A obra, editada pela “Campo das Letras” é lançada hoje no Auditório da Feira do Livro de Lisboa às 19,00 horas
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Embora não mencionado na recensão oficial do livro, é curioso notar que a personagem central, a jovem Etna, seja nitidamente inspirada na obra do pintor russo Karl Pavlovich Bryullov (1799-1852) um dos muitos românticos da cultura europeia que no primeiro quartel do século XVIII rumaram a Pompeia. As ruínas italianas tinham sido descobertas em 1748 mas só nessa época as escavações suscitaram o interesse dos estudiosos – à partida da autêntica descoberta da quinta essência da Civilização no seu ponto de Destruição: Pompeia tinha sido obliterada por uma catástrofe natural, acto sugestivamente tido como uma retribuição Divina para os pecados dos homens na construção de civilizações descomunais, e por isso, desumanas. A obra de Bryullov, hoje estrela principal no Palácio Mikhaylovskiy (o Museu Russo em São Petersburgo), “Os Últimos Dias de Pompeia” foi concluida em 1833, um ano antes de Lord Lytton ter publicado a sua famosa novela com o mesmo nome – mais tarde adaptada ao cinema, num filme protagonizado pela inefável figura do actor wrestler italo-americano Steve Reeves – francamente!, não há volta que se dê à cultura ocidental, que não se reviravolte e acabe por descambar nas talk-novelas “peido na cueca” americanas
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