(Alice em “Alice do Outro Lado do Espelho”)
Na véspera da derrocada da União Soviética, em 1991, o secretário de Estado americano James Baker, e o chefe da CIA (hoje secretário de Estado) Robert Gates, imaginaram um novo plano Marshall e uma comunidade euro-atlântica de São Francisco a Vladivostok, que corresponderia à barragem da ascenção da Ásia no mundo pós-guerra fria,
mas a partir de 1995 Clinton, sempre apoiando Ieltsin, adopta as teses de Zbigniew Brzezinski, sistematizadas em 1997 em “The Grand Chessboard” – a Nato deveria expandir-se para leste e a UE integrar os antigos paises satélites soviéticos , os EUA deveriam tomar posição no Cáucaso e procurar atrair a Ucrânia e a Geórgia. Assim aconteceu com as “revoluções coloridas”.
O último acto é a extensão do sistema antimissil americano à Polónia e República Checa – só falta “europeizar” de novo a Rússia mas, com a “guerra contra o terrorismo” e o “espantalho Bin Laden” comple- tamente gastos e desacreditados como factores de justificação para as cada vez mais intensas actividades militaristas, existem muitos motivos para suspeitar que se pretende (re)construir um agravamento que ressuscite de novo a “guerra fria”- é um facto, a Russia cerra a guarda perante o perigoso amigo Bush.
Putin, il gondolieri do Báltico
Na passada “Cimeira dos Paises da Ásia Pacífico”, em Hanói no Vietname, o presidente Bush assinou os documentos que avalizam a adesão de Moscovo à OMC (Organização Mundial de Comércio), mas,
até hoje, o Congresso dos Estados Unidos, agora controlado pelos democratas, não autorgou à Rússia quaiquer facilidades nesse sentido, continuando em vigor a emenda Jackson-Vanik, que não reconhece Moscovo como “Economia de Mercado” e proibe relações comerciais normais de carácter permanente.Os Congressistas, encabeçados pela ultra- conservadora Ileana Ross Lethinen avançam com um projecto de lei extraterritorial que autorizará aplicar sanções à Rússia e a outros paises exportadores de gaz e petróleo se eventualmente se agruparem num novo cartel tipo OPEP
Putin pretende fazer ressuscitar, mais uma vez, a cidade que costumava ter por epipeto “a czarina do Báltico”***, aproximando-a da Europa e fazendo ali de novo, dentro em breve, a capital da Federação,,,
Para que lado cairá a União Europeia e que novos confrontos a esperam?
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