A jornalistazinha Catarina Pereira conseguiu a proeza de relatar o caso do primeiro infectado com o vírus H1N1, Edgar Hernández, uma criança de 5 anos residente em a La Glória no Estado mexicano de Vera Cruz há cerca de 1 mês atrás, sem referir de todo que as explorações pecuárias da região pertencem à multinacional norte americana Smithfield, vulgarmente designadas por “Granjas Carroll”, mas nem sequer essa designação é mencionada.
(clique no recorte ao lado para ampiar). E a funcionária do “Público” não tem muitas razões para desculpa; cita o Guardian, podia muito bem ter citado o "Financial Times". No aspecto da ultrapassagem das manipulações baratas, a estreia do diário “I” é bastante mais auspiciosa. Sob o título “E se a culpa fosse da Smithfield Foods?” o novo jornal conta a mesma história sem grande aprofundamento, mas com o rigor possivel a uma empresa de comunicação corporativa.
Com a aparição cíclica de pandemias provocadas pela inseminação de vírus patogénicos em populações civis, gera-se uma campanha simultânea de “terror mediático” (pânico e inconstância social) executada pelas grandes cadeias informativas internacionais,
o que activa a procura comercial massiva de recursos e medicamentos para enfrentar a emergência sanitária, que movimenta paralelamente um multimilionário negócio capitalista à escala global. É nesta linha de funcionamento (verificável e comprovável) que se inscreve a aparição da “gripe suína” que já circula pelos cinco continentes do planeta.
Em 2005 um relatório da ong “Grain” explicava como a indústria avícola tinha criado a gripe aviária” (H1N5) que atingiu particularmente a China, o sueste asiático, a Austrália e alarmou o mundo inteiro. Como são seis estirpes conhecidas do vírus da gripe A, o mercado dispõe ainda de muito campo para crescer. É verdade. Tanto que Ronald Rumsfeld, o ex-secretário de Estado de Bush matou muitos patos bravos a partir dessa pandemia e ganhou 5 milhões de dólares em lucros da venda de acções da empresa de biotecnologia que descobriu e detém a patente do Tamiflu. O medicamento foi comprado em grandes quantidades pelos Governos para se prevenirem de uma possível pandemia dessa doença. (actualização: ver “O Tamifu, as explorações industriais de suinicultura e Rummy”). Desde 2003, o ano de aparecimento da gripe das aves, as vendas da Gilead Sciences quadriplicaram, de 44,6 milhões para 161 milhões em 2008. Claro como água, a empresa bio-tech do ex-responsável do Pentágono, agora estaria de novo a ser atingida pela crise financeira,,,
A partir daqui as linhas de investigação independentes sobre o que realmente sucede, bifurcam-se. Temos a expansão comercial das grandes farmacêuticas como leit-motiv, e o não menos grave e monstruoso poder das criações industriais de animais genéticamente modificados para consumo humano. Em qualquer das duas, em primeiro lugar há que reconhecer que as pandemias induzidas por manipulação genética respondem a operações de controlo politico, social e são executadas por meio de agentes químicos e biológicos. E isso leva-nos a uma 3ª linha, a da conspiração: qual o papel do Pentágono e dos seus laboratórios químicos? - tanto mais perturbante, quanto se sabe que nas investigações destinadas a alimentar as guerras bioterroristas os especialistas militares de Fort Dix não são propriamente virgens impolutas.
Dr. Leonard Horowitz, sobre a Novavax e o CDC:
para quem se quiser divertir numa tarde de sábado: "Fernando Nobre e Miguel Portas no debate "Europa, gripe A e o Combate às Pandemias" - 9 de Maio, 16h30, Hotel Sana, Lisboa Av.Fontes Pereira Melo nº 8, ao Marquês de Pombal.
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