A Troika é apenas um conjunto de técnicos financeiros que recolhem dados e os enviam ao Eurogrupo, onde os ministros das Finanças dos países do Euro decidem sobre que medidas de austeridade ou de “ajuda” devem endossar aos países membros, segundo os interesses do núcleo duro da “União” industrializada e desenvolvida. É esse directório da EU que de forma absolutamente anti-democrática decide a formação do bloco político Europa (500 milhões de pessoas unificadas mercantilmente para competir com a China, de acordo com os interesses dos Estados Unidos)
... logo, quando se diz que Portugal precisa de mais austeridade, não é o intermediário Fundo da Miséria Intencional que o diz, mas sim a força hegemónica que controla o Eurogrupo, ou seja, a Alemanha
especificando:
são 7 as "recomendações" que a Alemanha, dirigindo o novo paradigma europeu, faz para um Portugal dirigido por uma corja de lacaios instalados, tanto no Governo, como na "Oposição" (adivinhe-se aqui quais)
Subservientes, Portas e Passos concordam: "Estamos disponíveis para tomar medidas adicionais, se forem necessárias para ir ao encontro dos objectivos do programa e disponíveis para consultar o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, se for necessária a revisão de políticas"
- segundo se diz na carta enviada ao FMI, datada de 24 de Outubro e assinada por Paulo Portas, pela ministra das Finanças e pelo governador do Banco Central português Carlos Costa. Nesse sentido, as altas instâncias que mantêm este Governo em funções comprometem-se com a Troika a apresentar até ao final do ano um relatório com novas medidas sobre flexibilização salarial... e já agora, com mais cortes nas pensões de reforma para "conseguir um equilíbrio sustentável das contas" (deles) da banca e das multinacionais interessadas em privatizar tudo o que lhe dê lucro - contra os interesses do povo em geral - no seio do qual se desenrola um inenarrável agravamento da miséria: "todos os dias 10 portugueses deixam de pagar a casa" .
No final da infindável linha, a pressão dos "mercados" financeiros sobre um país crescentemente endividado, a tutela do Tratado Orçamental e a fragilidade da nossa economia não desaparecem com o fim do Memorando da Troika. Muito menos o processo de Germanização da Zona Euro é suspenso. E é neste ambiente de sucesso (1) que se anuncia o regresso à coutada de mais um insigne funcionário das altas instâncias ocultas - que vem tentar assumir-se como luxuoso figurante do actual paradigma capitalista na "candidatura à Presidência da República, como aspiram alguns dos seus amigos e apoiantes políticos". Ora, com amigos destes, o povo português, enquanto colectividade de interesses comuns, já tem obrigação de perceber quem são os seus inimigos!
(1) UE investiu mais de 73 milhões de euros para ajudar desempregados em 2012. Portugal não se candidatou...
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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sexta-feira, novembro 15, 2013
O "portugal do governo saíu da recessão" mas os Portugueses não.
Etiquetas:
capitalismo,
Europa,
imperialismo,
neocolonialismo,
Portugal
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2 comentários:
Bem escrito. Precisamos de alguém que dê uma lição à Troika, aos barrosos e corjas afins. Penso que provávelmente para acabarmos com os tarados que controlam o mundo, temos de ter ajuda da Natureza, yosemith tem de se enfurecer e rebentar, ou cair um cometa em Israel, acabar com as comunicações germanófilas e voilá teriamos um mundo mais leve para recuperar do caos.
bem pensado,
tudo menos trabalhar, criar uma classe operária forte e organizar os trabalhadores para derrubar os exploradores
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