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sábado, junho 30, 2012

Manifestação Pelo Direito ao Trabalho

30 Junho, 15 Horas, Largo do Camões



A taxa de desemprego juvenil ultrapassa os 30%. Para muitos jovens o futuro tem passado por regressar a casa dos pais. É uma geração que foi enganada. Todos sofrem com a derrocada do sistema, com a derrota, os crentes no capitalismo com este espanto a que começaram por chamar "crise financeira" mas que depois rapidamente derivou numa contra-reforma do modelo social europeu, esse pacto celebrado em nome de um capitalismo de rosto humano. Voltamos ao século XIX: a Europa abandona o debate sobre as 35 horas de trabalho para discutir jornadas de 65 horas semanais. A Europa pretende ser a China, mas, sem "crescimento" (do capital) quanto mais trabalha quem já trabalhava, menos acesso têm os novos para aceder ao mercado de trabalho. A "ameaça comunista" desapareceu. Já ninguém promete o paraíso do outro lado da cortina de ferro e o pensamento único impõe finalmente as suas normas de "progresso" (para os ricos) a uma sociedade paralisada, incapaz de reagir perante o abismo - porque assustada pelo medo de cair ainda mais para baixo. Todos sofremos esta perversa desconexão, entre as causas da crise e as suas consequências, não apenas os jovens. Porém, esta nova depressão tem afectado a fractura generacional que expulsa do sistema, até à miséria, essa juventude a que pomposamente chamaram "a geração mais bem preparada da história", mas que hoje vive de salários precários de 500 euros ou da caridade familiar. A nossa sociedade "argentiniza-se", pelo agravamento da desigualdade económica, em contraste com os êxitos desportivos dos paises do sul da Europa. 


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