Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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segunda-feira, junho 04, 2007
Que me perdoem os puritanos, a maior parte dos quais não sabem distinguir a exibição das virtudes públicas dos vícios privados, mas Washington é o maior bordel cinco estrelas do mundo, e, ainda para maior desvergonha, funciona a céu aberto.
Madame de Saint-Ange magistralmente descrita pelo sabidolas marquês de Sade na “Filosofia de Alcova” (1795) trabalhava apenas com os seus limitados recursos naturais, o corpinho (vá lá, de quando em vez, uma intriga ou outra envolvendo os “três” de uma ou outra promitente jovem viscondessa), mas o liberalismo e as novas tecnologias aplicadas à economia de escala dos bezerros de ouro, ou seja, o Neoconismo,,, transformaram a Côrte da moderna Gomorra num bacanal permanente, onde os 120 dias da Sodoma de entanho são hoje apenas aplicáveis às letras de crédito, enquanto a prostituição politica, sem cuecas mas de smoking, aspira à eternidade.
Madame de Palfrey, (aliás Deborah Jeane Palfrey) famosa aliás pelo nick de Madame DC, é uma marquesa de 50 anos que se notabilizou em Washington D.C. por gerir uma luxuosa rede de meninas. Clientes não falt(av)am! – pela capital do Império vagueiam, recenseados (que se saiba), mais de 67 mil nómadas que operam em lobies junto dos muitos mais milhares de funcionários das agências governamentais, tentando influenciá-los.
São actividades tão extenuantes que merecem ser principescamente oleadas nos tempos livres – era junto desta fauna de lobyistas e altos representantes dos departamentos de Estado que Madame DC recrutava a freguesia para ser servida por centenas de jovens prostitutas com formação universitária cuidadosamente seleccionadas para o “escort service” pagas a 275 dólares por hora, para “ajudar a endireitar as influências”. Quem conhece a puritana América sabe a dimensão do escândalo quando a situação foi escarrapachada na Imprensa; tanto mais que nomes sonantes constam das listas de clientes,,,
Expôr a cultura do pecado e corrupção persuasiva na nossa grande capital da Nação?
- um côro de vozes indignadas se fazem ouvir – pese que, nas economias liberais não há milagres: Jessica Cutler, 24 anos, uma vistosa judaico-descendente que deve o apelido de família aos avós, amoladores de facas em Berlim, apressa-se a explicar “Como pode alguém viver numa sociedade destas com 25 mil dólares por ano? – precisava da minha relação com F. (Chefe de Staff directamente nomeado por Bush, cristãmente casado e impoluto pai de filhos). Ele pagava-me para ter sexo. Tinha uma avença de 400 dólares”
Paul Wolfwitz, o notável judeu neocon que está para ser catapultado como um rato do Banco Mundial, referindo-se, não sabemos se ao caso particular dele mesmo ou ao vespeiro pântano- pintelhoso do resto da cidade, relativamente ao alarido mediático, declarou à Time: “Eu penso que isto diz mais acerca dos Media do que propriamente do Banco”. Wolfwitz que auto promoveu a girl-friend , a árabe pró-Sionista Shaha Ali Riza, de quadro médio do Banco Mundial a funcionária de um departamento de Estado com um aumento de ordenado de 60 mil dólares, já transcendeu o nível de corrupção que o universo do cidadão comum compreende, elevando a fasquia da prostituição a um patamar em que já não é o dinheiro que conta em primeiro lugar (embora faça sempre jeito). E é a esse outro nível que queremos chegar - para quem diz, pensa ou faz por crer, que o Banco Mundial não é uma mera correia de transmissão do Governo dos Estados Unidos – não será surpreendente a forma como os altos dignitários “em charge” dispõem dos lugares para quem quer que lhes dê jeito?
Não perca o próximo capítulo, a publicar brevemente:
“Gato escondido com a braguilha aberta: "sexo, mentiras e subornos”, a verdadeira razão da queda de Wolfowitz”
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