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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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segunda-feira, agosto 06, 2012
Acompanhamento da Ajuda Financeira Externa feito por gente ligada à área de negócios do que é "ajudado"
"já sabíamos que o Parlamento português está repleto de organismos inúteis (o dos deputados que fazem o acompanhamento do PAFP nem tanto). Mas proclamar, de forma explícita, que esta Comissão (aparentemente) não serve para nada, é um pouco demais" (Paulo Morais)
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3 comentários:
Vejamos, quando a Alemanha nazi se rendeu aos aliados a sua dívida teve condições de baixo juro, longo prazo (mais de 30 anos, renegociáveis), serviço de dívida de 5% das exportações. A grande indústria e sectores estratégicos (energia, telecomunicações, transportes fundamentais) ficaram nas mãos do Estado. Em 1982, na RFA, o sector empresarial do Estado representava ainda 12,5% do VAB de todas as empresas.
Isto está nos antípodas das exigências da troika.
A Alemanha nazi e seus aliados fascistas (o Eixo) invadiram países, destruíram infraestruturas, massacraram populações, pilharam riquezas, impuseram governos colaboracionistas, instituíram um banco (o Reichbank) que tinha a seu cargo, a partir de uma moeda única para transações entre os países, organizar o processo de extorsão.
Hoje o BCE tem papel idêntico: a extorsão dos países fragilizados por tratados iníquos e antidemocráticos que governos irresponsáveis, colaboracionistas e que mentiram ao seus povos, aprovaram.
Dizem-nos a todas as horas que não havia – nem há – outra solução senão o pacto da troika. Mas este foi o argumento dos Petain, Laval, Quisling e outros nomes por demais repugnantes.
Outros foram os argumentos dos resistentes que lutaram contra a agressão aos seus países e venceram. Outros foram os argumentos de De Gaulle, Moulin, Vercors, Rochet, Togliatti (cito de cor) e tantos outros que a História venera e não merecem ser esquecidos.
Há de novo uma guerra europeia conduzida pela Alemanha, consequência direta do fim da RDA, que hoje se verifica ter sido essencial para a defesa dos interesses dos povos da Europa e da soberania dos países mais frágeis.
A ambição alemã de colocar a Europa a funcionar segundo os seus interesses de potência hegemónica teve, tal como no passado, a colaboração de governos completamente desacreditados traindo promessas e compromissos com seus povos. Porém, a Alemanha está a perder a guerra da globalização esquecendo, tal como os EUA, que a História mostra que o destino das nações agressoras foi sempre destruírem-se também a si próprias.
A UE está em desagregação, fala a várias vozes, a sua moeda única tem futuro mais que incerto, os tratados estão completamente desajustados das realidades, resta a repressão e o aumento da exploração para manter o domínio neoliberal ao serviço de uma finança predadora, usurária, corrupta, mas que tem ao seu serviço políticos incompetentes e sem palavra.
A compreensão de que estamos sujeitos a um pacto de agressão não é figura de retórica ou propaganda política, é uma base essencial para estabelecer um processo de recuperação da soberania e da democracia.
A ligação e a tomada de posições comuns entre países sujeitos a idênticos processos é também essencial. Os agressores fazem tudo para o evitar. O lema imperialista sempre foi: dividir para reinar.
A compreensão de que o nosso país, tal como outros em situação idêntica, é vítima de uma agressão externa é imediatamente compreensível se atentarmos no que será necessário realizar para a recuperação económica e social. Neste momento o país encontra-se com a indústria, a agricultura, as pescas, em processo de destruição e os serviços sociais a serem desmantelados. A sua recuperação vai exigir esforços não diferentes da reconstrução de um país que tivesse suportado uma agressão militar.
Essa reconstrução terá de ser e será feita, mas só poderá ser levada a cabo por forças consequentemente patrióticas e progressistas
Patrióticas, pois porão os interesses da sua Pátria acima de todos os outros incluindo diferenças ideológicas. Progressistas, pois colocarão os interesses e a felicidade de todo o povo acima dos interesses da oligarquia monopolista e especuladora, não se confundindo nem estabelecendo consensos com mercenários de interesses espúrios e estrangeiros ou com sicofantas e fala-baratos que tenham colaborado na desgovernação do país.
http://resistir.info/portugal/agressao_troika.html
Paulo Morais é uma das vozes mais incisivas que ainda escrevem nos Media. Que ele se multiplique por milhares e os leitores por milhões.
http://infamias-karocha.blogspot.pt/
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