"produtividade"
as virtudes da militarização do Trabalho no escutismo judaico.
Foi aqui que os Nazis se inspiraram para criar as Juventudes Hitlerianas.
Um dos autores deste género televisivo é o até há pouco desconhecido Rui Ramos, que inicia crónicas no jornal da Sonae deste modo: “Há-de ser duro, aos 50 ou aos 60 anos, ver desmoronar-se o mundo em que se viveu. Mas é talvez ainda mais duro, aos 20 ou 30 anos, ver desmoronar-se o mundo em que se ia viver”. Trompeteiro de fatalidades certas adquiridas, porque provocadas para as enormes massas excomungadas de Abril, o inefável Ramos encobre o admirável mundo novo que se está a construir para os poucos eleitos.
Recentemente opinou também o historiador* que “o 28 de Maio é comparável ao 25 de Abril, pois que também teve a “intervenção não partidária das Forças Armadas para conseguirem levar a cabo um plano de reformas”. Nos anos iniciais, informa, a ditadura esteve na mão de um “soviete de tenentes”, comparável ao Copcon, e viveu o seu PREC, “com confrontos constantes. Felizmente que o soviete de tenentes derrotou a revolta republicana de Fevereiro de 1927, caso contrário poderia ter havido uma guerra civil em Portugal”.
O 28M, uma prefiguração do 25A? Não digo que não. Se descontarmos, obviamente, umas pequenas diferenças – enquanto o 28 de Maio e o seu soviete de tenentes (?!) decapitava o movimento operário e liquidava as liberdades, ao serviço dos latifundiários, monopolistas e roceiros das colónias, o 25 de Abril restaurou as liberdades, abriu as portas à imposição de novos direitos pelos assalariados e reconheceu a independência das colónias. Ou seja: a sua semelhança foi serem antagónicamente opostos...
A utilidade das opiniões “fracturantes” de ideólogos como Rui Ramos é recordarem-nos a espécie de inimigo que defrontamos”.
* citado por Mário Fontes, na “Politica Operária” no artigo “28 Maio = 25 Abril”
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