Peregrino, era o nome atribuído normalmente a estrangeiros que caminhavam em busca de coisas que os habitantes dos locais por onde iam passando não viam. Muitas tretas místicas percorreram os caminhos da Europa desde o século VII com a invasão das tribos anti-semitas, até chegarem ao santo Iago em Compostela. Ali, circa de 1350-1400 já a palavra tomou a forma do miraculoso francês “peregrination”, de “peregrinatio” (junção do latim “Per”, o mais antigo, o que vai para lá das fronteiras, com “Ino” o sufixo grego que significa “da natureza” - "per-egr-ino", como os vocábulos “asinino” ou “cristalino”
Mas rebuscando bem, para lá do medievo, a ideia de peregrinar é bem mais antiga, a Mente foi o primeiro caso de aeronavegação quando o desejo nomeou o falcão de peregrino. Desde então, desde os tempos de Ptolomeu que as crenças dos astrólogos de nariz no ar criaram o conceito de peregrinação, perseguindo estrelas e reinos fantásticos. Nos signos do Zodíaco, os planetas significaram "acção" no sentido de motivação sobre os locais, as Casas e as circunstâncias em que se empenhavam essas acções. Inicialmente os caminhantes (em princípio, desarmados, salvo o bordão e a cabaça) perseguiam um planeta harmonioso a que chamavam Peregrino, mas o primeiro objecto que os místicos astrólogos viram e veneraram foi efectivamente o Sol, o pai de todos os deuses. Assim como a malta continua a adorar ir para a praia, outros para santuários (o desporto nacional por excelência), assim a arte de bem Peregrinar continua viva, reinventando os mitos do nosso passado em nome de um futuro amorfo.
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