Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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quinta-feira, outubro 12, 2006
o Imperialismo vai Nu
mau negócio é aquele em que todos perdem,,,
o objectivo falhado da dominação global - de John Bellamy Foster, edição Monthly Review
“Aurora” (Sunrise, 1927) o primeiro filme americano do realizador judeu-alemão Friedrich W. Murnau, considerado “o mais belo filme de sempre”, passou recentemente na Cinemateca, depois de ter sido re-exibido no circuito comercial com um "ganda êxito". Numa época em que o inicio da industrialização apelava às migrações de mão de obra intensiva, o filme capta perfeitamente o contraste entre os valores e os estilos de vida citadino e do campo. No limbo entre o kitsch, a lamechice e o melodrama, é uma história de amor que seria banal, não fosse a forma magistral e intemporal como foi contada. Tão bem contada que a noção de felicidade ficou desde logo a insinuar-se como sendo apanágio exclusivo do homem branco.
Fora das nossas fronteiras da manipulação de imagens publicitárias repetidas exaustivamente como se fossem realidades, arrastam-se os “goyim”, uns seres tenebrosos que só estorvam a boa harmonia do mundo – porque quem não é consumidor, nem dá lucro aos investidores, não tem o direito de existir.
Ou senão,,, até tem, desde que concorde em se deixar reunir em rebanhos cosmopolitas para a sua exploração ser processada de forma eficaz, com o menor custo e economia nos artifícios e artefactos empregues.
“O império romano expandiu-se graças a dois princípios políticos: o preconceito de que todos os outros fossem iníquos - e que se tivesse que conquistar a vitória a qualquer custo. O primeiro princípio fornecia o pretexto para declarar a guerra; o segundo, para conduzir os conflitos a uma conclusão feliz”
Santo Agostinho – a “Cidade de Deus” livro IV
Basta substituir “império romano” por “EUA” ou “Israel” e chegamos à idade moderna
Angola 2006 – que futuro para quem não nasceu filho de dirigente politico?
Luanda. Cidade construída para 600.000 habitantes, actualmente com perto de cinco milhões de pessoas que estão condicionadas e impedidas de regressar às terras de origem, porque são necessários ali, para constituírem massa crítica para os negócios por atacado da máfia dirigente.
Contudo, há quem prefira,,, viver!, correr os riscos da liberdade, ao invés da segurança ad eternum da escravidão.
Numa terra onde falta tudo, que fazer? – “cumprir o programa de governo” - sonhar com carrinhos desde pikinino, agitar o máximo da parafernália consumista, e ir ao cinema que dá na televisão ver os X-man, claro
relacionado:
* “Vida e Morte do 3º Mundo”
* ¿De quem é o séculoXXI? por Immanuel Wallerstein
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