a população de um império ou de um reino é composta igualmente por duas classes principais: a dos produtores e a dos consumidores.
“Os produtores não passam de credores. Os consumidores que gastam dinheiro são os devedores. Ora bem! Se não existissem consumidores, então os produtores tornar-se-iam inúteis. Logo, são os consumidores que permitem a existência dos produtores. Em resultado disso um produtor (credor) deverá ter a obrigação em relação ao consumidor (devedor) de não o obrigar a pagar o que lhe deve, porque se este não lhe devesse nada, morreria de fome”(aforismo registado nos escritos perdidos de Honoré de Balzac, sub-intitulado "Manual de Direito Comercial para Uso de Gente Arruinada, Devedores, Desempregados e Demais Consumidores sem Dinheiro")
À luz destes ensinamentos clássicos, resuma-se então o que ficou inconcluido da última Cimeira de Lideres Europeus:
* Nein! disse a chanceler Angela Merkel aos eurobonds: "enquanto eu for viva não haverá responsabilidade partilhada na dívida" - e * os Juros a pagar pelos devedores aos produtores subiram.
* Os portugueses são consumidores privilegiados, e o tecido produtivo é irrelevante - 99,9% das empresas têm menos de meia-dúzia de trabalhadores - assim há que pagar o progresso de uma classe média criada e sustentada artificialmente pelo endividamento externo, no rescaldo do sector primário da produção ter sido oferecido "à Europa".
* O ministro Gaspar, formado na Escola dos Que Raramente se Enganam foi afinal surpreendido pela falsa promessa de um défice a cumprir perante a Troika de 4,5% já em 2012 perfilando-se este nos quase 8% ainda o ano vai a meio e "o coiso" derrapa 35 milhões por dia!. Mesmo assim os lacaios governantes nacionais em nome do sub-imperialismo germânico (e do outro que lhe guarda as costas) gozam o consumidor com a fama que "Portugal é muito bom cumpridor".
* Pela voz de Passos Coelho a Cimeira Europeia teria declarado que "prevê a intervenção directa do mecanismo do Fundo Europeu de Estabilização Financeira no financiamento aos Bancos Privados, sem que isso provoque um aumento da dívida pública dos Estados". Mas nas letrinhas pequeninas lê-se que isso não acontecerá de certeza já este ano. Além do mais o que o primeiro ministro diz é Mentira! - basta conferir com a outra intrujice que Rajoy vendeu aos espanhóis quando aceitou as condições do memorando assinado recentemente para o caso da ajuda aos bancos de Espanha
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