Então leia, se quer aprender algo que sirva quem trabalha...
Alguém defendia que, face à presente crise e ao desbragado ataque da classe dominante, a burguesia, aos trabalhadores e ao povo português, para os fazer pagar uma dívida que não contraíram, nem dela retiraram qualquer benefício, e porque nunca tinha lido Marx, Engels e Lenine, tinha optado por estar ao lado da esquerda... Toda! Apesar de acreditarmos nas suas boas intenções, o que quem tal afirmação produz não compreende é que tal é uma impossibilidade, porque a esquerda não é uma entidade híbrida e, muito menos, difusa. Esta ideia eivada de romantismo da ampla unidade da esquerda não se compagina com a realidade do motor da história que é a LUTA DE CLASSES!
Muitos dos que se afirmam de esquerda, alinham, no entanto, à primeira contrariedade, ao primeiro sinal de repressão ou quando sentem que, afinal, esta é uma luta que pode ser dura e prolongada, que se desconhece quando será o seu desfecho, e se ele será favorável aos trabalhadores e ao povo, pela pactuação, pela conciliação com a burguesia - a direita - em nome de um pressuposto oportunista e derrotista de que, se não podes vencer o teu inimigo contenta-te com as migalhas que ele estiver disposto a dispensar-te!
Os inúmeros compagnons de route que a história documenta, começam assim: aceitam uns pactos, cedem nalguns princípios e, quando nos damos conta, já se passaram, com armas e bagagens, para o campo daqueles que ontem clamavam ser o inimigo (Luis Júdice, no Luta Popular)
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1 comentário:
Em português e tudo!
http://archive.org/details/AsForcasSecretasDaRevolucao
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