No mesmo dia em que os povos europeus "votaram", o directório da União Europeia assinou à revelia dos povos e no maior sigilo o Tratado de Comércio Livre com os Estados Unidos. Nós votamos, eles escolhem.
É um autêntico golpe-de-Estado
Se existe um plano, a capa do Público no dia a seguir às eleições europeias fará jurisprudência na manipulação: à esquerda a extrema direita que avança eleitoralmente na Europa, à direita os "schucialistas que obtiveram uma vitória mínima", por fim, nova sondagem prevendo os resultados das próximas legislativas dá o P"S" com uma irrisória vantagem de 0,7 por cento sobre o P"SD" (em França um P"S" com uns miseráveis 14,2 por cento). Radicalizam-se deliberadamente os extremos para obrigar o povo a exigir um "Bloco Central" forte, resistente aos extremismos; isto é, a Ditadura (fascista ou nazi, consoante se passa a Sul, ou a Norte)...
"Se eu pudesse reencarnar, gostaria de voltar à Terra como um vírus mortal para diminuir os níveis de população humana" – o desabafo é do Principe Filipe, duque de Edimburgo.
A população mundial está, sejam quais forem os intentos e propósitos, completamente fora de controlo, os espaços para os grupos nacionais diminuem, a xenofobia brota da exiguidade da terra. Estarão em curso planos implementados pela elite da Nova Ordem Mundial, para diminuir e despovoar o planeta (actualmente com 7 mil milhões de pessoas) para um nível administrável segundo a perspectiva de rentabilização capitalista? com os meios biopolíticos actualmente disponíveis no controlo das populações (1) tal acção, a existir, fará o autor do projecto de eugenia populacional do nazi Mengele parecer um simples doutor veterinário que geriu uma fábrica de frangos. A revelação desta cabala não é nova, a activista Susan George surpreendeu o mundo ao publicar em 1999 o célebre “Relatório Lugano” cujo subtítulo era “como preservar o capitalismo no século XXI” e, num tom satírico que tornava o conteúdo ainda mais eloquente, a autora avançava que isso só seria possível exterminando a população até atingir um nível ideal de gestão rentável próximo dos 4 mil milhões de habitantes.
Existem hoje uma enormidade de meios e métodos de despovoamento que podem estar a ser empregues para obviar a sustentabilidade da exploração e desenvolvimento internacional, o que conduz a grandes fomes e inanição por todo o mundo (pelo menos 40 milhões de mortes por ano), com o fomento da guerra, espalhando o ódio; aquisição e acumulação de meios militares, como armas nucleares e quimicas que conduzirão a milhões de mortes, a criação e propagação de doenças infecciosas que levam a pandemias globais, a pestilência alimentar com o envenenamento dos solos e a contaminação da água do planeta, a introdução forçada e uso de drogas farmacêuticas mortais, as modificações artificiais no clima e no desencadeamento de terramotos, erupções e tsunamis produzidos por armas electromagnéticas psicotrónicas controladas a partir do espaço, a promoção da homossexualidade que espalha o vírus mortal HIV, a esterilização e vacinação forçada, a gestão contabilística de cuidados médicos, o convite à eutanásia, tudo isto numa escala sem precedentes. A morte e a gestão de quem vive e quem morre, tornou-se o princípio organizador central do século XXI. Este século prepara-se para acelerar a tendência de aniquilação do século precedente, que foi, de longe, o mais sangrento da história da humanidade.
"Segundo o Tribunal Federal de Lausanne, a saudação "Sieg Heil" feita em lugares públicos não constitui um delito, mas apenas uma demonstração de uma convicção pessoal que não se pretende impor aos outros, pelo que não é um atentado à liberdade de expressão nem uma expressão anti-democrática. Não faltará muito e o tal Josef Mengele ainda será homenageado, a título póstumo, pelo seu "experimentalismo" (daqui)
Que se foda o Hitler, não faz cá falta nenhuma. Foi isto mesmo que pensou o agente do grupo Bilderberg, Pinto Balsemão, que pela parte portuguesa convida este ano uma jovem deputada da “oposição” e Paulo Macedo, um conhecido gestor que presta os últimos sacramentos no Ministério da Saúde, membro de um governo liderado por um primeiro ministro que é popularmente conhecido pelo “Mata-Velhos”
(1) Na obra de Michel Foucault, é o modelo de governo que regulamenta a população através do Biopoder - a aplicação e impacto do poder político sobre todos os aspectos da vida humana. (wikipedia)
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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sábado, maio 31, 2014
sexta-feira, maio 30, 2014
Feira do Livro
o escândalo provocado pela adesão do Banco Suiço UBS ao paradigma financeiro neoliberal imposto pelos Estados Unidos é dissecado no livro "UBS - Os Bastidores de um Escândalo" de
Myret Zaki,
ora, oriundo de Basileia, como muito bem sabemos, é o "Bank of International Settlements", o Banco dos Bancos Centrais...
ora, oriundo de Basileia, como muito bem sabemos, é o "Bank of International Settlements", o Banco dos Bancos Centrais...
Governo apoia trabalho de borla!
é essencial perceber: é o trabalho remunerado que gera mercado
Quando se pensa que isto não pode ir mais ao fundo, enganamo-nos. O trabalho dos voluntários do Rock in Rio vai ser apoiado pelo Governo. Os precários contratados vão trabalhar de borla, em turnos de 6 horas quanto o Código do Trabalho em vigor em Potugal só permite turnos de 5 horas...
enfim
quem foi que falou em terceiro-mundização dos europeus?
Little Red Rooster (1965)
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quinta-feira, maio 29, 2014
66% dos eleitores fizeram gazeta aos partidos que vivem das urnas. ´"Qual é o limite de participação para conferir legitimidade democrática às eleições?"
a Constituição da República diz que qualquer acto eleitoral que registe menos de 20 por cento dos eleitores inscritos não tem validade, tendo de ser repetido - senão lá se vai o ar de democracia que lhe dão
"Seguro melhor amigo de Coelho" - Como é que se finge pôr termo a esta bela amizade? talvez com António Costa como melhor amigo de Rui Rio?? (outro bilderberger)
Como é que se finge pôr termo a esta bela amizade? talvez com António Costa como melhor amigo de Rui Rio? A questão é posta por João Maria de Freitas-Branco, no artigo do Público de 27 de Maio pp 44:
"Quando é que se faz o urgente? será que o tão evidente quão extraordinário consenso alargado hoje existente em torno de três ou quatro grandes questões não chega? Quando é que as mentes mais lúcidas, mais racionalmente críticas e modernas da esquerda e do centro esquerda - da área socialista, comunista, social-democrata, democrata-cristã - se sentam à mesa para, em conjunto, cozinharem o núcleo de um programa de acção governativa que salve o país da violenta imoralidade da politica "austecida"? E, existindo esse documento que materialize uma convergência já há muito latente, não será fácil encontrar duas figuras razoavelmente consensuais para se apresentarem como os dignos estadistas que agora tanto nos faltam - um digno Presidente da República e um digno primeiro-ministro? Alguém me pode responder?" (ler aqui)
Com todo o gosto, caríssimo Filósofo, com uma nota prévia: sem considerar a luta de classes não há solução. As estruturas do poder neoliberal estão desenhadas para não haver alternativa fora do Bloco Central de interesses instalados a favor das corporações. Analisando o existente: o governo Coelho-Portas esticou a corda até onde pôde, mas está esgotado. A burguesia precisa urgentemente que o P"S" seja eleito para estabilizar esta fase do assalto. Neste contexto, tanto Seguro como Costa foram os 2 convidados ao grupo Bilderberg (que tutela na sombra as grandes linhas de acção dos governos). O que pode ter acontecido é Seguro ter sido "eleito" para aguentar os cavalos sem grandes ondas, e, missão cumprida, já não precisam de um boneco como ele e descartam-no. Então venha o Dr. António Costa, que dá mais garantias de aguentar a fase seguinte (cuja politica será complementar da anterior. Costa não exige a demissão imediata do governo. Costa é bem capaz, se e quando lá chegar, aceitar um governo de coligação com o partido de Paulo Portas, outro bilderberger.
a solução para uma "saída limpa" da crise passa por um programa com três pontos essenciais:
"Seguro melhor amigo de Coelho" - Como é que se finge pôr termo a esta bela amizade? talvez com António Costa como melhor amigo de Rui Rio?? (outro bilderberger)
Como é que se finge pôr termo a esta bela amizade? talvez com António Costa como melhor amigo de Rui Rio? A questão é posta por João Maria de Freitas-Branco, no artigo do Público de 27 de Maio pp 44:
"Quando é que se faz o urgente? será que o tão evidente quão extraordinário consenso alargado hoje existente em torno de três ou quatro grandes questões não chega? Quando é que as mentes mais lúcidas, mais racionalmente críticas e modernas da esquerda e do centro esquerda - da área socialista, comunista, social-democrata, democrata-cristã - se sentam à mesa para, em conjunto, cozinharem o núcleo de um programa de acção governativa que salve o país da violenta imoralidade da politica "austecida"? E, existindo esse documento que materialize uma convergência já há muito latente, não será fácil encontrar duas figuras razoavelmente consensuais para se apresentarem como os dignos estadistas que agora tanto nos faltam - um digno Presidente da República e um digno primeiro-ministro? Alguém me pode responder?" (ler aqui)
já me ando a mexer |
a solução para uma "saída limpa" da crise passa por um programa com três pontos essenciais:
quarta-feira, maio 28, 2014
Reunião do BCE na Penha Longa terminou sem que nenhum dos participantes tivesse prestado declarações. Apenas se soube que estão preocupados...
A primeira das normas que o BCE tem nos seus estatutos é travar a Inflação...... a segunda norma é não poder emprestar dinheiro directamente aos Estados (por causa dos défices, presume-se); o BCE obriga-se a emprestar dinheiro com juros aos bancos comerciais que de seguida tratam de endividar os Estados em beneficio de privados. Tanto o Banco de Inglaterra com a libra como a Reserva Federal norte-americana com o Dólar podem imprimir quanto baste de massa monetária e fazer empréstimos desses "valores" ao Estado. E foi o que fizeram em 2008, exportando a crise inflacionária provocada pelas fraudes financeiras para o resto do mundo - mas como o terceiro mundo já foi dissecado por décadas pelo imperialismo e está exaurido - os EUA deram primazia à Europa. Transferida a vigarice para as contabilidades da banca europeia (1) que por sua vez a transfere para as "Dívidas Soberanas" dos Estados, o Banco Central Europeu prepara-se agora, seis anos depois, para fazer o mesmo que os EUA fizeram com o "CRAP" literalmente um acrónimo de "Crápula" (Collaterized Rescue Assets Program), ou seja, travar a crise deflaccionária provocada pela limpeza dos balanços tóxicos da Banca (2) com a emissão de mais e mais dinheiro, mandando às urtigas os seus estatutos (tão escrupulosamente respeitados quanto à exigência austeritária de cumprimento dos défices, défice que no caso português triplicou só em três meses)
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terça-feira, maio 27, 2014
Fazendo o que os Vigaristas sabem fazer: Vigarizar
Timothy Geithner era Presidente da Reserva Federal de New York quando a Administração Obama recebeu instruções da raça financeira eleita (eleita por escolha divina, não por eleitores terráqueos) para ocupar o lugar de Secretário de Estado do Tesouro, no auge da crise na transição da Administração Bush em 2008. Celebrizou-se por aparecer num dos seus infindáveis serões sentado no chão na solidão de um qualquer bastidor a coligir informações pensando freneticamente sobre a melhor maneira de salvar os bancos dos Estados Unidos. A imagem tem sido glosada por todo o bicho careto que tem vindo a ser lixado por um esquema julgado inimaginável. Foi por esta cabecinha pensadora adentro, cujos tempos livres são dedicados a fazer surf (1), que se pariu o popularmente conhecido "CRAP", literalmente um acrónimo de "Crápula" (Collaterized Rescue Assets Program), ou seja, travar a crise deflaccionária provocada pela limpeza dos balanços tóxicos da Banca com a emissão de mais, mais e mais dinheiro.
Livre de obrigações faz tempo, com a reforma dourada conferida por mérito nos serviços prestados, o nosso jovem vem aqora responder às 10 Questões que a Time Magazine coloca habitualmente a personalidades notáveis. A candura, a técnica de comunicação especializada em falar sem dizer nada, o direito assumido de intervir em qualquer parte do mundo usando como arma o capital financeiro, o descaramento de afirmar que existe esquerda e direita nos Estados Unidos, o competente currículo de vigarista (Geithner, enquanto presidente da FED-NY, transferiu 13 mil mihões de dólares de CDO`s fraudulentos para as contabilidades públicas para os contribuintes pagarem (2), enfim, a falta de escrúpulos que só os grandes pulhas não sentem vergonha de exibir. A tradução da entrevista a seguir:
R. Esta foi uma crise terrível e ainda podemos sentir os seus danos por todo o país. Continuamos a viver com essas cicatrizes.
02. Você escreveu em “Stress Test”: “nunca foi o meu objectivo na vida arranjar um grande emprego em Washington”. O que é que correu mal?
R. Quando o teu Presidente te diz para cumprir uma determinada tarefa, tu tens de responder sim! É o que tu fazes (1). Tentei falar com ele de modo a que tivesse sempre a certeza de que compreendia os resultados que iria obter.
03. E o que é que ele obteve?
R. Passei toda a minha vida a lidar com uma série de crises financeiras por todo o mundo. Então, o Presidente teve alguém que não era um político, nem um banqueiro, nem um economista. Mas tive a infelicidade, mas muito válida experiência de ter acompanhado países lidando com crises financeiras horríveis.
04. Crises no México, Tailândia, Indonésia, Coreia do Sul, Rússia – Você é o Doutor Doom? (o Supervilão da banda desenhada Marvel que decide do destino das personagens)
R. Aprendi algo muito válido a principio, que foi como são frágeis os sistemas financeiros, como estão tão interligados com a economia, quão difícil é separar o trauma num sistema financeiro do trauma na economia, quão difícil é proteger as pessoas comuns dos pânicos financeiros.
05. Você escreveu artigos contra os banqueiros acerca das ajudas que lhe foram prestadas, sem retribuição, quando os (norte)-americanos estavam muito zangados. Porque não avançou a cortar cabeças e enfiá-las em paus só para mostrar obra?
R. Tentei explicar que o que seria necessário para proteger as pessoas do pânico é realmente o oposto daquilo que parece ser leal, justo ou eficaz. É uma coisa paradoxal. Mas é perfeitamente compreensível que as pessoas queiram que se tomem medidas justas.
06. A Esquerda vê-o como um bloqueador de Wall Street e a Direita vê-o como um actor que ajuda os socialistas. Como é que se vê a si mesmo no meio disto tudo? R. As coisas que fizemos e as coisas que nós sabíamos ser mais importantes a fazer - foram feitas para serem profundamente impopulares tanto para a Esquerda como para a Direita. Não havia hipótese de unanimidade nacional para essas coisas.
07. Milhões de (norte)-americanos perderam as suas casas. Poderia ter havido qualquer coisa de diferente que pudesse ter sido feito?
R. O Presidente colocou uma enorme pressão em cima de nós. E nós olhámos para todas as ideias, mas a escala deste problema era esmagadora em comparação com os instrumentos que tínhamos. Os recursos de que dispunhamos. Penso que usámos essas ferramentas tanto quanto pudemos.
08. Os ricos hoje têm mais rendimentos que os Barões que roubavam o povo (3) durante a Era Dourada (Gilded Age). Os Estados Unidos precisam de mais impostos progressivos ou de uma redistribuição de rendimentos?
R. Se olhar para este país hoje, continuamos a ter elevados níveis de pobreza (4). Um longo período de quase não crescimento dos salários médios. Referiu-se à grande expansão das desigualdades, mas também existe um sentido de diminuição da mobilidade social e de oportunidades inter-geracionais. E isso é uma coisa muito perniciosa. É muito importante que se descubra a nossa capacidade de tentar promover politicas que façam um melhor trabalho no desenvolvimento de uma média aceitável de oportunidades para as pessoas que saem das escolas.
09. Você contrariou os seus desejos e prejudicou a sua família para vir trabalhar para o Presidente Obama. Como consegue recompensá-los?
R. Isso pode ser feito. Perdi todos estes anos ausente. Perdemos a parte mais importante das suas vidas, privámo-los do direito à privacidade que a maioria das pessoas aprecia ter. Portanto, isto foi uma coisa muito dolorosa que lhes pus em cima
10. As acções registam subidas recorde. Quão protegidos estão os Estados Unidos da próxima bolha?
R. Neste momento, hoje, isso não deverá constituir um leque muito elevado de preocupações para o nosso país.
(1) Fora o que não revela, de facto Timothy Geithner no seu livro lançado no passado dia 18 de Maio faz a bombástica afirmação de que Obama lhe pediu para mentir deliberadamente sobre os fundos da Segurança Social. O que significa que Obama já cumpriu o seu papel e está pronto para ser lançado no caixote do lixo das ilusões xuxas
(2) "Collateralized Debt Obligation", uma técnica de fatiar em tranches os títulos de dívida por forma a sacar em primeiro lugar os juros e amortizações, continuando a divida base contraída a acumular mais juros. Serve para os governos mostrarem obra e chutarem os prejuízos para quem vier a seguir resolver (wikipedia)
(3) Estima-se que durante o mandato de Geithner na secretaria de Estado do Tesouro (às ordens de Obama) foram transferidos 120 mil milhões de ajudas aos bancos para as contas de divida pública (Business Insider)
(4) Olá. Bem-vindos ao nosso Mundo. Isto não é Caracas ou uma cidade em Cuba, é Detroit EUA, o sonho americano convertido em pesadelo:
Livre de obrigações faz tempo, com a reforma dourada conferida por mérito nos serviços prestados, o nosso jovem vem aqora responder às 10 Questões que a Time Magazine coloca habitualmente a personalidades notáveis. A candura, a técnica de comunicação especializada em falar sem dizer nada, o direito assumido de intervir em qualquer parte do mundo usando como arma o capital financeiro, o descaramento de afirmar que existe esquerda e direita nos Estados Unidos, o competente currículo de vigarista (Geithner, enquanto presidente da FED-NY, transferiu 13 mil mihões de dólares de CDO`s fraudulentos para as contabilidades públicas para os contribuintes pagarem (2), enfim, a falta de escrúpulos que só os grandes pulhas não sentem vergonha de exibir. A tradução da entrevista a seguir:
10 Questões colocadas a Timothy Geithner
01. A economia dos Estados Unidos está a crescer, o desemprego a diminuir. Porque é que os (norte)-americanos estão tão infelizes? R. Esta foi uma crise terrível e ainda podemos sentir os seus danos por todo o país. Continuamos a viver com essas cicatrizes.
02. Você escreveu em “Stress Test”: “nunca foi o meu objectivo na vida arranjar um grande emprego em Washington”. O que é que correu mal?
R. Quando o teu Presidente te diz para cumprir uma determinada tarefa, tu tens de responder sim! É o que tu fazes (1). Tentei falar com ele de modo a que tivesse sempre a certeza de que compreendia os resultados que iria obter.
03. E o que é que ele obteve?
R. Passei toda a minha vida a lidar com uma série de crises financeiras por todo o mundo. Então, o Presidente teve alguém que não era um político, nem um banqueiro, nem um economista. Mas tive a infelicidade, mas muito válida experiência de ter acompanhado países lidando com crises financeiras horríveis.
04. Crises no México, Tailândia, Indonésia, Coreia do Sul, Rússia – Você é o Doutor Doom? (o Supervilão da banda desenhada Marvel que decide do destino das personagens)
R. Aprendi algo muito válido a principio, que foi como são frágeis os sistemas financeiros, como estão tão interligados com a economia, quão difícil é separar o trauma num sistema financeiro do trauma na economia, quão difícil é proteger as pessoas comuns dos pânicos financeiros.
05. Você escreveu artigos contra os banqueiros acerca das ajudas que lhe foram prestadas, sem retribuição, quando os (norte)-americanos estavam muito zangados. Porque não avançou a cortar cabeças e enfiá-las em paus só para mostrar obra?
R. Tentei explicar que o que seria necessário para proteger as pessoas do pânico é realmente o oposto daquilo que parece ser leal, justo ou eficaz. É uma coisa paradoxal. Mas é perfeitamente compreensível que as pessoas queiram que se tomem medidas justas.
06. A Esquerda vê-o como um bloqueador de Wall Street e a Direita vê-o como um actor que ajuda os socialistas. Como é que se vê a si mesmo no meio disto tudo? R. As coisas que fizemos e as coisas que nós sabíamos ser mais importantes a fazer - foram feitas para serem profundamente impopulares tanto para a Esquerda como para a Direita. Não havia hipótese de unanimidade nacional para essas coisas.
07. Milhões de (norte)-americanos perderam as suas casas. Poderia ter havido qualquer coisa de diferente que pudesse ter sido feito?
R. O Presidente colocou uma enorme pressão em cima de nós. E nós olhámos para todas as ideias, mas a escala deste problema era esmagadora em comparação com os instrumentos que tínhamos. Os recursos de que dispunhamos. Penso que usámos essas ferramentas tanto quanto pudemos.
08. Os ricos hoje têm mais rendimentos que os Barões que roubavam o povo (3) durante a Era Dourada (Gilded Age). Os Estados Unidos precisam de mais impostos progressivos ou de uma redistribuição de rendimentos?
R. Se olhar para este país hoje, continuamos a ter elevados níveis de pobreza (4). Um longo período de quase não crescimento dos salários médios. Referiu-se à grande expansão das desigualdades, mas também existe um sentido de diminuição da mobilidade social e de oportunidades inter-geracionais. E isso é uma coisa muito perniciosa. É muito importante que se descubra a nossa capacidade de tentar promover politicas que façam um melhor trabalho no desenvolvimento de uma média aceitável de oportunidades para as pessoas que saem das escolas.
09. Você contrariou os seus desejos e prejudicou a sua família para vir trabalhar para o Presidente Obama. Como consegue recompensá-los?
R. Isso pode ser feito. Perdi todos estes anos ausente. Perdemos a parte mais importante das suas vidas, privámo-los do direito à privacidade que a maioria das pessoas aprecia ter. Portanto, isto foi uma coisa muito dolorosa que lhes pus em cima
10. As acções registam subidas recorde. Quão protegidos estão os Estados Unidos da próxima bolha?
R. Neste momento, hoje, isso não deverá constituir um leque muito elevado de preocupações para o nosso país.
(1) Fora o que não revela, de facto Timothy Geithner no seu livro lançado no passado dia 18 de Maio faz a bombástica afirmação de que Obama lhe pediu para mentir deliberadamente sobre os fundos da Segurança Social. O que significa que Obama já cumpriu o seu papel e está pronto para ser lançado no caixote do lixo das ilusões xuxas
(2) "Collateralized Debt Obligation", uma técnica de fatiar em tranches os títulos de dívida por forma a sacar em primeiro lugar os juros e amortizações, continuando a divida base contraída a acumular mais juros. Serve para os governos mostrarem obra e chutarem os prejuízos para quem vier a seguir resolver (wikipedia)
(3) Estima-se que durante o mandato de Geithner na secretaria de Estado do Tesouro (às ordens de Obama) foram transferidos 120 mil milhões de ajudas aos bancos para as contas de divida pública (Business Insider)
(4) Olá. Bem-vindos ao nosso Mundo. Isto não é Caracas ou uma cidade em Cuba, é Detroit EUA, o sonho americano convertido em pesadelo:
segunda-feira, maio 26, 2014
Também tu, Charlot?, A Quimera do Ouro (e o voto no capitalismo que lhe está implicito)
Cerca de 1900 e picos, Charlie Chaplin aparece-nos sem a sua icónica maquilhagem. Em 1914 o bigodinho símbolo do Carlitos Repórter em "Making A Living" ainda era farfalhudo e completo e as roupas também eram outras e até elegantes se comparadas à ‘nobreza maltrapilha’ posterior do vagabundo Charlot, actividade icónica que valeu a Chaplin a expulsão dos Estados Unidos, vindo a morrer em Vevey na Suiça. Não sem que antes Hollywood o tivesse canibalizado com a atribuição de um "óscar de carreira", a ele quer nunca tinha ganho tal prémio por nenhuma das suas célebres obras cinematográficas imortalizando a tragédia dos Pobres sob a condição da selvajaria capitalista industrializada. Cem anos depois e muito capital acumulado, os filhos Michael, Eugene e Victoria, são agora sócios do projecto do Museu Chaplin na Suiça orçado em 57 milhões de dólares que irá abrir as portas no início de 2016. (com o patrocinio de uma multinacional)
Em 1919, Charlie Chaplin fundou o seu próprio estúdio com alguns seus amigos, outros ícones de Hollywood, Douglas Fairbanks, Mary Pickford e D.W. Griffith (o notável autor de "O Nascimento de uma Nação") - "Fui para este negócio por dinheiro, e a arte cresceu a partir disso", disse certa vez Chaplin. "Se as pessoas ficaram desiludidas com esse meu comentário, não posso ajudá-las. É a verdade"
Em 1919, Charlie Chaplin fundou o seu próprio estúdio com alguns seus amigos, outros ícones de Hollywood, Douglas Fairbanks, Mary Pickford e D.W. Griffith (o notável autor de "O Nascimento de uma Nação") - "Fui para este negócio por dinheiro, e a arte cresceu a partir disso", disse certa vez Chaplin. "Se as pessoas ficaram desiludidas com esse meu comentário, não posso ajudá-las. É a verdade"
a grande surpresa da noite...
"Não legitimem a Corrupção, não votem em Corruptos. Não participem na farsa das eleições. Usem o "não voto" para refundar a democracia" (citando Marinho e Pinto, ex-bastionário da Ordem dos Advogados e habitué nos show-offs das televisões)
Em suma, esta é a hipocrisia e a incoerência dos arrivistas recém chegados à procura de protagonismo político e que não têm vergonha de dizer uma coisa e fazer outra, consoante a norma tradicional do Poder: dar o dito por não dito. Nem é preciso comentar isto politicamente... basta dar guita ao papagaio
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nova promoção especial, populismo, é entrar senhores, é entrar!
66 por cento dos eleitores inscritos não votaram, para não terem chatices. Obviamente, o sistema faz as contas aos restantes 34 por cento que compareceram e toda a gente cada um para seu lado clama vitória disto e daquilo. Aprofundando as contas, os deputados dos dois partidos juntos do Bloco Central foram eleitos com 20,5 por cento dos votos contados, a menor percentagem de sempre.
domingo, maio 25, 2014
e assim se vê a força do não sei quê
Do poder dos individees (como diria o pai da pátria 25 novembrista) que falam pela boca das urnas; por um lado os que não votam é que decidem; por outro o mal enjorcado presidente que os portugueses tiveram o azar de escolher em 2006 acha isso muito e bem e garante que assim se cumpra; por último, gente lúcida pensa que a Europa caminha para uma situação neocolonial dependente das grandes corporações financeiras, tecnológicas e industriais propriedade da infima minoria de magnatas que detêm o poder a coberto do poderio militar dos Estados Unidos
Cavaco faz campanha eleitoral num periodo de reflexão infringindo a lei e apela ao voto que já sabe antecipadamente ser nos seus partidos, lembrando que a UE é vital para a vida do país (aqui)...
... enquanto isso, em simultâneo noutro lugar... a Austeridade está em congeminação pelos Banqueiros Centrais no luxo bilderberguiano da Penha Longa (quartos vão até aos 5.000 mil euros por noite)... (aqui)... por último, a "União" contra-natura da "Europa" vai destruir a vida da maioria dos quase 500 milhões de europeus (aqui) isto considerando que os Europeus constituem uma industriosa superpotência mais rica que os Estados Unidos e mais exportadora que a China. Ao contrário da Rússia, a defesa da Europa está dependente militarmente do eixo anglo-norte-americano, ao mesmo tempo que é alvo de uma crise económico-financeira provocada a partir do exterior (aqui). Quem controla a União Europeia são poderes ferreamente ocultados, o Parlamento Europeu tem relativamente pouco poder (seguir estas ligações). A braços com a descrença dos seus cidadãos o que é que estas eleições mudam? provavelmente nada... (excepto a peixeirada do espectáculo televisivo) A senhora Merkel já decidiu previamente em tratado secreto a partilha dos cargos, deste modo ou vice-versa: se a maioria dos votos, como previsivel, pertencer ao grupo partidário Popular Europeu (PPE) o cargo de comissário europeu pertencerá à oposição, o grupo "Socialistas&Democratas" a que pertence o nosso P"S", ou seja, pela via eleitoral, não existe alternativa ao Bloco Central cuja perniciosa acção os portugueses tão bem conhecem
Cavaco faz campanha eleitoral num periodo de reflexão infringindo a lei e apela ao voto que já sabe antecipadamente ser nos seus partidos, lembrando que a UE é vital para a vida do país (aqui)...
... enquanto isso, em simultâneo noutro lugar... a Austeridade está em congeminação pelos Banqueiros Centrais no luxo bilderberguiano da Penha Longa (quartos vão até aos 5.000 mil euros por noite)... (aqui)... por último, a "União" contra-natura da "Europa" vai destruir a vida da maioria dos quase 500 milhões de europeus (aqui) isto considerando que os Europeus constituem uma industriosa superpotência mais rica que os Estados Unidos e mais exportadora que a China. Ao contrário da Rússia, a defesa da Europa está dependente militarmente do eixo anglo-norte-americano, ao mesmo tempo que é alvo de uma crise económico-financeira provocada a partir do exterior (aqui). Quem controla a União Europeia são poderes ferreamente ocultados, o Parlamento Europeu tem relativamente pouco poder (seguir estas ligações). A braços com a descrença dos seus cidadãos o que é que estas eleições mudam? provavelmente nada... (excepto a peixeirada do espectáculo televisivo) A senhora Merkel já decidiu previamente em tratado secreto a partilha dos cargos, deste modo ou vice-versa: se a maioria dos votos, como previsivel, pertencer ao grupo partidário Popular Europeu (PPE) o cargo de comissário europeu pertencerá à oposição, o grupo "Socialistas&Democratas" a que pertence o nosso P"S", ou seja, pela via eleitoral, não existe alternativa ao Bloco Central cuja perniciosa acção os portugueses tão bem conhecem
infografia do Diário de Notícias
sábado, maio 24, 2014
a Arte na Politica
Plataforma Revólver. Uma exposição sobre a intervenção da Arte na Politica. Abertura desde 15 Maio de 2014. Local: Portugal Telecom/Lisboa
A mostra colectiva "explora as inter-relações existentes entre arte, activismo e política através de vários projectos de arte. Uma profunda reflexão sobre as actuais políticas de austeridade que modificaram brutalmente as vidas dos portugueses e ameaçam o futuro do nosso país. (mais informação)
"PS defendeu que os dados da execução orçamental divulgados em Dezembro de 2013 demonstraram que "a consolidação orçamental foi claramente insuficiente"
É uma questão de escolha, ou como dizem os yankees: de "imbalance", o que falta de um lado sobra de outro lado.
Feita honestamente uma auditoria à falência do BPP os signatários das contas de capital especulativo teriam perdido esses "valores" inexistentes. Porém o Estado intervencionou a massa falida, pelo que irá pagar com o dinheiro dos contribuintes as fracassadas aventuras financeiras dos tubarões cá da praça.
A mostra colectiva "explora as inter-relações existentes entre arte, activismo e política através de vários projectos de arte. Uma profunda reflexão sobre as actuais políticas de austeridade que modificaram brutalmente as vidas dos portugueses e ameaçam o futuro do nosso país. (mais informação)
e já agora, a propósito de mais dois artistas à caça de votos
Um dia ou dois depois das eleições, por motivos óbvios, o governo vai divulgar publicamente a carta que escreveu à Troika, explicando que novas medidas de austeridade tem pensadas para colmatar o défice de 2014 para o que se calcula ser preciso sacar ao povo quase mais quatro mil milhões de euros."PS defendeu que os dados da execução orçamental divulgados em Dezembro de 2013 demonstraram que "a consolidação orçamental foi claramente insuficiente"
É uma questão de escolha, ou como dizem os yankees: de "imbalance", o que falta de um lado sobra de outro lado.
Feita honestamente uma auditoria à falência do BPP os signatários das contas de capital especulativo teriam perdido esses "valores" inexistentes. Porém o Estado intervencionou a massa falida, pelo que irá pagar com o dinheiro dos contribuintes as fracassadas aventuras financeiras dos tubarões cá da praça.
sexta-feira, maio 23, 2014
Fora o Euro!, venha o Escudo!
“Sair do euro e repor uma moeda própria, um novo escudo, é o objectivo político imediato mais importante da luta dos trabalhadores e do povo português contra o roubo do trabalho, do salário e das pensões, pelo repúdio da dívida pública, pelo progresso e bem-estar, pela democracia e pela independência nacional..." (Leopoldo Mesquita, cabeça de lista do PCTP/MRPP às eleições europeias)
Desde que Portugal abandonou o Escudo como moeda própria, os impostos aumentaram 40%, o investimento caiu para metade, registaram-se cortes sucessivos nos salários, nas pensões e no Serviço Nacional de Saúde, a Dívida pública “não chegava a 50% do Produto Interno Bruto (PIB)” e actualmente aproxima-se dos 140%. Isto é um resultado directo do Euro", como moeda que mede a nossa perda de soberania em prol dos especuladores/credores internacionais
Desde que Portugal abandonou o Escudo como moeda própria, os impostos aumentaram 40%, o investimento caiu para metade, registaram-se cortes sucessivos nos salários, nas pensões e no Serviço Nacional de Saúde, a Dívida pública “não chegava a 50% do Produto Interno Bruto (PIB)” e actualmente aproxima-se dos 140%. Isto é um resultado directo do Euro", como moeda que mede a nossa perda de soberania em prol dos especuladores/credores internacionais
comunicação integral da camarada Arnaldo Matos no encerramento da campanha
"Eleições"; Periodo de reflexão; o Zé Povinho passa a vida nisto...
"Para nós a saída é limpa. Eles é que ficam na merda"
pensarão os troikos, cavaco, coelho, seguro e tutti-quanti...
e já agora... não te esqueças de votar sempre nos mesmos
Perigo!. Manobra eleitoral em curso |
quinta-feira, maio 22, 2014
Crença, Verdade, Conhecimento, Mentira,
(estudando psicologia politica para melhor poder enganar o próximo)
Pode-se dizer que a epistemologia se origina em Platão. Opõe a Crença ou Opinião ao Conhecimento. A crença é um determinado ponto de vista subjetivo. O conhecimento é crença verdadeira e justificada.
A teoria de Platão abrange o conhecimento teórico, o saber que. Tal tipo de conhecimento é o conjunto de todas aquelas informações que descrevem e explicam o mundo natural e social que nos rodeia. Este conhecimento consiste em descrever, explicar e predizer uma realidade, isto é, analisar o que ocorre, determinar por que ocorre dessa forma e utilizar estes conhecimentos para antecipar uma realidade futura.
Perante a possibilidade do conhecimento, o sujeito pode tomar diferentes atitudes:
1. Dogmatismo: atitude filosófica pela qual podemos adquirir conhecimentos seguros e universais por inspiração, e ter fé disso.
2. Cepticismo: atitude filosófica oposta ao dogmatismo, a qual duvida de que seja possível um conhecimento firme e seguro, sempre questionando e pondo à prova as crenças, e dependendo dos resultados afirmativos destas provas as crenças podem se tornar convicção ou certeza. Esta postura foi defendida por Pirro de Élis.
3. Relativismo: atitude filosófica defendida pelos sofistas que nega a existência de uma verdade absoluta e defende a ideia de que cada indivíduo possui sua própria verdade, que é em função do contexto histórico do indivíduo em questão.
4. Perspectivismo: atitude filosófica que defende a existência de uma verdade absoluta, mas pensa que nenhum de nós pode chegar a ela senão a apenas uma pequena parte.
são 3 as grandes linhas de ontologia consolidadas na matriz do pensamento ocidental:
1. a Ontologia do Uno, cuja idéia dominante assevera que toda a realidade procede do Uno, ou manifestação do mesmo ou que se reduza a ele. Seus representantes são Parmênides, Platão, Plotino, Escoto Eriúgena, Spinoza e as vertentes do pensamento oriental.
2. Ontologia do Ser, que parte não do Uno, mas daquilo que é, e por conseguinte, do conhecimento empírico e da experiência. Por meio desta vertente da ontologia, o ser se diz de várias maneiras (analogia), cuja maior expressão é a da substância, que em grau máximo, corresponde a Deus (Primeiro Motor), sem movimento ou mudança. Os seus maiores representantes são Aristóteles e Santo Tomás de Aquino, que à luz da Revelação Bíblica conceitua Deus como Ipsum Esse per se subsistens.
3. Ontologia do Devir (ou do tempo). É a que vem se afirmando desde o início da era moderna. Seus representantes são Hegel, Heidegger, e em alguma medida Nietzsche. Pretendem reintroduzir a dinâmica no ser, e, com isto, sua oposição ao não-ser, como momento de interioridade de vida e do ser.(wikipedia)
Finalmente, a acrescentar à objectividade e subjectividade do Conhecimento veio juntar-se a Ontologia virtual como ciência da computação, tornando infinitamente mais mais complexo o emprego de todos os conceitos fisicos existentes (wikipedia)
quarta-feira, maio 21, 2014
sobre programas concretos sobre o que vão fazer com os votos no dia seguinte... nicles
Virus xuxialistas, nazis que ameaçam exterminar candidatos, as eternas peixeiras, mestres de ilusionismo, Coelhos tirados da cartola, todos à rasca porque ninguém lhes liga pêva, Portas que se fecham sobre os mercados e um xico-esperto que para variar sai do armário como o "Senhor Bacalhau"
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Porque este é um tema considerado fulcral, aqui fica para informação e esclarecimento sobre o corte radical com a politica dos partidos troikistas: aos quais se contrapõe a proposta "SAIR DO EURO" - não confundir com saída da UE (via Sandra Vinagre):
PSD-CDS - Discorda totalmente
PS - Discorda totalmente
LIVRE (Rui Tavares) - Discorda totalmente
PAN - Discorda (mas não totalmente)
MPT - Discorda (mas não totalmente)
BE - Discorda (mas não totalmente)
PCP - Concorda (mas não totalmente)
MRPP - Concorda totalmente
"O Capital no Século XXI" (II)
Não é do dia para a noite que um livro de 685 páginas sobre Economia cativa os comuns leitores de rua, Wall Street e a nata dos políticos de Washington espiritualmente com tendência para pensar em petroleiros.
Mas é isso que está a acontecer na América do Norte com o “Capital no Século XXI”, uma obra de Thomas Piketty, um economista de 43 anos nascido em França e formado no Massachusetts Institute of Technology (MIT). O livro analisa centenas de anos de registos fiscais da França, do Reino Unido, dos EUA, Alemanha e Japão para provar ideias simples e “grandes descobertas”: os ricos na realidade (sempre estiveram) e estão a ficar cada vez mais ricos. E a sua riqueza não corre o risco de desabar. Respira saúde. E sem uma mera reforma da política fiscal, essa lacuna da desigualdade só poderá aumentar nos próximos anos.
Esta é, segundo o editor: “uma obra de extraordinária ambição, originalidade e rigor, o “Capital no Século XXI” reorienta a nossa compreensão da história económica e confronta-nos com soberbas lições para os dias de hoje”. Uma recensão aparece na Time Magazine de 19 de Maio de 2014 da autoria de Rana Foroohar.
Outra nota promocional aparece antes no “Público” de 16 de Maio da autoria do professor universitário João Constâncio. Mas convém avisar os leitores e quem se atreva a uma eventual tradução para português “do volumoso calhamaço que se lê quase como um romance” que irá comprar gato neoliberal vendido como lebre marxista.
Piketty reuniu com economistas laureados com o Nobel, com financeiros bilionários, decisores políticos, com o secretário de Estado Jack Lew, conselheiros económicos como Jason Furman, economistas liberais como Paul Krugman (que apelida a obra de “livro da década”), enfim, com todos os que têm lutado contra o crescimento das desigualdades nos anos recentes, o movimento Occupy Wall Street, Barack Obama e o Papa Francisco (!) segundo menciona em entrevista. Recolhendo ensinamentos de economistas como James Galbraith e Travis Hake, só se verificou uma queda de rendimentos dos mais ricos em períodos que envolvem a intervenção do Estado na economia em tempos relacionados com a guerra. Como foi o caso do “New Deal” nos anos 30 (investimentos de preparação para a 2ª Grande Guerra segundo a política de Keynes adaptada para o esforço militar) e em finais dos anos 40 com o “Plano Marshall” de reconstrução da Europa e o equivalente para forçar o Japão a adoptar submissamente o modelo económico imperialista norte-americano.
Em tempos de economia de paz (1) quais são as grandes dinâmicas que levam à acumulação e distribuição de capital? Questões sobre a evolução a longo prazo da desigualdade , a concentração de riqueza, e as perspectivas de crescimento económico estão no coração da economia política. Mas respostas satisfatórias têm sido difíceis de encontrar por falta de dados adequados e teorias orientadoras claras (lá por aquelas bandas ideológicas) . Assim, em o “Capital no Século XXI” Thomas Piketty analisa uma compilação de dados de vinte países, que vão tão longe atrás como o século XVIII, para descobrir padrões económicos e sociais fundamentais – uma investigação empírica sobre a história do Capital e da sua repartição numa “sociedade de herdeiros”. Os seus resultados, diz o editor, vão transformar o debate e definir a agenda para a próxima geração de pensadores sobre rendimentos e desigualdade. Mas não sem que, noutro trecho do livro, se prive de fazer uma rasgada elegia ao capitalismo como “um extraordinário produtor de riqueza, de inovação, de tecnologia, de bem estar, em suma: de desenvolvimento”. Sobre o “Imperialismo, como estádio superior do capitalismo” o livro é omisso, partindo do principio que já existe de facto implantada em definitivo uma hegemonia global do modelo ocidental, o que é falso, como se vai vendo pelo elevado desenvolvimento de outros modelos nas economias emergentes (principalmente a China e a Rússia).
A ocidente, o principal factor de desigualdade – a taxa de rendimento sobre o capital e o património acumulado tende no longo prazo a exceder a taxa de crescimento económico produtivo (a queda tendencial da taxa de lucro de Marx) - corre hoje o risco de gerar desigualdades extremas que agitam descontentamentos e minam os valores democráticos . Mas as tendências económicas não são actos de Deus. A acção política tem restringido as desigualdades perigosas no passado, diz Piketty, e pode voltar a fazê-lo novamente. Por exemplo, no final do século XVIII muitos dos 1% detentores das maiores fortunas viram imensas cabeças dos seus correligionários serem guilhotinadas. Mas, estudando o período que se seguiu à Revolução Francesa que classe social voltou a ter mais rendimentos?
Tal como em Darwin concebeu para a teoria da evolução, o autor descobre no capitalismo (partindo do principio que este é um sistema intrínseco à Natureza) um mecanismo de “selecção natural” que explica como é através da taxa de rendimento do capital (i.e património ou riqueza legado numa sociedade de herdeiros) que se agravam as desigualdades em relação aos rendimentos do trabalho (produtivo, improdutivo ou alienado, não interessa). Esse valor acumulado “tende a ser cerca de 600% do PIB, ou seja, um país precisa de 6 anos para produzir um rendimento equivalente à riqueza que já foi acumulada, e portanto, já existe como património ou capital basicamente privado – “embora essa riqueza em si mesma seja uma coisa boa” - a taxa de remuneração desse capital acumulado permite níveis de poupança que o rendimento de trabalho nunca pode proporcionar”. Assim, toda a sociedade capitalista tende a ser uma plutocracia e a tornar-se materialmente incompatível com a democracia e até com o liberalismo na sua acepção clássica. Mas esse mecanismo que serve ao autor como padrão histórico não é inalterável. A adopção de politicas fortemente redistributivas pode contrariar a dinâmica patrimonial, mas não, obviamente, acabar com a propriedade privada. Isso implicaria alterar as estruturas institucionais. E aqui é importante sublinhar que Piketty não propõe um sistema alternativo ao capitalismo.
Piketty tenta demonstrar que “o crescimento económico moderno e a difusão de conhecimento nos permitiu (aos países do centro capitalista) evitar as desigualdades à escala apocalíptica prevista por Karl Marx. Mas não modificámos as estruturas profundas do Capital e da desigualdade, tanto quanto pensávamos nas prósperas décadas após a Segunda Guerra Mundial”. Apesar do sistema de trocas desiguais que explora o resto do mundo e da acumulação e exportação de capitais que Lenine estudou na sua crítica ao Imperialismo. Especial intensidade na pesquisa é colocada nos últimos 30 anos da vida económica dos EUA, desde que o nível de impostos pagos pelos maiores rendimentos, em nome da livre iniciativa empresarial, tem vindo sucessivamente a ser diminuído, tanto a nível local como a nível nacional. Que os mais pobres e de menores rendimentos paguem proporcionalmente mais “é a ordem natural das coisas” segundo Pikertty. A campanha de Obama para instituir o rendimento mínimo garantido não tem qualquer chance de sucesso a nível federal. E no entanto é uma aspiração nacional dos 40% da população constituída pelos mais pobres e indigentes. Bill de Blasio, novo mayor de New York, uma das cidades mais prósperas do mundo (para os ricos), foi eleito com base nessa promessa. Ao mesmo tempo, cortar os rendimentos médios dos trabalhadores que não conseguem viver do seu salário coloca vastas áreas suburbanas fora do desenvolvimento, uma ameaça permanente aos ricos.
Nos anos 90 a “ciência económica” (de facto o que deveriam ser as escolhas em Economia Politica) foi dominada teoricamente pela matemática e os prémios académicos começam a ser distribuídos pelas construções de modelos multidimensionais de movimentos monetários e esquemas complexos de seguros que cobrem transacções financeiras. Mas estas sofisticadas elaborações tendem a ignorar o mais importante: a acção dos diabólicos actores especulativos. O que resulta em desastres como a falência dos hedge-funds “Long-Term Capital Manegement” (2), o estouro das empresas da Nova Economia no Nasdaq na passagem do ano 2000, ou a dos “Suprimes” em 2008, apenas para citar três das golpadas globais mais danosas para a sociedade, às quais chamam "crises". Aliás, “nada tem significado relevante se não estiver relacionado com as nossas experiências concretas” diz Robert Johnson, presidente do “Institute for New Economics Thinking”, uma organização não lucrativa financiada por George Soros, o investidor húngaro que se tornou famoso por especular com a Libra pondo em risco o próprio Banco de Inglaterra. Aliás, o “Instituto Pensar a Nova Economia” aparece aqui a pronunciar-se porque é o mesmo George Soros quem financiou durante anos a investigação feita por Thomas Pikertty sobre, entre outros já mencionados, cerca de 100 anos de dados da política tributária dos Estados Unidos, desde que o Congresso impôs um novo imposto proporcional sobre rendimentos (IRS) no ano de 1913, exactamente o mesmo ano em que se delega em banqueiros privados a função de emitir dólares na nova Reserva Federal (FED).
Piketty argumenta que a reforma do sistema de impostos norte americano – se é que alguma vez virá a acontecer, deverá não considerar apenas os salários, mas também as holdings encobertas, incluindo a propriedade real e os bens intangíveis. Encerrar todos os buracos por onde se escapam os impostos das corporações supranacionais seria uma das primeiras medidas. Um imposto sobre rendimento único global seria a solução. Os povos de todo o mundo deveriam ser unidos e obrigados a declarar todos os seus rendimentos brutos, sendo taxados segundo uma percentagem a determinar pelos governos locais. Em contrapartida seria instituído para cada cidadão do mundo o direito de auferir um rendimento universal – o que na linha clássica de Adam Smith e Jefferson deixaria de ser uma utopia. Se nada for feito, Piketty acredita que há uma forte possibilidade de algum tipo de revolução global estar a chegar, mesmo que seja apenas uma revolução na maneira como as elites pensam sobre rendimentos – na medida em que os negócios das corporações permaneçam opacos e impenetráveis. Mas não existem algoritmos capazes de prever quando e onde as barricadas serão erguidas.
Piketty recusa equacionar e menos ainda discutir opções politicas: “não parto de nenhuma posição, de esquerda ou direita, escrevi este livro não para os politicos, mas para a população em geral que lê livros – em última instância afinal são eles que decidem”. Por acaso (!) nos EUA 55% da população não vota, nem de facto existe alternativa: entre os 2 partidos únicos, ganha a 3ª via expressa no partido maioritário dos embrutecidos pelas televisões e talk-shows. E uma vez que aqui não se põe a questão de averiguar quem serão os agentes sociais transformadores que dirigirão tal mudança… Piketty sugere paciência…
(1) Lorde John Maynard Keynes: “As (problemáticas) consequências económicas provocadas pela Paz” (1945)
(2) o "Long-Term Capital Management" (LTCM) foi fundado en 1994 por John Meriwether, ex-vice-presidente e chefe de vendas de bonds na Salomon Brothers. A administração incluía pessoas como Myron Scholes e Robert C. Merton, personalidades que compartilharam o Premio Nóbel de Economía em 1997. O Fundo LTCM faliu dois anos depois e teve de ser resgatado por outras entidades financeiras sob a supervisão da Reserva Federal dos Estados Unidos que fabricou e injectou dinheiro para que a crise não alastrasse em cadeia (wikipedia)
Mas é isso que está a acontecer na América do Norte com o “Capital no Século XXI”, uma obra de Thomas Piketty, um economista de 43 anos nascido em França e formado no Massachusetts Institute of Technology (MIT). O livro analisa centenas de anos de registos fiscais da França, do Reino Unido, dos EUA, Alemanha e Japão para provar ideias simples e “grandes descobertas”: os ricos na realidade (sempre estiveram) e estão a ficar cada vez mais ricos. E a sua riqueza não corre o risco de desabar. Respira saúde. E sem uma mera reforma da política fiscal, essa lacuna da desigualdade só poderá aumentar nos próximos anos.
Esta é, segundo o editor: “uma obra de extraordinária ambição, originalidade e rigor, o “Capital no Século XXI” reorienta a nossa compreensão da história económica e confronta-nos com soberbas lições para os dias de hoje”. Uma recensão aparece na Time Magazine de 19 de Maio de 2014 da autoria de Rana Foroohar.
Outra nota promocional aparece antes no “Público” de 16 de Maio da autoria do professor universitário João Constâncio. Mas convém avisar os leitores e quem se atreva a uma eventual tradução para português “do volumoso calhamaço que se lê quase como um romance” que irá comprar gato neoliberal vendido como lebre marxista.
o delegado Bilderberg para Portugal acha que sim |
Em tempos de economia de paz (1) quais são as grandes dinâmicas que levam à acumulação e distribuição de capital? Questões sobre a evolução a longo prazo da desigualdade , a concentração de riqueza, e as perspectivas de crescimento económico estão no coração da economia política. Mas respostas satisfatórias têm sido difíceis de encontrar por falta de dados adequados e teorias orientadoras claras (lá por aquelas bandas ideológicas) . Assim, em o “Capital no Século XXI” Thomas Piketty analisa uma compilação de dados de vinte países, que vão tão longe atrás como o século XVIII, para descobrir padrões económicos e sociais fundamentais – uma investigação empírica sobre a história do Capital e da sua repartição numa “sociedade de herdeiros”. Os seus resultados, diz o editor, vão transformar o debate e definir a agenda para a próxima geração de pensadores sobre rendimentos e desigualdade. Mas não sem que, noutro trecho do livro, se prive de fazer uma rasgada elegia ao capitalismo como “um extraordinário produtor de riqueza, de inovação, de tecnologia, de bem estar, em suma: de desenvolvimento”. Sobre o “Imperialismo, como estádio superior do capitalismo” o livro é omisso, partindo do principio que já existe de facto implantada em definitivo uma hegemonia global do modelo ocidental, o que é falso, como se vai vendo pelo elevado desenvolvimento de outros modelos nas economias emergentes (principalmente a China e a Rússia).
a recensão do livro na óptica liberal de Krugman |
A ocidente, o principal factor de desigualdade – a taxa de rendimento sobre o capital e o património acumulado tende no longo prazo a exceder a taxa de crescimento económico produtivo (a queda tendencial da taxa de lucro de Marx) - corre hoje o risco de gerar desigualdades extremas que agitam descontentamentos e minam os valores democráticos . Mas as tendências económicas não são actos de Deus. A acção política tem restringido as desigualdades perigosas no passado, diz Piketty, e pode voltar a fazê-lo novamente. Por exemplo, no final do século XVIII muitos dos 1% detentores das maiores fortunas viram imensas cabeças dos seus correligionários serem guilhotinadas. Mas, estudando o período que se seguiu à Revolução Francesa que classe social voltou a ter mais rendimentos?
quanto mais criar Capital a partir do nada... |
Piketty tenta demonstrar que “o crescimento económico moderno e a difusão de conhecimento nos permitiu (aos países do centro capitalista) evitar as desigualdades à escala apocalíptica prevista por Karl Marx. Mas não modificámos as estruturas profundas do Capital e da desigualdade, tanto quanto pensávamos nas prósperas décadas após a Segunda Guerra Mundial”. Apesar do sistema de trocas desiguais que explora o resto do mundo e da acumulação e exportação de capitais que Lenine estudou na sua crítica ao Imperialismo. Especial intensidade na pesquisa é colocada nos últimos 30 anos da vida económica dos EUA, desde que o nível de impostos pagos pelos maiores rendimentos, em nome da livre iniciativa empresarial, tem vindo sucessivamente a ser diminuído, tanto a nível local como a nível nacional. Que os mais pobres e de menores rendimentos paguem proporcionalmente mais “é a ordem natural das coisas” segundo Pikertty. A campanha de Obama para instituir o rendimento mínimo garantido não tem qualquer chance de sucesso a nível federal. E no entanto é uma aspiração nacional dos 40% da população constituída pelos mais pobres e indigentes. Bill de Blasio, novo mayor de New York, uma das cidades mais prósperas do mundo (para os ricos), foi eleito com base nessa promessa. Ao mesmo tempo, cortar os rendimentos médios dos trabalhadores que não conseguem viver do seu salário coloca vastas áreas suburbanas fora do desenvolvimento, uma ameaça permanente aos ricos.
Nos anos 90 a “ciência económica” (de facto o que deveriam ser as escolhas em Economia Politica) foi dominada teoricamente pela matemática e os prémios académicos começam a ser distribuídos pelas construções de modelos multidimensionais de movimentos monetários e esquemas complexos de seguros que cobrem transacções financeiras. Mas estas sofisticadas elaborações tendem a ignorar o mais importante: a acção dos diabólicos actores especulativos. O que resulta em desastres como a falência dos hedge-funds “Long-Term Capital Manegement” (2), o estouro das empresas da Nova Economia no Nasdaq na passagem do ano 2000, ou a dos “Suprimes” em 2008, apenas para citar três das golpadas globais mais danosas para a sociedade, às quais chamam "crises". Aliás, “nada tem significado relevante se não estiver relacionado com as nossas experiências concretas” diz Robert Johnson, presidente do “Institute for New Economics Thinking”, uma organização não lucrativa financiada por George Soros, o investidor húngaro que se tornou famoso por especular com a Libra pondo em risco o próprio Banco de Inglaterra. Aliás, o “Instituto Pensar a Nova Economia” aparece aqui a pronunciar-se porque é o mesmo George Soros quem financiou durante anos a investigação feita por Thomas Pikertty sobre, entre outros já mencionados, cerca de 100 anos de dados da política tributária dos Estados Unidos, desde que o Congresso impôs um novo imposto proporcional sobre rendimentos (IRS) no ano de 1913, exactamente o mesmo ano em que se delega em banqueiros privados a função de emitir dólares na nova Reserva Federal (FED).
Et voilá, a Nova Ordem Mundial
As críticas ao livro notam que se usam argumentos demasiado simplistas; e que o registo dos impostos pagos não é a melhor nem sequer a mais adequada maneira de estudar rendimentos. Pense-se por exemplo no pirata britânico “sir” Francis Drake que surripiava de uma só assentada as cargas de mercadorias e junto com elas os impostos que haveriam de ser pagos no destino. Ou noutros mareantes mais recentes, como George W. Bush, como depois Obama e antes Clinton, açambarcando à paulada a economia legal e com ela a economia paralela de países inteiros.
A actual forma de taxação fiscal não se adapta às estruturas de rendimento do século XXI. Na verdade não. Considere-se o valor das remunerações dos super-gestores, que não se podem considerar “salários”, uma vez que são pagas a maior parte das vezes em “stock-options” e “stock-equitys”. Chorudos títulos especulativos para um lado, míseros salários por outro. São cheques em branco para fomentar a desigualdade na economia como um todo. Armadilha o mundo dos negócios, uma vez que as decisões tendem a ser tomadas tendo em vista o curto prazo, o lucro dos colaboradores das próprias empresas o mais imediatamente possível, sem preocupações com o que acontecerá no final do ciclo a longo prazo. A "reforma fiscal" em Portugal |
Piketty recusa equacionar e menos ainda discutir opções politicas: “não parto de nenhuma posição, de esquerda ou direita, escrevi este livro não para os politicos, mas para a população em geral que lê livros – em última instância afinal são eles que decidem”. Por acaso (!) nos EUA 55% da população não vota, nem de facto existe alternativa: entre os 2 partidos únicos, ganha a 3ª via expressa no partido maioritário dos embrutecidos pelas televisões e talk-shows. E uma vez que aqui não se põe a questão de averiguar quem serão os agentes sociais transformadores que dirigirão tal mudança… Piketty sugere paciência…
enfim, sempre o mesmo prato, seja da Lapa ou do Largo do Rato |
(2) o "Long-Term Capital Management" (LTCM) foi fundado en 1994 por John Meriwether, ex-vice-presidente e chefe de vendas de bonds na Salomon Brothers. A administração incluía pessoas como Myron Scholes e Robert C. Merton, personalidades que compartilharam o Premio Nóbel de Economía em 1997. O Fundo LTCM faliu dois anos depois e teve de ser resgatado por outras entidades financeiras sob a supervisão da Reserva Federal dos Estados Unidos que fabricou e injectou dinheiro para que a crise não alastrasse em cadeia (wikipedia)
terça-feira, maio 20, 2014
Boko Haram, "Bring back our Girls", uma operação secreta da CIA
O video divulgado pelo partido islamista “Boko Haram” (“haram” significa “pecado”) mostra supostamente alguns das estudantes nigerianas sequestradas em Abril no qual o seu líder se dispõe a libertá-las numa troca por militantes do movimento feitos prisioneiros. Porém a intenção atribuída ao líder Abubakar Shekau vem expressa noutra declaração sua truncada nos nossos media: “Raptei as vossas raparigas (para as libertar do jugo da educação ocidental). E, em nome de Alá tenciono vendê-las no mercado”. Deus não faria melhor...
Para os prezados telespectadores informa-se que os Boko Haram… não são um grupo de rock da década de 70. Eles são o grupo mais recente patrocinado e armado pelos Estados Unidos (indirectamente) um grupo de malucos dos quais o Pentágono só esperava aquilo que eles vieram a fazer: criar um pretexto para o envio de "assessores militares" para um lugar rico em petróleo, lugar esse que os EUA estão interessados e gostariam de ver subvertido.
Há três anos que a Nigéria parece ser a presa de uma crescente e incontrolável insurgência que se manifesta por ataques esporádicos contra as instituições públicas, massacres de civis em locais públicos e sequestros em massa. Como expectável, há um pânico e uma crescente tensão no país e muitas pessoas começam a pensar que a Nigéria pode estar caminhando inevitavelmente para uma insurgência de longo prazo que conduza à balcanização do país. Com excepção do primeiro bombardeamento em Outubro de 2010 em Abuja, um obscuro grupo chamado Boko Haram reivindica a maioria dos ataques que ali ocorrem. De acordo com o grupo de análise “GreenWhite Coalizion” a actual campanha do Boko Haram está a ser organizada como operação secreta pela Agência de Inteligência Central dos Estados Unidos (CIA) em coordenação com a embaixada estado-unidense na Nigéria.
o Boko Haram e a campanha "Bring Back Our Girls" é um negócio da CIA na Nigéria, a que prontamente os neocons do PSD disfarçados de "social-democratas" encabeçados pelo seu líder parlamentar Luis "Tá-ta-rila" Montenegro dão todo o apoio.
O que Michelle Obama não reivindica:
"o meu marido já deu ordens para ataques de drones que mataram mais de 300 crianças"
Desde anteriores períodos, a CIA vem sendo responsável por campos de treino e doutrinação secretos ao longo das porosas e vulneráveis regiões fronteiriças do Níger, Chade e Camarões. Para esses campos, são recrutados e treinados jovens de famílias pobres para servir a insurreição. Os agentes que exploram esses jovens, despertando-lhes as rivalidades tribalistas, atraem-nos com a promessa de uma vida melhor que mais não é que uma lavagem cerebral para acreditar que eles trabalham para instalar uma justa ordem islâmica contra os ímpios e traidores que actualmente detêm o poder na Nigéria. Os agentes nacionais deste projecto da CIA permanecem cautelosamente escondidos, organizando os acampamentos com experientes supervisores do Médio Oriente. Após vários meses de doutrinação e treino em técnicas de manuseamento de armas , tácticas de sobrevivência, de vigilância e de evasão , enfim, os rebeldes estão agora em modo de espera para a próxima operação terrorista.
Desde Clinton a Obama, todas as administrações armaram por intermediários e deixaram à solta os Boko Haram fazendo crer que essa coisa de criar atentados são "incidentes contra os direitos humanos”. O Departamento de Estado de Hillary Clinton recusou-se a colocar o Boko Haram na lista de grupos terroristas. Como se percebe, a actividade deste grupo é utilizada para amaciar as mentes americanas e britânicas para a ideia de colocar as tropas dos EUA e do Reino Unido na Nigéria 'num papel meramente consultivo" para justificar aventuras militares indefensáveis.
A Nigéria, o país mais populoso e maior da África tem estado de forma sistemática no caos de um estado de guerra civil. O país mostra todos os sinais de uma espiral de violência e está profundamente enfraquecido. A Nigéria é ainda assim hoje um dos maiores produtores mundiais de petróleo de alta qualidade (como aliás o que é produzido na Líbia, de onde depois da invasão dos EUA/UE foram enviadas armas para os rebeldes nigerianos), o quinto maior exportador desse produto para os Estados Unidos e o 12º produtor mundial com mais de dois milhões de barris por dia.
Em 2005, um relatório do Conselho Nacional de Inteligência dos EUA previu que a Nigéria poderia entrar em colapso nos próximos quinze anos. Ao ritmo que as coisas estão indo, com o ressurgimento de assassinatos terroristas pelo Boko Haram no norte, a Nigéria parece mergulhar em cada vez maior instabilidade. Um artigo no New York Times afirma que o Boko Haram não é o problema, questionando se o movimento islamita era uma entidade única ou diversas facções utilizadas por diferentes actores com diferentes interesses. O facto é que a Nigéria, sem esperança alguma de resolver o conflito por si, faz agora um apelo aos Estados Unidos para resolver o problema da violência. Como previsto, não sabemos quem está por trás Boko Haram? Foi a mão da CIA que levantou o Boko Haram, há uma destabilização sem precedentes, uma operação encoberta dos Estados Unidos que os financia. As autoridades nigerianas não capitularam ao recusar-se a resolver o problema por si só e ao envolver no conflito os serviços de cidadãos norte-americanos?
(1) Celebridades e políticos do espectáculo rapidamente entraram na onda com a campanha “Bring Back our Girls” e misturados com as estrelas um bando de conselheiros militares perorando pela Nigéria fora sobre a melhor maneira de actuar, uma escolha estratégica que não cheira lá muito bem, para trazer as estudantes de volta a casa para as vestirem e educarem à ocidental. Existem outros exemplos de operações “bait and switch” - como o da Ucrânia
(2) Nigéria disposta a negociar com "terroristas". Ou serão dissidentes de um regime conotado com a exploração neocolonialista?
Para os prezados telespectadores informa-se que os Boko Haram… não são um grupo de rock da década de 70. Eles são o grupo mais recente patrocinado e armado pelos Estados Unidos (indirectamente) um grupo de malucos dos quais o Pentágono só esperava aquilo que eles vieram a fazer: criar um pretexto para o envio de "assessores militares" para um lugar rico em petróleo, lugar esse que os EUA estão interessados e gostariam de ver subvertido.
Boko Haram : Uma operação secreta da CIA na Nigéria
Há três anos que a Nigéria parece ser a presa de uma crescente e incontrolável insurgência que se manifesta por ataques esporádicos contra as instituições públicas, massacres de civis em locais públicos e sequestros em massa. Como expectável, há um pânico e uma crescente tensão no país e muitas pessoas começam a pensar que a Nigéria pode estar caminhando inevitavelmente para uma insurgência de longo prazo que conduza à balcanização do país. Com excepção do primeiro bombardeamento em Outubro de 2010 em Abuja, um obscuro grupo chamado Boko Haram reivindica a maioria dos ataques que ali ocorrem. De acordo com o grupo de análise “GreenWhite Coalizion” a actual campanha do Boko Haram está a ser organizada como operação secreta pela Agência de Inteligência Central dos Estados Unidos (CIA) em coordenação com a embaixada estado-unidense na Nigéria.
o Boko Haram e a campanha "Bring Back Our Girls" é um negócio da CIA na Nigéria, a que prontamente os neocons do PSD disfarçados de "social-democratas" encabeçados pelo seu líder parlamentar Luis "Tá-ta-rila" Montenegro dão todo o apoio.
O que Michelle Obama não reivindica:
"o meu marido já deu ordens para ataques de drones que mataram mais de 300 crianças"
Desde anteriores períodos, a CIA vem sendo responsável por campos de treino e doutrinação secretos ao longo das porosas e vulneráveis regiões fronteiriças do Níger, Chade e Camarões. Para esses campos, são recrutados e treinados jovens de famílias pobres para servir a insurreição. Os agentes que exploram esses jovens, despertando-lhes as rivalidades tribalistas, atraem-nos com a promessa de uma vida melhor que mais não é que uma lavagem cerebral para acreditar que eles trabalham para instalar uma justa ordem islâmica contra os ímpios e traidores que actualmente detêm o poder na Nigéria. Os agentes nacionais deste projecto da CIA permanecem cautelosamente escondidos, organizando os acampamentos com experientes supervisores do Médio Oriente. Após vários meses de doutrinação e treino em técnicas de manuseamento de armas , tácticas de sobrevivência, de vigilância e de evasão , enfim, os rebeldes estão agora em modo de espera para a próxima operação terrorista.
Desde Clinton a Obama, todas as administrações armaram por intermediários e deixaram à solta os Boko Haram fazendo crer que essa coisa de criar atentados são "incidentes contra os direitos humanos”. O Departamento de Estado de Hillary Clinton recusou-se a colocar o Boko Haram na lista de grupos terroristas. Como se percebe, a actividade deste grupo é utilizada para amaciar as mentes americanas e britânicas para a ideia de colocar as tropas dos EUA e do Reino Unido na Nigéria 'num papel meramente consultivo" para justificar aventuras militares indefensáveis.
A Nigéria, o país mais populoso e maior da África tem estado de forma sistemática no caos de um estado de guerra civil. O país mostra todos os sinais de uma espiral de violência e está profundamente enfraquecido. A Nigéria é ainda assim hoje um dos maiores produtores mundiais de petróleo de alta qualidade (como aliás o que é produzido na Líbia, de onde depois da invasão dos EUA/UE foram enviadas armas para os rebeldes nigerianos), o quinto maior exportador desse produto para os Estados Unidos e o 12º produtor mundial com mais de dois milhões de barris por dia.
Em 2005, um relatório do Conselho Nacional de Inteligência dos EUA previu que a Nigéria poderia entrar em colapso nos próximos quinze anos. Ao ritmo que as coisas estão indo, com o ressurgimento de assassinatos terroristas pelo Boko Haram no norte, a Nigéria parece mergulhar em cada vez maior instabilidade. Um artigo no New York Times afirma que o Boko Haram não é o problema, questionando se o movimento islamita era uma entidade única ou diversas facções utilizadas por diferentes actores com diferentes interesses. O facto é que a Nigéria, sem esperança alguma de resolver o conflito por si, faz agora um apelo aos Estados Unidos para resolver o problema da violência. Como previsto, não sabemos quem está por trás Boko Haram? Foi a mão da CIA que levantou o Boko Haram, há uma destabilização sem precedentes, uma operação encoberta dos Estados Unidos que os financia. As autoridades nigerianas não capitularam ao recusar-se a resolver o problema por si só e ao envolver no conflito os serviços de cidadãos norte-americanos?
(1) Celebridades e políticos do espectáculo rapidamente entraram na onda com a campanha “Bring Back our Girls” e misturados com as estrelas um bando de conselheiros militares perorando pela Nigéria fora sobre a melhor maneira de actuar, uma escolha estratégica que não cheira lá muito bem, para trazer as estudantes de volta a casa para as vestirem e educarem à ocidental. Existem outros exemplos de operações “bait and switch” - como o da Ucrânia
(2) Nigéria disposta a negociar com "terroristas". Ou serão dissidentes de um regime conotado com a exploração neocolonialista?
segunda-feira, maio 19, 2014
"O Capital no Século XXI"
Incrível, é isto que ensinam nas escolas superiores de gestão... Inacreditável: é o livro que está no topo de vendas da Amazon. Os teóricos do capitalismo selvagem de hoje (não) "pensam" duas coisas: 1. que no actual paradigma é possível eternamente emitir sempre mais massa monetária, e "fazer" dinheiro com juros sobre dinheiro, sem qualquer relação com os bens materiais... 2. que o Capital não é a medida de Trabalho acumulado
Para Thomas Piketty, o "Capital”, tem um sentido lato (na verdade bastante conforme com o uso comum do termo), e significa o mesmo que “património”, ou “riqueza”: designa todo e qualquer “activo” (financeiro ou não financeiro, produtivo ou não produtivo) em que seja possível investir e que possa, por isso, proporcionar um retorno, seja este um retorno explícito (sob a forma, por exemplo, de rendas, dividendos, juros, ou lucros), seja um retorno implícito (como, por exemplo, a renda de habitação que não se paga quando se tem casa própria)"
Assim sendo, é natural para este maralhal que a palavra "Trabalho" defina um conceito ultrapassado e pouco ou nada seja referida neste "best-seller". O que se explica por certos pensadores de esquerda sobre o trabalho improdutivo acreditarem piamente que não é o "operaismo" (um revisionismo chique do papel histórico da classe operária) nem a classe social que trabalha no sector produtivo que vão transformar a sociedade liderando uma revolução que possa desparasitar toda esta bicharada
Para Thomas Piketty, o "Capital”, tem um sentido lato (na verdade bastante conforme com o uso comum do termo), e significa o mesmo que “património”, ou “riqueza”: designa todo e qualquer “activo” (financeiro ou não financeiro, produtivo ou não produtivo) em que seja possível investir e que possa, por isso, proporcionar um retorno, seja este um retorno explícito (sob a forma, por exemplo, de rendas, dividendos, juros, ou lucros), seja um retorno implícito (como, por exemplo, a renda de habitação que não se paga quando se tem casa própria)"
Assim sendo, é natural para este maralhal que a palavra "Trabalho" defina um conceito ultrapassado e pouco ou nada seja referida neste "best-seller". O que se explica por certos pensadores de esquerda sobre o trabalho improdutivo acreditarem piamente que não é o "operaismo" (um revisionismo chique do papel histórico da classe operária) nem a classe social que trabalha no sector produtivo que vão transformar a sociedade liderando uma revolução que possa desparasitar toda esta bicharada
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