sujeito a fortes controlos e ingerências do Estado, o que aplanava o caminho ao comunismo”
O uso da mentira como parte integrante da ideologia neoconservadora, desde fascistas a neoliberais “de esquerda”, é recorrente.
O jornalismo corporativo conta muito pouco desta história
O Governo de Unidade Popular que integrava três forças politicas (uma delas o da Democracia Cristã travestida de esquerda) todas elas reformistas, numa “união” presidido por Salvador Allende tomou posse no dia 4 de Setembro de 1970. Não era um governo revolucionário, nem o tecido económico com os mais importantes sectores das riqueza do país nas mãos de empresas estrangeiras tencionava expropriá-las a preços que “não fossem apropriados”. A indústria do Cobre representava 77% das receitas nacionais e estava, salvo pequenas franjas de pequenos accionistas, na posse de monopólios norte americanos (como a Anaconda ou a Kennecott). A dívida externa do Chile, somados os juros, atingia nesse ano de 1970 a astronómica quantia para a época de 4 mil milhões de dólares (2). O aparelho politico-Militar era hierarquizado por quadros superiores formado na tristemente famosa “Escuela para las Américas” de Fort Bragg. Neste contexto a defesa da Constituição liberal estava entregue às Forças Armadas, que “se abstinham” de intervir na politica, cumprindo a velada doutrina Schneider, que defendia os interesses privados dos investidores estrangeiros, isto é, a mesma política de Defesa dos interesses públicos do governo dos Estados Unidos.
A nacionalização da Grande Indústria Mineira do Cobre era uma reinvindicação histórica absoluta. Em Janeiro de 1971 o texto da Reforma Constitucional que previa a necessidade e urgência de uma completa nacionalização das companhias norte-americanas foi votado no Congresso da República do Chile e ratificada por unanimidade por todos os partidos chilenos, incluindo os de direita. Os montantes estabelecidos para as indemnizações foram calculados por forma a pagar-se preços muito superiores ao valor corrente dos activos aos grandes accionistas e aos bancos estrangeiros (e preços miseráveis aos pequenos accionistas locais). Ainda assim, quando a 21 de Dezembro o Governo pôs em cima da mesa a intenção de subtrair a esses valores os créditos obtidos e usados de forma fraudulenta por essas empresas, os Estados Unidos puseram em acção o arsenal legal do seu sistema jurídico interno para proteger os investimentos privados no estrangeiro e acusaram o Chile de pretender cometer “um acto ilícito”. Escaldados com o que se tinha passado em Cuba, tudo isto tinha sido previsto...
Se o presidente democraticamente eleito Salvador Allende tomou posse a 4 de Setembro de 1970, os documentos com as declarações do briefing de Henry Kissinger à Comissão do Senado em Chicago transmitindo ao embaixador em Santiago do Chile Edward Korry “luz verde para agir com medidas anti-governo socialista em nome do presidente Nixon” tem a data de semana e meia depois: 15 de Setembro de 1970. Os efeitos do boicote económico foram imediatos e brutais. Em Outubro houve ofertas de fundos financeiros de 10 milhões de dólares (3) às forças de extrema direita através do chamado “complot da ITT” (4), soma que atingiria no final do investimento para a desestabilização do Chile os 800 milhões. Começaram os actos terroristas; o general René Schneider foi assassinado para provocar a reacção dos partidos radicais de esquerda e servir de pretexto para uma futura intervenção militar. Os bancos norte-americanos reduziram o acesso do Chile ao crédito num total de 220 milhões em Novembro e mantiveram essa essa politica “de austeridade” até 1972. Em Julho de 1971 o Eximbank denunciou um contrato para o fornecimento de aviões, o BID e o Banco Mundial, sob proposta do Departamento de Estados EUA boicotaram todos os créditos às importações. O Broden Corp. em Janeiro de 1972 fez bloquear todas as principais agências chilenas relacionadas com a indústria do Cobre chileno no estrangeiro, congelando fundos em dinheiro nos Estados Unidos e em vários países europeus.
"Estamos no meio de um Vietname invisivel e silencioso" (Allende)
Em 1973, como resultado do programa de boicote económico, as reservas do Banco Central do Chile tinham baixado de 450 milhões para 3,5 milhões de dólares. O défice fiscal chegou aos 50% do PIB. A dívida externa começou a aumentar à razão de 1 milhão de dólares por dia. A inflação atingiu os 740%. Privada das exportações o total da economia do país decresceu 35%. Em visita ao Chile, no seu discurso de despedida Fidel Castro deixou uma advertência para a fraca mobilização popular para combater o plano de ingerência imperialista. Ainda assim, a 14 de Julho de 1973 o Comité Económico de Ministros do Chile informava terem sido nacionalizadas e ocupadas por organizações populares e de trabalhadores um total de 34.000 empresas e serviços. Enganados pelas promessas reformistas do governo "socialista" a batalha pela abstracta "emancipação dos trabalhadores" estava porém perdida. Porque aquilo que interessava de facto exclusivamente aos interesses imperialistas, coadjuvados pelos interesses da burguesia local era apenas destruir para preservar a exploração desenfreada das riquezas do Chile. Como se viu e continua a ver-se. E são este tipo de monstros que qualquer governo reformista será sempre incapaz de decapitar.
A 11 de Setembro de 1973 a Força Aérea bombardeou o palácio presidencial e as Forças Armadas colocaram o general Augusto Pinochet no poder onde permaneceu até 1990 fazendo da República do Chile cobaia para primeira experiência prática do Neoliberalismo da Escola Económica de Chicago. Estima-se que apenas na primeira semana do putsch militar foram assassinadas mais de mil pessoas; prosseguindo depois a purga que, quatro meses depois, já tinha levado a cabo cerca de 20.000 assassinatos entre civis e militares afectos à democracia (5)
“E foi assim que eles fecharam o país ao mundo por uma semana, enquanto os tanques rolavam, os soldados arrombavam portas, o som das execuções estrelejavam dos estádios e os corpos se empilhavam ao longo das ruas e flutuavam nos rios, os centros de tortura iniciaram as suas actividades, os livros considerados subversivos eram atirados a fogueiras, e os soldados rasgavam as calças das mulheres aos gritos de "no Chile as mulheres usam saias"…(6)
Em 1976 o secretário de Estado Henry Kissinger num discurso sobre direitos humanos na OEA fazia o elogio ao General Pinochet igualmente presente: “Vossa Excelência está a ser vítima de todos os grupos de esquerda do mundo e o seu maior pecado não foi outro senão derrubar um governo que se converteu ao comunismo”
(1) Resgatado no espólio pessoal dos donos da Livraria Barata com o sugestivo título "Técnica Soviética para a Conquista do Poder Total", Braga Editora, 1975
(2) Dívida contraída de forma odiosa de 2975 milhões a que se somavam os juros especulativos acumulados de 1.025 milhões de dólares
(3) Kissinger disse na reunião que "o Presidente Nixon decidiu que um regime Allende no Chile não é tolerável para os Estados Unidos. O Presidente pediu à agência [CIA] que previna a chegada de Allende ao poder ou o derrube. O Presidente autorizou dez milhões de dólares para essa finalidade, se necessário.(...) - ver fac-simile do documento
(4) ref. ao livro de Anthony Sampson “The Sovereign State of ITT”. Ver também "“Destabilizing Chile: The United States and the Overthrow of Allende” de Stephen M. Streeter e ainda “From CIA to University of Califórnia”
(5) As i nvestigações para apuramento das verdadeiras responsabilidades dos crimes prosseguem na actualidade (fonte)
(6) William Blum, "Killing Hope", p. 215
“em 1970 o Chile estava infiltrado pela estratégia dos Estado totalitários (…) A economia do país era, em grande percentagem, propriedade estatal e o resto estava sujeito a fortes controlos e ingerências do Estado, o que aplanava o caminho ao comunismo”
O uso da mentira como parte integrante da ideologia neoconservadora, desde fascistas a neoliberais “de esquerda”, é recorrente.
O jornalismo corporativo conta muito pouco desta história
O Governo de Unidade Popular que integrava três forças politicas (uma delas o da Democracia Cristã travestida de esquerda) todas elas reformistas, numa “união” presidido por Salvador Allende tomou posse no dia 4 de Setembro de 1970. Não era um governo revolucionário, nem o tecido económico com os mais importantes sectores das riqueza do país nas mãos de empresas estrangeiras tencionava expropriá-las a preços que “não fossem apropriados”. A indústria do Cobre representava 77% das receitas nacionais e estava, salvo pequenas franjas de pequenos accionistas, na posse de monopólios norte americanos (como a Anaconda ou a Kennecott). A dívida externa do Chile, somados os juros, atingia nesse ano de 1970 a astronómica quantia para a época de 4 mil milhões de dólares (2). O aparelho politico-Militar era hierarquizado por quadros superiores formado na tristemente famosa “Escuela para las Américas” de Fort Bragg. Neste contexto a defesa da Constituição liberal estava entregue às Forças Armadas, que “se abstinham” de intervir na politica, cumprindo a velada doutrina Schneider, que defendia os interesses privados dos investidores estrangeiros, isto é, a mesma política de Defesa dos interesses públicos do governo dos Estados Unidos.
A nacionalização da Grande Indústria Mineira do Cobre era uma reinvindicação histórica absoluta. Em Janeiro de 1971 o texto da Reforma Constitucional que previa a necessidade e urgência de uma completa nacionalização das companhias norte-americanas foi votado no Congresso da República do Chile e ratificada por unanimidade por todos os partidos chilenos, incluindo os de direita. Os montantes estabelecidos para as indemnizações foram calculados por forma a pagar-se preços muito superiores ao valor corrente dos activos aos grandes accionistas e aos bancos estrangeiros (e preços miseráveis aos pequenos accionistas locais). Ainda assim, quando a 21 de Dezembro o Governo pôs em cima da mesa a intenção de subtrair a esses valores os créditos obtidos e usados de forma fraudulenta por essas empresas, os Estados Unidos puseram em acção o arsenal legal do seu sistema jurídico interno para proteger os investimentos privados no estrangeiro e acusaram o Chile de pretender cometer “um acto ilícito”. Escaldados com o que se tinha passado em Cuba, tudo isto tinha sido previsto...
Se o presidente democraticamente eleito Salvador Allende tomou posse a 4 de Setembro de 1970, os documentos com as declarações do briefing de Henry Kissinger à Comissão do Senado em Chicago transmitindo ao embaixador em Santiago do Chile Edward Korry “luz verde para agir com medidas anti-governo socialista em nome do presidente Nixon” tem a data de semana e meia depois: 15 de Setembro de 1970. Os efeitos do boicote económico foram imediatos e brutais. Em Outubro houve ofertas de fundos financeiros de 10 milhões de dólares (3) às forças de extrema direita através do chamado “complot da ITT” (4), soma que atingiria no final do investimento para a desestabilização do Chile os 800 milhões. Começaram os actos terroristas; o general René Schneider foi assassinado para provocar a reacção dos partidos radicais de esquerda e servir de pretexto para uma futura intervenção militar. Os bancos norte-americanos reduziram o acesso do Chile ao crédito num total de 220 milhões em Novembro e mantiveram essa essa politica “de austeridade” até 1972. Em Julho de 1971 o Eximbank denunciou um contrato para o fornecimento de aviões, o BID e o Banco Mundial, sob proposta do Departamento de Estados EUA boicotaram todos os créditos às importações. O Broden Corp. em Janeiro de 1972 fez bloquear todas as principais agências chilenas relacionadas com a indústria do Cobre chileno no estrangeiro, congelando fundos em dinheiro nos Estados Unidos e em vários países europeus.
"Estamos no meio de um Vietname invisivel e silencioso" (Allende)
Em 1973, como resultado do programa de boicote económico, as reservas do Banco Central do Chile tinham baixado de 450 milhões para 3,5 milhões de dólares. O défice fiscal chegou aos 50% do PIB. A dívida externa começou a aumentar à razão de 1 milhão de dólares por dia. A inflação atingiu os 740%. Privada das exportações o total da economia do país decresceu 35%. Em visita ao Chile, no seu discurso de despedida Fidel Castro deixou uma advertência para a fraca mobilização popular para combater o plano de ingerência imperialista. Ainda assim, a 14 de Julho de 1973 o Comité Económico de Ministros do Chile informava terem sido nacionalizadas e ocupadas por organizações populares e de trabalhadores um total de 34.000 empresas e serviços. Enganados pelas promessas reformistas do governo "socialista" a batalha pela abstracta "emancipação dos trabalhadores" estava porém perdida. Porque aquilo que interessava de facto exclusivamente aos interesses imperialistas, coadjuvados pelos interesses da burguesia local era apenas destruir para preservar a exploração desenfreada das riquezas do Chile. Como se viu e continua a ver-se. E são este tipo de monstros que qualquer governo reformista será sempre incapaz de decapitar.
A 11 de Setembro de 1973 a Força Aérea bombardeou o palácio presidencial e as Forças Armadas colocaram o general Augusto Pinochet no poder onde permaneceu até 1990 fazendo da República do Chile cobaia para primeira experiência prática do Neoliberalismo da Escola Económica de Chicago. Estima-se que apenas na primeira semana do putsch militar foram assassinadas mais de mil pessoas; prosseguindo depois a purga que, quatro meses depois, já tinha levado a cabo cerca de 20.000 assassinatos entre civis e militares afectos à democracia (5)
“E foi assim que eles fecharam o país ao mundo por uma semana, enquanto os tanques rolavam, os soldados arrombavam portas, o som das execuções estrelejavam dos estádios e os corpos se empilhavam ao longo das ruas e flutuavam nos rios, os centros de tortura iniciaram as suas actividades, os livros considerados subversivos eram atirados a fogueiras, e os soldados rasgavam as calças das mulheres aos gritos de "no Chile as mulheres usam saias"…(6)
Em 1976 o secretário de Estado Henry Kissinger num discurso sobre direitos humanos na OEA fazia o elogio ao General Pinochet igualmente presente: “Vossa Excelência está a ser vítima de todos os grupos de esquerda do mundo e o seu maior pecado não foi outro senão derrubar um governo que se converteu ao comunismo”
(1) Resgatado no espólio pessoal dos donos da Livraria Barata com o sugestivo título "Técnica Soviética para a Conquista do Poder Total", Braga Editora, 1975
(2) Dívida contraída de forma odiosa de 2975 milhões a que se somavam os juros especulativos acumulados de 1.025 milhões de dólares
(3) Kissinger disse na reunião que "o Presidente Nixon decidiu que um regime Allende no Chile não é tolerável para os Estados Unidos. O Presidente pediu à agência [CIA] que previna a chegada de Allende ao poder ou o derrube. O Presidente autorizou dez milhões de dólares para essa finalidade, se necessário.(...) - ver fac-simile do documento
(4) ref. ao livro de Anthony Sampson “The Sovereign State of ITT”. Ver também "“Destabilizing Chile: The United States and the Overthrow of Allende” de Stephen M. Streeter e ainda “From CIA to University of Califórnia”
(5) As i nvestigações para apuramento das verdadeiras responsabilidades dos crimes prosseguem na actualidade (fonte)
(6) William Blum, "Killing Hope", p. 215
“Vayan a sus casas, besen a sus mujeres porque Chile sigue siendo una democracia" (Allende, em dircurso às massas que exigiam medidas radicais após o fracassado golpe militar de 29 de Junho)
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terça-feira, setembro 20, 2011
de onde aparecem os Vice-presidentes dos Estados Unidos?
Na verdade ninguém sabe. Não são eleitos, são nomeados por instâncias superiores aos dois partidos do arco do Poder que controlam ambos os lados nas (supostas) contendas eleitorais. Kennedy desconfiava do seu Vice Lyndon Johnson (e com razão como se veria); Reagan era um actor de segunda categoria armado em palhaço de uma teoria económica sem pés nem cabeça, quando de facto quem contava era o seu Vice George Herbert Bush, o teólogo que tomou a seu cargo a globalização da CIA; Nas eleições de 2000 o Vice-presidente proposto para a equipa de Al Gore, caso este viesse a derrotar George W.Bush, era o decano dos senadores judeu-Sionistas Joe Lieberman (alcunhado de Joe-Lieberbush por ser unha-com-carne com a família Bush), que garantiria a hegemonia desta corrente politica na Casa Branca; Joe Biden, o Vice de Obama votou nas primeiras “eleições” no Iraque invocando a sua qualidade de descendente de judeus iraquianos. Biden foi nomeado pelo CFR, aliás como todos os outros Vice-presidentes desde o mandato de Thomas Woodrow Wilson (1913-1921) – ou seja, a partir da criação nos moldes actuais da Reserva Federal em 1914, e da imposição dos 14 pontos para a paz na Europa no final da primeira guerra mundial que sujeitaram a Alemanha a assinar o ruinoso Tratado de Versalhes em 1919.
Os Novos Cavaleiros da Távola Redonda
No pós primeira grande guerra, resultante da reunião secreta no Hotel Majestic, o “Real Instituto dos Negócios Internacionais” (The Royal Institute of International Affairs) como instrumento de domínio das novas possessões coloniais britânicas foi fundado em Londres em 1920, a que se seguiu em 1921 o Conselho para as Relações Exteriores CFR (“Council on Foreign Relations”) para centralizar a tomada de decisões ocultas na América do Norte. Com a vitória dos “aliados” no pós segunda grande guerra chegariam as Instituições que iriam formalizar os desígnios de domínio imperialista sobre a Europa: com o inicio de actividade do Bilderberg Group em 1954, e do Clube de Roma como embrião da CEE em 1968; a Comissão Trilateral (Trilateral Commission) em 1973 concluiria o organigrama da centralização do domínio de uma nova oligarquia mundial que controla a Economia global e determina e delega o exercício das funções Políticas em cada região do planeta. A face pública visível onde não se consegue saber nada sobre as actividades secretas destas instituições é a da Organização das Nações Unidos (ONU), um instrumento mediático ao serviço dos interesses da oligarquia que habita a rede cujo centro são os Estados Unidos
Os Novos Cavaleiros da Távola Redonda
No pós primeira grande guerra, resultante da reunião secreta no Hotel Majestic, o “Real Instituto dos Negócios Internacionais” (The Royal Institute of International Affairs) como instrumento de domínio das novas possessões coloniais britânicas foi fundado em Londres em 1920, a que se seguiu em 1921 o Conselho para as Relações Exteriores CFR (“Council on Foreign Relations”) para centralizar a tomada de decisões ocultas na América do Norte. Com a vitória dos “aliados” no pós segunda grande guerra chegariam as Instituições que iriam formalizar os desígnios de domínio imperialista sobre a Europa: com o inicio de actividade do Bilderberg Group em 1954, e do Clube de Roma como embrião da CEE em 1968; a Comissão Trilateral (Trilateral Commission) em 1973 concluiria o organigrama da centralização do domínio de uma nova oligarquia mundial que controla a Economia global e determina e delega o exercício das funções Políticas em cada região do planeta. A face pública visível onde não se consegue saber nada sobre as actividades secretas destas instituições é a da Organização das Nações Unidos (ONU), um instrumento mediático ao serviço dos interesses da oligarquia que habita a rede cujo centro são os Estados Unidos
segunda-feira, setembro 19, 2011
intervenção divina, precisa-se
a Democracia Cristã é um fóssil parapolitico que em Portugal sobrevive milagrosamente (que outra explicação racional?) pela bem visivel mão do actual ministro dos negócios estrangeiros e viria a ser praticamente extinta na Europa por via da "operação Mãos Limpas" - que ironia - se a Paulo Portas, por via do estado de ignorância geral e pelo alto patrocinio de sua excelência o actual presidente do república, lhe saíu de novo a sorte grande...
...bem que poderia reconsiderar e, em tempos dificeis, mandar devolver ao erário público o mais de 1 Milhão de euros que a Escom Espirito Santo Comerce UK depositou em 2004 na conta bancária do CDS, o partido de que ainda é presidente. Esse dinheiro é suspeito de ser parte das famosas contrapartidas no negócio dos submarinos que foram formalmente encomendados em 2005 pelo governo de Durão Barroso/Paulo Portas quando este se encontrava já em periodo de mera gestão... (Visão, 7 de Julho 2011)
À atenção do ex-ministro dos Negócios militares internos
Outro padre, capelão-mor das Forças Armadas, vem a terreiro avisar que as encomendas e respectivas comissões em material de guerra (como este no valor de 364 milhões feito pelo mesmo governo Portas-Barroso) para as forças armadas NATO não se poderiam sobrelevar à falta de dinheiro para pagar de forma eficiente a 60 mil soldados, oficias e generais que hoje em dia fazem carreira como profissionais. O 25 de Abril que virou "do povo" foi o resultado de uma peixeirada reinvindicativa de quadros milicianos incorporados por conveniência num regime fascista alheio aos interesses do povo e não se deve repetir, senão nas interligações de cérebros passados a ferro por utopias zé-dos-bois, mas... os interesses alheios aos da maioria do povo 37 anos depois continuam a persistir...
...bem que poderia reconsiderar e, em tempos dificeis, mandar devolver ao erário público o mais de 1 Milhão de euros que a Escom Espirito Santo Comerce UK depositou em 2004 na conta bancária do CDS, o partido de que ainda é presidente. Esse dinheiro é suspeito de ser parte das famosas contrapartidas no negócio dos submarinos que foram formalmente encomendados em 2005 pelo governo de Durão Barroso/Paulo Portas quando este se encontrava já em periodo de mera gestão... (Visão, 7 de Julho 2011)
À atenção do ex-ministro dos Negócios militares internos
Outro padre, capelão-mor das Forças Armadas, vem a terreiro avisar que as encomendas e respectivas comissões em material de guerra (como este no valor de 364 milhões feito pelo mesmo governo Portas-Barroso) para as forças armadas NATO não se poderiam sobrelevar à falta de dinheiro para pagar de forma eficiente a 60 mil soldados, oficias e generais que hoje em dia fazem carreira como profissionais. O 25 de Abril que virou "do povo" foi o resultado de uma peixeirada reinvindicativa de quadros milicianos incorporados por conveniência num regime fascista alheio aos interesses do povo e não se deve repetir, senão nas interligações de cérebros passados a ferro por utopias zé-dos-bois, mas... os interesses alheios aos da maioria do povo 37 anos depois continuam a persistir...
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domingo, setembro 18, 2011
o Buraco no défice de humildade na Madeira
Um número estimado de 300.000 menores participa actualmente em conflitos armados em mais de 30 paises espalhados por todos os continentes. São mais que os 267 938 habitantes da famosa e riquissíma ilha da Madeira. Ainda que a maioria desses meninos-soldados sejam adolescentes há alguns que iniciam a carreira aos sete anos de idade. Melhor sorte teve a nossa querida estrela intelectualmente estropiada Cristiano Ronaldo – questionado por um jornalista sobre a forma como é aplaudido como um ídolo por tudo que é sítio por onde o marketing da alienação o faz passar, foi claro na resposta: “Creio que as pessoas me adoram porque sou bonito, sou rico e jogo muito bem; e por isso têm inveja de mim” – o asco causado por semelhante declaração mereceu resposta do vocalista do grupo andaluz de punk-rock Reincidentes: “estamos a viver um momento económico em que o facto de ser rico não será propriamente motivo de inveja, mas talvez de raiva… quando nos damos conta que os trabalhadores, que não são ricos nem bonitos e cada vez menos têm onde jogar, estão a pagar um preço exorbitante por uma crise que não provocaram”
Tempos de Ira
Tempos de Ira
sábado, setembro 17, 2011
Tempo de Antena no 41º aniversário do PCTP/MRPP
Sessão Pública amanhã Domingo, 16,00 Voz do Operário
(...) só a prática social dos homens pode constituir o critério da verdade dos conhecimentos que os homens possuem sobre o mundo exterior. Com efeito, o conhecimento do homem fica confirmado apenas quando consegue os resultados esperados no processo da prática social (produção material, luta de classes ou experimentação científica). Se se quiser atingir sucesso no trabalho, quer dizer, alcançar os resultados previstos, tem de se fazer concordar as ideias com as leis do mundo exterior objectivo; sem essa correspondência, fracassa-se na prática. Depois de se sofrer um fracasso, tira-se lições dele, modifica-se as ideias fazendo-as concordar com as leis do mundo exterior e, dessa forma, pode-se transformar o fracasso em sucesso: eis o que se quer dizer com "a derrota é a mãe da vitória" e "cada fracasso deve tornar-nos mais lestos" (Mao Tse Tung, in "Sobre a Prática", 1938)
O que se pode hoje inferir da prática é que cada proletário, enquanto não tomar consciência que a sua emancipação constitui única e exclusivamente obra do seu trabalho como parte de uma associação democrática de trabalhadores, em nada contribuirá para modificar a sociedade capitalista. As ilusões espalhadas pela burguesia de que se podem obter lucros apenas pelo aumento do capital marca de facto a diferença entre a economia real e a economia especulativa
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sexta-feira, setembro 16, 2011
de pequenino é que se aprende a dar ao corpinho
É mais um notável avanço civilizacional nos EUA? Qualquer incauto depois de ver esta cena vai a correr ler qualquer coisa acerca de conhecimentos básicos sobre inteligência, genes e a sua formatação biológica adquirida pelo ambiente – neste contexto chamam-se a certas surpresas de “experiências da sociedade”…
…e assim, nos cinco minutos disponíveis passará por “As Influências Genéticas e Ambientais na Inteligência Adulta e Capacidades Mentais Especiais” (T.J. Bouchard), “Genética e Capacidade Cognitiva Geral” (R. Plomin), “A Genética de Comportamento” (S.A. Petrill) , “Intelligence, Heredity and Environment” (E. Grigorenko), e no caso de subsistirem dúvidas irá perder mais um minuto ou dois na falta de influência da educação familiar na inteligência de muita alimária que cresceu por aí e por além Atlântico: J.R. Harris “The Nurture Assumption: Why Children Turn Out the Way They Do”. Esforço inglório, chegado ao fim não será fácil perceber as razões que levam uma mãe (sem carências materiais) a querer incutir na filha a mentalidade de puta,,, ou seja, a aviar um bumbum e mamas falsas numa menina de 4 anos que concorre ao reality-show "Toddles & Tiaras" (Pequenas Misses). Transmitido pelo canal TLC, Maddy Jackson além dos “pequenos acessórios de bónus” ás emoções dos telespectadores, usa um vestido justinho tentando macaquear a actriz Dolly Parton. Questionada a mãe da menina, Lindsay Jackson, desculpou-se dizendo qualquer coisa como “para algumas pessoas pode parecer exagerado, mas para nós é normal”. Pelo andar da carruagem, vão pela maioria da opinião chique-labrega e ainda veremos portuguesinhas a participar em trampas destas
…e assim, nos cinco minutos disponíveis passará por “As Influências Genéticas e Ambientais na Inteligência Adulta e Capacidades Mentais Especiais” (T.J. Bouchard), “Genética e Capacidade Cognitiva Geral” (R. Plomin), “A Genética de Comportamento” (S.A. Petrill) , “Intelligence, Heredity and Environment” (E. Grigorenko), e no caso de subsistirem dúvidas irá perder mais um minuto ou dois na falta de influência da educação familiar na inteligência de muita alimária que cresceu por aí e por além Atlântico: J.R. Harris “The Nurture Assumption: Why Children Turn Out the Way They Do”. Esforço inglório, chegado ao fim não será fácil perceber as razões que levam uma mãe (sem carências materiais) a querer incutir na filha a mentalidade de puta,,, ou seja, a aviar um bumbum e mamas falsas numa menina de 4 anos que concorre ao reality-show "Toddles & Tiaras" (Pequenas Misses). Transmitido pelo canal TLC, Maddy Jackson além dos “pequenos acessórios de bónus” ás emoções dos telespectadores, usa um vestido justinho tentando macaquear a actriz Dolly Parton. Questionada a mãe da menina, Lindsay Jackson, desculpou-se dizendo qualquer coisa como “para algumas pessoas pode parecer exagerado, mas para nós é normal”. Pelo andar da carruagem, vão pela maioria da opinião chique-labrega e ainda veremos portuguesinhas a participar em trampas destas
quinta-feira, setembro 15, 2011
informação e empresas transnacionais
"Hoje em dia a Informação tem como objectivo mercantil chegar ao mais amplo número de pessoas. E chega, baixando-lhe o nivel e baixando-lhe os custos; é o mesmo que dizer, oferecendo uma informação que possa ser lida até por aquelas pessoas que mal sabem soletrar ou entender uma letra
¿ para que se quer essa audiência se a informação é oferecida? O comércio da Informação não consiste em vender informação às pessoas; consiste em vender pessoas aos anunciantes" (Ignacio Ramonet, in “O poder financeiro mediático hoje domina os governos”)
Noticias que fazem jurisprudência, aviso às massas que questionem a legitimidade do Poder
Por sua vez as empresas transnacionais também ultrapassam as legislações, constituições et alia com que se entretêm os governos e "representantes do povo": em democracia ninguém pode ser alvo de discriminação no emprego por motivos politicos. Mas o clube de futebol Liverpool que foi comprado pela empresa americana Fenway Sports Group estuda a aplicação de sanções, que podem chegar ao despedimento, por o seu jogador Nathan Eccleston ter cometido um "delito de opinião" ao produzir declarações na sua esfera privada que põem em causa a versão oficial do 11 de Setembro
Na década de 1980 existiam nos EUA cincoenta grandes conglomerados de informação. Em 2004 já só existiam cinco: a AOL-Time-Warner, Viacom, Disney Corp, Vivendi Universal e a Sony Corporation. A concentração de meios e capitais investidas facilita a forma como Hollywood espalha desinformação sobre "sociedades secretas" com ficções para salvaguardar as verdadeiras associações de criminosos que usurpam a política
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¿ para que se quer essa audiência se a informação é oferecida? O comércio da Informação não consiste em vender informação às pessoas; consiste em vender pessoas aos anunciantes" (Ignacio Ramonet, in “O poder financeiro mediático hoje domina os governos”)
Noticias que fazem jurisprudência, aviso às massas que questionem a legitimidade do Poder
Por sua vez as empresas transnacionais também ultrapassam as legislações, constituições et alia com que se entretêm os governos e "representantes do povo": em democracia ninguém pode ser alvo de discriminação no emprego por motivos politicos. Mas o clube de futebol Liverpool que foi comprado pela empresa americana Fenway Sports Group estuda a aplicação de sanções, que podem chegar ao despedimento, por o seu jogador Nathan Eccleston ter cometido um "delito de opinião" ao produzir declarações na sua esfera privada que põem em causa a versão oficial do 11 de Setembro
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relacionado:Na década de 1980 existiam nos EUA cincoenta grandes conglomerados de informação. Em 2004 já só existiam cinco: a AOL-Time-Warner, Viacom, Disney Corp, Vivendi Universal e a Sony Corporation. A concentração de meios e capitais investidas facilita a forma como Hollywood espalha desinformação sobre "sociedades secretas" com ficções para salvaguardar as verdadeiras associações de criminosos que usurpam a política
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quarta-feira, setembro 14, 2011
O que escondem os “debates” no Parlamento burguês?
O senhor Ministro das Finanças hoje não compareceu na AR, anda ocupadíssimo com o trabalho nas costas do povo. E no entanto é a única personagem que merece metade de uma linha de comentário sobre este governo ulltra-activista de contraparte da bem urdida (sob a alta supervisão de Cavaco Silva) e preparada herança “socialista” de José Sócrates. A qual não foi posta em causa. Como Obama não questiona Bush.
Vitor Louçã Gaspar fez carreira, (e continua a fazê-la), como funcionário desta União Europeia. Imperturbável, ser neo-liberal não o ofende – como alguém disse, se as televisões quiserem ganhar audiência devem fazer um concurso-show com um prémio de 10 mil euros para quem conseguir irritar o homem. Com a sua novilíngua codificada nos números do economês global, Gaspar vai ficar na história mais por aquilo que não diz. Disse o essencial na Univ. de Verão do PSD: que todos estes crescentes planos de austeridade se destinam fundamentalmente a colocar Portugal de novo “com acesso aos Mercados” a breve prazo (2013)
Existe uma grave crise na capacidade do chamado Estado-nação soberano (1), que está em transformação devido à imposição de politicas de organizações supranacionais a favor da Sociedade de Accionistas Globais cujo número não excede os 300 milhões de pessoas – uma ínfima Burguesia transnacional (2) numa população mundial de 6,96 mil milhões – escravizados em massa pelas elites dos regimes nacionais de cobrança de impostos desproporcionais em relação à possibilidade de obtenção de rendimentos de subsistência. É esta a génese dos “Mercados” do ministro – na sua lógica dos pistoleiros que ao melhor estilo do far-west fazem a sua própria lei. A corja pseudo-empresarial (sem preocupações sociais nas empresas) que se acoita por detrás desta Besta define inimigos apenas de forma ideológica: todos aqueles que rejeitam o modo de vida norte-americano.
Há espera de uma gratificante festa nas orelhas por parte dos donos trabalham e passam a vida a ganir por um sistema de Estados-satélite ou Estados submissos ao Império. Para já beneficiam do medo e do terror causado na pequena burguesia alvo do marketing de consumo de massas mas que secularmente deposita em si as esperanças dos ideiais do Iluminismo do século XVIII – se não houver patrões quem é que paga os salários? Mas a vida até para os cães de fila está má, cada vez têm menos força para mijar para as botas que lambem, doravante as dos falcões do Pentágono e da NATO: os Estados Unidos como país nacional e entidade politico-económica em 1945 representavam 40% da produção industrial global de produtos manufacturados – em 2005 representavam apenas 22,4% (3) e, com o agravamento da crise a partir de 2008 essa percentagem caiu a pique. Há aqui uma acção concertada dos agentes da burguesia transnacional para a desindustrialização da economia. Em todas as linhas, menos numa: a produção de material de guerra. É desta confraria que o recém chegado “socialista” A.J. Seguro (ou o clone F.Assis) com o seu discurso liofilizado é também sócio (4). A conquista de mercados por acções “apartidárias” das forças armadas banalizou-se: a Europa procura a saída da crise do Euro na invasão da Líbia, mas os bancos europeus para serem admitidos como partners no negócio precisam de se refinanciar com dólares impressos pela Reserva Federal norte-americana, um consórcio de bancos privados controlados maioritariamente por interesses judaicos
A lógica da pequena elite que governa os “Mercados” é tão irracional e representa no século XXI o mesmo papel que profetas, místicos e clérigos representaram no século IV ao erigir as riquezas da Igreja católica sobre os escombros do demolido Império Romano às mãos dos bárbaros. A grande herança cultural do Ocidente é a das tribos germânicas do norte da Europa que triunfaram historicamente (5), não é a das imagens icónicas de santinhos de que os bispos fizeram Arte – para melhor controlar pelo medo a Deus multidões de sub-humanos secularmente escravizados na Europa do Sul.
Se alguém, mil novecentos e trinta anos depois, ainda reindinvicava a “saudação romana” como mote para equilibrar essa entidade dúbia que são “as Finanças da Nação”, então na reconversão para o regime “democrático” Vitor Gaspar é agora sem nenhuma dúvida um dos arcebispos desta Igreja. O grande ministro do concílio de Pedro (o insignificante passos coelho) é um assumido funcionário da nóvel classe da burguesia transnacional – que se opõe e resolve através da compra de governos a seu favor a contradição com a pequena e média burguesia que ficou aprisionada dentro das fronteiras nacionais. Vitor Gaspar é funcionário de gentinha armada ao pseudo-empresário tão imberbe como o merceeiro Alexandre Soares dos Santos. (6) Na verdade este patrocinador das campanhas eleitorais de Cavaco Silva é uma mera rodinha dentada na engrenagem da concentração e tomada de posse dos Mercados pelas grandes empresas multinacionais. Quando tudo estiver acabado (a “crise”) o tecido económico até aqui ocupado pela pequena e média burguesia terá sido destruído. O “Mercado” (os tais 300 milhões de accionistas que contam) será a partir daí dominado em regime de monopólio pelas grandes cadeias de empresas com actividades transnacionais, quer dizer, do que se vai vendo disto, quando o panorama na comunicação social está exposto exclusivamente a patrões e merceeiros está tudo fodido.
“Fuck Your Money” na gíria da elite de negócios yankee (traduzido em linguagem crua “recontrafoder o dinheiro” que se conseguiu extrair do sistema) é uma metáfora para dizer que o colocaram num sítio onde está ao abrigo de cobiças, seja de um eventual credor armado em esperto, do simples litígio com um ex-cônjuge, ou, mais importante, do Fisco (7). Este esquema de fuga e evasão fiscal começou obviamente com os capitais depositados nas caixas fortes dos bancos da Suiça, um paraíso no coração da Europa. Mas em 1932 um escândalo causado pela divulgação por funcionários bancários de uma lista de 1500 grandes fortunas de industriais e aristocratas que fugiam aos impostos (entre os quais os irmãos Peugeot) obrigou a Suiça a emitir um decreto em 1934 que punia com pena de prisão ou multa agravada "todo aquele que tendo conhecimento da identidade dos clientes no decurso da actividade profissional a revelasse a terceiros infringindo o sigilo bancário” (8). O artigo 47º dessa lei foi redigido para fingir que a lei foi introduzida para defender os judeus alemães que tentavam pôr os seus bens fora do alcance do regime Nazi. Porém, conhecidas que são as relações entre a Suiça e o Reich alemão nessa época, sabe-se que esses bancos se interessaram mais por “arianizar” a identidade e os depósitos dos seus clientes. (9).
Foi assim que se iniciou a génese dos paraísos fiscais, logo que no pós guerra se fundou o 1º off-shore em Nassau para depositar o dinheiro oriundo do jogo dos casinos da costa dourada da Flórida (10). Hoje o planeta das finanças off-shore conta, como muito bem sabem os homens de mão do presidente Cavaco (como o ex-conselheiro de Estado Dias Loureiro, ou o ex-presidente do PSD Duarte Lima) com centenas de locais com as mais diversas formas de isenção e encobrimento de capitais (11) e os tradicionais serviços da banca Suiça viu aumentada a sua influência para 376 bancos recenseados (12); como muito bem sabe o ex-ministro das Cidades de Durão Barroso que ainda responde em liberdade pelo seu nome: Isaltino Morais, ou o 1º ministro Sócrates re-empossado por Cavaco apesar das inúmeras suspeitas). Muitos desses paraísos fiscais, ou até países criados para o efeito com direito de voto na ONU (como Nauru ou Vanuatu) negam, à revelia das tentativas de controlo da fraude, corrupção e terrorismo, qualquer colaboração com autoridades nacionais. Na lista negra dos mais importantes estava o Estado de Israel (13). Mas não é de corrupção, banditismo ou terrorismo de Estado que tratam estas listas. Os negócios e movimentação de capitais da nova burguesia transnacional são considerados actividades capitalistas honestas. Estão isentos de controlo (14) e, como é evidente, o mal dos muitos que estão à rasca é o bem dos poucos que sacam fortunas.
notas
(1) "Globalização, Democracia e Terrorismo", Eric Hobsbawm, 2007 (recensão)
(2) “O Capitalismo Total", Jean Peyrelevade, 2005, pag. 54 (NovaVega)
(3) ONU Industrial Research Update
(4) De facto os Globalistas com ambições a um governo único mundial investem sempre nos dois lados das entidades em aparente conflito, mas que mais não fazem que revesar-se alternadamente no Poder.
(5) Ver: a Ética Protestante e o espírito Capitalista em Max Weber (wikipedia)
(6) Este dono de uma cadeia de supermercados afirmou em entrevista à SIC que "o povo polaco", antes dele chegar a esse mercado, "era muito atrasado porque não sabia o que era uma Banana!" Actualmente toda a Polónia já percebe de economia bananeira – por exemplo, os estaleiros de Gdansk onde começou a revolta anti-comunista são hoje propriedade privada de um magnata oriundo da Ucrânia, vinte anos depois um dos povos mais pobres do antigo Pacto de Varsóvia.
(7) “O Dinheiro Secreto dos Paraisos Fiscais” de Sylvain Besson, Editorial Caminho, 2006, pag. 67. (recensão)
(8) Idem, obra citada, pag. 68
(9) Nicholas Faith, “Safety in numbers: The Mysterious World of Swiss Banking”, 1983 (recensão)
(10) ler: Biografia do chefe da máfia judaica americana Meyer Lansky (wikipedia)
(11) List of offshore financial centres
(12) Paolo Bernasconi, “Le Secret Bancaire Suisse”, 1995
(13) FATF Blacklist
(14) Da problemática da Dívida Pública (Resistir)
(15) Gravura: “The brutal tectonics of neoliberal globalization"
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Vitor Louçã Gaspar fez carreira, (e continua a fazê-la), como funcionário desta União Europeia. Imperturbável, ser neo-liberal não o ofende – como alguém disse, se as televisões quiserem ganhar audiência devem fazer um concurso-show com um prémio de 10 mil euros para quem conseguir irritar o homem. Com a sua novilíngua codificada nos números do economês global, Gaspar vai ficar na história mais por aquilo que não diz. Disse o essencial na Univ. de Verão do PSD: que todos estes crescentes planos de austeridade se destinam fundamentalmente a colocar Portugal de novo “com acesso aos Mercados” a breve prazo (2013)
Existe uma grave crise na capacidade do chamado Estado-nação soberano (1), que está em transformação devido à imposição de politicas de organizações supranacionais a favor da Sociedade de Accionistas Globais cujo número não excede os 300 milhões de pessoas – uma ínfima Burguesia transnacional (2) numa população mundial de 6,96 mil milhões – escravizados em massa pelas elites dos regimes nacionais de cobrança de impostos desproporcionais em relação à possibilidade de obtenção de rendimentos de subsistência. É esta a génese dos “Mercados” do ministro – na sua lógica dos pistoleiros que ao melhor estilo do far-west fazem a sua própria lei. A corja pseudo-empresarial (sem preocupações sociais nas empresas) que se acoita por detrás desta Besta define inimigos apenas de forma ideológica: todos aqueles que rejeitam o modo de vida norte-americano.
Há espera de uma gratificante festa nas orelhas por parte dos donos trabalham e passam a vida a ganir por um sistema de Estados-satélite ou Estados submissos ao Império. Para já beneficiam do medo e do terror causado na pequena burguesia alvo do marketing de consumo de massas mas que secularmente deposita em si as esperanças dos ideiais do Iluminismo do século XVIII – se não houver patrões quem é que paga os salários? Mas a vida até para os cães de fila está má, cada vez têm menos força para mijar para as botas que lambem, doravante as dos falcões do Pentágono e da NATO: os Estados Unidos como país nacional e entidade politico-económica em 1945 representavam 40% da produção industrial global de produtos manufacturados – em 2005 representavam apenas 22,4% (3) e, com o agravamento da crise a partir de 2008 essa percentagem caiu a pique. Há aqui uma acção concertada dos agentes da burguesia transnacional para a desindustrialização da economia. Em todas as linhas, menos numa: a produção de material de guerra. É desta confraria que o recém chegado “socialista” A.J. Seguro (ou o clone F.Assis) com o seu discurso liofilizado é também sócio (4). A conquista de mercados por acções “apartidárias” das forças armadas banalizou-se: a Europa procura a saída da crise do Euro na invasão da Líbia, mas os bancos europeus para serem admitidos como partners no negócio precisam de se refinanciar com dólares impressos pela Reserva Federal norte-americana, um consórcio de bancos privados controlados maioritariamente por interesses judaicos
A lógica da pequena elite que governa os “Mercados” é tão irracional e representa no século XXI o mesmo papel que profetas, místicos e clérigos representaram no século IV ao erigir as riquezas da Igreja católica sobre os escombros do demolido Império Romano às mãos dos bárbaros. A grande herança cultural do Ocidente é a das tribos germânicas do norte da Europa que triunfaram historicamente (5), não é a das imagens icónicas de santinhos de que os bispos fizeram Arte – para melhor controlar pelo medo a Deus multidões de sub-humanos secularmente escravizados na Europa do Sul.
Se alguém, mil novecentos e trinta anos depois, ainda reindinvicava a “saudação romana” como mote para equilibrar essa entidade dúbia que são “as Finanças da Nação”, então na reconversão para o regime “democrático” Vitor Gaspar é agora sem nenhuma dúvida um dos arcebispos desta Igreja. O grande ministro do concílio de Pedro (o insignificante passos coelho) é um assumido funcionário da nóvel classe da burguesia transnacional – que se opõe e resolve através da compra de governos a seu favor a contradição com a pequena e média burguesia que ficou aprisionada dentro das fronteiras nacionais. Vitor Gaspar é funcionário de gentinha armada ao pseudo-empresário tão imberbe como o merceeiro Alexandre Soares dos Santos. (6) Na verdade este patrocinador das campanhas eleitorais de Cavaco Silva é uma mera rodinha dentada na engrenagem da concentração e tomada de posse dos Mercados pelas grandes empresas multinacionais. Quando tudo estiver acabado (a “crise”) o tecido económico até aqui ocupado pela pequena e média burguesia terá sido destruído. O “Mercado” (os tais 300 milhões de accionistas que contam) será a partir daí dominado em regime de monopólio pelas grandes cadeias de empresas com actividades transnacionais, quer dizer, do que se vai vendo disto, quando o panorama na comunicação social está exposto exclusivamente a patrões e merceeiros está tudo fodido.
“Fuck Your Money” na gíria da elite de negócios yankee (traduzido em linguagem crua “recontrafoder o dinheiro” que se conseguiu extrair do sistema) é uma metáfora para dizer que o colocaram num sítio onde está ao abrigo de cobiças, seja de um eventual credor armado em esperto, do simples litígio com um ex-cônjuge, ou, mais importante, do Fisco (7). Este esquema de fuga e evasão fiscal começou obviamente com os capitais depositados nas caixas fortes dos bancos da Suiça, um paraíso no coração da Europa. Mas em 1932 um escândalo causado pela divulgação por funcionários bancários de uma lista de 1500 grandes fortunas de industriais e aristocratas que fugiam aos impostos (entre os quais os irmãos Peugeot) obrigou a Suiça a emitir um decreto em 1934 que punia com pena de prisão ou multa agravada "todo aquele que tendo conhecimento da identidade dos clientes no decurso da actividade profissional a revelasse a terceiros infringindo o sigilo bancário” (8). O artigo 47º dessa lei foi redigido para fingir que a lei foi introduzida para defender os judeus alemães que tentavam pôr os seus bens fora do alcance do regime Nazi. Porém, conhecidas que são as relações entre a Suiça e o Reich alemão nessa época, sabe-se que esses bancos se interessaram mais por “arianizar” a identidade e os depósitos dos seus clientes. (9).
Foi assim que se iniciou a génese dos paraísos fiscais, logo que no pós guerra se fundou o 1º off-shore em Nassau para depositar o dinheiro oriundo do jogo dos casinos da costa dourada da Flórida (10). Hoje o planeta das finanças off-shore conta, como muito bem sabem os homens de mão do presidente Cavaco (como o ex-conselheiro de Estado Dias Loureiro, ou o ex-presidente do PSD Duarte Lima) com centenas de locais com as mais diversas formas de isenção e encobrimento de capitais (11) e os tradicionais serviços da banca Suiça viu aumentada a sua influência para 376 bancos recenseados (12); como muito bem sabe o ex-ministro das Cidades de Durão Barroso que ainda responde em liberdade pelo seu nome: Isaltino Morais, ou o 1º ministro Sócrates re-empossado por Cavaco apesar das inúmeras suspeitas). Muitos desses paraísos fiscais, ou até países criados para o efeito com direito de voto na ONU (como Nauru ou Vanuatu) negam, à revelia das tentativas de controlo da fraude, corrupção e terrorismo, qualquer colaboração com autoridades nacionais. Na lista negra dos mais importantes estava o Estado de Israel (13). Mas não é de corrupção, banditismo ou terrorismo de Estado que tratam estas listas. Os negócios e movimentação de capitais da nova burguesia transnacional são considerados actividades capitalistas honestas. Estão isentos de controlo (14) e, como é evidente, o mal dos muitos que estão à rasca é o bem dos poucos que sacam fortunas.
notas
(1) "Globalização, Democracia e Terrorismo", Eric Hobsbawm, 2007 (recensão)
(2) “O Capitalismo Total", Jean Peyrelevade, 2005, pag. 54 (NovaVega)
(3) ONU Industrial Research Update
(4) De facto os Globalistas com ambições a um governo único mundial investem sempre nos dois lados das entidades em aparente conflito, mas que mais não fazem que revesar-se alternadamente no Poder.
(5) Ver: a Ética Protestante e o espírito Capitalista em Max Weber (wikipedia)
(6) Este dono de uma cadeia de supermercados afirmou em entrevista à SIC que "o povo polaco", antes dele chegar a esse mercado, "era muito atrasado porque não sabia o que era uma Banana!" Actualmente toda a Polónia já percebe de economia bananeira – por exemplo, os estaleiros de Gdansk onde começou a revolta anti-comunista são hoje propriedade privada de um magnata oriundo da Ucrânia, vinte anos depois um dos povos mais pobres do antigo Pacto de Varsóvia.
(7) “O Dinheiro Secreto dos Paraisos Fiscais” de Sylvain Besson, Editorial Caminho, 2006, pag. 67. (recensão)
(8) Idem, obra citada, pag. 68
(9) Nicholas Faith, “Safety in numbers: The Mysterious World of Swiss Banking”, 1983 (recensão)
(10) ler: Biografia do chefe da máfia judaica americana Meyer Lansky (wikipedia)
(11) List of offshore financial centres
(12) Paolo Bernasconi, “Le Secret Bancaire Suisse”, 1995
(13) FATF Blacklist
(14) Da problemática da Dívida Pública (Resistir)
(15) Gravura: “The brutal tectonics of neoliberal globalization"
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